sexta-feira, 13 de novembro de 2015

13/11/2015 19h10 - Atualizado em 13/11/2015 19h52 Polícia cita 18 mortos em tiroteios em Paris; também houve explosões Três tiroteios foram registrados em diferentes pontos da cidade. Explosões aconteceram perto de estádio onde jogam França e Alemanha.

Explosões teriam ocorrido próximo ao Stade de France, em Paris, na noite de sexta (13), durante um jogo entre as seleções da França e Alemanha. Além disso, três tiroteios deixaram 18 mortos e dezenas de feridos em outros pontos da cidade, segundo a polícia parisiense.
Às 19h45, o  jornal "Liberation" afirmou que dois tiroteios ainda estavam em andamento, nos 10º e 11º arrondissements. Segundo o jornal, que citou a agência AFP, há reféns na casa de espetáculos Bataclan, no boulevard Voltaire, no 11º arrondissement.

Foto de rede social mostra local do tiroteio em Paris (Foto: Reprodução/Vince)Segundo a BBC, um homem usando uma arma automática abriu fogo em um restaurante cambojano no 10º arrondissement, deixando ao menos sete feridos. De acordo com o "Liberation" e a rede de TV CNN, há "diversos mortos". A Reuters afirma que duas pessoas morreram ali.
Foto de rede social mostra local do tiroteio em Paris (Foto: Reprodução/Vince)
Um repórter do "Liberation" que está no local diz ter visto ao menos quatro corpos no chão. Já o repórter da BBC contou dez pessoas deitadas, sem conseguir identificar se estariam mortas ou feridas. Diversas ambulâncias já chegaram.
Um segundo tiroteio teve como cenário o bar "Le Carillon", segundo o Liberation. Na sequência, outro tiroteio foi registrado no 11º arrondissement.
Movimentação em frente ao local do tiroteio em Paris (Foto: Reprodução/CNN)Movimentação em frente ao local do tiroteio em Paris (Foto: Reprodução/CNN)
A BBC, o Liberation e o "Le Monde" afirmam também que houve três explosões do lado de fora do Stade de France, mas a polícia ainda não informou se há feridos no local. O presidente francês, François Hollande, foi retirado do estádio por segurança.
Ameaça
O hotel Molitor de Paris, onde está hospedada a seleção alemã de futebol, foi evacuado ao final da manhã desta sexta-feira (13) devido a um alerta de bomba.

Os jogadores alemães foram levados para outro hotel.

Uma equipe especializada em explosivos esteve no local.
  •  
Foto de rede social mostra movimentação na rua do restaurante onde houve tiroteio (Foto: Reprodução/Twitter/odonata2000)Foto de rede social mostra movimentação na rua do restaurante onde houve tiroteio (Foto: 

Seguro de vida aos Policiais Militares

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Aneel realiza leilão de energia de fontes solar e eólica nesta sexta Empresa de Pesquisa Energética recebeu 1.379 projetos para a disputa. Suprimento começa em 1º de novembro de 2018, com prazo de 20 anos.

Imagem Superior do Perfil: Imprensa
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realiza nesta sexta-feira (13), em São Paulo, leilão destinado à contratação de energia elétrica de novos empreendimentos, de fonte solar fotovoltaica e eólica.

Denominado “2º Leilão de Energia de Reserva”, o certame está marcado para as 10h, na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O objetivo do leilão, conforme o governo, é aumentar a segurança do fornecimento de energia elétrica no país e reduzir os riscos de desequilíbrio entre a oferta e a demanda.

Segundo a Aneel, os leilões de reserva servem para incrementar a garantia física do sistema e, nesse caso, a energia pode ser contratada com qualquer antecedência. 

Contratos
O suprimento começa em 1º de novembro de 2018, com prazo de duração de 20 anos. De acordo com a Aneel, serão negociados Contratos de Energia de Reserva na modalidade por quantidade de energia.
Preço inicial
O preço inicial do produto por quantidade será de R$ 381,00 por MWh (megawatt-hora) para fonte solar fotovoltaica, e de R$ 213,00 por MWh para fonte eólica.
Projetos
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) recebeu 1.379 projetos para o leilão, distribuídos em 14 estados, sendo 730 de usinas eólicas e 649 de energia solar. As propostas têm potência superior a 39.917 MW (megawatts).

STF proíbe ocultação de doações aprovada em minirreforma eleitoral Regra permitia repasse de dinheiro a candidato sem individualizar doador. Ministros decidiram que identificação de doadores valerá em eleição de 2016.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (12) derrubar uma regra da minirreforma eleitoral aprovada neste ano que impedia identificar os doadores das campanhasde cada candidato. Os ministros entenderam que a norma contraria a transparência na disputa eleitoral, compromete a fiscalização das contas e dificulta a escolha de candidatos pelo eleitor.
A nova lei permite a doação de pessoas físicas a partidos, mas um trecho permite que os valores repassados pelas siglas aos candidatos fossem declarados somente como doação das próprias legendas. Sem a “individualização dos doadores", o eleitor não teria como saber quem financiou o candidato. Na prática, a nova lei invalidou uma resolução aprovada no ano passado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que exigia a identificação da origem da doação repassada pelo partido ao candidato.
Relator do caso, o ministro Teori Zavascki, argumentou em seu voto que a transparência sobre as doações eleitorais é necessária não apenas para fiscalizar as contas dos candidatos, mas para dar ao eleitor mais informações para votar e dar instrumentos para o Estado combater a corrupção.Por unanimidade, os ministros do Supremo derrubaram a regra e determinaram que a identificação valerá para as eleições municipais do ano que vem.

“O conhecimento dos nomes dos doadores ilumina conexões políticas facilmente subtraídas do público nos discursos de campanha, denunciando a maior ou menor propensão dos candidatos e partidos a abandonar suas convicções ideológicas em posturas e pragmatismos políticos questionáveis, como o fisiologismo, que se conhecidas de antemão, poderiam sofrer a rejeição do eleitorado”, afirmou.
A ação que pediu a identificação dos eleitores foi proposta pela Ordem dos Advogados do Brasil. No julgamento, o presidente da entidade, Marcus Vinicius Furtado Coelho disse que a identificação do doador originário é de “suma importância ao cumprimento do princípio republicano”.

EUA lançam ataque na Síria dirigido contra o jihadista 'John' Terrorista matou dois jornalistas americanos e um japonês, entre outros. Rede americana 'ABC News' diz que alvo foi 'aniquilado'.

Os Estados Unidos lançaram nesta quinta-feira um ataque com drones na Síria que teve como alvo o cidadão britânico Mohammed Emwazi, conhecido como "Jihadi John", que apareceu em vários vídeos de decapitações do Estado Islâmico (EI), informou o Departamento de Defesa dos EUA.
Em comunicado, o porta-voz do Departamento de Defesa, Peter Cook, informou sobre a operação, que aconteceu nas cercanias da cidade de Al Raqqa, no norte da Síria, mas, por enquanto, não se sabe se a ação foi bem-sucedida.
"Jihadi John" apareceu nos vídeos do EI que mostravam os assassinatos dos jornalistas americanos Steven Sotloff e James Foley, do voluntário americano Abdul-Rahman Kassig, dos voluntários britânicos David Haines e Alan Henning, e do jornalista japonês Kenji Goto.
Apesar não haver confirmação oficial, a emissora de televisão americana "ABC News" citou um funcionário do alto escalão que não foi identificado e contou que "Jihadi John" teria sido "aniquilado" em um "golpe limpo" no qual não houve efeitos colaterais."As Forças Armadas dos EUA realizaram um ataque aéreo em Al Raqqa (Síria) em 12 de novembro de 2015 que teve como alvo Mohammed Emwazi, também conhecido como Jihadi John. Estamos avaliando os resultados da operação desta noite e forneceremos as informações adicionais quando for apropriado", disse Cook.
De acordo com essa fonte, Emwazi teria sido atacado em Al Raqqa no momento em que deixava um edifício e entrava em um veículo.
Jihad John matou jornalistas e voluntários (Foto: Reuters / SITE Intel Group)Jihad John matou jornalistas e voluntários (Foto: Reuters / SITE Intel Group)

Juiz autoriza quebra de sigilos do ex-ministro Guido Mantega Apuração pretende descobrir se nomeações de conselheiros do Carf feitas pelo então ministro da Fazenda sofreram interferência ilegal

Juiz autoriza quebra de sigilos do ex-ministro Guido Mantega Elza Fiúza/Agência Brasil
O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, autorizou nesta terça-feira (10) a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, no âmbito da Operação Zelotes.
A Zelotes investiga fraudes em julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda. O esquema investigado, de acordo com a PF, consistia em pagamento de propina para integrantes do Carf com o objetivo de anular ou reduzir débitos tributários de empresas com a Receita Federal.

O pedido de quebra dos sigilos do ex-ministro foi movido pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal com o objetivo de descobrir se houve irregularidades, por parte de Mantega, na nomeação de conselheiros do Carf durante sua gestão no ministério – a indicação dos candidatos cabe ao Comitê de Seleção de Conselheiros e o nome precisa ser aprovado pelo ministro da Fazenda.

A quebra do sigilo já havia sido solicitada pela Procuradoria, mas foi negada em julho deste ano pelo mesmo juiz, Vallisney de Souza Oliveira, porque, segundo ele, não havia indícios da participação de Guido Mantega nos chamados "fatos ilícitos". A decisão pela quebra dos sigilos só foi tomada após o Ministério Público apresentar novo pedido que, segundo o juiz, "conteriam elementos sobre o envolvimento de Mantega em fraude envolvendo o julgamento do processo administrativo fiscal" no Carf.
O que é o Carf - VALE ESTE (Foto: Editoria de Arte/G1)
Até a última atualização desta reportagem, o G1não havia localizado a defesa de Mantega.
Segundo as investigações da PF, o esquema teria fraudado até R$ 19 bilhões da Receita. As investigações apontam que conselheiros suspeitos de integrar o esquema criminoso passavam informações privilegiadas de dentro do Carf para escritórios de assessoria, consultoria ou advocacia.
Esses escritórios, de acordo com os investigadores, procuravam empresas multadas pela Receita Federal e prometiam controlar o resultado dos julgamentos de recursos.
Fases da Zelotes
A Operação Zelotes começou em 26 de março de 2015. Na primeira fase da operação, agentes da PF apreenderam R$ 1 milhão em espécie, além de carros de luxo, em duas casas de Brasília.
Em setembro, agentes da PF fizeram buscas em escritórios de contabilidade de São Paulo, do Rio Grande do Sul e do DF.
No dia 8 de outubro a PF fez a 3ª fase da Zelotes e cumpriram sete mandados de busca e apreensão em Brasília e no Rio de Janeiro.
No dia 26 de outubro, a quarta fase da Zelotesprendeu 5 pessoas preventivamente e fez buscas e apreensões no escritório de uma empresa de Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Cientistas flagram chimpanzé cuidando de filhote deficiente pela 1ª vez Melissa Hogenboom BBC Earth

Image copyright
Image captionXT11 (à esquerda), com a mãe e com outro bebê chimpanzé, na Tanzânia
No primeiro caso do tipo, uma fêmea de chimpanzé foi observada tomando conta de um bebê com deficiências graves em seu habitat natural.
O filhote, também fêmea, e sua mãe foram descobertos por pesquisadores japoneses da Universidade de Kyoto no Parque Nacional de Mahale, na Tanzânia. Batizada de XT11, a bebê viveu por 23 meses.
Ela era a sexta cria de sua mãe, Christina, de 36 anos.
Fisicamente, XT11 se parecia com um chimpanzé criado em cativeiro que tinha sintomas semelhantes aos da síndrome de Down.
Em artigo na revista científica Primates, os cientistas argumentam que XT11 só sobreviveu por tanto tempo graças aos cuidados da mãe, sem os quais ela teria morrido mais cedo.
“A mãe respondia ao comportamento fora do comum de XT11, a suas capacidades restritas e a suas necessidades”, dizem os pesquisadores.
Curtiu? Siga a BBC Brasil no Twitter e no Facebook

Leite materno

Image copyright
Image captionBebê apresentava hérnia no abdômen e danos da coluna, além de problemas motores
A bebê não foi observada se alimentando de plantas, o que indica que ela se manteve completamente dependente do leite materno mesmo em uma idade em que outros chimpanzés já teriam sido desmamados.
“Suspeitamos que suas limitações ao se alimentar se devem à falta de habilidade motora. Ela também pode ter sofrido de má nutrição por causa da sua dieta exclusiva à base de leite, pelo menos no fim da vida”, escrevem os autores.
Além de ser limitada fisicamente, XT11 apresentava uma hérnia no abdômen, danos na coluna e um dedo extra e inativo em sua mão esquerda. Seu olhar parecia “vazio”, sua boca estava sempre meio aberta e ela não conseguia se sentar sem apoio.
A bebê chimpanzé conseguia se agarrar aos pelos da mãe, mas seus pés não eram suficientemente fortes para se firmar.
Tomar conta de um filhote deficiente obrigou Christina a mudar seu comportamento. Ela parou de procurar formigas em árvores porque precisava de suas mãos livres para poder carregar XT11.
“A mãe de um bebê com graves deficiências provavelmente se sente mais estressada do que as outras fêmeas, porque precisa oferecer cuidados intensivos por mais tempo”, explicam os cientistas.

Ajuda da irmã mais velha

Image copyright
Image captionMãe só dividia cuidados com XT11 com a filha mais velha, de 11 anos
De vez em quando, a irmã de XT11, de 11 anos, ajudava, brincando com ela, carregando-a e limpando-a.
“Houve ocasiões em que a mãe espontaneamente entregou a bebê para a filha mais velha, o que é algo bem fora do comum entre chimpanzés”, afirma Michio Nakamura, um dos autores do estudo, em entrevista à BBC. “Enquanto a irmã mais velha tomava conta de KT11, a mãe subia em árvores para se alimentar de frutas.”
Mas quando a irmã teve sua própria cria, ela parou de tomar conta da caçula.
Outros familiares de XT11 não tinham permissão para limpá-la ou carregá-la, o que não é comum. Para os cientistas, a mãe deve ter percebido que não seria seguro.
A causa da morte da bebê não pôde ser identificada. Os pesquisadores acreditam que pode ter sido por causa de complicações decorrentes de sua alimentação limitada.
Apesar de serem comuns nascimentos de primatas deficientes, apenas dois chimpanzés afetados foram observados até hoje. Ambos viviam em cativeiro e foram negligenciados ou rejeitados pelas mães, e tiveram que ser cuidados por humanos.
O fato de esse tipo de cuidado ter sido observado na natureza em nossos parentes vivos mais próximos indica que esse comportamento tem uma longa história evolutiva.
Nosso ancestral comum com os chimpanzés deve ter apresentado o mesmo nível de cuidados.
“Nossa observação de que a irmã mais velha também se ocupava da bebê pode ajudar a entender a evolução dos cuidados não maternais de indivíduos deficientes”, diz Nakamura.