terça-feira, 17 de novembro de 2015

Devido a greve, GDF anuncia início do ano letivo de 2016 para 29 de fevereiro Data foi definida em função da reposição de aulas, que vai até janeiro. Lei obriga recesso e férias; escolas definem reposição até fim da semana.

Calendário letivo de 2016 divulgado pelo GDF; aulas devem começar em 29 de fevereiro (Foto: GDF/Divulgação)Calendário letivo de 2016 divulgado pelo GDF; aulas devem começar em 29 de fevereiro
(Foto: GDF/Divulgação)
O ano letivo de 2016 na rede pública do Distrito Federal deve começar no dia 29 de fevereiro, de acordo com calendário divulgado pelo governo nesta segunda-feira (16). A data foi definida em função da reposição de aulas perdidas durante a greve dos professores, entre outubro e novembro. Não há data prevista para o fim do ano letivo.
Por lei, o GDF tem de reservar ao menos uma semana de recesso escolar e, em seguida, um mês de férias para os servidores da educação. O prazo acaba em 24 de fevereiro, quando os professores devem se apresentar para o "encontro pedagógico" de 2016.O calendário divulgado pelo GDF confirma o dia 16 de janeiro como prazo limite para o encerramento das aulas de 2015, mas diz que, "caso haja necessidade, os dias entre 18 e 22 de janeiro poderão ser utilizados como dias de reposição". Com isso, o início das aulas ainda pode ser adiado em mais uma semana, para 7 de março.
Até o fim desta semana, cada uma das 657 escolas da rede pública do DF terá de informar aos alunos o calendário de reposição das aulas perdidas na greve dos professores, que durou 29 dias. Durante a paralisação, 80% das escolas funcionaram total ou parcialmente, e 20% tiveram as atividades completamente interrompidas.
A reposição só pode acontecer aos sábados, no período letivo ou durante o recesso escolar. Domingos, feriados locais (como o Dia do Evangélico, comemorado em 30 de novembro) e nacionais (como 25 de dezembro e 1º de janeiro) não podem ser usados para essa finalidade. As aulas devem ser presenciais, no mesmo turno em que o aluno já está matriculado e com participação da supervisão e do conselho escolar.
Em 2015, o ano letivo tinha previsão para começar em 9 de fevereiro, mas reformas nas unidades de ensino e uma paralisação de professores adiaram o início das aulas em duas semanas.
Professores da rede pública do DF durante assembleia nesta segunda-feira em que decidiram manter a greve iniciada no dia 15 de outubro (Foto: Jéssica Nacimento/G1)Professores da rede pública do DF durante assembleia de greve, no dia 9 (Foto: Jéssica Nacimento/G1)
Sem corte de ponto
O GDF informou que não vai cortar o ponto dos professores que cruzaram os braços, desde que a categoria faça a reposição integral das aulas. "Eles [professores] concordaram em fazer a reposição da forma que nós apontássemos. Temos que saber quantos dias não foram dados [em cada escola], mas tudo isso será definido pela Secretaria de Educação", disse o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio.
Os servidores reivindicavam o pagamento de parcela de 3,5% de reajuste salarial negociado na gestão passada. O reajuste foi suspenso por Rollemberg por falta de recursos – a data anunciada para o pagamento é outubro do ano que vem, sem os retroativos, que devem ficar para 2017, caso as medidas para aumento de arrecadação sejam aprovadas pela Câmara Legislativa.
Outra condição apresentada pela categoria e acatada pelo GDF foi a apresentação de um cronograma de pagamento para as licenças-prêmio dos servidores. Segundo Sérgio Sampaio, os bônus devem ser repassados aos professores entre dezembro de 2015 e março de 2016, a depender da "disponibilidade de dinheiro em caixa".

França mudará sua Constituição para combater o jihadismo

A França se dispõe a lançar um pacote de medidas de exceção sem precedentes na recente história da Europa para combater o terrorismo. O presidente François Hollande anunciou nesta segunda-feira uma mudança drástica da Constituição para defender um país que, como insistiu, “está em guerra”. O estado de emergência, que já prevê revistas de domicílios e detenções sem ordem judicial, será prolongado por três meses. A bateria de medidas inclui três ações no exterior: buscar ajuda do restante da Europa porque o país foi “atacado”, promover uma coalizão única, incluindo a Rússia, contra o Estado Islâmico (EI) na Síria e pedir uma resolução do Conselho de Segurança da ONU contra os jihadistas. “Esta guerra afeta todo mundo, não só a França.”
A mudança constitucional anunciada prevê mais autoridade policial para perseguir e vigiar os suspeitos, endurecer as penas e dar mais poderes ao Executivo para situações de exceção, sem chegar ao estado de sítio, que implicaria ceder poder aos militares. A mudança constitucional recairá na legislação sobre o estado de emergência. Será preciso do apoio de três quintos do Parlamento. Considerando os debates recentes para aprovar medidas contra o terrorismo, o Executivo não terá problemas para levar adiante o novo pacote.
Em seu discurso ante o congresso extraordinário –a Assembleia Nacional e o Senado–, realizado com toda a solenidade imperial no Palácio de Versalhes, Hollande detalhou as medidas que vão reforçar a capacidade de defesa e proteção interna da França. A mudança constitucional que ele propõe tenderá a adaptar a Carta Magna à realidade. Para Hollande não faz sentido que num estado de emergência a autoridade seja transferida para o Exército e que só se contemple uma guerra externa contra o país. “Estamos em uma nova era”, disse.
Em nível internacional, Hollande desafiou o restante do mundo. “Este não é só um ataque à França”, disse. “A necessidade de destruir o EI é de toda da comunidade internacional.” A França quer uma só coalizão internacional, e forte, contra o jihadismo. Falará nos próximos dias com o presidente norte-americano, Barack Obama, mas também com o russo, Vladimir Putin. Pedirá a solidariedade da União Europeia com base no Tratado da UE, que obriga a ajudar um parceiro atacado, e uma resolução do Conselho de Segurança da ONU.O presidente socialista assume a necessidade de acelerar a retirada da nacionalidade –hoje existe essa opção aplicada em escassas ocasiões– de terroristas que possuam dupla nacionalidade e ameacem a segurança da república e a opção de não lhes permitir regressar caso tenham feito treinamento em terrorismo no exterior. Além disso, as forças da ordem e da justiça vão conhecer um reforço sem precedentes. Em dois anos haverá 5.000 policiais e unidades suplementares da segurança pública, 2.500 funcionários da justiça, outros mil a mais nos serviços aduaneiros e, finalmente, será cancelado o plano de reduzir os efetivos militares. Os magistrados terão maior acesso aos dados com os quais lidam as forças da ordem e os serviços de inteligência.
No curto prazo, o presidente Hollande anunciou a intensificação dos bombardeios na Síria, o envio na quinta-feira do porta-aviões Charles de Gaulle, que triplicará a potência de fogo das operações, e a ampliação do estado de emergência por mais três meses, ou seja, até o final de fevereiro.
Hollande também pediu ao restante da UE que sejam restabelecidos os controles fronteiriços externos da União. Vários terroristas, entre os quais um dos suicidas da sexta-feira, chegaram à França utilizando as vias habituais dos refugiados. “Se a Europa não controla suas fronteiras externas, como já vimos, haverá um retorno às fronteiras nacionais, com a consequente desconstrução da União Europeia.”
Até agora, o excepcional estado de emergência decretado na sexta-feira autoriza dia e noite as ações policiais administrativas, ou seja, sem ordem judicial prévia. De acordo com a legislação atual, entrará em vigor por 12 dias. Para prorrogá-lo, como quer Hollande, o Parlamento tem de aprovar uma lei específica. Na quarta-feira o projeto de lei específica será apresentado.
O estado de emergência se aplica, de acordo com a legislação atual, quando existe um perigo iminente e grave contra a ordem pública. Quando entra em vigor, como ocorreu, o ministro do Interior pode fixar zonas de residência obrigatórias para suspeitos (isso foi feito com 104 pessoas), a polícia pode revistar domicílios dia e noite sem ordem judicial (entrou em 168 casas nos últimos dias), os prefeitos podem estabelecer zonas de segurança proibidas ao trânsito de pessoas e veículos (isso foi feito em áreas de Paris) e podem ser efetuadas prisões sem ordem judicial.
As novas medias previstas pelo Governo afetarão os suspeitos fichados como tal. A polícia francesa tem registradas 10.500 pessoas como suspeitas de atividades ligadas ao radicalismo islamista. A cifra é muito elevada para que todos possam ser vigiados permanentemente. Até agora, o número oficioso calculado era de 4.000 pessoas nessa lista. Nos últimos meses, cresceu. Valls disse que, às vezes, são incluídos suspeitos com base em um único dado que chega à polícia.
O ex-presidente Nicolas Sarkozy disse que teriam de ser fixadas zonas determinadas de residência para esses suspeitos (o estado de emergência permite) e colocar-lhes braceletes eletrônicos de geolocalização. Laurent Wayquiez, secretário-geral do partido de Sarkozy, Os Republicanos, propôs até mesmo a prisão desses suspeitos em acampamentos especiais de internação. O Executivo, na realidade, não descarta a possibilidade de obrigá-los a portar algum dispositivo para que possam ser localizados a todo o momento.
Os líderes políticos também se referiram nestes dias à conveniência de tomar medidas em relação aos discursos radicais nas mesquitas francesas. A líder da ultradireitista Frente Nacional, Marine Le Pen, é partidária de fechar aquelas onde sejam feitos sermões violentos. O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, disse no domingo que é preciso fechar as que “preguem o ódio”. Nesta segunda-feira, Valls afirmou que “é preciso expulsar os que proferem discursos insuportáveis contra a República”.
Outra medida estudada pelo Ministério do Interior consiste em ampliar as opções de a polícia utilizar suas armas de fogo em casos de “legítima defesa”. Hoje, a lei indica que podem usá-las apenas nesse caso, e somente se a resposta for proporcional à agressão. Ou seja, se também forem atacados com armas de fogo. O ministério quer que a norma seja menos restritiva.

Nº de brasileiros estudando nos EUA cresce 78% em um ano, diz ONG Matrículas de brasileiros nos Estados Unidos foram de 13.286 para 23.675. Brasil já é o 6º país que mais envia alunos para universidades americanas.

Intercâmbio Brasil X EUA
Em um ano, nº de brasileiros estudando nos EUA cresceu 78%; veja a evolução desde 2009*
8.7868.7779.02910.86813.28623.6753.0993.4854.0604.2234.226Brasileiros nos EUAAmericanos no Brasil2009-102010-112011-122012-132013-142014-150k5k10k15k20k25k
Fonte: Institute of International Education
*Os dados sobre americanos estudando no Brasil no ano letivo 2014-2015 só serão divulgados em 2016
O número de universitários brasileiros estudando nos Estados Unidos cresceu 78% entre 2013 e 2014, fazendo com que o Brasil pulasse da 10ª para a 6ª posição no ranking de países que mais enviam intercambistas para os EUA. Segundo o relatório anual Open Doors, do Instituto de Educação Internacional (IIE, na sigla em inglês), divulgado nesta segunda-feira (16), entre os 25 países no topo desta lista, nenhum cresceu a uma velocidade tão alta quanto o Brasil.
Segundo o instituto, no ano letivo de 2014-2015 os Estados Unidos registraram 23.675 brasileiros matriculados no ensino superior americano. No ano letivo anterior, o número era de 13.286. Os brasileiros atualmente representam 2,4% do total de estudantes estrangeiros nos EUA.
O IIE creditou esse aumento, mais uma vez, ao programa Ciência sem Fronteiras (CSF), criado pelo governo federal em 2011. Mas também lembrou o "interesse crescente" dos estudantes brasileiros em se matricular em instituições americandas.
O relatório faz parte de um censo anual que o IIE conduz desde 1919, e desde 1972 a pesquisa é feita em parceria com o setor de Educação e Assuntos Culturais do Departamento de Estado americano.
6ª posição no ranking
Atualmente, o Brasil ultrapassou o México, o Vietnã, o Japão e Taiwan, e está atrás apenas de cinco países em quantidade de intercambistas: China, Índia, Coreia do Sul, Arábia Saudita e Canadá (veja no gráfico abaixo).
Estrangeiros estudando nos EUA
Veja os dez países que mais enviaram intercambistas aos Estados Unidos no ano letivo 2014-2015
304.040132.88863.71059.94527.24023.67520.99319.06418.72217.052ChinaÍndiaCoreia do S.A. SauditaCanadáBrasilTaiwanJapãoVietnãMéxico0k100k200k300k400k
Fonte: Institute of International Education
"O Brasil subiu para o número seis entre os países de origem [dos estudantes] (comparado ao número 10 no ano anterior), refletindo o terceiro ano letivo completo de estudantes de graduação vindo aos Estados Unidos com bolsa de estudos do programa de mobilidade científica do governo brasileiro, além de um interesse crescente de estudar nos EUA entre os alunos brasileiros", afirmou a entidade, em um comunicado.
A procura por universidades e faculdades americanas como destino de graduação de brasileiros não caiu por causa da alta do dólar neste ano. Em setembro, o Consulado dos Estados Unidos em São Paulo registrou umaparticipação recorde de 86 instituições americanas participando da edição de São Paulo da EducationUSA, a maior feira de intercâmbio do governo americano.
À época, o cônsul-geral, Ricardo Zuniga, afirmou que "o Brasil é muito importante e está se tornando mais importante para as instituições de ensino superior americanas".
Americanos no Brasil
O número de estudantes dos Estados Unidos matriculados em instituições brasileiras, porém, não seguiu o mesmo ritmo de crescimento. Entre os anos letivos de 2012-2013 e de 2013-2014 (o IIE sempre publica as estatísticas sobre os americanos com um ano de atraso), a quantidade de matrículas de alunos americanos no Brasil ficou estagnada (foi de 4.223 para 4.226).
O Brasil representa o 15º país na opção de destino dos intercambistas americanos (no ano passado, ele ocupava a 14ª colocação). No mesmo período, a África do Sul, a Argentina e a China registraram queda na entrada de estudantes americanos, de 6,9%, 5,5% e 4,5%, respectivamente.
Quase um milhão de estrangeiros
No período de um ano, o IIE registrou um aumento de 88 mil estudantes estrangeiros nos Estados Unidos, e o número total chegou a 974.926 intercambistas. Isso representa um avanço de 10%, e o número de estrangeiros já responde por 4,8% do total de 20,3 milhões de universitários nos EUA – essa é a porcentagem mais alta em pelo menos 11 anos, de acordo com os dados.
Califórnia continua, de longe, o estado com mais intercambistas: eles eram 135.130 em 2014-2015, um aumento de 11,1% em relação ao ano anterior. O segundo estado é Nova York, com 106.758 estudantes de fora dos EUA. O Texas veio em terceiro lugar, com 75.888 intercambistas.

Ataques em Paris: o que se sabe até agora Atentados nesta sexta-feira (13) deixaram mais de 120 mortos. Estado Islâmico reivindicou atentados.

 Nesta sexta-feira (13), Paris foi alvo de uma série de ataques terroristas que deixaram mais de cem mortos. Foi o pior ataque à França na história recente. Veja abaixo o que já se sabe sobre o caso:
Onde foram os ataques? Quantas pessoas morreram?
Até esta segunda (16), havia 129 mortos.Na casa de show Bataclan, no 11º distrito,  atiradores fizeram reféns e abriram fogo contra o público que assistia ao show da banda Eagles of Death Metal. Ao menos 80 pessoas foram mortas.
No Bar Le Carillon e no restaurante Le Petit Cambodge, no 10º distrito, clientes foram mortos por atiradores. No Bar La Belle Equipe, no 11º distrito, atiradores abriram fogo contra os clientes. Perto do Stade de France, em Saint Dennis, ao norte de Paris, onde França e Alemanha jogavam um amistoso, ocorreu um ataque de um suicida.
Quem são os responsáveis pelos ataques?
grupo radical Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelos ataques. Em comunicado, o grupo radical Estado Islâmico disse que os ataques foram cuidadosamente planejados. "Oito irmãos com explosivos na cintura e fuzis fizeram vítimas em lugares escolhidos previamente e que foram escolhidos minunciosamente no coração de Paris, no estádio da França, na hora do jogo dos dois países França e Alemanha, que eram assistidos pelo imbecil François Hollande, o Bataclan onde se estavam reunidos centenas de idolatras em uma festa de perversidade assim como outros alvos no 10º arrondissement e isso tudo simultaneamente. Paris tremou sob seus pés e as ruas se tornaram estreitas para eles. O resultado é de no mínimo 200 mortos e muitos mais feridos. A gloria e mérito pertencem a Alá”, diz o comunicado.
Quem são os suspeitos de cometer os ataques?
Pelo menos sete terroristas morreram duranteos atentados em Paris nesta sexta-feira (13).
Alguns deles já foram identificados oficialmente pelas autoridades - incluindo dois, um francês e um sírio, apontados pela Promotoria de Paris nesta segunda (16). Além disso, o belga Abdelhamid Abaaoud foi apontado por fontes próximas à investigação como mentor intelectual dos ataques.
De acordo com a imprensa internacional, quase todos os suspeitos identificados são de nacionalidade francesa e alguns deles moravam na Bélgica. Há um sírio entre os investigados. Um grupo de três irmãos, os Abdeslam, é investigado.
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Foto sem data mostra Abdelhamid Abaaoud, apontado como mentor dos ataques de Paris (Foto: Social Media Website via Reuters)Foto sem data mostra Abdelhamid Abaaoud, apontado como mentor dos ataques de Paris (Foto: Social Media Website via Reuters)
Há brasileiros entre os feridos? Há quatro brasileiros feridos. Gabriel Sepe levou três tiros nas costas e teve de passar por cirurgia. Já Camila Issa foi atingida nos braços, uma mão e as pernas por tiros e estilhaços de vidro. Assim como Gabriel, ela tem quadro de saúde estável e não corre risco de morrer. O terceiro brasileiro identificado entre os feridos é o arquiteto Diego Mauro, de 28 anos. Em postagem no Facebook, Mauro afirmou que está bem e disse ter sofrido apenas "alguns arranhões". Além deles, há Nicolás Lapari, de 22 anos, que tem dupla nacionalidade, é filho de mãe brasileira e pai francês, e estava no Bataclan, conforme informações do Jornal Hoje.
Qual é o telefone de informações para brasileiros na França? O Consulado-Geral do Brasil em Paris, na França, divulgou um número de emergência para brasileiros que precisem de apoio ou de informações no país. O telefone é +33 6 80 12 32 34 FREE.
Os integrantes da banda Eagles of Death Metal estão bem? Sim, a banda está a salvo. No início do ataque à casa de shows Bataclan, o grupo escapou do palco pelos bastidores, segundo afirmou o irmão de um dos membros, Michael Dorio. O irmão dele, Julian Dorio, é o baterista do grupo. Em entrevista à CNN, Michael disse que os músicos chegaram a ver os atiradores, mas encerraram o show quando notaram o ataque e fugiram. "Quando eles ouviram os tiros, eles apenas correram para o backstage. Ele me disse que viu os atiradores, mas não ficou por ali", explicou Dorio. O Eagles of Death Metal é atração do festival Lollapalooza São Paulo, em 2016.
Como está a França agora? Em estado de emergência. O exército francês patrulhará as ruas de Paris nos próximos dias para evitar novos atentados, anunciou François Hollande. Seis mil agentes vistoriam fronteiras e aeroportos. Lugares públicos devem reforçar a segurança nas entradas e acolher aqueles que estiverem em necessidade. A polícia também ordenou que se interrompam as manifestações e eventos em áreas externas. Em Paris, os hospitais entraram em "Plano Branco", um estado de emergência e crise, segundo o "Le Monde". Cinco linhas de metrô tiveram seus serviços interrompidos.
O que o presidente da França declarou? François Hollande disse neste sábado, em uma declaração à nação, que os atentados da noite de sexta em Paris "são um ato de guerra do Estado Islâmico contra a França". Além disso, Hollande afirmou que os ataques foram organizados "no exterior da França" e que contaram com "cúmplices no interior" do país.
O que líderes mundiais falaram? Barack Obama, presidente dos EUA, disse em entrevista na Casa Branca: "Esse é uma ataque não apenas contra Paris e o povo da França. É um ataque contra a humanidade e os valores que compartilhamos (...) Aqueles que acham que podem aterrorizar o povo da França e os valores que eles representam estão errados". No Twitter, a presidente Dilma Rousseff que está "consternada pela barbárie terrorista". "Expresso meu repúdio à violência e manifesto minha solidariedade ao povo e ao governo francês". Leia mais declarações aqui.
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Após ataques, 26 estados dos EUA descartam receber refugiados sírios País vem se preparando para receber refugiados desde 10 de setembro. Obama diz que decisão de estados 'é vergonhosa'.

Pelo menos 26 estados dos Estados Unidos, quase todos sob gestão do Partido Republicano, desafiaram nesta segunda-feira (16) o presidente do país, o democrata Barack Obama, ao se negarem a receber refugiados sírios após os atentados da última sexta (13) em Paris, na França.
Os estados dispostos a fechar suas portas aos refugiados são Arizona, Alabama, Arkansas, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Flórida, Geórgia, Illinois, Idaho, Indiana, Iowa, Kansas, Louisiana, Maine, Michigan, Mississipi, Massachusetts, Nebraska, Nova Jersey, Novo México, Ohio, Oklahoma, Tennessee, Texas e Wisconsin, todos dirigidos por governadores republicanos. A lista, que pode aumentar, também inclui New Hampshire, estado liderado por uma governadora democrata.
Os governadores anunciaram a recusa após a descoberta de um passaporte em um dos lugares dos atentados em Paris que estava no nome de um cidadão sírio, embora não haja certeza de que pertencesse realmente à pessoa junto à qual ele foi achado.
Segundo as investigações, um dos suspeitos dos ataques pode ter chegado a Paris após cruzar Sérvia e Croácia como refugiado.
No dia 10 de setembro, o presidente dos EUA ordenou que seu governo iniciasse os preparativos para que o país receba pelo menos 10 mil refugiados sírios durante o novo ano fiscal, que começou em 1º de outubro, como medida contra a crise migratória que afeta a Europa.
No domingo (15), o assessor adjunto do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Ben Rhodes, afirmou que o governo ainda planeja receber 10 mil refugiados sírios, apesar do massacre em Paris.
No entanto, à luz dos ataques em Paris, que deixaram pelo menos 129 mortos e mais de 350 feridos, os governadores se mostram reticentes a abrir as portas de seus estados por motivos de segurança.
Um dos governadores que mais elevou o tom contra o recebimento de refugiados foi o do Texas, Greg Abbott, que governa o segundo estado mais populoso dos EUA e enviou uma carta a Obama para explicar suas reservas.
"Como governador do Texas, informo que o estado não aceitará nenhum refugiado da Síria após o letal ataque terrorista em Paris", afirmou Abbott no texto. "Além disso, eu e milhões de americanos lhe imploramos para que interrompa seus planos de aceitar mais refugiados sírios nos EUA. Um 'refugiado' sírio parece ter tido participação no ataque terrorista em Paris", ressaltou o governador texano.
O governador de Ohio, John Kasich, pré-candidato à indicação do Partido Republicano para as eleições presidenciais de 2016, disse que "de nenhuma maneira" pode ser colocada em "risco" a segurança do povo americano com o recebimento de refugiados sírios.
Na cúpula do G20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo) em Antalya (Turquia), Obama condenou as recusas a permitir a entrada de refugiados sírios nos EUA: "Isso é vergonhoso, isso não é americano, isso não é o que somos". "Nós não fechamos nossos corações a essas vítimas de semelhante violência", afirmou.
Diante da pressão dos governadores, o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Mark Toner, afirmou, durante sua entrevista coletiva diária, que os advogados do governo estudam até que ponto os estados rebeldes podem se negar a aceitar refugiados.
"Alguns estados expressaram sua preocupação" sobre os refugiados sírios e "levamos a sério suas preocupações", ressaltou Toner, ao acrescentar que o Executivo já fez contato com as autoridades estaduais e locais de mais de 180 localidades de todo o país que aceitaram acolher refugiados.
3 VALE ESTE - Ataques terroristas em Paris deixam mortos; houve explosões e há reféns (Foto: Arte/G1)Arte / G1

Além de John Kasich, outros pré-candidatos republicanos às eleições presidenciais de 2016 se manifestaram contra a chegada de refugiados sírios, como o senador Rand Paul e o neurocirurgião Ben Carson, que lidera as últimas pesquisas sobre os candidatos conservadores à Casa Branca.
Paul antecipou que apresentará um projeto de lei para impor "uma suspensão imediata aos vistos para refugiados".
"Acredito que Paris deveria nos despertar para o fato de que não podemos permitir que qualquer um venha a este país", declarou o senador.
Carson, por sua vez, cobrou aos líderes republicanos no Congresso dos EUA para que promulguem uma legislação que bloqueie o financiamento federal do plano do governo para receber refugiados da Síria, a fim de impedir que "terroristas do EI se infiltrem em estados disfarçados de refugiados ou imigrantes".
Apesar da ofensiva republicana, vários estados dirigidos por governadores democratas, como Connecticut, Vermont e Pensilvânia disseram que suas portas seguem abertas para os refugiados que fogem do conflito na Síria.
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