sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Blog acusa 11 moradores do DF de agredir e praticar abusos contra mulheres A página colocou nomes e fotos dos supostos estupradores. Os perfis dos homens são bastante diversos

Wordpress/Reprodução


Horas após serem denunciados em um site anônimo, brasilienses recorrem à polícia para tentar tirar seus nomes e fotos da página virtual. Criado durante a tarde desta quinta-feira (26/11), um blog sem identificação acusa 11 moradores do DF de agredir as namoradas e praticar abusos contra mulheres. Até agora, existem apenas duas publicações.

Para um dos acusados, de 29 anos, a situação é uma incógnita. “Meus amigos começaram a mandar isso no começo da noite. Isso é muita sacanagem, eu tenho namorada, tenho vida, trabalho”, contou. Com a foto da página nas mãos, ele registrou um boletim de ocorrência da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul).

Na apresentação do site, o autor diz que “todos os dias, uma amiga conta a história de uma amiga da amiga (sic), sempre preservando a vítima”. A ideia seria, segundo ele, expor os agressores e usar a página como uma ferramenta de proteção às vítimas.

Abaixo, existe um texto justificando a criação do blog. “A mulher não tem conhecimento do direito de cidadã, ela depende financeiramente do marido e sofre abusos diversos por viver nesta condição” , afirma. Por isso, garante, “esta ferramenta pode ser útil para o escracho público, para a reflexão de toda a sociedade, e para que saibamos quem são/foram essas pessoas antes de nos envolvermos”.

Inicialmente, outro jovem denunciado, de 25 anos, preferiu ignorar as palavras. “Mas, quando notei pessoas muito próximas, como primos e tios, sabendo desse assunto, não aguentei. Contei aos meus pais e resolvi recorrer à Justiça. Amanhã, vou protocolar uma denúncia no Ministério Público. Se precisar, também vou à polícia”, reclamou.

Os perfis dos homens tratados pelo autor como estupradores são bastante diversos, tanto no estilo quanto no comportamento — a reportagem verificou as redes sociais de 10 deles e notou diferenças significativas de escola, religião etc. Mas, segundo o autor, os agressores têm características bastante singulares: “São todos simpáticos, agradáveis. Você não espera esse tipo de atitude”.

Segundo o delegado Eduardo Freitas, plantonista da 1ª DP, nesse caso, o aconselhável é procurar a polícia. “Se estão sendo difamados, é o certo a se fazer. Podemos apurar isso e até pedir que o site seja retirado do ar”, afirmou. Ainda não há informações se os acusados pelo blog tem ficha criminal.

Polinésia Francesa também investiga má-formação de fetos após epidemia de zika Luiza Bandeira Da BBC Brasil em Londres

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A Polinésia Francesa revelou que também teve casos de má-formação cerebral em fetos e recém-nascidos após a epidemia de zika que atingiu o território entre 2013 e 2014.
Relatório divulgado por autoridades locais nesta quarta-feira mostrou que pelo menos 17 casos de má-formação do sistema nervoso central foram registrados entre 2014 e este ano, de acordo com o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês).
Não houve, até o momento, registro de casos suspeitos de microcefalia – no Brasil, já foram notificados 739 casos, o que levou o Ministério da Saúde a decretar situação de emergência e recomendar cautela a mulheres que pretendem engravidar.
Mas, desde que surgiu a suspeita no Brasil, acreditava-se que outros países que tinham registrado epidemias de zika não haviam tido problemas com gestantes.
Assim como o Brasil, a Polinésia Francesa ainda investiga se há relação direta entre os casos de má-formação e o vírus zika.
"Eles notaram isso retrospectivamente. Então fizeram exames e descartaram outras infecções que poderiam estar causando este problema. E aí houve a hipótese do zika", diz Herve Zeller, do ECDC.
De acordo com ele, pesquisadores da Polinésia Francesa começaram a investigar os casos de problemas congênitos em fetos e bebês no início do ano, antes de a epidemia atingir o Brasil, mas só agora revelaram os resultados.
BBC
Image captionO zika vírus é transmitido pelo mesmo mosquito responsável pela dengue
Antes do Brasil, só a Polinésia Francesa e a Micronésia, ambos na Oceania, haviam tido epidemias de zika.
Para Usha Kini, especialista em microcefalia de Oxford, a descoberta de casos de má-formação congênita na Polinésia Francesa pode ajudar a entender o que está acontecendo no Brasil.
"Era uma das primeiras coisas que deveríamos pensar, procurar registros em outros locais."
Ela destaca que não conhece outros casos como este e que ainda é preciso fazer mais estudos e obter evidências científicas da relação.
Se confirmada, a ligação entre o vírus zika e a má-formação pode dar dicas sobre a evolução do vírus no Brasil.
"Ainda sabemos muito pouco sobre o vírus, então seria preciso isolá-lo em sua situação anterior para saber se houve algum tipo de mutação", afirma Zeller.
De acordo com o ECDC, na Polinésia Francesa houve casos de má-formação cerebral e lesões cerebrais em fetos, e cinco crianças tiveram outros problemas, como dificuldade de engolir.
Nenhuma das mulheres grávidas disse ter sentido sintomas de zika durante a gravidez, mas as quatro que foram testadas apresentaram resultados positivos para flavivírus – família de vírus a qual o zika pertence. Isso indica, de acordo com o relatório, que elas podem ter tido casos assintomáticos.
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Image captionPolinésia Francesa teve epidemia de zika entre 2013 e 2014

Microcefalia

O Brasil sofre uma epidemia de zika, uma doença "prima da dengue", desde o meio do ano.
A doença, também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, provoca sintomas parecidos, mas mais brandos que a dengue: febre, dor de cabeça e no corpo, manchas avermelhadas.
Os casos suspeitos de microcefalia no Brasil passaram de cerca de 150 por ano para 739 este ano. Há notificações em 160 municípios de nove Estados, principalmente no Nordeste. O Estado mais afetado é Pernambuco.
"Acho que nunca foi registrado nenhum aumento tão grande, em tão pouco tempo, em casos de microcefalia", disse a especialista de Oxford.
São notificados casos em que o bebê nasce com a cabeça com uma circunferência menor que 33 cm.
Segundo a médica, o tamanho da cabeça não necessariamente influencia na gravidade dos problema que a criança vai ter.
Bebês com microcefalia costumam ter problemas de desenvolvimento – dificuldades psicomotoras (para andar e falar) e cognitivas (como retardo mental).
O Ministério da Saúde recomendou que as mulheres planejem a gravidez e conversem com médicos.
Também recomenda que grávidas usem roupas de manga comprida, calças e repelentes apropriados para gestantes.

Precedente de Delcídio assombra parlamentares e paralisa Brasília Parlamentares acusados temem ser presos e gestão Dilma vê ajuste fiscal ameaçado

O plenário do Senado vazio nesta quinta-feira. / WILSON DIAS (AGÊNCIA BRASIL)
A inédita prisão de um senador em exercício, o petista Delcídio do Amaral (MS), sob a acusação de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato, espalhou apreensão em Brasília. Enquanto parte dos 37 políticos com foro privilegiado investigados pelo esquema temem ter o mesmo destino de Delcídio, outro grupo, os que ainda são aliados de Rousseff, sem falar do próprio Planalto, preveem dias difíceis com o desenrolar imprevisível da apuração e paralisia nas votações do Congresso consideradas urgentes para o Governo.
“Quem deve com certeza tem medo do que pode acontecer nos próximos dias. Esse não é o meu caso, mas sei que a cada dia o clima de suspense aumenta por aqui”, afirmou o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), um dos deputados alvo da operação. “Aqui está um clima de cada um por si. Todos só pensam em salvar a si mesmo”, disse reservadamente outro parlamentar.
Há 13 investigados pela Lava Jato no Senado e 24 na Câmara, incluindo os dois presidentes de cada Casa, Renan Calheiros (PMDB-RN) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Todos contam os dias para terem seus casos concluídos pelo Ministério Público Federal, enquanto, no Planalto Central, ainda ecoam as palavras da ministra do STF Cármen Lúcia durante seu voto favorável à prisão de Delcídio. “Houve um momento em que a maioria de nós brasileiros acreditou num mote segundo o qual uma esperança tinha vencido o medo. Depois, nos deparamos com a ação penal 470 [o mensalão petista] e descobrimos que o cinismo tinha vencido aquela esperança. Agora parece-se constatar que o escárnio venceu o cinismo. O crime não vencerá a Justiça”, escreveu ela. O recado aos políticos foi direto: "Não se confunde imunidade com impunidade".
No Palácio do Planalto, além da preocupação com o nível da atividade no Congresso, há discussões sobre como o PT tem atacado Delcídio e se essa é a melhor saída para evitar a contaminação do Governo com os casos de corrupção. Em reunião fechada com ministros e parlamentares na quarta-feira passada, Rousseff disse que “não vai macular o governo para defender A ou B”, mas a mensagem foi clara: isso não significava que seus auxiliares estavam liberados para destratar o senador detido. O risco seria provocar um desfecho ainda pior: que o parlamentar decidisse fazer um acordo de delação premiada e revelasse a suposta extensão do esquema dentro do Executivo.
Meta fiscal 2015Os opositores tentam colar exatamente essa imagem na gestão petista. “O Delcídio já tinha seu caso arquivado pelo Supremo [Tribunal Federal]. Para mim, está claro que ele não negociava com o filho do Cerveró para si próprio, mas para o Governo da presidenta Dilma”, analisou o deputado Rubens Bueno (PPS-PR).
A prisão de Delcídio teve efeito pior, neste momento, para o Governo Dilma Rousseff (PT) do que qualquer ação de seus opositores ou investidas do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A principal preocupação dos governistas é a não aprovação da meta fiscal de 2015 que autoriza a União, Estados e Municípios a fecharem o ano com um déficit de 119,9 bilhões de reais. Além da enorme contratempo legal, a não aprovação embute um risco político. Sem esse projeto aprovado em sessão conjunta do Congresso Nacional, a tese do impeachment presidencial volta a crescer porque irregularidades fiscais teriam de ser feitas para concluir o ano. Se isso ocorrer, Rousseff poderia ser acusada de crime de responsabilidade fiscal.
O projeto estava previsto para ser votado na última quarta-feira, porém, o Legislativo brasileiro ficou paralisado com a detenção de Delcídio, que era, até então, o líder do Governo no Senado, e a reunião foi suspensa. Assim, o prazo para a meta ser aprovada ainda este ano fica mais apertado. São só nove sessões até o início do recesso parlamentar, em 22 de dezembro. Caso não seja aprovado, o Governo diz que recorrerá ao Judiciário para evitar ser punido.
“Para pagarmos tudo que devemos, precisamos fazer um novo contingenciamento [bloqueio de verbas] no Orçamento, que prejudicaria os investimentos e a prestação de serviços pelo Estado. Entendemos, inclusive, que a questão é passível de questionamentos jurídicos”, afirmou o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, para a Agência Brasil.
Dos sete congressistas ouvidos pela reportagem, seis dizem acreditar que dificilmente as propostas do ajuste fiscal conseguirão ser aprovadas neste ano. “Há uma onda negativa, mas não podemos nos deixar abater. Temos de correr atrás de aprovar as propostas de interesse do país”, afirmou o vice-líder do Governo no Senado, Telmário Mota (PDT-RR).

Samarco diz que depositou R$ 500 milhões de acordo com o MP Mineradora afirmou porém que R$ 300 milhões foram bloqueados. Acordo prevê que Samarco pague, inicialmente, R$ 1 bilhão para danos.

24/11 - Rejeitos da Samarco destuíram escola em Bento Rodrigues, em Mariana. Detalhe para o escrito no quadro: "aqui tinha uma escola"  (Foto: Aline Aguiar/ TV Globo)Rejeitos da Samarco destuíram o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana. (Foto: Aline Aguiar/ TV Globo)
A Samarco Mineradora, cujas donas são a Vale e a anglo-australiana BHP, afirmou na noite desta quinta-feira (26) que depositou os R$ 500 milhões do acordo firmado com os Ministérios Públicos Federal e de Minas Gerais. Esta é a primeira parcela de um total de R$ 1 bilhão.
Segundo o MP, o dinheiro é para garantir a execução de medidas preventivas emergenciais, de contenção de danos e para começar a solucionar problemas causados pelo rompimento da barragem de Fundão, emMariana, na Região Central de Minas Gerais, – considerado o maior acidente ambiental do país e um dos maiores do mundo no setor de mineração.
O prazo para o pagamento deste valor terminava nesta quinta-feira. O acordo foi feito no dia 16 de novembro.  A mineradora afirmou que apesar de ter pagado o montante acordado na primeira parcela R$ 300 milhões foram bloqueados pela 2ª Vara Cível da Comarca de Mariana. De acordo com a Samarco, as providências judiciais para o desbloqueio deste montante já estão sendo tomadas.
A garantia para os outros R$ 500 milhões deve ser apresentada em 20 dias. Segundo o Ministério Público, esta garantia pode ser em forma de fiança bancária, e o valor começa ser usado ao fim do primeiro montante.
Este R$ 1 bilhão, conforme o MP, não tem relação com as multas de R$ 250 milhões aplicadas pelo IBAMA. Quem vai gerir e aplicar estes recursos em ações é a própria Samarco, conforme o MPMG. Uma auditoria indicada pelo Ministério Público vai produzir relatórios periódicos demostrando os gastos.
No início da noite, por volta das 19h, o promotor de Justiça do Meio Ambiente, Carlos Eduardo Ferreira Pinto, disse que até aquele momento o depósito da Samarco não havia sido confirmado. "Amanhã tomaremos as medidas judiciais cabíveis, caso não tenha comprovação do valor integral", afirmou o promotor.

Mineradoras pagaram de R$ 7 a R$ 560 mil a deputados de comissão 22 parlamentares investigam rompimento da barragem de Fundão. Dezenove deles receberam dinheiro de mineradoras durante campanha.

 Dos 22 deputados estaduais que fazem parte da Comissão Extraordinária de Barragens da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), apenas três não receberam dinheiro de mineradoras em suas campanhas nas eleições de 2014. A comissão foi criada no dia 12 de novembro  para acompanhar as consequências do rompimento da barragem de Fundão em Mariana.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, eles receberam, entre doações diretas e indiretas, mais de R$ 1,2 milhão. O deputado Paulo Lamac (PT), suplente na comissão, foi o que mais recebeu:  R$ 567.841,53. Ele foi procurado pelo G1, mas ainda não se posicionou sobre o assunto.
Em segundo lugar aparece o deputado Gustavo Correa (DEM), com R$ 239,986. Ele divulgou nota informando que as doações foram legais e feitas de forma transparente. O deputado, efetivo na comissão,  disse que os trabalhos da comissão “serão realizados com total isenção e lisura”.
Depois vem Wander Borges (PSB), suplente na comissão, com R$ 160.596. Procurado peloG1, ele ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Em quarto lugar aparece o deputado Thiago Cota (PPS), filho do ex-prefeito de Mariana, Celso Cota. Ele recebeu R$ 113.275,72 de mineradoras, de acordo com o TSE. Procurado pelo G1, o deputado, que é efetivo na comissão, também não se posicionou sobre o caso.
Em quinto lugar está a deputada Ione Pinheiro (DEM), suplente na comissão das barragens. Ela recebeu R$ 82.779,50. A deputada ainda não se manifestou sobre o caso. Em seguida está João Vitor Xavier(PSDB) , com R$ 80.584 em doações. “Eu não recebi doação de mineradora”, disse. O parlamentar alegou que o dinheiro veio de uma parceria com um deputado federal . “É uma questão contábil que já está sendo discutida. A campanha era conjunta e, portanto, quando ele declarou suas doações elas também aparecem na minha prestação de contas”, completou. Ele ainda disse que mesmo sendo suplente, não participou de nenhuma reunião da comissão por achar que ela “não é legítima para atuar no caso”.
A próxima é a deputada Marília Campos (PT), também suplente. Ela recebeu R$ 80 mil. A deputada confirmou o valor recebido e colocou a prestação de contas à disposição. Em oitavo aparece o deputado Gustavo Valadares (PSDB), efetivo na comissão, com R$ 60.753. Ele informou em nota que as doações foram feitas legalmente.
Depois vem o deputado João Magalhães (PMDB), vice-presidente da comissão. De acordo com o TSE, ele recebeu R$ 50 mil. Porém, o gabinete do deputado afirmou “que desconhece o assunto”. Em seguida está Gil Pereira (PP), também efetivo. A campanha dele recebeu R$ 17.695. Ele não foi encontrado para falar sobre o assunto.
Descobri que recebi dinheiro de mineradora na semana passada"
deputado Jean Freire (PT)
Em décimo primeiro aparece Agostinho Patrus Filho (PV), líder do Partido Verde no estado e presidente da comissão. Segundo o TSE, as mineradoras doaram R$ 5.105,90. De acordo com a assessoria de imprensa, não houve depósito em conta já que a doação foi indireta. Ainda segundo a assessoria, “não há como ter controle de doador originário”.
Na sequência está Jean Freire (PT), com  R$ 2.910,62. “Descobri que recebi dinheiro de mineradora na semana passada. Foi o partido que recebeu. A gente faz dobradinha com candidato e eles fazem propaganda e colocam a nossa imagem. Eu acho um absurdo doações privadas, ainda mais de mineradora”, disse.
Na 13ª posição está o deputado Tito Torres (PSDB), com R$ 1.638. “Foi realmente valor estimado de campanha. Tem relação com materiais que foram enviados em conjunto, colocado na prestação de contas. Não recebi dinheiro de mineradora”, explicou o parlamentar. 
Eu não recebi doação de mineradora"
deputado João Vitor Xavier (PSDB)
O próximo é o deputado José Bonifácio Mourão (PSDB), efetivo na comissão. Ele recebeu R$ 1.015,75 de uma mineradora. “Não recebi nada em dinheiro, foi através de publicidade de outros candidatos”, disse. “Eu que gastei R$ 800 mil em minha campanha, acha que essa quantia vai me influenciar alguma coisa?”, brincou ao falar sobre o andamento dos trabalhos na comissão extraordinária.
Depois aparece Rogério Correa (PT), com R$ 1.005. Ele não foi encontrado pela reportagem. Na sequência está  Rosangela Reis (PROS). A campanha dela recebeu R$ 973,50, segundo o TSE. “Eu não recebi, não conheço, fiz a minha campanha com grupos políticos. Não conheço mineradora. Material foi repassado pela campanha de um candidato a deputado federal. É material, não é dinheiro”, explicou.
Lama em Mariana (Foto: Reprodução/TV Globo)Lama em Mariana (Foto: Reprodução/TV Globo)
Em décimo sétimo está o deputado Cássio Soares (PSD), efetivo na comissão com R$ 518. “Eu não recebi este valor em doações diretas. Foi material de campanha de outros candidatos. Isso jamais me influenciaria na comissão porque são valores muito ínfimos. Mesmo se fosse valores consideráveis, não interfeririam no meu trabalho”.
Em seguida está Celise Laviola (PMDB), efetiva na comissão. Ela recebeu R$ 165. Procurada peloG1, ainda não se manifestou sobre o assunto.
Com R$ 7,31, aparece Celinho Sitrocell (PC do B), também efetivo. A assessora de imprensa informou que a situação das contas será apurada.
De acordo com a ALMG, à princípio seria instaurada uma CPI, mas, segundo a casa, a comissão extraordinária foi a opção escolhida pelos parlamentares por que ela não entra em recesso em janeiro.

Banqueiro André Esteves passa noite em presídio de Bangu, no Rio Dono do BTG Pactual estava preso desde quarta-feira (25) na sede da PF. Ministro do STF negou revogação da prisão e autorizou transferência.

André Esteves, proprietário do Banco BTG Pactual, em foto de julho de 2014 (Foto: Nacho Doce/Reuters)
O banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual, passou a noite no presídio Bangu 8, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele deixou a sede da Superintendência da Polícia Federal na quinta-feira (26) para cumprir a prisão temporária em um presídio comum, passou por triagem no presídio Ary Franco, na Zona Norte da cidade, e foi transferido.

Esteves deixou a sede da PF por volta das 22h20 em um carro da corporação, que foi acompanhado por um comboio até o Instituto Médico Legal (IML), onde ele fez exame de corpo de delito. Ele permaneceu no local por cerca de dez minutos, antes de seguir para o presídio Ary Franco, onde chegou por volta das 23h.

Depois de passar pela triagem no presídio Ary Franco, o banqueiro foi transferido para Bangu 8. Como tem curso superior, ele tem direito a ficar em cela especial, por isso foi transferido para a outra unidade prisional.
O banqueiro foi preso na quarta (25), por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), suspeito de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.

Nesta quinta, o ministro Teori Zavascki, do STF, negou um pedido apresentado pela defesa do banqueiro para revogar sua prisão temporária e autorizou a transferência dele da Superintendência da PF para uma unidade prisional.
Em ofício ao STF, a PF do Rio informou que não teria condições de manter o banqueiro preso na carceragem e sugeriu transferência para o presídio Ary Franco.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

FHC diz que, se fosse Dilma, não iria ao exterior com país 'se esfacelando' Para FHC, é hora da presidente assumir liderança contra crise. Ele participou do lançamento de seu novo livro em São Paulo.

Fernando Henrique Cardoso participa de lançamento de livro em São Paulo (Foto: Roney Domingos/G1)Fernando Henrique Cardoso participa de lançamento de livro em São Paulo (Foto: Roney Domingos/G1)
O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta quinta-feira (26) em evento em São Paulo que, se fosse a presidente Dilma Rousseff, não iria ao exterior com o Brasil se "esfacelando".

Nos próximos dias, Dilma tem viagens programadas para França, Japão e Vietnã. FHC participou nesta quinta de um debate sobre seu novo livro, "Diários da Presidência 1995-1996", em uma unidade do Sesc na região central de São Paulo.

Questionado se estaria na hora de estabelecer-se um diálogo para tirar o país da crise, FHC defendeu que Dilma assuma a liderança. "Eu acho que está mais do que na hora, mas tem de ver o modo constitucional. Por enquanto, só tem um jeito: ou a presidente assume a liderança.... Ela vai viajar agora. Vai ficar nove dias fora do Brasil. Eu não iria nessas circunstâncias, porque o Brasil está se esfacelando", disse FHC. "Talvez seja bom", completou.

Ele voltou a sugerir que a presidente Dilma Rousseff negocie saídas para a crise, até mesmo a renúncia
"A Dilma não deve ter ficado feliz com o que eu disse, mas eu disse. Eu disse o seguinte: no limite você diz que renuncia se aprovarem isso, isso e isso. Não te querem, condiciona a sua saída à aprovação de certas medidas. Se aprovarem, não precisa nem sair. Mas ela não toma iniciativa", afirmou.

"[Dilma] Não tem com quem dialogar. Cada um está com medo do que possa acontecer consigo e o momento não é esse. Você tem de olhar o que vai acontecer conosco, com o pais."

Fernando Henrique também comentou a prisão do senador Delcídio do Amaral e disse que a decisão da maioria do Senado de manter o parlamentar preso constrangeu quem ficou "com medo de cair". Para ele, "infelizmente os elementos chave do sistema político brasileiro estão sob questionamento".

"Nós vimos ontem na televisão o constrangimento de alguns: 'Olha, tem de ser secreto porque senão eu caio'. É uma situação delicada. Você tem uma instituição que parece ter vigor, que é o Judiciário. E mesmo a decisão tomada ontem, não quero nem discutir se é constitucional ou não, mas tinha de ser tomada. Porque algum ponto de amarração tem de ter o sistema político. Já que os políticos não tomam, tomaram aquela decisão e o Senado teve de engolir aquela decisão dramática", disse FHC
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