sexta-feira, 25 de setembro de 2015

O erro do Fernando Collor foi tentar acabar com a comissão de orçamento do Congresso Nacional! "Máfia dos anões." Dr. Sergio Moro cometeu o maior de todos os erros? Senadora Gleice Hofman. Fica somente um alerta para este grande Magistrado: Cronologia da Roma Antiga. César foi assassinado por um complô do senado! Nosso regime não tem Instituição mais poderosa que o Senado da República...


Ex-chefe da Porsche terá desafio de reerguer Volkswagen após escândalo Proximidade do novo presidente Matthias Müller com antiga cúpula é um ponto negativo

Matthias Mueller, novo presidente da Volkswagen, em março. / MICHAEL SOHN (AP)
Volkswagen apresentou nesta sexta-feira “o novo começo” que Martin Winterkorn anunciou esta semana ao deixar o comando da empresa. O eleito para pilotar as mudanças é um homem da casa, Matthias Müller, até agora chefe da Porsche e profundo conhecedor do grupo. Será o responsável por superar o escândalo mundial que a Volkswagen qualificou nesta sexta-feira como “desastre político e moral” e pelo qual responsabilizou “um pequeno grupo de empregados”. Mas a tarefa será difícil. Somente na Alemanha há 2,8 milhões de veículos afetados pela manipulação das emissões de gases, segundo anunciou o Governo nesta sexta-feira.
Não vai ser fácil. Ninguém questiona seus conhecimentos técnicos e dos meandros de um grupo que emprega 600.000 pessoas, tem fábricas em 119 países distribuídos por três continentes e no ano passado faturou mais de 200 bilhões de euros (890 bilhões de reais). Ligado à Volkswagen há quase 40 anos, Müller é um homem de confiança dos principais acionistas, a família Porsche-Piëch, e colaborou estreitamente durante anos com o até agora homem forte, Martin Winterkorn.Müller terá de tirar a Volkswagen de sua maior crise desde o final daSegunda Guerra mundial. Era tido como o favorito durante toda a semana, até mesmo antes de Winterkorn anunciar sua demissão, na quarta-feira. “Sob minha liderança, a Volkswagen fará tudo o que puder para desenvolver e pôr em andamento os padrões de cumprimento das normas e de governança mais altos de toda a indústria”, disse o novo presidente.
Matthias Mueller, novo chefe da Volkswagen, em primeiro plano, junto a seu predecessor, Martin Winterkorn, em 2011. / THOMAS KIENZLE (AFP)
Mas precisamente sua proximidade com a cúpula anterior pode semear dúvidas sobre as práticas para evadir as normas ambientais e até onde pode levar sua tarefa de depurar a empresa. Segundo informação interna à qual teve acesso a agência Bloomberg, o mecanismo para falsificar as emissões foi comandado por altos diretores a partir da sede do grupo em Wolfsburg. De acordo com esses dados, foram os engenheiros alemães, e não algum dos EUA, que configuraram o mecanismo que resultou no escândalo.

Suspensão de empregados

Para fazer frente a qualquer dúvida de fraqueza, o presidente do Conselho de Supervisão, Berthold Huber, usou as palavras mais graves que encontrou para desculpar-se perante “nossos clientes, a opinião pública, as autoridades e os investidores”. “Quero ser bem claro. A manipulação dos testes de motores diesel é um desastre político e moral”, afirmou. Huber anunciou que a empresa suspendeu temporariamente, em medida de caráter imediato, um número indeterminado de funcionários até que a investigação esclareça os detalhes do ocorrido. Bernd Osterloh, também membro do Conselho de Supervisão, apontou como responsáveis “um pequeno grupo de empregados”.
Além disso, a Volkswagen reduziu o número de membros da cúpula e eliminou o posto de chefe de produto. Jürgen Stackmann, presidente da Seat há três anos e meio, passará a ser o responsável mundial por vendas e marketing. Para seu lugar irá Luca de Meo, até agora encarregado de vendas e marketing da Audi. Uma junta extraordinária de acionistas prevista para 9 de novembro deverá aprovar as mudanças.
Enquanto o Conselho de supervisão deliberava em Wolfsburg, o ministro dos Transportes, Alexander Dobrindt, anunciava em Berlim que só na Alemanha há 2,8 milhões de veículos afetados pelo engodo dos gases poluentes. Um caso que a princípio parecia circunscrito a meio milhão de veículos vendidos nos EUA deu um salto gigantesco na terça-feira, quando a empresa admitiu que o número de veículos sob suspeita era de 11 milhões em todo o mundo, uma cifra que supera as vendas do grupo em todo um ano.

Papa denuncia o uso fraudulento da ONU para legitimar guerras Francisco faz um novo apelo em Nova York em defesa do planeta e dos mais pobres

O Papa discursa na ONU. / EFE (ATLAS)
papa Francisco denunciou nesta sexta-feira, durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, a manipulação interesseira da Carta das Nações Unidas para imprimir legalidade a guerras que foram, na verdade, planejadas "com intenções espúrias". Segundo Jorge Mario Bergoglio, quando "a norma é confundida com um simples instrumento para ser utilizado quando for favorável e para ser ignorado quando não for" constitui "uma fraude" de consequências imprevisíveis: “Uma ética e um direito baseados na ameaça de destruição mútua —e possivelmente de toda a humanidade— são contraditórios e constituem uma fraude em toda a construção das Nações Unidas, que se tornariam Nações unidas pelo medo e pela desconfiança. "É preciso lutar por um mundo sem armas nucleares, aplicando plenamente o Tratado de não proliferação, na letra e no espírito, rumo a uma proibição total desses instrumentos".
O Papa baseou a primeira parte de seu discurso em um apelo em defesa do planeta e dos mais desfavorecidos, muito em linha com sua encíclica Laudato si, e pediu soluções urgentes e distanciadas da retórica. Disse: "O abuso e a destruição do ambiente, ao mesmo tempo, vão acompanhados por um processo de exclusão incontrolável (...) O drama de toda essa situação de exclusão e de desigualdade, com consequências claras, me aproxima de todo o povo cristão e de tantos outros para também tornar-me ciente de minha grande responsabilidade a respeito, por isso levanto minha voz, junto a todos aqueles que anseiam por soluções urgentes e eficazes".Bergoglio disse que os 70 anos de existência das Nações Unidas — especialmente nos últimos 15 anos— demonstram tanto a eficácia das normas internacionais quanto a ineficácia de seu não cumprimento: "Se a Carta das Nações Unidas for respeitada e aplicada com transparência e sinceridade, sem segundas intenções, como um ponto de referência obrigatório de justiça e não como um instrumento para disfarçar intenções espúrias, os resultados de paz são alcançados. Quando, no entanto, a norma é confundida com um simples instrumento para ser utilizado quando for favorável e para ser ignorado quando não for, abre-se uma verdadeira Caixa de Pandora de forças incontroláveis, que prejudicam gravemente as populações indefesas, o ambiente cultural e até mesmo o ambiente biológico”.
Por isso, o Papa chamou a atenção para um efeito dominó brutal: "Um desejo egoísta e ilimitado de poder e bem-estar material leva ao abuso dos recursos materiais disponíveis e à exclusão dos fracos e com menos habilidades, quer por terem capacidades diferentes (deficientes) ou porque estão privados dos conhecimentos e instrumentos técnicos adequados, ou possuem capacidade insuficiente de decisão política. A exclusão econômica e social é uma total negação da fraternidade humana e uma grave violação dos direitos humanos e do meio ambiente. Os mais pobres são os que sofrem essas violações por três razões graves: são descartados pela sociedade, são ao mesmo tempo obrigados a viver do descarte e devem sofrer injustamente as consequências do abuso do ambiente. Esses fenômenos formam hoje a tão difundida e inconscientemente consolidada cultura do descarte".

Quando sua reclamação na Internet acaba em uma guerra na Justiça Sobem ações onde consumidores são condenados a pagar companhias por danos morais

rem reclamar na Internet por agilidade de resposta das empresas. / USP IMAGENS








Após receber eConjunto de poltronas compradas em uma loja de móveis e ter assinado o termo de recebimento em que informava que não havia defeitos, uma consumidora de Brasília notou que uma delas estava rasgada. A empresa chegou a dar a opção de consertar o produto, mas a cliente só aceitava uma nova poltrona. Inconformada, resolveu publicar sua queixa no Facebook e no Reclame Aqui, mas acabou, na avaliação da empresa, se excedendo no desabafo. Nas declarações publicadas nos sites, a consumidora xingou os atendentes e usou expressões de baixo calão para descrever o serviço e o estabelecimento. Diante das ofensas, o feitiço virou contra o feiticeiro e a loja resolveu entrar com um ação contra a cliente que acabou tendo que pagar 2.000 reais por danos morais.
Casos como esse, em que são os consumidores que acabam indenizando as companhias das quais se queixaram, tem se tornado cada vez mais comuns, segundo especialistas do setor. Fazer uma reclamação de um produto ou serviço é um direito constitucional, porém é preciso lembrar que a Internet não é uma terra sem lei, explica Christian Printes, advogado do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). "Os atos que são praticados ali não são livres de consequências, há uma responsabilidade civil. Caso as companhias se sintam ofendidas, elas podem sim acionar a Justiça. Por isso, o cliente precisa tomar cuidado para não perder a cabeça ao desabafar na rede. A reclamação deve ser feita sim, mas de forma educada", afirma.
Em outro episódio em Brasília, a reclamação de um aluno sobre a qualidade de um curso de design gráfico resultou em uma indenização de 9.000 reais para a empresa. O consumidor, em um texto publicado no Reclame Aqui, chegou a chamar os funcionários do estabelecimento de ensino de "dobermann com pedigree de pit bull". A juíza do caso afirmou que a reclamação no site tinha excedido, "e muito, o limite do razoável".
O advogado ressalta que o consumidor deve ter consciência de que os problemas de relação de consumo não são apenas individuais e, por isso, também é essencial registrar suas reclamações em órgãos oficiais, como os Procons ou agências reguladoras. "Dessa forma se pode aplicar uma multa ou pedir recall caso seja necessário", diz.A atual preferência pela Internet na hora de reclamar tem uma explicação. Se antes um consumidor era refém do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) e podia passar horas no telefone tentando resolver um problema, agora os responsáveis pelos perfis das empresas nas redes sociais estão em prontidão para responder às queixas. As próprias companhias têm publicamente assumido que a resolução dos problemas nas plataformas digitais é mais rápida que nos demais meios.  Por exemplo, o prazo para a solução de problemas pelas redes é de até 12 horas e via SAC é de até cinco dias, segundo o Idec. Para Printes, o tempo de resposta deveria ser único para todos os meios. "As empresas dão prioridade para esse canal de comunicação, porque a marca está sendo exposta de forma negativa. Não estão muito preocupados com o consumidor, e sim em resguardar a marca", afirma.

Linha tênue

No entanto, é preciso atenção na hora de identificar a linha tênue que separa uma queixa legítima de uma reclamação que pode ser interpretada como calúnia ou que ofenda a imagem de uma empresa. Afinal, o consumidor tem o direito, garantido pelo Constituição, de expressar publicamente sua frustração e essa manifestação não deve ser censurada.   
"No ano passado, um hotel do Rio de Janeiro mandou uma carta para uma hóspede após ela ter postado um comentário negativo no site de viagens Trip Advisor. O autor da carta alegava que os comentários eram infundados e prejudicavam a imagem da empresa. A carta solicitava que os comentários fossem deletados ou o hotel entraria com processo contra ela. Neste caso, no entanto, não parecia haver abusos", afirma Marco Antonio Araújo Júnior, da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB-SP. O especialista acredita que essa pressão sobre os consumidores e ações contra empresas se tornarão mais recorrentes, pois as empresas estão mais atentas à imagem delas nas redes.
A cliente do hotel explicou, em entrevista ao site UOL, que ela esperava que com o post, o estabelecimento justificasse as falhas. No texto ela dizia, por exemplo, que os quartos eram limpos, mas que os funcionários eram mal-humorados. Também afirmava que a nutricionista era "bem ruim, pois simplesmente pergunta qual dieta você quer seguir e não avalia nada". "Queria que o hotel melhorasse para eu voltar depois. O que eles conseguiram com essa carta foi perder a cliente e vários outros potencias clientes também", afirmou. Ela também ressaltou que não retiraria o comentário, mesmo com a ameaça da ação na Justiça. O TripAdvisor também não deleta comentários postados pelos internautas - já que essa é a base do funcionamento do site - apenas se for comprovada fraude no conteúdo. 

Fakes, concorrência desleal

O advogado e perito em informática José Antonio Milagre, da LegalTECH, lembra que além do aumento dos casos de abuso do direito de reclamar, as empresas estão percebendo um crescimento de perfis falsos que são criados para potencializar as reclamações e criar comentários mentirosos. "Muito desses perfis fakes são de concorrentes para prejudicar a imagem da empresa", explica.
Milagre cita o caso recente de um usuário fake com uma foto de cachorro que postou nas redes sociais uma denúncia contra um Pet Shop de São Paulo. Na mensagem, o usuário afirmava que seu animal de estimação foi entregue morto em um saco de lixo após passar dois dias hospedado no local, que oferecia um serviço de hotel para cães. A publicação ganhou tal proporção, que a empresa viu sua clientela desaparecer em pouco tempo. "Das quatro filiais, três fecharam e o faturamento caiu 75%". O dono do Pet Shop entrou na Justiça e após investigação, concluíram que o perfil falso pertencia a um concorrente. Tanto ele como os administradores de um grupo no Facebook que negou retirar a postagem estão sendo processados.

Petrobras cai mais de 30% no ano e valor de mercado recua para R$ 98 bi Papéis da petroleira fecharam em queda de 2% nesta sexta-feira (25). Valor de mercado caiu abaixo de R$ 100 bilhões e voltou a nível de 2004.

Petrobras Jornal Nacional (Foto: Reprodução TV Globo)Sede da Petrobras no Rio de Janeiro; ações da empresa acumulam queda de mais de 30% em 2015 (Foto: Reprodução TV Globo)
Com a queda de mais de 2% nesta sexta-feira (25), as ações da Petrobras já acumulam perda de mais de 30% em 2015. Em valor de mercado, a companhia rompeu nesta semana a barreira dos R$ 100 bilhões. O conjunto dos papéis da estatal valia R$ 98,34 bilhões na Bovespa no fechamento desta semana, menor valor desde setembro de 2004, segundo levantamento da provedora de informações financeiras Economatica.
As ações preferenciais (as mais negociadas, com prioridade na distribuição de dividendos) fecharam em queda de 2,01%, abaixo de R$ 7, e as ordinárias (com direito a voto) recuaram 2,65%. Já o Ibovespa terminou a sessão em queda de 1,02%.
Na quarta-feira (23), a Petrobras rompeu pela primeira vez, desde 2005, a barreira de R$ 100 bilhões em valor de mercado. Coincididentemente, a perda do patamar ocorreu no aniversário de  anos da megacapitalização que em setembro de 2010 levantou R$ 120 bilhões para o caixa da empresa.No ano, os papéis preferenciais acumulam queda de 31,94% e os ordinários, perda de 15,75%, ao passo que o Ibovespa registra desvalorização de 10,25%.
Entre as empresas listadas na Bovespa, a Petrobras está atualmente atrás da Ambev, Itaú e Bradesco em valor de mercado.
Empresa chegou a valer R$ 510 bilhões
Segundo a Economatica, no acumulado desde 31 de dezembro de 2010, as ações da Petrobras caíram 70%. No final de 2010, a petroleira tinha valor de mercado de R$ 380 bilhões.
O maior pico já atingido pela petroleira foi alcançado em 22 de maio de 2008, quando o conjunto de ações da Petrobras na Bovespa somou R$ 510,4 bilhões. Ou seja, em 7 anos a empresa já perdeu mais de R$ 400 bilhões em valor de mercado.
A estatal está no centro das investigações da Operação Lava-Jato e enfrenta um alto grau de endividamento. A dívida líquida da Petrobras subiu 15% em seis meses, para R$ 323,9 bilhões no final de junho, ante R$ 282 bilhões no final de 2014.
Além do alto endividamento em dólar, as ações da Petrobras também tem sido pressionadas pela queda dos preços do petróleo.
Nesta sexta-feira, agentes financeiros repercutiram relatório do Bank of America Merrill Lynch reduzindo projeções para os investimentos e o crescimento da produção dado o cenário macroeconômico mais fraco, bem como do HSBC cortando o preço-alvo das preferenciais de R$ 9 para R$ 8 e citando que o futuro da companhia ficou mais desafiador.
A Petrobras teve lucro líquido de R$ 531 milhões no segundo trimestre de 2015, resultado quase 90% menor que no mesmo período do ano passado, quando lucrou R$ 4,959 bilhões. Nos 3 primeiros meses do ano, a estatal obteve lucro de R$ 5,33 bilhões, após ter fechado 2014 com um prejuízo de R$ 21,587 bilhões.
Em abril, a petroleira anunciou perdas de R$ 6,2 bilhões por corrupção e reduziu em mais de R$ 44 bilhões o valor de seus ativos.

Bovespa tem 6ª queda seguida e perde mais de 5% na semana Ibovespa fechou em queda de 1,02%; no ano, perda já passa de 10%. Ações da Petrobras caíram mais de 2%.

Bovespa fechou em queda nesta sexta-feira (2) pelo sexto pregão consecutivo, com agentes financeiros ainda adotando posições defensivas diante de incertezas políticas e econômicas no país, e encerrou a semana com declínio acumulado de mais de 5%.
O enfraquecimento dos pregões em Wall Street acentuou o viés negativo do índice de referência do mercado acionário brasileiro, com o S&P 500 terminando com variação negativa de 0,05%.O Ibovespa terminou a semana em queda de 1,02%, a 44.831 pontos. Veja a cotação.
Na semana, a bolsa brasileira acumulou perda de 5,15%. No mês e no ano, a queda é de 3,85% e 10,35%, respectivamente.
Destaques
As ações preferenciais da Petrobras fecharam em queda de 2,01% e as ordinárias recuaram 2,65%, apesar do avanço dos preços do petróleo. Agentes financeiros repercutiram relatório do Bank of America Merrill Lynch reduzindo projeções para os investimentos e o crescimento da produção dado o cenário macroeconômico mais fraco, bem como do HSBC cortando o preço-alvo das preferenciais de R$ 9 para R$ 8 e citando que o futuro da companhia ficou mais desafiador com a queda recente do petróleo e a depreciação do real .
Já os papéis da Vale caíram mais de 3%, em sessão com queda nos preços do minério de ferro à vista na China.
Itaú e Bradesco fecharam em queda de 2,43% e 2,3%, respectivamente, respondendo pela maior pressão de baixa do Ibovespa. O Credit Suisse destacou em relatório a clientes que a queda dos papéis dos bancos no acumulado do ano foi pressionada em grande parte pela deterioração do risco soberano, seguido pela piora do prêmio de risco das ações, e muito pouco devido a revisões para baixo nas estimativas de lucros.
CSN liderou as baixas do índice, com desvalorização de quase 5%.
Crise interna
No mercado, o entendimento é de que as sinalizações da véspera do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em relação à taxa Selic e eventual uso das reservas internacionais, além de ações do BC e Tesouro, são positivas.
Mas a direção negativa dos fundamentos não foi alterada e para vários profissionais no mercado, uma mudança definitiva de dinâmica no mercado brasileiro passa por uma resolução da crise política, que segue sem sinais de desfecho.
No exterior, investidores ainda repercutiam fala da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, no final da tarde de quinta-feira, no qual ela apontou o início da alta de juros a partir do fim deste ano, porém de maneira gradual.

Haddad confirma regulamentação do Uber em São Paulo Emenda exige que haja estudos para aprimorar legislação de transporte. Sindicato dos taxistas afirma que serviço é concorrência desleal.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), confirmou ao SPTV que o Uber e outros aplicativos de transportes serão regulamentados na cidade. O transporte remunerado de passageiros em carros particulares é criticado por taxistas, que consideram o serviço ilegal.
“O que nós estamos pensando não vale só para o Uber, não”, disse o prefeito, por telefone. “É mais amplo. É como absorver essa nova tecnologia dentro da regulação da Prefeitura. Nós vamos regular esse tipo de tecnologia”, afirmou. O prefeito, porém, não detalhou como será feita essa regulamentação.
Em 9 de setembro, vereadores aprovaram em segunda votação um projeto de lei que proíbe o uso de carros particulares cadastrados em aplicativos para o transporte remunerado - o trabalho feito pelo Uber. A sessão foi acompanhada de perto pelos taxistas que fizeram protestos e travaram o centro da cidade.
projeto de lei, porém, foi aprovado com uma emenda apresentada pela liderança do governo na Câmara. Na prática, essa emenda abre uma brecha legal para a regulamentação deste tipo de aplicativo: ela exige que a Prefeitura promova estudos para aprimorar a legislação de transporte individual de passageiros e a compatibilização de novos serviços e tecnologias. Além disso, determina que o usuário tenha uma ferramenta de avaliação dos motoristas, do veículo e da qualidade geral do serviço prestado.
Haddad acrescentou que ainda não definiu as regras que irão nortear o uso do aplicativo. “Não vai proibir, mas ele vai regular. Só sobre determinadas condições ele vai ser aceito.” Ele afirmou, porém, que elas serão anunciadas num prazo máximo de dez dias. “Eu vou ter mais uma ou duas reuniões semana que vem e até o final da semana, no máximo segunda-feira, nós vamos ter a regulamentação feita.”
Já o diretor de comunicação do Uber diz que a empresa concorda com a regulamentação. “Desde o primeiro dia conversando com a Prefeitura para chegar numa regulamentação que seja boa para a cidade, boa para a geração de oportunidade de trabalho e boa também para o próprio governo”, afirmou Fabio Sabba.O presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos disse que a categoria é contra a existência do Uber, mesmo com uma regulamentação. “Os taxistas são contra porque é uma concorrência desleal. Não tem legalidade nenhuma nisso e está fazendo uma concorrência aos taxistas”, disse Natalicio Bezerra Silva.
Em nota, o vereador Adilson Amadeu, um dos autores da lei contra o uso do aplicativo, disse que não entendeu o anúncio do prefeito como apoio a qualquer empresa, aplicativo ou ao que ele chamou de "anarquistas da tecnologia".
Emenda
A emenda que pode gerar a regulamentação foi discutida no dia da aprovação da lei e foi aceita por 47 votos a favor e um contra. Naquele dia, o vereador Arselino Tatto (PT) disse que não há contradição na emenda, mesmo que ela exija estudos sobre aplicativos dentro de um projeto que os proíbe.
Questionado sobre se o resultado desses estudos poderiam liberar empresas como a Uber no futuro, ele disse: "O mundo vai se modernizando. Se os estudos dos serviços entenderem que há uma necessidade de uma alteração, isso poderá ser feito no futuro. Mas aí deverá vir um projeto do Executivo para a Câmara".
O vereador Police Neto (PSD), um dos que votaram contra o projeto que proibiu o Uber, disse que a emenda não significa nada. "A emenda traz uma responsabilidade que o governo sempre teve e nunca cumpriu", afirmou durante a discussão.
Pressão
A empresa Uber publicou um texto em seu blog com os supostos telefones do gabinete da Prefeitura de São Paulo, além de e-mails de funcionários, sugerindo que usuários peçam que o projeto de lei 349/14 seja vetado por Haddad.
A reportagem do G1 ligou diversas vezes para os números, mas os telefones estão ocupados desde a manhã desta sexta-feira (25). A Prefeitura de São Paulo não confirmou se os números divulgados são do gabinete e informou que não deve se pronunciar sobre o assunto.
O projeto de lei que proíbe o aplicativo Uber seguiu para sanção de Haddad. Na quinta-feira (24), em viagem a Paris, na França, o prefeito disse que quer "encontrar um caminho intermediário, um caminho que não afaste a moderna tecnologia".
Ele disse ser importante, no entanto, não perder de vista que "sem a vigilância do estado, pode haver retrocesso regulatório". Haddad participou da abertura da nova École Urbaine de Sciences Po.
O prefeito lembrou que não há consenso no Brasil sobre os aplicativos de compartilhamento, "primeiro porque há em São Paulo 30 mil motoristas de táxi que vivem disso e que legam para seus filhos esta autorização quase que de geração para geração." Ele disse não acreditar em programas de mobilidade sem regulação do governo.
Haddad durante evento em Paris (Foto: Reprodução)Haddad durante evento em Paris (Foto: Reprodução)
"Eu pessoalmente não acredito em programas de mobilidade sem regulação do estado. Eu já vi isso acontecer em São Paulo e toda a desregulação radical acaba gerando mais problemas do que soluções", disse Haddad. "Não podemos, de um lado, abdicar da tecnologia, cooperação, do compartilhamento, da racionalização, mas por outro lado temos de ter uma visão global. Não podemos ver a célula e não ver o organismo", afirmou.

Aprovação na Câmara
Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em votação definitiva, o projeto de lei que proíbe o aplicativo Uber. Taxistas fizeram uma manifestação a favor do projeto que travou ruas da região central de São Paulo no dia 9 de setembro.
O Projeto de Lei 349/2014 é de autoria do vereador Adilson Amadeu (PTB). Ele foi aprovado em segunda votação com 43 votos a favor, três contra e cinco abstenções. Os taxistas comemoraram muito do lado de fora da Câmara e soltaram fogos de artifício.