quarta-feira, 23 de março de 2016

Governo muda proposta e quer aval para rombo fiscal de até R$ 96 bilhões Projeto de lei pedindo autorização para déficit será enviado ao Congresso. Antes, governo queria autorização para rombo menor: de R$ 60,2 bilhões. Alexandro Martello Do G1, em Brasília

Diante das dificuldades para manter a arrecadação em meio ao fraco desempenho da economia, o governo alterou sua proposta e informou nesta quarta-feira (23) que pedirá aval do Congresso Nacional para um rombo de até R$ 96,65 bilhões nas suas contas em 2016, o que equivale a 1,5% do PIB nacional.
Em fevereiro, o Ministério da Fazenda havia anunciado que pediria ao Congresso autorização para um déficit primário (receitas menores que as despesas, sem contar juros da dívida pública) de até R$ 60,2 bilhões neste ano.
A proposta de mudança que será encaminhada ao Congresso vai conter ainda uma cláusula que permitiria ao governo incluir na conta a perda de receita com a renegociação da dívida dos Estados com a União.
Segundo o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, se a renegociação for aprovadada pelos parlamentares e todos os Estados assinarem o acordo, o impacto adicional em 2016 pode chegar a R$ 6 bilhões. Esse valor poderia ser abatido na meta dos estados, e não da União.
Empurrão na economia
Barbosa informou que um projeto de lei será enviado ao Legislativo pedindo alteração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) - que traz a meta fiscal para 2016 - ainda nesta quarta, ou nos próximos dias.
Para justificar o aumento do rombo, o ministro apontou a frustração de receitas (arrecadação de impostos menor que a prevista), além da necessidade de o governo manter alguns gastos e investimentos para evitar que a economia desacelere ainda mais - e volte a se aquecer mais rápido.
"Em um contexto em que se projeta que a economia terá o segundo ano de retração, é preciso mudar a meta fiscal para que o governo não empurre mais a economia para baixo e para que a economia se estabilize", declarou o ministro da Fazenda.
Desconto
A meta fiscal aprovada no orçamento, e que o governo federal deve cumprir, é hoje de superávit (economia para pagar juros da dívida) de R$ 24 bilhões. Mas o governo quer autorização do Congresso para reduzir a meta em até R$ 120,65 bilhões.
Isso vai ser feito por meio de um corte na meta de superávit, de R$ 24 bilhões para R$ 2,8 bilhões, e um "desconto", sobre esse novo valor, de até R$ 99,45 bilhões. Na previsão apresentada em fevereiro, a possibilidade de redução da meta era menor, de até R$ 84,2 bilhões, mas sobre a meta atual, de R$ 24 bilhões.
O governo também quer autorização para descontar até R$ 9 bilhões em investimentos para concluir obras que estão em fase final. E R$ 3,5 bilhões para manter ativos alguns projetos na área de defesa, como o desenvolvimento dos novos caças, submarinos e helicópteros brasileiros.Desse desconto de R$ 99,45 bilhões na meta revisada, R$ 40,3 bilhões seriam por conta da queda na arrecadação de impostos (eram R$ 30,5 bilhões em fevereiro) e R$ 41,7 bilhões por frustração de outras receitas, como dos royalties.
Segundo Barbosa, esses contratos, assinados com empresas estrangeiras, podem render multas e juros se o país cortar recursos.
Portanto, se o Congresso der a autorização, e os R$ 99,45 bilhões forem realmente descontados da nova meta, o governo registraria, no lugar de superávit, um déficit de R$ 96,65 bilhões.

Corte e gastos essenciais
Barbosa apresentou a proposta de rombo um dia depois de o Ministério do Planejamento ter anunciado um novo corte de gastos, de R$ 21,2 bilhões. Esse corte será necessário, e vai ser mantido, se o governo for obrigado a cumprir a meta fiscal de R$ 24 bilhões do orçamento.
O ministro da Fazenda informou, porém, que, se o Congresso autorizar a mudança na meta, esse contingenciamento será desfeito. Em fevereiro, o governo já havia anunciado um corte de gastos de R$ 23,4 bilhões, que será mantido.
Na segunda, Barbosa também havia anunciado uma nova medida para que o governo possamanter o investimento em ações consideradas essenciais. Ela também terá que ser aprovada pelo Congresso para começar a valer.
A medida prevê que, em anos de crise na economia, o governo pode livrar dos cortes, feitos para atender à meta fiscal, gastos com obras em fase final de execução; despesas necessárias ao funcionamento dos órgãos públicos (água, energia e manutenção), projetos de defesa, gastos com merenda escolar, com fiscalização tributária, emissão de passaportes, com os institutos federais de ensino, com controle de fronteiras, com as eleições, com o atendimento do INSS e das penitenciárias federais.
Hoje o governo precisa de autorização do Congresso para descumprir as metas fiscais fixadas. Entretanto, se esse novo regime for aprovado, na prática o governo poderia manter esses gastos essenciais mesmo que isso signifique o descumprimento das metas - sem autorização prévia do Congresso.

Nova tentativa
Essa é a terceira vez que o governo tenta fixar uma meta menor de superávit primário para este ano. Em agosto de 2015, o governo tentou enviar um projeto de orçamento de 2016 ao Congresso Nacional com déficit de R$ 30 bilhões, mas diante da reação negativa de parlamentares e agências de rating, recuou.
Depois, tentou abater da meta fiscal, na aprovação do orçamento deste ano, gastos do PAC da ordem de R$ 30,5 bilhões, o que permitiria entregar um resultado fiscal zero (sem déficit nem superávit), mas também não obteve sucesso.
3 anos de contas no vermelho
Se a proposta do ministro da Fazenda for aprovada, o governo terá permissão para ter as contas no vermelho pelo terceiro ano seguido. Para economistas ouvidos pelo Ministério da Fazenda, o déficit deverá ser de R$ 79 bilhões neste ano.
Em 2014, as contas do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) registraram o primeiro déficit primário (receitas menos despesas, sem contar juros da dívida pública) em 18 anos, de R$ 17,24 bilhões, pelo conceito "acima da linha", utilizado pelo Tesouro.
Em 2015, um ano marcado pela recessão na economia e pelo pagamento das chamadas "pedaladas fiscais", as contas do governo tiveram forte deterioração e registraram um rombo recorde de R$ 114,98 bilhões, ou 1,94% do Produto Interno Bruto (PIB).

Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira

Todo esse mar de lama de corrupção, enriquecimentos ilícitos, nos dar a certeza da putrefação da política já que não existe ideologia. Um mandato parlamentar concede ao mau político a fazer negociatas com o erário público de interesses pessoais, sem o mínimo interesse com os sérios problemas e dificuldades enfrentadas pela nação, se esquecendo de que a pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo; é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade. O voto no Brasil precisa deixar de ser obrigatório, pois a democracia séria e justa contempla esses benefícios a todos que não se identifiquem com as propostas de candidatos.

Tudo o que você precisa saber sobre o fim da banda larga fixa ilimitada As operadoras já estabelecem o limite de franquia em seus contratos (e podem fazer isso legalmente)

Por 
23/03/2016 às 16h31
Algo que tem preocupado muita gente nas últimas semanas é que a internet deixará de ser ilimitada. Todo esse terror começou quando a Vivo colocou limites de consumo nos contratos de banda larga fixa, o que foi noticiado com exclusividade peloTecnoblog. E a Anatel, ao contrário dos consumidores, viu a mudança como benéfica.
Com uso de internet cada vez mais intenso até pelos mais leigos, a verdade é que você deve mesmo se preocupar com tudo isso. Entenda o que a franquia da banda larga vai mudar na sua vida e como você deve se prevenir para evitar uma desconexão surpresa.

As operadoras podem mesmo aplicar franquias de dados?

Infelizmente sim, contanto que isso esteja explícito no contrato do assinante. Para contratos antigos, a operadora deve divulgar com pelo menos 30 dias de antecedência qualquer tipo de mudança. O cliente que não estiver satisfeito com as novas regras poderá alterar o plano ou realizar o cancelamento sem custo.
Franquias até fazem sentido na telefonia móvel, uma vez que a rede é compartilhada, a demanda de uso é menos previsível e essa é uma das formas de controlar a qualidade do serviço. Acontece que a banda larga fixa tem infraestrutura dedicada até a casa do cliente, então a desculpa de garantia de qualidade é inválida. É como se você pagasse uma fortuna por serviços de TV por assinatura e só pudesse ligar a televisão por algumas horas no mês porque a operadora não se preparou para o capítulo final da novela das oito.
Carlos Baigorri, superintendente de competição da Anatel, já assumiu publicamente que considera benéfica a existência de franquias de dados na banda larga fixa, como argumento de que isso permite que usuários que usam pouco o serviço paguem menos do que quem usa muito.
Resta torcer para que a investigação do Ministério Público tenha algum efeito positivo para os consumidores.

Quais são as franquias das operadoras?

Cada operadora possui diferentes planos e, consequentemente, diferentes franquias de dados. Veja:
NET Virtua
  • 2 Mb/s: 30 GB
  • 15 Mb/s: 80 GB
  • 30 Mb/s: 100 GB
  • 60 Mb/s: 150 GB
  • 120 Mb/s: 200 GB
  • 500 Mb/s: 500 GB
No término da franquia, ocorre redução de velocidade para a menor comercializada, exceto na velocidade de 500 Mb/s, cuja redução é para 10 Mb/s. A verdade é que a NET sempre estabeleceu franquia de dados em seus planos de banda larga, mas é muito raro ouvir relatos de usuários que tiveram sua velocidade reduzida por estourar o limite estabelecido.
Vivo
  • Banda Larga Popular: 10 GB
  • 4 Mb/s: 50 GB
  • 8 Mb/s: 100 GB
  • 10 Mb/s: 100 GB
  • 15 Mb/s: 120 GB
  • 25 Mb/s: 130 GB
Essas franquias são válidas para quem contratou o serviço a partir de 5 de fevereiro de 2016. Quem contratou o serviço antes dessa data continua com o acesso ilimitado por tempo indeterminado.
Promocionalmente não haverá redução de velocidade ou corte de internet até 31/12/2016. De acordo com a empresa, os clientes de tecnologia DSL terão velocidade reduzida pós-franquia, mas a Vivo não divulgou qual seria essa velocidade.
Ao menos por enquanto, os planos Vivo Fibra para pessoa física continuam ilimitados, mas os regulamentos para planos empresariais já explicitam limite de dados com corte de acesso caso o cliente extrapole a franquia de seu plano.
GVT
Não há franquia de internet e a operadora sempre usou isso como diferencial para conquistar novos clientes. Talvez apareçam novidades a partir do dia 15 de abril,quando a marca deixa de existir e se tornará Vivo.
Oi
  • Planos até 2 Mb/s: 60 GB
  • 5 Mb/s: 70 GB
  • 10 Mb/s: 90 GB
  • 15 Mb/s: 110 GB
  • 20 Mb/s: 110 GB
  • 25 Mb/s: 130 GB
  • 35 Mb/s: 130 GB
O último sumário de planos publicado pela Oi informa que promocionalmente até 15/03/2016 a franquia seria ilimitada, mas que a condição seria renovada automática e mensalmente, salvo comunicação prévia da operadora com antecedência mínima de 30 dias. O jogo pode mudar a qualquer momento, mas conforme apontado no editorialVivo, não estrague a nossa internet, a Oi sequer tem tecnologia para aplicar a redução de velocidade, uma vez que em muitos lugares a troca deve ser feita manualmente na central regional.
Live TIM
Não há franquia de internet.

O que as operadoras dizem sobre isso?

BIE - Banco de imagens externas - Computador portátil com acesso à internet. Banda larga é o nome dado a várias modalidades de conexão à internet (satélite, fibra ótica, rádio) que operam com maior velocidade e maior capacidade de carregamento de dados. As conexões de banda larga são as mais adequadas para que os usuários acessem serviços virtuais como videoconferências, streaming de eventos ao vivo ou redes privadas. Estima-se que no Brasil um em cada quatro usuários de internet dispõe de conexão de banda larga fixa. O Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), instituído por meio do Decreto 7.175/2010, é uma política gerida pelo Ministério das Comunicações que tem como objetivo fomentar e difundir o uso e o fornecimento de bens e serviços de tecnologias de informação e comunicação. A proposta do PNBL é massificar a oferta de banda larga no país e promover o crescimento da capacidade da infraestrutura de telecomunicações. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
  • NET: Em nota ao Tecnoblog, a operadora se defende ao dizer que todas as opções de banda larga da empresa contam com franquias de acesso previstas em contrato. O modelo é determinado por estatísticas de uso dos clientes e serve para “garantir o correto dimensionamento da rede de banda larga para todos os usuários” e “preservar a experiência de uso”, tanto para clientes com uso moderado como os de uso intenso.
  • Oi: A operadora informou ao TeleSíntese que não pratica o corte da navegação após o consumo integral da franquia. Não falou, no entanto, sobre redução de velocidade, que é o que está previsto nos contratos de banda larga da empresa.
  • Vivo: Procurada pelo Tecnoblog, a operadora informou que a redução ocorrerá apenas para clientes de banda larga ADSL contratadas após 5 de fevereiro, e que o tráfego segue ilimitado de maneira promocional até 31/12/2016. O Telesíntese apurou que a operadora está avaliando a adoção de franquias também para a banda larga via fibra ótica.

Tenho banda larga há muito tempo e sempre foi ilimitado. Corro o risco de ter a velocidade reduzida?

Depende. A NET estipula franquia de dados desde que começou suas operações de banda larga, portanto, se você é um cliente dessa operadora, está sujeito à redução de velocidade sem precisar ser comunicado.
Planos da Oi anteriores a 2008 também não tinham franquia determinada em contrato, assim como os planos da Vivo até janeiro de 2016. Caso você tenha feito qualquer alteração no seu plano, incluindo negociação de valores ou mudança de velocidade, está sujeito aos novos regulamentos especificados pela operadora.
Antes de se desesperar por novos planos e negociar descontos com a operadora, pondere bastante, uma vez que seu plano será automaticamente alterado para uma modalidade nova, que provavelmente contará com franquia de dados.

Quanto eu gasto por mês de internet? É possível medir o consumo?

Com tantas plataformas de conteúdo sob demanda, jogos com compra por download e serviços de backup online, é fato que as franquias estabelecidas pelas operadoras são insuficientes. O Manual do Usuário mostra que o uso básico de uma única pessoa pode passar de 150 GB.
Só você pode responder à pergunta desse tópico monitorando o consumo de internet. Abaixo estão diversas alternativas para lhe auxiliar na tarefa.
Por meio da própria operadora
Por enquanto, a NET é a única operadora que possui ferramenta que permite ao usuário aferir o consumo de dados. Para acessá-la, basta procurar a opção de consumo de franquia na área do cliente. A Vivo informou que um portal similar será disponibilizado assim que as franquias entrarem em vigor.
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Windows
A Microsoft incluiu um contador de dados nativo desde o Windows 8. Basta abrir as configurações de rede e internet e abrir a opção “Uso de Dados”. O consumo é detalhado por tipo de conexão (seja cabo Ethernet, Wi-Fi ou até mesmo uma conexão PPPoE) e é possível verificar o consumo de cada aplicativo instalado:
medidor-windows-1medidor-windows-2
Mac
Existe um contador de dados integrado no sistema. Basta abrir o Monitor de Atividades e, em seguida, a aba “Rede”. É registrado o consumo de rede de cada processo. O incômodo é que o contador é zerado a partir do momento em que o sistema é reiniciado, exigindo que o usuário anote o consumo toda vez que for desligar seu computador.
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Roteador
É a melhor alternativa, por medir todo o tráfego de sua conexão banda larga. Diversos roteadores possuem sistemas de medição de consumo de internet. Caso seu roteador não possua isso de fábrica, fica a alternativa de instalar o DD-WRT se seu dispositivo for compatível, que acrescenta essa e diversas outras funções.
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Smartphone
O Android já possui nativamente um contador de dados para Wi-Fi, bastando acessar a opção “Uso de Dados” dentro das configurações. Já para o iOS é necessário instalar alguma ferramenta, como o DataMan (US$ 1,99) ou My Data Manager (gratuito).

Moro terá que explicar por que retirou segredo de Justiça de investigações Teori dá um prazo de 10 dias para que o juiz à frente da Operação Lava-Jato se explique

 postado em 23/03/2016 06:21
Evaristo Sa/AFP - 9/9/15
Em decisão proferida na noite de ontem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki determinou que as investigações relacionadas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estavam com o juiz Sérgio Moro por determinação do magistrado Gilmar Mendes, retornem à Corte. É a maior vitória do petista, que vinha acumulando derrotas, desde que começou a travar as batalhas judiciais relacionadas ao caso. A determinação de Teori responde a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU). O governo apontou ilegalidades na divulgação de interceptações telefônicas entre Lula e a presidente Dilma Rousseff e indicou que Moro colocou em risco a soberania nacional.

No mesmo despacho, o magistrado ordena ainda que as interceptações telefônicas sejam protegidas por sigilo. Teori dá um prazo de 10 dias ao juiz Sérgio Moro, à frente dos processos relativos à Operação Lava-Jato, para que ele explique por que retirou o segredo de Justiça das investigações, já que havia autoridades com foro privilegiado.

A decisão não tem relação com a nomeação de Lula para a chefia da Casa Civil porque a AGU questionava, nessa ação específica, apenas a publicidade dos grampos envolvendo autoridades revestidas de foro privilegiado. O petista continua sem poder exercer o cargo. Na sexta-feira, Gilmar Mendes havia determinado a suspensão da nomeação de Lula. No entanto, a ordem de Teori, na prática, confronta outro posicionamento de Mendes, justamente o que remetia para Sérgio Moro todas as investigações relacionadas a Lula.

“Ante o exposto, nos termos dos arts. 158 do RISTF e 989, II, do Código de Processo Civil, defiro a liminar para determinar a suspensão e a remessa a esta Corte do mencionado “Pedido de Quebra de Sigilo de Dados e/ou Telefônicos 5006205-98.2016.4.04.7000/PR” e demais procedimentos relacionados, neles incluídos o “processo 5006617- 29.2016.4.04.7000 e conexos” (referidos em ato de 21.3.2016), bem assim quaisquer outros aparelhados com o conteúdo da interceptação em tela, ficando determinada também a sustação dos efeitos da decisão que autorizou a divulgação das conversações telefônicas interceptadas”, escreveu Teori.

Em termos práticos, como o conteúdo das escutas já foi divulgado, as interceptações podem não ser validadas como provas se o Supremo Tribunal Federal entender que Sérgio Moro afrontou os parâmetros legais.

CNJ julgará suspeita de favorecimento a filho de corregedor do TJDFT


Gil Ferreira/Agência CNJ





Pedro Ivo Mendes Gonzaga Neiva foi transferido do TRE-AM para o TRE-DF. Entretanto, não ficou nem uma semana no órgão e acabou cedido ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, onde seu pai, o desembargador Romeo Gonzaga Neiva, é o atual corregedor-geral de Justiça



O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai julgar, a partir de 5 de abril, o procedimento de Pedido de Providências que investiga possíveis irregularidades na transferência do servidor Pedro Ivo Mendes Gonzaga Neiva do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) para o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF). Pedro Ivo não ficou sequer uma semana no TRE-DF e foi cedido ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), onde seu pai, o desembargador Romeo Gonzaga Neiva (foto abaixo), é o atual corregedor-geral de Justiça.


A Corregedoria Nacional de Justiça passou a investigar o caso no ano passado, após representação da então conselheira do CNJ Luíza Frischeisen, representante do Ministério Público no órgão entre novembro de 2013 e novembro de 2015.
TJDFT/DivulgaçãoTJDFT/DIVULGAÇÃO
A hoje ex-conselheira questionou se de fato houve interesse administrativo do TRE-DF — o que é uma exigência legal — na redistribuição do cargo de Pedro Ivo, já que o servidor ficou menos de cinco dias na corte eleitoral, sendo de pronto cedido ao tribunal onde seu pai é desembargador.

O julgamento no CNJ será feito virtualmente e pode durar uma semana. Os 15 conselheiros vão apreciar o voto da corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi.
Anulação do atoSegundo apurou o Metrópoles, a tendência é que a Corregedoria peça a anulação do ato que possibilitou a transferência de Pedro Ivo do TRE-AM para o TRE-DF. Também há a expectativa de que o desembargador Mário Machado (foto abaixo), ex-presidente do TRE-DF e presidente eleito do TJDFT, seja investigado por sua atuação no caso, já que assinou os atos de redistribuição e cessão de Pedro Ivo.
Elza Fiuza/ABrELZA FIUZA/ABR
RedistribuiçãoNo processo de redistribuição, o desembargador Mário Machado avisou à Justiça Eleitoral do Amazonas a existência de uma vaga do TRF-DF que ficou disponível por quatro meses e que poderia ter sido preenchida por uma das listas de aprovados em concursos públicos realizados no DF.

Pedro Ivo, no entanto, pouco figurou os quadros da corte eleitoral. Em 16 de abril de 2014, o então presidente do TJDFT, Dácio Vieira, requisitou o servidor, que havia sido redistribuído com base no interesse da administração ao TRE-DF, para trabalhar no TJDFT. Foi cedido de pronto por Mário Machado, que havia assinado sua transferência.
Ao ser acionado pela reportagem, o TJDFT disse que não comentaria o caso.

Delação de Odebrecht é 'bomba atômica', avaliam aliados de Dilma

Nesta terça-feira (22), foi oficializada a disposição dos executivos da empreiteira e do próprio Marcelo de fecharem o acordo

POLÍTICA EMPREITEIROSHÁ 34 MINSPOR NOTÍCIAS AO MINUTO
Desde a semana passada que aliados do governo e integrantes do Palácio do Planalto discutiam o risco de Marcelo Odebrecht fechar acordo de delação premiada na Operação Lava Jato.
Segundo a Folha de S. Paulo, eles avaliavam que a colaboração seria "uma bomba atômica".
Nesta terça-feira (22), foi oficializada a disposição dos executivos da empreiteira e do próprio Marcelo de fecharem o acordo. Na nota em que noticiou publicamente sua decisão, a Odebrecht tratou sua oferta como uma "colaboração definitiva".
O Planalto está preocupado com as possíveis revelações que serão feitas pelos executivos da empreiteira e reforça a ideia de que a Lava Jato montou um cerco não só "ao PT, mas a todos os partidos que ajudam o governo".
Aliados de Dilma apontam que seria necessário compreender que "nem a oposição" sairá ilesa dos avanços da operação. Ainda de acordo com a publicação, integrantes do governo têm dito que siglas como o PMDB cometerão um erro se acreditarem que o impeachment da petista colocará um freio à crise.

Teori Zavascki decide que caso Lula volta ao STF e critica Sérgio Moro por divulgação de áudios

Ministro do Supremo reverte em parte decisão de colega Gilmar Mendes tomada na sexta-feira

O juiz federal Sérgio Moro.

O sobe e desce de instâncias dos processos sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou novo capítulo na noite desta terça-feira, e a tensão dramática adquire intensidade com a nova decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF). Relator dos processos daOperação Lava Jato no STF, o ministro determinou que o juiz Sérgio Moro envie ao Supremo as investigações que tramitam na 13ª Vara Federal de Curitiba que envolvem o ex-presidente. É o STF que decidirá se cabe desmembramento da investigação, "bem como sobre a legitimidade ou não dos atos até agora praticados". E na decisão de Zavascki ainda sobra uma ressalva à decisão de Moro de divulgar as gravações em que Lula fala com autoridades como a presidenta Dilma Rousseff e o então ministro-chefe da Casa Civil Jaques Wagner.

Quatro dias atrás,
 Mendes suspendeu a nomeação de Lula para a Casa Civil e devolveu os processos sobre o ex-presidente para Moro. Com a decisão desta terça-feira, que pede o sigilo dos áudios divulgados, Lula não volta a ser ministro, mas seus processos sobem para o tribunal mais alto, pelo menos até que o STF identifique quem não tem foro privilegiado e, portanto, deve ser encaminhado de volta à primeira instância. Uma consequência possível da decisão é que as gravações divulgadas por Moro sejam desconsideradas como prova na sequência dos processos. O juiz terá 10 dias prestar esclarecimentos ao STF sobre sua decisão de retirar o sigilo das gravações, que revelaram até conversas entre a ex-primeira-dama Marisa Letícia e seu filho Fábio da Silva."O que se infirma é a divulgação pública das conversas interceptadas da forma como ocorreu, imediata, sem levar em consideração que a prova sequer fora apropriada à sua única finalidade constitucional legítima (“para fins de investigação criminal ou instrução processual penal”), muito menos submetida a um contraditório mínimo", critica Zavascki. "Não há como conceber, portanto, a divulgação pública das conversações do modo como se operou, especialmente daquelas que sequer têm relação com o objeto da investigação criminal", diz o ministro em sua decisão, que desfaz uma instrução do ministro Gilmar Mendes.
A decisão de Zavascki responde a ação da Advocacia-Geral da União (AGU) que questionava o fato de Moro ter divulgado as gravações. Zavascki não discutiu de quem era a competência de julgar, se de Gilmar Mendes ou de Moro, mas destacou que o fato de a presidenta Dilma ter sido gravada nas interceptações influenciou sua decisão — essas gravações com autoridades, aliás, devem ser avaliadas pela Procuradoria-Geral da República para que se determine se há indício de crime.
Esse pode ser considerado, até agora, o maior revés para o juiz Sérgio Moro no âmbito da Lava Jato. É a primeira vez que ele é cobrado a se explicar ao STF por uma decisão na maior operação policial da história do país.

Jornal belga volta atrás e diz que suspeito de ataque não foi preso DH afirmou que Najim Laachraoui foi preso na cidade belga de Anderlecht. Polícia e procuradores se negaram a comentar sobre o assunto. Do G1, em São Paulo

Imagem divulgada pela polícia federal belga mostra suspeitos de envolvimento com as explosões terroristas no aeroporto de Bruxelas, em vídeo capturado por câmera de segurança do aeroporto (Foto: AFP/Polícia Federal da Bélgica)Imagem divulgada pela polícia federal belga mostra suspeitos de envolvimento com as explosões terroristas no aeroporto de Bruxelas, em vídeo capturado por câmera de segurança do aeroporto. Laachraoui aparece de casaco claro (Foto: AFP/Polícia Federal da Bélgica)
O jornal belga, que havia dito que um suspeito dos ataques de terça-feira (22) em Bruxelas tinha sido preso, voltou atrás e afirmou que a pessoa detida não é Najim Laachraoui, segundo a Reuters. Ele era procurado em operações sigilosas.
O jornal La Libre Belgique relatou nesta quarta-feira (23) que outra pessoa foi presa em vez de Laachraoui. O DH, que relatou a prisão pela primeira vez, reconheceu que o homem detido no bairro de Anderlecht foi identificado de forma errada.

A polícia e procuradores se negaram a comentar sobre o assunto mas irão realizar uma entrevista coletiva durante a tarde.
Laachraoui, um jihadista de 24 anos, aparece ao lado dos dois homens apontados como suicidas que provocaram as explosões no aeroporto de Zaventem. Pouco tempo depois, uma terceira explosão atingiu uma estação de metrô Maelbeek, que fica perto da sede da União Europeia na capital belga. Ao menos 30 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas. O Estado Islâmico reinvindicou o ataque.
Ainda de acordo com o jornal DH, material genético de Laachraoui foi encontrado no material utilizado nos ataques de 13 de novembro em Paris, quando 130 pessoas morreram. Ele foi para a Síria em fevereiro de 2013. 
A emissora de televisão pública belga "RTBF" tenta confirmar a identidade de uma pessoa detida em Anderlecht que teria ligação com os atentados de "Paris e/ou Bruxelas". Laachraoui está de casaco claro ao lado dos irmãos Khalid e Brahim El Bakraoui em imagens registradas no aeroporto na terça-feira. Os irmãos já eram fichados pela polícia, mas por crimes não ligados a terrorismo.
As explosões levaram o país a entrar em alerta máximo para atentados terroristas. O alerta segue valendo nesta quarta. O aeroporto de Bruxelas está fechado, mas o serviço de trnasporte público está em funcionamento. Duas estações de metrô estão fechadas, mas os trens estão circulando nesta manhã.
Khalid e Brahim foram identificados como os dois suicidas que fizeram o atentado no aeroporto de Zaventem, em Bruxelas, na segunda-feira (22) (Foto: Reprodução RTBF/Interpol)Khalid e Brahim foram identificados como os dois suicidas que fizeram o atentado no aeroporto de Zaventem, em Bruxelas, na segunda-feira (22) (Foto: Reprodução RTBF/Interpol)