segunda-feira, 2 de novembro de 2015

'Playboy' acaba de aprender que o velho sexismo não dá mais lucro.

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A decisão da "Playboy" de deixar de publicar fotos de mulheres nuas pouco tem a ver com uma vitória feminista e com os avanços da mulher, e muito a ver com um modelo de negócios que deixou de ser eficiente —pôsteres de mulheres nuas na era do Girls Gone Wild, Milfs e Two Girls One Cup parecem tão desgatados e empoeirados quanto o velho roupão de Hugh Hefner.
O velho sexismo já não dá dinheiro, mas o novo sexismo vai continuar ativo.
Já faz 50 anos que Gloria Steinem se infiltrou em uma das unidades do Playboy Club operadas por Hefner, vestindo um leotard de cetim e um rabinho postiço de coelha, para expor um mundo no qual as mulheres recebiam "deméritos" por usarem saltos com menos de 7,5 centímetros, eram chamadas às mesas com gritos de "vem cá, coelhinha" e tinham de se submeter a um exame ginecológico para um emprego como garçonete.
A decisão é uma ilusão sedutora de progresso —a mais famosa revista de mulheres nuas do planeta deixando os nus de lado para se concentrar "nas reportagens"—, mas ainda assim não passa de uma ilusão. Quando seu site foi relançado sem fotos de mulheres nuas, este ano, a revista explicou que era porque sua marca transcende a nudez, e "Playboy" é "um árbitro cultural de beleza, gosto, opinião, humor e estilo".
O anúncio sobre a revista, porém, continha uma dose maior de franqueza. Scott Flanders, o presidente-executivo da "Playboy", disse ao "New York Times" que "agora todos estão a um clique de distância de todos os atos sexuais imagináveis, e de graça".
Além disso, a nudez jamais foi o problema das feministas com relação a "Playboy", porque não há nada de sexista nas imagens de mulheres nuas em si. A ideia de que os homens têm direito a essas mulheres, no entanto —uma ideia que domina o cenário da cultura pop quer os proponentes tenham credenciais pornográficas, quer não— é o problema.
Afinal, não faz verdadeira diferença que a mulher esteja vestida ou nua se todas as representações dela são sexualizadas. Quando Steinem obteve emprego no Playboy Club, os trajes sumários que as mulheres eram forçadas a usar pareciam peixe pequeno se comparados ao salário medíocre e ao tratamento humilhante e discriminatório que recebiam, uma situação que talvez fosse mais grave nos clubes da "Playboy" mas que continuava a ser o padrão para as mulheres nos anos 60, pouco importando onde trabalhassem.
E, embora chamar as mulheres de "coelhinhas" e exibir seus corpos nus implicasse em objetificá-las, me preocupo mais com a maneira pela qual Hefner tratava suas namoradas na vida real, como parte da fantasia que buscou criar por meio de sua revista e marca.
Julie Burton, presidente do Women's Media Center, aponta, porém, que a objetificação é significativa, da mesma forma que o trecho do anúncio no qual a "Playboy" afirma que continuará a exibir imagens de mulheres em trajes e poses provocantes. "A 'Playboy' não está sozinha nisso —existe uma avalanche de imagens sexualizadas na mídia e publicidade. Mas essas imagens têm impacto negativo", diz Burton.
"O foco constante em imagens sexualizadas da mulher transmite a mensagem de que devemos avaliar a mulher pela aparência e não pelo que ela é: um ser humano que participa de quase todas as histórias", ela acrescentou.
Mas Sara Benincasa, humorista e autora do romance "DC Trip", que teve textos publicados pela "Playboy" sobre temas como padrões de beleza, o caso GamerGate, e apupos masculinos às mulheres nas ruas, diz que, embora compreenda o ceticismo quanto à revista, "acho que um novo dia raiou, lá".
"Jamais imaginei que eu me definiria como fã da marca Playboy", ela me disse. "Você sabe qual é o maior ato feminista? Pagar bem a uma mulher por seu bom trabalho; promover o pensamento inteligente, o pensamento crítico, e o apoio aos direitos da mulher".
Assim, talvez seja possível julgar a revista pela —ainda provocante— capa.
Sim, o abandono das fotos nuas pela "Playboy" provavelmente não terá grande impacto sobre as pessoas que gostam de olhar mulheres nuas, e nem promoverá o avanço do feminismo. A ação tem a mais a ver com os negócios do que com o progresso e, não importa o que aconteça na "Playboy", o sexismo persistirá —não só na pornografia como na vida. E isso preocupa muito mais do que o fato de que veremos menos pares de seios nus nas bancas de jornais.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

Coty compra divisão de cosméticos da brasileira Hypermarcas por R$ 3,8 bi

A multinacional de cosméticos Coty, uma das maiores do mundo, comprou nesta segunda-feira (2) toda a divisão de cosméticos da brasileira Hypermarcas, por cerca de R$ 3,8 bilhões.
A aquisição ainda precisa passar por instâncias regulatórias, e deve ser fechada até o final de março de 2016, informou a Coty em comunicado.
A compra abrange marcas como Risqué, Monange, Bozzano, e Cenoura & Bronze da divisão de cosméticos da Hypermarcas, que gerou receita de R$ 977,5 milhões em 2014.
Elas se juntarão a um portfólio que inclui marcas como OPI, líder mundial no setor de esmaltes, e diversos perfumes, entre eles Calvin Klein e Davidoff —a Coty teve receita líquida de US$ 4,4 bilhões no exercício social encerrado em 30 de junho de 2015.
Em comunicado ao mercado publicado nesta quinta, a empresa informa que "os recursos provenientes da transação serão utilizados preponderantemente para redução do endividamento líquido da companhia".
Após a aquisição, as ações da Coty tiveram alta de 4% na Bolsa de Nova York. Às 14h32, no entanto, a alta desacelerou para 1,1%.
MOVIMENTAÇÃO DE MERCADO
Com a venda, a Hypermarcas fica mais perto de um antigo objetivo de se tornar uma empresa exclusivamente farmacêutica, deixando de lado sua carteira de itens de bens de consumo para focar a produção de medicamentos. Ela já ocupa hoje posição de liderança no ranking de fabricantes de remédios no Brasil.
Assim, a transação não inclui os negócios de produtos descartáveis, composto por fraldas das marcas Pom Pom, Cremer Disney, Sapeka e Bigfral, assim como preservativos (Jontex, Olla e Lovetex), adoçantes (Zero-Cal, Finn e Adocyl) e dermocosméticos (Episol, Epidrat, Hydraporin, dentre outras).
"Quando finalizada, a transação marcará um passo transformador para a Hypermarcas, cujo foco estratégico estará voltado para o mercado farmacêutico, que oferece potencial atrativo de crescimento e rentabilidade no longo prazo", disse a empresa no comunicado.
Do lado da Coty, o movimento ajuda a empresa a se fortalecer no mercado brasileiro, e mira a fusão com a divisão de beleza da multinacional Procter & Gamble, prevista para o segundo semestre de 2016.
No comunicado, a companhia afirma que o centro de fabricação e distribuição da Hypermarcas em Goiás servirá para integrar o negócio da Coty, assim como, futuramente, da P&G no Brasil.
"Nós esperamos que a força das marcas, a impressionante equipe de liderança e a infraestrutura robusta fortaleçam a posição competitiva da Coty e complemente a fusão prevista com o setor de beleza da P&G", afirmou Bart Becht, presidente interino e presidente do conselho da Coty.
SURPRESA
O negócio fechado nesta segunda-feira surpreende o mercado, que esperava que a Hypermarcas anunciasse primeiro a venda de sua divisão de fraldas, que têm sido alvo de rumores de uma transação iminente desde o início do ano.
A aquisição realizada pela Coty, empresa fundada em Paris em 1904, ocorre em um momento de incertezas sobre a atração de investidores estrangeiros no Brasil.
Fundada em 2001, a Hypermarcas é campeã em medicamentos isentos de prescrição médica, com marcas como Benegrip, Engov e Rinosoro. É vice-líder em cosméticos para a pele e detém a terceira posição em medicamentos genéricos.
A companhia também é líder em preservativos, com 50% do mercado, e adoçantes, que têm penetração no varejo farmacêutico.
Em julho, a Coty fechou um acordo de US$ 12,5 bilhões para comprar a unidade de beleza da Procter&Gamble, com marcas como Clairol e Wella.
A empresa tem buscado explorar melhor sua presença no mercado mundial de beleza. No ano passado, chegou a fazer uma oferta formal à Chanel pela marca Bourjois e, em 2012, fez uma tentativa fracassada de adquirir a Avon, com uma oferta superior a US$ 10 bilhões.
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RAIO-X

COTY
Fundação: França, 1904
Setor: Beleza
Faturamento: US$ 4,395 bilhões no ano fiscal terminado em junho de 2015
Lista de marcas inclui: Adidas, Calvin Klein, Chloé, DAVIDOFF, Marc Jacobs, OPI, philosophy, Playboy, Rimmel e Sally Hansen.
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HYPERMARCAS
Fundação: Brasil, 2001
Setor: Saúde e bem-estar
Faturamento: R$ 2,443 bilhões no primeiro semestre de 2015
Lista de marcas inclui: Jontex, Olla, Zero-Cal, Bitufo, Adocyl, Engov, Epocler, Estomazil, Rinosoro, Atroveran, Benegrip

DESRESPEITO À VIDA Matar gambás é crueldade e crime ambiental

Divulgação
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A rotina de duas voluntárias do Núcleo de Proteção aos Animais, Patrícia Coradini e Beatriz Souza, foi totalmente alterada pela chegada de seis filhotinhos. Acostumadas com cães e gatos, agora as protetoras precisam cuidar de gambás. Eles foram encontrados por um cidadão, que procurou pela ajuda do núcleo. Patrícia conta que os animais são alimentados a cada duas horas em uma seringa própria para isso. Beatriz buscou orientação de um biólogo para alimentar os pequenos. Uma mistura foi sugerida: leite, mel, ovos e sal. Agora, já comem banana também. Patrícia conta que, enquanto um é alimentado, os outros tentam escalar em busca de acesso ao alimento.
Não é possível afirmar como esses filhotes ficaram sem os cuidados da mãe. Mas não é arriscado dizer que, por vezes, gambás são mortos pelos humanos, pois são considerados “pragas”. Esta época do ano é de reprodução da espécie: em busca de um abrigo ou de alimentos, a fêmea acaba se aproximando das residências e coloca sua vida em risco. Após a morte do animal, os filhotes costumam sobreviver pois ficam protegidos pela bolsa marsupial da fêmea. Uma campanha, nas redes sociais, busca conscientizar justamente sobre isso. Também para o fato de que abater animais nativos é crime.
O chefe do escritório regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis de Bagé (Ibama), Rodrigo Dutra da Silva, conta que o gambá de orelha branca (Didelphis albiventris) é um marsupial que se adapta muito bem à zona urbana das cidades. A espécie se aproveita da farta alimentação encontrada nos resíduos domésticos, assim como de abrigos como telhados. Tal característica faz com que a espécie seja considerada parte da fauna sinantrópica, que é aquela que se beneficia de características ecológicas oriundas das atividades humanas e vive próximo ao homem nas zonas urbanas.
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Como lidar
O profissional orienta que os gambás que entrarem em residências devem ser afugentados à noite, pois é quando se orientam melhor. “Considerando que são animais nativos em vida livre, não devem ser capturados, salvo com autorização ou acompanhamento do órgão de saúde ou ambiental municipal, pois é situação de impacto local”, argumenta.
Para melhorar a convivência com os animais e evitar o alojamento e a reprodução em partes das residências, é importante que forros, porões e outros locais que possam ser refúgio sejam fechados. Além disso, o lixo com resíduos de comida ou outras fontes de alimentação (ração de cão ou gato) não deve permanecer, durante a noite, no pátio ou em frente às residências. Silva lembra que a espécie é importante na cadeia alimentar. Os gambás se alimentam de insetos e roedores: “São vitais para que outras espécies não venham a se tornar pragas urbanas”, alerta. Aqueles que matarem um gambá não só respondem por crime ambiental como estão passíveis de multa de R$ 500 por animal.

Novembro Azul para prevenção de câncer de próstata em cães e gatos

Por Fátima ChuEcco (Da Redação)
Foto: Divulgação
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Em 17 de novembro é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata e por essa razão o mês foi escolhido para as campanhas de prevenção dessa doença, inclusive, em animais. Esse tipo de câncer é raro em gatos, mas frequente em cães entre 7 e 15 anos de idade. Segundo Sylvia Angélica, veterinária nutróloga responsável pelo site Cachorro Verde, a partir dos 7 anos de idade é importante submeter, anualmente, principalmente o cachorro macho não-castrado a uma ultrassonografia abdominal para checar o aspecto da próstata e testículos. Machos não-castrados e sem vida sexual estão mais sujeitos à doença e é preciso ter mais atenção com eles.
Ela diz que lambedura excessiva do local, presença de secreção com sague ou esverdeada no pênis e eliminação de fezes em formato de fitas (achatadas) são alguns dos sintomas mais comuns, mas vários animais podem ter a próstata alterada e serem assintomáticos por um bom tempo. “Em caso de hiperplasia prostática benigna (HPB), que é o aumento da próstata causado por hormônios, pode-se tentar primeiro um tratamento com nutracêuticos como licopeno e zinco, entre outros. A HPB é tão comum que especialistas citam que 100% dos cães não-castrados idosos apresentam essa condição. Quando o caso é mais sério pode-se usar antibióticos e até a castração que acaba com o problema dentro de pouco tempo”, explica.
A ONG Pró-Bichos, de Navegantes (SC) abraçou desde o ano passado a campanha Outubro Rosa, de prevenção ao câncer de mama e, neste momento, está engajada na divulgação do Novembro Azul com cartazes que têm como protagonistas animais machos resgatados e, obviamente, castrados. A ideia, segundo a ONG, é conscientizar os tutores sobre o câncer de próstata e motivar a castração dos machos, pois, muita gente se preocupa em castrar as fêmeas, mas evita castrar os machos com medo de ficarem mansos demais, não protegerem a casa e engordarem. Vale lembrar que a castração colabora com a obesidade se o animal comer demais e não fizer exercícios e caminhadas, mas não altera a personalidade dos bichos.
Cão Jowjow. Foto: Divulgação
Cão Jowjow. Foto: Divulgação
Casos mais graves, outros procedimentos
A quimioterapia é utilizada quando existem chances do tumor se espalhar para outras partes do corpo do cão ou gato. Em linfomas e leucemias pode ser indicada como único tratamento eficaz. São usadas as mesmas drogas que em humanos, porém em doses menores. Os veterinários dizem que os efeitos colaterais são também menores em animais, mas muitos bichos apresentam náuseas, diarreia, anemia e queda de pelos. Existe uma terapia de suporte para amenizar esses sintomas.
A radioterapia serve para controle do tumor, mas nem sempre cura a doença. As pesquisas mostram que a tolerância a esse método, no entanto, é boa em grande parte dos animais. De novidade existe a eletroquimioterapia que é uma combinação do medicamento quimioterápico em associação a aplicação de um campo elétrico especifico. São poucas as clínicas que oferecem. Tem sido mais comum seu uso em humanos. Existe ainda a imunoterapia, mais usada em pacientes com melanoma.
Os sintomas de vários tipos de câncer se parecem muito com o de outras doenças como emagrecimento progressivo, feridas que não cicatrizam, perda de apetite, cansaço em excesso, sangramentos, problemas para urinar e defecar. Qualquer anomalia precisa ser investigada. Caso outras doenças sejam descartadas e se chegue ao diagnóstico de câncer, o sucesso do tratamento vai depender do tipo e tamanho do tumor, estágio da doença e, claro, resposta individual do animal a algum tipo de tratamento.

A HEROÍNA QUE FALTAVA Nina Móvel, a primeira ambulância UTI veterinária gratuita do planeta 22 de setembro de 2015 às 6:00 Por Andreza Poitena (da Redação)

Por Andreza Poitena (da Redação)
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Nina móvel, a primeira ambulância UTI veterinária gratuita do planeta. Foto: Henrique Favery
Nina Móvel é a primeira ambulância UTI veterinária gratuita do mundo e um projeto da ANDA (Agência de Notícias de Direitos Animais),  o primeiro e maior portal jornalístico do mundo que combate a violência social e a destruição do meio ambiente a partir da defesa dos direitos animais.  Para contribuir acesse o site.
O novo projeto da ANDA tem como objetivo atender animais de pessoas e de protetores que não têm condições de pagar por um atendimento como este serviço. A ambulância fará também o socorro de emergência de animais abandonados que deverão ter um responsável por eles que poderá ser uma ONG ou uma pessoa.
O Nina Móvel ainda não está na ativa e por isso precisa da sua ajuda para começar a salvar vidas. Por ser uma trabalho gratuito necessita de contribuições de pessoas que amam animais e lutam por uma vida mais digna para eles. Para fazer sua contribuição entre no site e comece agora mesmo a fazer parte desse pioneiro projeto.
O Nina Móvel chegou para salvar vidas e trazer alegria para todos. Foto: Henrique Favery
O Nina Móvel chegou para salvar vidas e trazer alegria para todos. Foto: Henrique Favery
A história do Nina Móvel
É claro que por trás de um lindo projeto tem uma história para ser contada, geralmente esses casos não tem um final feliz, mas são sentimentos bons ou ruins que fazem a gente dar a volta por cima e se inspirar para dar um novo passo.
Silvana Andrade, fundadora da ANDA e do Nina Móvel, tinha uma cadela chamada Nina, que estava bastante doente. Um dia, Nina teve que ir para o hospital, sua saúde já estava bem debilitada e precisava ser transferida para um outro hospital. O serviço da ambulância que Nina precisava era muito caro e, quando sua tutora tentou negociar com a responsável da empresa e explicou que era protetora, recusaram o atendimento. Assim, Nina passou 18 horas sem uma ambulância para realizar a transferência com segurança. Durante todo esse período, havia muita agonia e um sentimento de que se a ANDA tivesse uma ambulância faria isso de forma gratuita para salvar a vida de uma animal. Quando foi finalmente transferida para um hospital com UTI, Nina acabou morrendo 24 horas depois. Agora Nina está estampada na primeira ambulância UTI veterinária do planeta, carregando um sentimento de amor e muita, muita esperança para os animais e pessoas carentes.
Nina não sobreviveu, mas outros animais podem ser salvos. Entre no site e descubra como contribuir. Faça parte você também desse projeto.
Depósitos também podem ser feitos na conta da ANDA:
Banco Itaú
Agência: 0367
Conta Poupança: 82489-3/500
CNPJ: 12.164.456/0001-76