Os arquivos digitais com as investigações do Ministério Pública da Suíça sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), chegaram às mãos dos investigadores da Lava-Jato. Cautela foi a ordem do dia já na sexta-feira no bunker montado pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot, para abrigar o grupo de trabalho da operação nos tribunais superiores. Nesta semana, eles devem se empenhar em traduzir as informações sobre extratos de contas bancárias atribuídas ao deputado e seus familiares, onde foram localizados US$ 5 milhões aproximadamente.
Há mais um de um banco da Suíça no material enviado pelos investigadores estrangeiros. Mas não se sabe se são referências a contas de outros investigados, que poderia ter abastecido ou se beneficiado das contas bancárias ligadas a Cunha. O deputado nega possuir bens fora do país. “Tudo o que eu tenho está no meu imposto de renda, declarado à Justiça Eleitoral, não sou sócio de nenhuma offshore, não mantenho conta no exterior de nenhuma natureza”, afirmou ele ao Correio em 12 de março. Na sexta-feira, ele reiterou declarações semelhantes feitas naquele dia perante a CPI da Petrobras.
Leia mais notícias em Política
A tradução dos materiais – em francês – deve se concentrar na elaboração das trilhas dos valores. Ou seja, fazer os gráficos que demonstram como o dinheiro, seguindo a tese do Ministério Público, saiu dos cofres da Petrobras, chegou ao estaleiro Samsung, passou pelo lobista Júlio Camargo e foi para em contas de Cunha no exterior.
O deputado já foi denunciado ao STF por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi acusado pela Procuradoria Geral da República (PGR) de receber ao menos US$ 5 milhões de propina de Camargo depois que ele conseguiu vender dois navios-sonda à Petrobras, pelo valor de US$ 1,2 bilhão em 2006 e 2007. O deputado nega o recebimento de propina.
Como a denúncia já foi apresentada, há duas possibilidade com a chegada do material da Suíça. Uma é reforçar a acusação antiga com novas informações ou apresentar uma denúncia nova. Mas é preciso “muita calma” segundo um investigador ouvido pelo Correio, até porque há outras prioridades em andamento no grupo de trabalho. A ideia é trabalhar no material de Cunha nesta semana para ter uma visão completa do que é possível fazer.
Novas denúncias
À parte disso, os investigadores avaliar que é possível fechar outras investigações mais maduras. Uma perspectiva é apresentar pelo menos mais três novas denúncias da Lava-Jato em outubro. Para isso, faltaria localizar poucas provas para confirmar algumas declarações de delatores, como o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa. A própria PF já encerrou investigações em relação a alguns políticos ainda não denunciados, como o deputado Vander Loubet (PT-MS).
Oposição balança
A oposição balançou em seu apoio a Eduardo Cunha na segunda-feira. Pela manhã, o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), disse ser necessário apurar “sem blindagem” a existência das contas do presidente da Câmara. “Sempre que há denúncias, que se se apure sem blindagem, exercendo o direito de defesa.” À tarde, o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), afirmou que o partido pediu explicações a Cunha, que disse estar à espera do material enviado pela Suíça. Ele disse que os fatos são “gravíssimos”, mas que vai aguardar a chegada dos documentos. “É um dever dele dar explicações não só com o parlamento, mas com o país. O PSDB cobra essas explicações dele.” Na sexta-feira, o vice-líder do PPS, Arnaldo Jordy (SP), pediu a saída de Cunha do cargo.
No PT, o clima é de espera. Pelo menos num primeiro momento, embora atacar Cunha parece não ser uma boa estratégia em meio à aliança com o PMDB, recém-aquinhoado com sete pastas nas reforma ministerial da presidente Dilma Rousseff. Ontem, Cunha disse que não comentaria o fato de deputados pedirem seu afastamento por causa de seu envolvimento na Operação Lava-Jato. Ao mesmo tempo, disse que vai despachar os pedidos de impeachment da presidente mais tarde, em conjunto com outros.
Sinopse leve, boa informação com objetivo de dar cara nova ao padrão comportamental de leitura Blogger.
terça-feira, 6 de outubro de 2015
Contas de Cunha chegam da Suíça e começa tradução do francês Ideia é apresentar ao menos três denúncias em outubro de casos mais maduros envolvendo outros políticos na Opera
Todo líder esquerdista é um ressentido e um invejoso, mas não tem a menor competência para ficar rico senão através do roubo. Mas roubo na esfera pública, é claro, sem riscos ou perigos, com a garantia de não poder sequer ser demitido, pois além da passividade do povo, que ele mesmo produziu ao destruir a educação, sempre pode contar com o auxílio de políticos cúmplices e a defesa de inúmeros "advogados do diabo". O esquerdista é um burguês do dinheiro dos outros. Como dizia Margaret Thatcher: "Todo esquerdista é um incompetente fracassado que acha que as pessoas de sucesso lhe devem alguma coisa".
Aperto financeiro força consumidores a devolver casa e carro financiados Sobe 19% casos de retomada de veículos, já desistência de imóveis na planta salta 30% Luta anticâncer à espera de verba
- Enviar
- Imprimir
- Salvar
Em um auditório cheio em Guarulhos, Meire Camargo, de 48 anos, observa atentamente como o leiloeiro tenta vender ao público presente e a outros milhares de internautas um Fiat Bravo. "Posso vender? Ninguém quer dar mais? Olha que ele é branco e a cor está na moda. Dou-lhe duas, dou-lhe três, vendido!". Não é a primeira vez que a empresária comparece ao local, mas desta vez está de olho em uma boa oportunidade para comprar o primeiro carro do filho. "Em tempos de crise, não está fácil pagar um automóvel novo, é preciso procurar uma alternativa, temos que garimpar por aí", conta. Além disso, ela explica que escolheu o local porque grande parte dos veículos que seria leiloada foi apreendida de pessoas que não conseguiram pagar o financiamento. "São carros mais novos, muito mais conservados", completa.
Em tempos de aperto financeiro, muitos brasileiros não tem conseguido manter as parcelas do carro em dia e se vêm obrigados a devolver o veículo para as financeiras, que levam o bem para o leilão público para quitar a dívida. No primeiro semestre de 2015, a retomada de veículos cresceu 19% em relação ao ano passado. "O que notamos é que além do aumento de devoluções, a maioria dessas retomadas passaram a ser voluntárias, amigáveis. Antes de serem acionados pela Justiça, os donos já estão tomando a iniciativa para poupar tempo e dinheiro em um momento de recessão no país", afirma Célio Lopes, diretor executivo do Instituto Geoc, que reúne 16 das maiores empresas de cobrança do Brasil.
As devoluções acabam fazendo os pátios de leilões se transformarem em um mar de carros e atraem mais pessoas, como Meire, que estão em busca de alternativas para conseguirem um automóvel com desconto. Antes frequentado por empresas, os leilões de carro estão começando a receber mais consumidores comuns. "O leilão é como um termômetro da crise, todo dia estamos recebendo uma nova leva de clientes. Hoje, o que mais cresce é a participação dos internautas", afirma o leiloeiro Moacir de Santi, da Sodré Santoro.
A busca pelos leilões acontece quando o mercado de venda de novos veículos, não por acaso, recua. Até setembro, a queda das vendas de veículos novos, que inclui carros, comerciais leves e caminhões, foi de 22,66%, ou 1,95 milhão de unidades, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). A economia na compra de um carro de passeio em um leilão pode chegar a 37%, segundo Santoro. "A variação depende de alguns fatores como modelo, cor e estado de conservação."
Normalmente, a retomada de um veículo ocorre entre 60 a 90 dias de atraso nos pagamentos e o bem vai direto para o leilão público. Após o automóvel ser leiloado, a financeira faz o levantamento da dívida do cliente, trazendo as parcelas vencidas a valor presente e desconta-se o valor da venda e verifica se ainda há saldo devedor.
Exatamente pelo veículo de leilão ter um preço menor que o da tabela, Lopes aconselha que quem está com dificuldades de pagar o financiamento, tente primeiro vender o carro no mercado antes da entrega amigável já que é provável que mesmo com devolução será difícil abater toda a dívida. "Se não conseguir, o melhor é tentar negociar um prazo maior para quitar as parcelas", afirma.
Devolução de imóveis na planta
A crise também tem dificultado o pagamento dos financiamentos de imóveis. No primeiro semestre de 2015, o número de pessoas que compraram imóvel na planta e desistiram porque não conseguiam mais pagar as prestações aumentou quase 30% em relação ao ano passado, segundo a Associação Nacional dos Mutuários (ANM). "Muitas pessoas não estão conseguindo pagar por perda de renda, de trabalho ou por falta de perspectiva", afirma Carlos Alberto de Santana, diretor jurídico, ANM.
Santana explica, no entanto, que essas devoluções, chamadas de destrato, podem ser realizadas apenas quando não houve a posse do imóvel. "Caso contrário, o consumidor precisa pedir um empréstimo no banco", explica.
As rescisões e o aperto na hora de pagar podem ficar ainda mais frequentes nos próximos meses considerando as medidas cada vez mais restritivas de acesso ao financiamento imobiliário. Na semana passada, a Caixa Econômica Federal, que detém dois terços de todos os empréstimos para compra de imóveis no país, informou que vai aumentar os juros para financiar a casa própria com recursos da poupança. Essa foi a terceira alta de 2015. A taxa para não clientes da Caixa passará de 9,45% ano para 9,90%, para compras de imóveis pelo Sistema Financeiro Habitacional a partir de outubro. O cenário só é bom para quem tem dinheiro na mão: o poder de negociação dos compradores aumenta com o avanço da crise.
Todo líder esquerdista é um ressentido e um invejoso, mas não tem a menor competência para ficar rico senão através do roubo. Mas roubo na esfera pública, é claro, sem riscos ou perigos, com a garantia de não poder sequer ser demitido, pois além da passividade do povo, que ele mesmo produziu ao destruir a educação, sempre pode contar com o auxílio de políticos cúmplices e a defesa de inúmeros "advogados do diabo". O esquerdista é um burguês do dinheiro dos outros. Como dizia Margaret Thatcher: "Todo esquerdista é um incompetente fracassado que acha que as pessoas de sucesso lhe devem alguma coisa".
Inundações na Riviera Francesa fazem 13 mortos, 6 desaparecidos Ler mais: http://visao.sapo.pt/inundacoes-na-riviera-francesa-fazem-13-mortos-6-desaparecidos=f832401#ixzz3nmW5cxwz
As inundações no sudoeste de França provocaram esta noite 13 mortes, estando seis pessoas desaparecidas, segundos os novos dados oficiais publicados pela Prefeitura dos Alpes Marítimos
Reuters
|
"A maior parte dos desaparecidos está em subterrâneos de difícil acesso, pelo que a esperança de os encontrar com vida é muito limitada", disse à imprensa o subprefeito do departamento, Sébastian Humbert.
A "violência" das trovoadas registadas esta noite explica, para o responsável, o "elevado balanço humano" das inundações.
"Trata-se de precipitações excecionais e muito concentradas em zonas muito urbanas", sublinhou Humbert.
Acrescentou que o tráfego foi restabelecido nas autoestradas do departamento, que permaneceram cortadas durante boa parte da noite, mas que continuam encerradas todas as ligações ferroviárias.
Cerca de 29.000 casas permanecem privadas de eletricidade, devido aos danos causados pelas inundações.
O presidente francês, Fraçois Holande, viaja para a zona da tragédia acompanhado pelo ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, para mostrar de forma direta a solidariedade da nação com os afetados e visitará alguns lugares onde se registaram mortes, anunciou a Presidência.
Em algumas cidades, como Cannes, as autoridades efetuaram detenções porque algumas pessoas aproveitaram o caos para roubar.
O porta-voz do Ministério do Interior, Pierre-Henry Brandet, atribuiu um duro balanço de vítimas a "um fenómeno repentino, violento", em que em duas horas caíram mais de 175 litros por metro quadrado, o equivalente a dois meses de chuva na zona, segundo os serviços meteorológicos.
Ler mais: http://visao.sapo.pt/inundacoes-na-riviera-francesa-fazem-13-mortos-6-desaparecidos=f832401#ixzz3nmVfUEOQ
Todo líder esquerdista é um ressentido e um invejoso, mas não tem a menor competência para ficar rico senão através do roubo. Mas roubo na esfera pública, é claro, sem riscos ou perigos, com a garantia de não poder sequer ser demitido, pois além da passividade do povo, que ele mesmo produziu ao destruir a educação, sempre pode contar com o auxílio de políticos cúmplices e a defesa de inúmeros "advogados do diabo". O esquerdista é um burguês do dinheiro dos outros. Como dizia Margaret Thatcher: "Todo esquerdista é um incompetente fracassado que acha que as pessoas de sucesso lhe devem alguma coisa".
Afeganistão pediu por ataque aéreo em Kunduz, diz general dos EUA
Por Yeganeh Torbati
WASHINGTON (Reuters) - Forças afegãs pediram apoio aéreo dos Estados Unidos no combate ao Taliban na cidade de Kunduz pouco antes de um ataque aéreo que resultou na morte de civis na localidade, afirmou o comandante norte-americano das forças internacionais no Afeganistão nesta segunda-feira.
O general do Exército dos EUA John Campbell não chegou a admitir abertamente a responsabilidade de seu país pelo bombardeio que matou 22 pessoas em um hospital afegão administrado pela entidade Médicos Sem Fronteiras (MSF) no sábado.
Também nesta segunda-feira, o MSF reiterou seu pedido de uma investigação independente do incidente, dizendo que discrepâncias nos relatos do que aconteceu tornam tal inquérito “ainda mais crítico”.
“Agora ficamos sabendo que, em 3 de outubro, forças afegãs alertaram que estavam sob fogo de posições inimigas e que pediram apoio aéreo das forças dos EUA”, disse Campbell a repórteres. “Um ataque aéreo então foi solicitado para eliminar a ameaça do Taliban, e vários civis foram atingidos acidentalmente”.
Campbell afirmou que as forças norte-americanas não estavam diretamente na linha de fogo no incidente e que a ofensiva aérea não foi ordenada em seu nome, ao contrário de afirmações anteriores dos militares dos EUA.
Em um comunicado, o diretor-geral do MSF, Christopher Stokes, disse que os comentários de Campbell equivalem à tentativa de atribuir a responsabilidade do ataque ao governo afegão.
“A realidade é que os EUA lançaram essas bombas”, afirmou em sua declaração. “Os EUA atingiram um hospital enorme cheio de pacientes feridos e de funcionários do MSF. Os militares dos EUA continuam sendo os responsáveis pelos alvos que atingem, embora sejam parte de uma coalizão. Não pode haver justificativa para este ataque horrível”.
O general de brigada do Exército norte-americano Richard Kim é o investigador mais graduado do incidente e está em Kunduz, disse Campbell, segundo o qual os militares dos EUA irão garantir a transparência na investigação e autoridades afegãs e da Otan) também irão realizar seus próprios inquéritos.
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
Todo líder esquerdista é um ressentido e um invejoso, mas não tem a menor competência para ficar rico senão através do roubo. Mas roubo na esfera pública, é claro, sem riscos ou perigos, com a garantia de não poder sequer ser demitido, pois além da passividade do povo, que ele mesmo produziu ao destruir a educação, sempre pode contar com o auxílio de políticos cúmplices e a defesa de inúmeros "advogados do diabo". O esquerdista é um burguês do dinheiro dos outros. Como dizia Margaret Thatcher: "Todo esquerdista é um incompetente fracassado que acha que as pessoas de sucesso lhe devem alguma coisa".
Rapaz de 11 anos mata menina de oito nos EUA Ler mais: http://visao.sapo.pt/rapaz-de-11-anos-mata-menina-de-oito-nos-eua=f832610#ixzz3nmRl3hni
Uma criança de 11 anos residente no estado norte-americano do Tennessee disparou contra uma menina de oito anos, sua vizinha, usando a arma do pai
O Washington Post cita o xerife de Jefferson, onde decorreu o incidente, Bud McCoig, que explicou que o rapaz foi acusado de homicídio em primeiro grau e transferido para um centro de menores.
As duas crianças tinham, cada uma, um cão, e o rapaz de 11 anos pediu à menina que lhe mostrasse o seu, pedido que ela recusou. Em reação, após uma discussão, o rapaz foi a casa buscar a arma do pai.
Sem sair de casa, o rapaz disparou através da janela contra a vizinha, que se encontrava no jardim de sua casa.
Segundo o xerife, a arma, que pertencia ao pai do rapaz, encontrava-se num armário sem cadeado.
Quando as autoridades chegaram ao local, a menina, ainda com vida, estava no chão, com uma ferida no peito, tendo sido transportada para o hospital, onde acabou por morrer.
Um juiz ordenou a entrada do menor num centro juvenil até ao próximo dia 28 de outubro, quando será realizada a primeira audiência em tribunal.
Ler mais: http://visao.sapo.pt/rapaz-de-11-anos-mata-menina-de-oito-nos-eua=f832610#ixzz3nmROwyAO
Todo líder esquerdista é um ressentido e um invejoso, mas não tem a menor competência para ficar rico senão através do roubo. Mas roubo na esfera pública, é claro, sem riscos ou perigos, com a garantia de não poder sequer ser demitido, pois além da passividade do povo, que ele mesmo produziu ao destruir a educação, sempre pode contar com o auxílio de políticos cúmplices e a defesa de inúmeros "advogados do diabo". O esquerdista é um burguês do dinheiro dos outros. Como dizia Margaret Thatcher: "Todo esquerdista é um incompetente fracassado que acha que as pessoas de sucesso lhe devem alguma coisa".
Gilmar Mendes, o polêmico ministro no caminho de Dilma e do PT Mariana Schreiber Da BBC Brasil em Brasília
Após mais de 12 anos de governos do PT, resta apenas um ministro no Supremo Tribunal Federal (STF) nomeado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), o polêmico Gilmar Mendes.*
Embora seja a derradeira indicação tucana à corte mais importante do país, Mendes sozinho faz barulho e se tornou uma das principais fontes de dor de cabeça da presidente Dilma Rousseff e de seu partido. Como vice-presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), é ele quem tem protagonizado os maiores reveses da petista na corte - que atualmente analisa quatro ações propostas pelo PSDB com objetivo de cassar seu mandato e do vice, Michel Temer.
Na noite desta terça-feira, a corte retoma o julgamento de um recurso do PSDB para dar continuidade a um desses processos, a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) 761.
A ministra relatora do caso, Maria Thereza de Assis Moura, havia decidido pelo arquivamento dessa ação por considerar que a coligação do candidato Aécio Neves não apresentou provas suficientes contra a campanha de Dilma.
Quando os tucanos recorreram ao plenário, porém, Gilmar Mendes abriu divergência e decidiu pela continuidade do processo – outros três ministros o acompanharam: João Otávio de Noronha, Henrique Neves e Luiz Fux.
Eles argumentam que o avanço da Operação Lava Jato trouxe outras evidências contra a campanha da presidente. Faltam se manifestar Luciana Lóssio e Dias Toffoli, o atual presidente do TSE, mas a maioria já decidiu pelo andamento da ação.
"O pouco que já se revelou, e certamente há muito a se revelar, já é suficiente para que nos preocupemos. Se houve dinheiro de propina sistêmica da Petrobras na campanha eleitoral, isso deve ser investigado", disse Mendes eu seu voto.
"É razoável que se instale um modelo como este, que o país passe a funcionar dessa maneira, em que dinheiro de propina sai para partido do governo e comece a circular! É razoável? (…) É grande a responsabilidade deste Tribunal, pois não podemos permitir que o país se transforme em um sindicato de ladrões", concluiu, segundo o texto disponibilizado no site do TSE.
Líder da oposição?
É comum que o ministro se exalte quando o tema em discussão se relaciona ao PT e seu governo. O embate com o governo petista não é de hoje e já rendeu a Mendes a pecha de "líder da oposição" – rechaçada por ele em 2009 durante sabatina do jornal Folha de S.Paulo.
"As posições dele são muito mais políticas do que jurídicas", acusa Dalmo Dallari, professor emérito da USP e simpatizante do PT.
"Essa ação (no TSE) não vai dar em nada porque não tem nenhum fundamento jurídico. Empresa doar para campanha eleitoral era regra. Isso não configura uma ilegalidade", acrescenta.
No mês passado, Mendes voltou a elevar as críticas ao Partido dos Trabalhadores também no STF, durante o julgamento em que a maioria dos ministros decidiu por proibir doações de empresas a campanhas políticas.
Em seu voto, a favor das doações, Mendes acusou o partido de estar por trás da ação movida pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) questionando a constitucionalidade das doações empresariais, com objetivo de se perpetuar no poder com dinheiro supostamente desviado da Petrobras.
"Um verdadeiro método de governo está sendo revelado. Método criminoso de governança para manutenção de um partido no poder e amordaçamento da oposição", atacou.
Sua postura no julgamento das doações gerou críticas até mesmo de pessoas distantes do PT, como o diretor da faculdade de direito da FGV-Rio, Joaquim Falcão.
"No mundo de Mendes, o PT seria 'autor oculto' por trás da OAB. (…) Se sobrou imaginação para conspirações, faltou a capacidade de levar ideias a sério. A história de Mendes só fecha em um mundo em que ideias — de acadêmicos, de ativistas e de seus próprios colegas de tribunal — não tenham poder algum", escreveu em artigo para o site de notícias jurídicas Jota.
As críticas são rebatidas por outro jurista renomado, Ives Gandra Martins, amigo de Mendes.
"Ele é absolutamente independente, não aceita pressões de ninguém. Quando decide, e muitas vezes as pessoas não gostam das suas decisões, decide sempre com convicção e base jurídica", afirmou.
Para Gandra, a postura "severa" do ministro não é uma questão de temperamento, mas de preocupação ética.
"Gilmar é um cidadão muito objetivo, não gosta de conviver com o erro. Muitas vezes pode parecer agressivo com os outros mas decorre dessa característica de achar que no poder público não pode haver desonestidade", observou.
Polêmicas
A conduta ética de Mendes, porém, está longe de ser consenso. A principal crítica de seus opositores é sobre a contratação de cursos de sua empresa – o Instituto Brasiliense de Direito Público – por diversos órgãos federais, o que já teria rendido ao menos R$ 3 milhões segundo levantamento da revista Carta Capital em 2009.
O episódio mais controverso dessas contratações se deu quando Mendes ainda era o chefe da Advocacia Geral da União (AGU), durante o governo FHC, antes de ser nomeado para o STF. Segundo reportagem da revistaÉpoca em 2002, a AGU pagou R$ 32.400 ao instituto de Mendes no período em que era comandada pelo mesmo.
"Isso é contrário à ética e à probidade administrativa, estando muito longe de se enquadrar na 'reputação ilibada', exigida pelo artigo 101 da Constituição, para que alguém integre o Supremo", escreveu Dallari em um artigo na época das revelações.
Outro episódio polêmico da trajetória de Mendes foi quando ele concedeu duas vezes habeas corpus para que fosse solto o banqueiro Daniel Dantas, que havia sido preso na Operação Satiagraha sob suspeita de desvio de verbas públicas, crimes financeiros e tentativa de suborno para barra a investigação da Polícia Federal.
O grupo Opportunity, de Daniel Dantas, adquiriu participações em várias empresas privatizadas no governo FHC, em especial no setor de telecomunicações.
Mais tarde, o STF decidiu anular a Operação Satiagraha sob justificativa de que parte das provas contra Dantas tinha sido encontrada em buscas ilegais. No auge da polêmica sobre a operação, Mendes disse que tinha sido grampeado pelos agentes da investigação e chamou o então presidente Lula "às falas". A existência do grampo, porém, nunca ficou comprovada.
A BBC Brasil procurou o ministro para que comentasse as críticas contra ele, mas não obteve resposta.
Progressista?
Apesar de tantas polêmicas, há uma faceta de Mendes que agrada até mesmo petistas e a esquerda em geral. O ministro costuma votar de forma bastante progressistas em "temas morais", como drogas, casamento gay, aborto de fetos anencefálicos. É também sensível com as condições precárias dos presídios.
Seu voto recente pela descriminalização de todas as drogas – julgamento que ainda está em curso no STF – foi festejado entre grupos de defesa dos direitos humanos.
Um dos que elogiou a decisão foi Pedro Abramovay, diretor para a América Latina da Open Society Foundations. Ex-secretário Nacional de Justiça do governo Lula, ele considera positiva também a forma como Mendes conduziu o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) entre 2008 e 2010.
"Ele foi um ótimo presidente do CNJ, super progressista. Foi talvez o primeiro a usar o CNJ como espaço para discutir os presídios, fazer os mutirões (para soltar presos). Eu o conheci nessa época, quando eu era secretário", contou Abramovay, que foi também aluno de Mendes no doutorado da UNB.
"É um professor muito atento, muito cuidadoso, que ouve o aluno. Não vai de terno e gravata na aula. Parece outra figura, não é o ministro que está lá".
Por outro lado, nota Abramovay, o alinhamento ideológico "com a centro-direita, com o PSDB" se reflete em decisões mais favoráveis ao setor privado quando ele julga questões econômicas. Em ações que discutem disputas de terras entre grupos indígenas e fazendeiros, por exemplo, ele costuma ficar ao lado dos produtores rurais.
O próprio Mendes vem de uma família de fazendeiros da região de Diamantino, em Mato Grosso, onde sua família é influente. Seu pai, Francisco Ferreira Mendes, foi prefeito da cidade pela Arena, partido de sustentação da ditadura militar (1964-1985). Na mesma sabatina realizada pelo jornal Folha de S. Paulo em 2009, o ministro também rebateu as acusações de que isso influenciasse suas decisões.
Apesar de muitas vezes discordar de Mendes, Abramovay não vê problema em sua proximidade com os tucanos.
"Ele é historicamente ligado ao PSDB, assim como outros ministros são historicamente ligados ao PT. Acho isso totalmente saudável para a democracia. Na corte alemã, os partidos que indicam os ministros. E mesmo nos EUA é muito claro quem é democrata e quem é republicano. O que não pode ocorrer é os ministros tomarem decisões anti-institucionais, e não acho que isso esteja ocorrendo no Supremo", ressaltou.
<span >*<span > Dos onze ministros que compõem hoje o STF, dois foram nomeados antes de Gilmar Mendes, por José Sarney (Celso de Mello) e Fernando Collor (Marco Aurélio); os outros oito foram todos escolhidos por Luís Inácio Lula da Silva ou Dilma Rousseff.<span >
Todo líder esquerdista é um ressentido e um invejoso, mas não tem a menor competência para ficar rico senão através do roubo. Mas roubo na esfera pública, é claro, sem riscos ou perigos, com a garantia de não poder sequer ser demitido, pois além da passividade do povo, que ele mesmo produziu ao destruir a educação, sempre pode contar com o auxílio de políticos cúmplices e a defesa de inúmeros "advogados do diabo". O esquerdista é um burguês do dinheiro dos outros. Como dizia Margaret Thatcher: "Todo esquerdista é um incompetente fracassado que acha que as pessoas de sucesso lhe devem alguma coisa".
Dilma diz em posse de ministros que reforma prevê equilíbrio nas contas e na coalizão
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira que as reformas ministerial e administrativa anunciadas na semana passada terão mais desdobramentos com o objetivo de ter um Estado mais eficiente, garantindo parcimônia de gastos e equilíbrio na sua coalizão de governo.
A presidente deu posse aos 10 ministros anunciados na última semana, como parte da reforma ministerial que pretende dar mais fôlego à articulação política e tornar mais firme a base do governo no Congresso.
“Esse novo conjunto de ações que iniciam agora, mas que terão novos desdobramentos. Procuramos atender as exigências justas e atuais por um Estado mais eficiente, mais focado e mais capacitado para garantir parcimônia em seus gastos”, disse a presidente.
“As mudanças também buscam garantir mais equilíbrio à coalizão que me elegeu e deve governar comigo”, disse.
Dilma voltou a falar em uma “travessia” para uma que o Brasil alcance um novo ciclo de crescimento e que será necessário um “intenso trabalho ministerial.
“Todos nós queremos um Estado mais preparado para alcançar o reequilíbrio fiscal necessário e imprescindível para a retomada do crescimento. Estamos todos empenhados no reequilíbrio das contas públicas, no combate à inflação e na retomada da confiança dos investimentos na nossa economia”, disse.
A presidente cobrou ainda diálogo dos ministros com o Congresso, com parlamentares, com a sociedade e entre si.
“A principal orientação que dou aos novos ministros, e aos ministros que continuam no governo, é que trabalhem ainda mais, com mais foco, com mais eficiência, buscando fazer mais com menos. Dialoguem muito e sempre com a sociedade, com os parlamentares, com os partidos e com os movimentos sociais", pediu.
A falta de diálogo com o Congresso é uma das maiores queixas dos parlamentares em relação ao governo Dilma. Nas mudanças feitas nessa reforma ministerial, a presidente tentou reparar as pontes com os parlamentares na nomeação de Ricardo Berzoini para a Secretaria de Governo, responsável pela articulação política, e Jaques Wagner, que é conhecido pelo bom trânsito com todas as forças do Congresso, para a Casa Civil.
Todo líder esquerdista é um ressentido e um invejoso, mas não tem a menor competência para ficar rico senão através do roubo. Mas roubo na esfera pública, é claro, sem riscos ou perigos, com a garantia de não poder sequer ser demitido, pois além da passividade do povo, que ele mesmo produziu ao destruir a educação, sempre pode contar com o auxílio de políticos cúmplices e a defesa de inúmeros "advogados do diabo". O esquerdista é um burguês do dinheiro dos outros. Como dizia Margaret Thatcher: "Todo esquerdista é um incompetente fracassado que acha que as pessoas de sucesso lhe devem alguma coisa".
Assinar:
Postagens (Atom)