segunda-feira, 7 de março de 2016

Cardozo pediu o boné

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Cardozo pediu o boné quando soube que os Lula da Silva não teriam mais sala VIP na PF...
Em outubro de 2015, o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, solicitou “esclarecimentos imediatos” ao diretor-geral da Polícia Federal (PF), Leandro Daiello, sobre a intimação para o filho mais novo do ex-presidente Lula, Luís Cláudio Lula da Silva, prestar depoimento à corporação.
Em outubro de 2015, o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, solicitou “esclarecimentos imediatos” ao diretor-geral da Polícia Federal (PF), Leandro Daiello, sobre a intimação para o filho mais novo do ex-presidente Lula, Luís Cláudio Lula da Silva, prestar depoimento à corporação.
O comunicado divulgado pela assessoria do Ministério da Justiça afirma que o Cardozo quer apurar se Luís Cláudio foi intimado “fora do procedimento usual”.
Lembrando: na última semana de outubro de 2015 a PF cumpriu mandado de busca e apreensão nas empresas de Luís Cláudio, em São Paulo, por ordem da juíza Celia Regina Bernardes. No despacho que ordenou as buscas, a magistrada ressaltou que a LFT – uma das empresas do filho de Lula – recebeu, em 2014, R$ 1,5 milhão do escritório do vice-presidente da Anfavea, Mauro Marcondes.
O Ministério Público avalia como suspeito o fato de a LFT – uma empresa de marketing esportivo – estar recebendo um valor expressivo de uma empresa especializada em atuar com a administração pública.
Em agosto de 2014, O ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior acusou a Polícia Federal de tentar detê-lo para prestar depoimento  em São Paulo.
Ele é autor do livro Assassinato de Reputações — Um Crime de Estado, em que narra bastidores do período em que ocupou o cargo durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com Tuma Junior, quatro agentes chegaram ao seu escritório de advocacia por volta das 10h30m e disseram que tinham uma ordem para conduzi-lo coercitivamente para prestar depoimento na sede da PF. O ex-secretário teria se recusado, e teria ocorrido bate-boca.
–          Não aceitei e fui por minha conta. É uma abuso. Para ser conduzido coercitivamente, é necessário ter sido intimado várias vezes, o que não aconteceu – disse Tuma Júnior.
José Eduardo Martins Cardozo, ministro da Justiça, só se tornou o vereador mais votado da história de São Paulo por uma questão:  sob a prefeitura de Celso Pitta , Tuma Junior lhe passava todas as suas investigações sobre a chamada máfia dos fiscais.
Lembrando: o  governo de Celso Pitta na prefeitura de São Paulo (1997-2001) esteve envolvido em um dos maiores esquemas de corrupção na administração pública brasileira. Funcionários da prefeitura cobravam propinas para não denunciar irregularidades no comércio, nas construções e em outras áreas que desobedeciam as normas municipais.
Improbidade do Ministro
O ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, é (era) amigo pessoal de Tuma Jr. Quando a PF lhe fez uma intimação nos moldes da do filho de Lula, Cardozo, já ministro da Justiça, se calou.
Por quê?
Porque o PT inovou: além de ter transferido a capital do Brasil para Curitiba, o partido tentou inventar um novo item para os operadores do direito: a Intimação Sala Vip.
Salas VIP assim só ocorriam em países ditatoriais africanos.
O sul africano presidente Jacob Zuma,  por exemplo, meteu US$ 27 milhões de dinheiro público em reformas de sua casa privada. Quem fazia a segurança das reformas? Policiais federais, a mando do ministério da Justiça.
O termo desvio de função normalmente está associado ao servidor ou empregado concursado ou contratado para uma função que exerce outra. Cardozo se desviou da função quando defendeu o filho de Lula para sala VIP.
Agora o quadro mudou: Cardozo soube da operação contra Lula uma semana antes da condução do ex-presidente à PF.
Soube que não poderia segurar a peruca desse rojão. E largou a pasta pouco depois de saber que acabaria a sala VIP para a família de Lula.
Okamoto, chefão do Instituto Lula, é quem corre esta semana que entra o risco de ser preso por obstrução de justiça…

Projeções para dívida líquida do setor público pioram em 2016 e 2017

segunda-feira, 7 de março de 2016 09:08 BRT
 

SÃO PAULO (Reuters) - Em meio a pequenos ajustes nas projeções econômicas, o destaque na pesquisa Focus do Banco Central desta segunda-feira foi a piora nas estimativas para a dívida líquida do setor público para 2016 e mais acentuadamente para 2017.
De acordo com o levantamento junto a uma centena de economistas, a projeção para a dívida líquida do setor público em 2016 subiu em 0,3 ponto percentual, a 41,05 por cento do PIB, enquanto para 2017, o aumento foi de 1,2 ponto, a 45,2 por cento do PIB.
A semana passada foi recheada de eventos econômicos e políticos. Na sexta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi alvo da nova etapa da operação Lava Jato, aproximando ainda mais a investigação do atual governo. Na véspera, notícia sobre delação premiada do ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral (PT-MS) já animara os favoráveis ao impeachment. [nL2N16C1TX]
Também na quinta-feira foi divulgado o número oficial do tombo da economia brasileira em 2015, de 3,8 por cento, o pior resultado desde 1990. Antes disso, o BC deixou a taxa básica de juros em 14,25 por cento ao ano, sugerindo que não deve cortar a Selic tão cedo.[nL2N16B0NN][nL2N16A2IN]
Entretanto, os especialistas consultados no Focus podem ainda não ter incorporado esses resultados em suas projeções.
O ajuste no Focus mostrou a estimativa para a inflação este ano a 7,59 por cento, contra 7,57 por cento antes, bem acima do teto da meta para este ano, de 4,5 por cento com tolerância de 2 pontos. Para o ano que vem permanece pela quarta semana seguida a expectativa de que o IPCA subirá 6 por cento, exatamente no limite máximo estabelecido pelo governo, de 4,5 por cento, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Em relação à Selic, também não houve mudança na projeção de que a taxa terminará este ano a 14,25 por cento e 2017 a 12,50 por cento.
Em relação à economia, a mediana das projeções no Focus para Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 agora é de contração de 3,50 por cento, ante queda de 3,45 por cento na pesquisa anterior. Para 2017 a estimativa de crescimento permaneceu em 0,50 por cento.
(Por Camila Moreira)

Dilma será testada no Congresso sob sombra do impeachment

Presidenta tentará manter vetos e clamará por aprovação de CPMF após perder apoio de PSB


Brasília
Dilma, no sábado em São Bernardo do Campo, quando visitou Lula.Dilma, no sábado em São Bernardo do Campo, quando visitou Lula.  AFP
Uma relevante notícia se perdeu no meio da confusão político-policial que o país se envolveu na última semana. Enquanto o Governo e o PT discutiam como se posicionar diante da ação policial que arrastou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Operação Lava Jato, a presidenta Dilma Rousseff passava um recado aos prefeitos e governadores com quem se encontrou na sexta-feira passada: se a recriação da CPMF (o imposto sobre transações bancárias) não for aprovada pelo Congresso Nacional nas próximas semanas, a gestão será obrigada a aumentar outros impostos para garantir os 10,15 bilhões de reais em receitas que já estavam previstos no orçamento. Os tributos que teriam reajustes não foram nominados, conforme participantes dos encontros.
A informação do Governo não é um simples aviso, mas também um pedido de socorro. Rousseff quer que os chefes dos Executivos estaduais e municipais convençam os parlamentares a quem são ligados a votarem os projetos prioritários da área de economia. E a CPMF é algo que a equipe econômica considera vital para superar a crise financeira. “Se contornarmos os problemas de dinheiro, a crise política fica em segundo plano”, sintetizou um auxiliar da presidenta.
Em troca do apoio dos governadores e dos prefeitos, Rousseff prometeu dividir com eles parte da receita com a CPMF e atender um pleito antigo dos Estados, o alongamento das dívidas com a União em 20 anos. Ou seja, os débitos terão um prazo maior para serem pagos. Todos os projetos precisam passar pelo Congresso Nacional e é exatamente esse um dos problemas que a presidenta tem pela frente.
Em meio a turbulenta Operação Lava Jato, que varreu para o centro do escândalo a própria presidenta ainda na expectativa da homologação da delação premiada de Delcídio do Amaral, o cenário para o Governo no Legislativo é de confrontos quase certos. O impeachment, que parecia adormecido, voltou à ordem do dia, inclusive com a Ordem dos Advogados do Brasil analisando se vai interferir no caso.

Testes de fogo

Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal deve se manifestar sobre o rito do impeachment na Câmara. Assim que a Corte se pronunciar, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos principais adversários da gestão petista, vai montar a comissão especial para analisar as irregularidades cometidas pelo Governo. Os opositores prometem obstruir a pauta de votações até que esse grupo seja montado. E no que depender de Cunha, que ainda está ressentido por ter se tornado o primeiro presidente da Casa a se tornar réu em um processo criminal, a composição dessa comissão será célere.
Com uma base frágil, o Governo contava ainda com votos de deputados que se consideravam independentes. Agora, o PSB, um dos partidos que liberavam seus parlamentares para votar como bem entendessem entrou em acordo que deixarão a neutralidade de lado a passarão a ser opositores. Ou seja, o PT terá de contabilizar mais 33 votos praticamente certos contrários às suas propostas.
Os primeiros testes ocorrerão na terça e quarta-feira, durante sessões doCongresso Nacional em que serão votados 16 vetos presidenciais a trechos de leis aprovadas por deputados e senadores. O principal veto é o que trata da divisão com Estados e Municípios de parte do imposto arrecadado com a repatriação de recursos.
Nas vésperas de um protesto contra seu Governo, potencialmente inflado pelo caso Lula, Rousseff saberá qual o tamanho de sua base no Legislativo. Para derrubar vetos é necessário ter o apoio da maioria absoluta dos congressistas 257 dos 513 deputados e 41 dos 81 senadores. Se os vetos forem derrubados, a gestão petista poderá se preparar para nova tormentas.

Homem mais rico do Irã é condenado à morte por corrupção Empresário que ajudava Irã a burlar sanções internacionais passou de aliado a inimigo do regime e hoje é acusado de desvio de dinheiro público. Da BBC

Ele é um homens mais ricos do Irã e foi condenado à morte por corrupção. Trata-se do empresário Babak Zanjani.
Zanjani foi preso em dezembro de 2013 após ser acusado de apropriar-se de bilhões de dólares (Foto: BBC)Zanjani foi preso em dezembro de 2013 após ser acusado de apropriar-se de bilhões de dólares (Foto: BBC)
Zanjani foi preso em dezembro de 2013 após ser acusado de apropriar-se de bilhões de dólares da venda de petróleo estatal realizada por meio de suas empresas, acusação que ele nega.
O empresário foi condenado por fraude e crimes econômicos, conforme anunciou na TV estatal o porta-voz do Judiciário iraniano, Gholam-Hossein Mohseni Ejehii.
No julgamento, promotores acusaram Zanjani de dever ao governo do Irã mais de US$ 2,7 bilhões em renda petroleira. Cabe recurso à sentença.
"Babak Zanjani é o homem mais rico do Irã. Em algum momento há alguns anos, sua renda anual superava a da Apple", diz Kasra Naji, do serviço iraniano da BBC.
Antes de ser detido, ele possuía empresas na Malásia, Emirados Árabes Unidos, Turquia e Tadjiquistão.
"No auge das sanções internacionais contra o Irã, o governo do então presidente Mahmoud Ahmadinejad repassou grandes quantidades de petróleo para Zanjani para venda, de modo a evitar as sanções", afirma Naji.
Zanjani foi então colocado na lista negra pelos Estados Unidos e pela União Europeia por ajudar o Irã a burlar as sanções.
O empresário reconheceu ter usado uma rede de empresas para vender milhões de barris em nome do governo desde 2010.
Mas acabou preso em 2013, apenas um dia depois que o recém-eleito presidente, o moderado Hassan Rouhani, prometera lutar contra a "corrupção financeira", sobretudo de "pessoas privilegiadas que se aproveitaram das sanções econômicas".
EUA, ONU e União Europeia anunciaram no começo deste ano a suspensão das sanções após a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) confirmar que o Irã cumprira as etapas necessárias para colocar em andamento o acordo nuclear com as grandes potências firmado em julho de 2015.
'Apenas negócios'
Zanjani nasceu em Teerã e estudou em uma universidade na Turquia.
Em 1999, ele assumiu a direção do Banco Central iraniano.
Sua fortuna é estimada em US$ 13 bilhões, embora ele também tenha acumulado muitas dívidas.
Até a União Europeia ter chamado a atenção sobre sua figura, poucos iranianos haviam ouvido falar dele, que àquela altura já era um dos empresários mais importantes do país.
Em entrevista em março de 2013 à Fardad Fahrazad, jornalista do serviço persa da BBC, Zanjani minimizou a importância de suas conexões políticas. "Não faço política, apenas negócios", disse na ocasião.
"Estou orgulhoso de trabalhar como empresário para a República Islâmica do Irã", afirmou.
Baseado em Dubai, Zanjani controlava uma rede de mais de 60 empresas, com interesses em diversos setores, como produção de cosméticos, petróleo e mercado financeiro.
Na época, Zanjani se queixava das sanções da União Europeia, dizendo que elas haviam produzido impacto negativo em seus negócios, obrigando-o a repatriar ativos de seu banco na Malásia.
"Devido aos problemas das sanções, tive que transferir ao Irã mais de US$ 5,2 bilhões de meus recursos no exterior", dizia.
Naquele mesmo ano, Zanjani foi notícia após a divulgação de fotos polêmicas. Ele aparecia dentro de um jatinho particular, ao lado de um oficial de segurança iraniano conhecido pelo papel na repressão contra manifestantes após as eleições presidenciais de 2009.
Em outra imagem ele aparecia com um revólver. Questionado sobre isso na entrevista à BBC, ele riu e disse que a foto era do tempo em que trabalhou no Iraque e todos andavam armados por questões de segurança.
'Herói'
Segundo Amir Azimi, jornalista do serviço iraniano da BBC, a história de Zanjani é tida por muitos como extraordinária.
"Ele era um comerciante de peles de ovelha que passou a ser um jogador chave na venda de petróleo iraniano nos anos posteriores, durante o período das sanções internacionais por causa do programa nuclear do país", afirma.
"Ele considerava a si mesmo como um herói, um soldado econômico da Revolução Islâmica que ajudou a resgatar seu país quando o governo não podia vender petróleo. E, inclusive, se o governo tentava fazê-lo, os bancos internacionais não aceitavam transferências de dinheiro iraniano por causa das sanções", aponta o jornalista.
Ele criou uma das maiores empresas iranianas da história contemporânea, um conglomerado que incluía tudo, de transporte à construção, de clubes de futebol à venda de petróleo.
Chegou a estimar sua fortuna em torno de US$ 13,5 bilhões, uma cifra extraordinária para um país em que o Estado é dono da maior parte da economia e o setor privado sofre uma série de restrições.
Por anos, a sorte parecia estar do lado do empresário. Aparecia em fotos com funcionários do alto escalão e manifestava timidez ao exibir sua riqueza, como aviões e carros de luxo.
Mas quando os meios de comunicação começaram a informar sobre sua riqueza, a atenção se voltou a ele - e com os holofotes vieram as suspeitas.
Surgiram questionamentos sobre como ele havia acumulado dinheiro de forma tão rápida.
Ele foi investigado durante o governo de Mahmoud Ahmadinejad, e meses depois da posse de Hassan Rouhani foi preso e acusado de corrupção de desvio de dinheiro.
O Ministério do Petróleo do Irã afirma que o empresário deve US$ 1,9 bilhão ao órgão.
A equipe de advogados do empresário nega todas as acusações de corrupção e afirma que ele devolverá todo o dinheiro que tem caso seja libertado e possa retomar o acesso aos negócios.

Bolsa de Tóquio: Índice Nikkei 225 abre praticamente estável em +0,06% nesta segunda-feira, 07 de março de 2016 Por: Repórter ADVFN

Tóquio, 07 de março de 2016 (ADVNEWS) – O Índice Nikkei 225, principal indicador do mercado de ações da Bolsa de Valores de Tóquio (Tokyo Stock Exchange), abriu a sessão de negociação desta segunda-feira praticamente estável em +0,06%, sendo cotado em 17.024,64 pontos.
No pregão anterior, o índice Nikkei 225 fechou cotado em 17.014,78 pontos.
Já o índice TOPIX (Tokyo Price Index), composto por todas as ações de primeira linha negociadas na Bolsa de Valores de Tóquio, abriu o pregão desta segunda-feira em baixa de -0,11%, sendo cotado em 1.373,78 pontos. Atualmente, mais de 1.600 companhias de primeira linha são negociadas no principal mercado de ações do Japão.
Dentre todos os ativos negociados no mercado de ações de Tóquio, 57,31% (1822) abriram o pregão desta segunda-feira operando em alta. As maiores altas registradas na abertura do pregão dessa segunda-feira foram:
1) Valorização de +22,31% da ação ordinária Wintest Corp. (JSX:6721)
2) Valorização de +16,43% da ação ordinária Traders Holdings Co. Ltd. (JSX:8704)
3) Valorização de +10,96% da ação ordinária Remixpoint,inc. (JSX:3825)
Dentre todos os ativos negociados no mercado de ações de Tóquio, 35,67% (1134) abriram o pregão desta segunda-feira operando em baixa. As maiores baixas registradas na abertura do pregão dessa segunda-feira foram:
1) Desvalorização de -14,29% da ação ordinária Kimuratan Corporation (JSX:8107)
2) Desvalorização de -9,75% da ação ordinária Yoshimura Food Holdings Kk (JSX:2884)
3) Desvalorização de -6,52% da ação ordinária People Co. Ltd. (JSX:7865)
Negociado na FOREX, o Iene Japonês – unidade monetária do Japão – abriu a sessão de negociação desta segunda-feira em alta de 0,06% em relação ao dólar americano e em alta de 0,05% em relação ao euro. No início dessa segunda-feira, enquanto um dólar equivalia a ¥113,824, um euro podia comprar ¥125,1285.

Policial que entregou dossiê da Lava Jato deve ser alvo de investigação

Divulgação/PDT

Flávio Werneck ocupou na gestão do governador Agnelo Queiroz (PT) o cargo de chefe da diretoria de assuntos estratégicos da corregedoria de saúde

O presidente do Sindicato dos Policiais Federais no DF, Flávio Werneck, que conforme a revista Veja levou um dossiê para o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, contendo informações contra o juiz Sérgio Moro e investigadores da Operação Lava Jato é ligado ao PDT, partido aliado ao governo da presidente Dilma Rousseff. Em 2014, Werneck disputou mandato de deputado federal pela legenda, sem sucesso. Ele era o candidato oficial do Sindicato dos Policiais Civis do DF, pessoa da confiança do atual presidente, Rodrigo Franco.
Segundo informações da Agência Estado, a Coordenação de Assuntos Internos da Corregedoria da PF deverá instaurar investigação para apurar sua conduta nesse episódio do dossiê. O regimento dos policiais federais é o mesmo dos policiais civil (Lei nº 4.878/65) e, caso comprovada essa transgressão a pena prevista é a demissão.
Werneck já ocupou na gestão do governador Agnelo Queiroz (PT) o cargo de chefe da diretoria de assuntos estratégicos da corregedoria de saúde. O petista deixou o governo em 2014 em meio a vários escândalos de corrupção, inclusive na área da saúde.
Delegados da PF já identificaram nos seu quadro pessoas com a intenção de produzir dossiês contra investigadores que atuam na Lava Jato, mas não tinham conhecimento do episódio envolvendo Werneck que também é vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, que representa os agentes da PF.
A Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) irá divulgar nota nesta segunda, 7, dando apoio aos trabalhos dos delegados que atuam na Lava Jato e cobrando explicações de Werneck. “A entidade que ele dirige não representa os delegados”, diz a nota.
À revista Veja, Werneck justificou que apresentou o caso ao Planalto por se tratar de uma denúncia grave. “Temos um problema de anacromismo na investigação que já tem dois anos e vem pegando pontos-chave de empresas e do governo. Isso afeta diretamente a economia”, disse, segundo registrou a revista. No dossiê, a acusação é de que Moro e os outros envolvidos na Lava Jato estão a serviço de um grande plano do PSDB para implodir o PT e o governo.
Segundo a Veja, o ministro Jaques Wagner disse que encaminharia o dossiê para um promotor baiano de sua confiança dar sequência ao assunto. Ao jornal O Estado de S.Paulo, o ministro negou que tivesse recebido qualquer documento. “Desconheço e não me interessa conhecer.” O jornal O Estado de S.Paulo não conseguiu localizar Werneck neste domingo, 6. Na última semana, Wagner indicou o promotor Wellington Cesar Lima e Silva para o Ministério da Justiça no lugar de José Eduardo Cardozo. A nomeação foi cancelada por decisão da Justiça Federal no DF por ele ser promotor na Bahia.
Com informações da Agência Estado

Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira
Todo esse mar de lama de corrupção, enriquecimentos ilícitos, nos dar a certeza da putrefação da política já que não existe ideologia. Um mandato parlamentar concede ao mau político a fazer negociatas com o erário público de interesses pessoais, sem o mínimo interesse com os sérios problemas e dificuldades enfrentadas pela nação, se esquecendo de que a pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo; é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade. O voto no Brasil precisa deixar de ser obrigatório, pois a democracia séria e justa contempla esses benefícios a todos que não se identifiquem com as propostas de candidatos.

Todos contra o O mosquito inimigo número um do mundo não tem mais do que um centímetro de comprimento e vem ganhando a guerra até agora AEDES

Não foi a dengue, muito menos o zika vírus ou o chikungunya que fizeram do Aedes aegypti um inimigo da saúde pública. A criatura que ensinou o mundo todo aprender a pronunciar este complicado nome científico pela primeira vez - e que significa algo parecido com “praga do Egito”, seu país de origem - é velho conhecido dos cientistas. Aqui no Brasil, pelo menos, há mais de cem anos.
Os primeiros relatos de dengue no país são do final do século 19, em Curitiba e, pouco depois, em Niterói. Mas não era essa ainda a doença que preocupava sanitaristas. Na extensa lista de vírus que o mosquito transmite, está também o da febre amarela -- essa sim uma dor de cabeça pesada na época.
Foto: Michael Melo / Metrópoles
Para quem acha que a guerra contra o Aedes é uma batalha perdida, vale saber que já ganhamos essa briga antes: nos anos 1950, 30 anos depois dos primeiros estudos, o mosquito foi erradicado do país. Voltou na década seguinte, provavelmente importado de outras regiões da América em transações comerciais. A dengue virou problema nos anos 1980, para nunca mais dar sossego.
Corte seco para 2016 e o mundo inteiro se curva de pavor diante do inseto que não mede mais do que 1 cm. Quando as farmacêuticas finalmente anunciam a vacina contra a dengue, a descoberta de um quarto vírus, e sua possível relação com microcefalia, desafia a ciência e dá mais um gás na sobrevida do mosquito.
É mais um teste da praga do Egito. E agora, a guerra é para valer.

Distribuição do Aedes no mundo

De onde veio? Para onde vai? Como viaja? O Aedes é um mosquito exigente: se reproduz em climas quentes e úmidos, como o nosso
O cientistas acreditam que o Aedes tenha se espalhado pelo mundo a partir do Egito no século 16, com as Grandes Navegações. A partir de então, fez sua casa nos países tropicais e subtropicais. A primeira epidemia de dengue no continente americano foi no Peru, no século 19. Em 1955 ele foi erradicado do Brasil, mas voltou os anos 1960, provavelmente em navios, trens e aviões comerciais.
Distribuição do Aedes no mundo

Homem contrai dengue, zika e chicungunya

Caso de tripla infecção aconteceu na Colômbia e pode ser o primeiro do mundo. Homem havia viajado por regiões de risco
Foto: J. Infect. Public Health/divulgação
Em janeiro passado, um estudo de médicos colombianos confirmou o que pode ser o primeiro caso no mundo de infecção simultânea por dengue, zika e chikungunya. O homem, da cidade de Sincelejo, no norte do país, procurou atendimento com febre, conjuntivite nos dois olhos e manchas vermelhas. Os testes para dengue, chikungunya e zika vieram positivos. Ele se recuperou e foi liberado, mas os especialistas alertaram para mais estudos sobre os vírus, sobretudo o zika.
A Colômbia é o segundo país mais afetado pelo zika, quase 48 mil infectados, 7,6 mil deles são gestantes. Com um adendo: até agora não há casos de microcefalia associados ao vírus.

Guerra do bem:
militares em ação

Com a microcefalia ameaçando bebês em todos os estados, o governo colocou as Forças Armadas nas ruas para combater o mosquito
No final do ano passado, quando o terror da microcefalia começou a rondar as maternidades, a batalha contra o mosquito assumiu contornos de guerra. Todos os anos, as Forças Armadas emprestam uma equipe ao governo para ajudar no combate aos focos. Mas nunca como os últimos meses. Em dezembro, eram cerca de 3 mil militares nas ruas. Em janeiro, a operação ganhou corpo e o número deu um salto: 220 mil homens e mulheres do Exército, Aeronáutica e Marinha foram às ruas contra o mosquito. Cerca de 70% do total do corpo das três corporações.
A atuação dos militares se dividiu em quatro etapas, entre mobilização, educação da população e eliminação dos focos dentro de casas e comércios. Foram mais de 3 milhões de propriedades visitadas, 6 milhões de panfletos distribuídos, 64 mil focos de proliferação do Aedes encontrados. A campanha segue agora nas escolas, com aulas sobre o combate.
Foto: Gabriel Jabur / Agência Brasília
Raio X
3 milhões64 mil66 mil15 mil
casas visitadasfocos de proliferação encontradosresidências receberam larvicidarecusaram a visita
As crianças e os adolescentes têm uma capacidade muito grande de transmitir essas lições aos pais, por isso essa parte educativa nas escolas deve surtir muito efeito.
Almirante Ademir Sobrinho, Chefe do
Estado Maior Conjunto das Forças Armadas.

Faça a sua parte

Como a fêmea se alimenta de sangue humano, é dentro das casas que o Aedes se abriga. O papel de cada um, portanto, é fundamental
O Aedes é um mosquito doméstico. Dois terços dos seus criadouros estão dentro das residências, perto das vítimas. A maior parte da luta, portanto, é individual. Limpando vasos, calhas, caixas d´água. Para orientar os perdidos e educar a população, o Ministério da Saúde colocou no ar um página com orientações sobre prevenção e combate ao mosquito.
O órgão sugere que as famílias separem 15 minutos dos sábados para checar possíveis focos dentro de casa. A limpeza geral inclui tampar tonéis e caixas d’água, limpar as calhas e os ralos, virar garrafas de cabeça para baixo, tampar lixeiras, preencher vasos de plantas com areia, e redobrar a atenção com a higiene dos potes de águas dos animais domésticos.

O mapa do mosquito no DF

Marque aqui os lugares onde você encontrou um foco do mosquito
Mapear os focos do mosquito nos arredores de onde você mora é importante na guerra contra as doenças transmitidas por ele, seja para alertar as autoridades para que elas combatam os criadouros, seja para evitar as regiões infestadas. O mapa abaixo é interativo, e serve para você marcar as regiões do DF com mosquitos ou larvas.

DIREÇÃO DE JORNALISMO

Lilian Tahan

COORDENAÇÃO E EDIÇÃO

Olívia Meireles

REPORTAGEM

Carolina Samorano

ARTE E INFOGRÁFICOS

Joelson Miranda

EDIÇÃO DE VÍDEO

Gabriel Pereira, Gabriel Ramos

EDIÇÃO DE FOTOGRAFIA

Daniel Ferreira, Michael Melo

DIREÇÃO DE ARTE

Kacio Pacheco

DESENVOLVIMENTO

Saulo Marques