sábado, 19 de setembro de 2015

O triunfo do homem-macaco

Humanos e primatas compartilham características e qualidades. / TAMBAKO THE JAGUAR (GETTY)
A descoberta na África do Sul de uma nova espécie de hominídeo, oHomo naledi, que mostra características muito primitivas (as mãos, o tamanho do cérebro), mas também muito evoluídas (os dentes, os pés), voltou a colocar sobre a mesa o debate em torno de uma questão crucial que parece uma obviedade, mas sobre a qual os cientistas debatem desde Darwin sem encontrar uma resposta única: o que nos transforma em humanos? O que nos diferencia dos outros primatas? “As características mescladas desses restos pré-históricos representam um desafio para a teoria mais aceita sobre a origem de nossa espécie, segundo a qual o bipedismo foi a causa do desenvolvimento da tecnologia, a mudança de dieta e uma inteligência maior”, escreveu essa semana no The New York Times o célebre primatologista Frans de Waal, da Universidade Emory de Atlanta.
Bill Gates fez a pergunta “O que nos transforma em humanos?” em sua página do Facebook e recebeu 1.500 respostas, a grande maioria delas diferente. O que parece óbvio, que os seres humanos são diferentes das outras espécies, nunca encontrou uma resposta unânime e novas dúvidas aparecem à medida que novos fósseis são descobertos. O neurocientista francês Thierry Chaminade, especialista na evolução do cérebro humano, explica que a “evidência fenomenológica” se impõe “já que a observação de nossa cultura e nossa história nos leva necessariamente à conclusão de que, ainda que continuemos sendo um animal, somos diferentes do resto”. Essa resposta, entretanto, deixa aberta a pergunta fundamental: certo, somos diferentes, mas por que?
Chaminade acredita que o homem é “o resultado de um salto evolutivo que lhe deu vantagens psicológicas – capacidade de aprender e transmitir o conhecimento através da cultura – que explica o fato de sermos únicos”. Uma reportagem recente da rede de televisão britânica BBC traça uma lista de 15 mutações genéticas desde que começamos a nos separar dos macacos há sete milhões de anos, como o gene RNF213, que aumenta o tamanho da carótida que leva sangue ao cérebro; o FOXP2, que permite a linguagem completa; o AMY1, que produz uma enzima na saliva que permite digerir o amido (e, portanto, permite a agricultura em torno da qual foram criadas as sociedades nas quais vivemos agora).
Uma a uma, a maioria dessas qualidades pode ser encontrada, ainda que em versões mais simples, em outras espécies (e não somente de primatas); o conjunto delas, não. De fato, ao longo da história da paleontologia muitas certezas foram mudando, não somente por conta da descoberta de fósseis, como também por avanços no estudo do comportamento dos símios. Raymond Dart, autor da primeirateoria de que o homem vinha da África, acreditava que era a violência a nos fazer humanos. Stanley Kubrick estampou essa teoria em uma das cenas mais famosas de 2001: Uma Odisseia no Espaço. Estudos mostram, entretanto, que os chimpanzés fazem algo muito parecido com nossa guerra.“Não existe um fator único que nos transforma em humanos”, afirma de Harvard o paleontólogo Daniel Lieberman, diretor do Departamento de Biologia Evolutiva da universidade norte-americana, uma opinião que reflete a teoria aceita pela maioria dos especialistas: não existiu uma varinha mágica que nos transformou no que somos; foi na verdade uma série de golpes de sorte evolutivos. “Muitos fatores que foram mudando ao longo da evolução humana nos ajudaram a sermos humanos: ser bípedes, ter um cérebro maior, construir e utilizar ferramentas, a linguagem, a cultura, elevados níveis de cooperação, a capacidade de nos movimentar por longas distâncias”, prossegue.
Os primeiros hominídeos sobre os quais existe a certeza de que caminharam erguidos foram os Australopitecos, que viveram há quatro milhões de anos na África. Fazem parte de nosso tronco, mas estão muito distantes de nós. Eles, por sua vez, evoluíram ao Homo habilis (por volta de 1,8 milhão de anos), o primeiro primata da espécie Homo que acabaria se transformando no Homo sapiens(200.000 anos), nós. Josep Call, primatologista da Universidade de St. Andrews e diretor do Wolfgang Köhler Primate Research Center do Instituto Max Planck, na Alemanha, explica que Louis Leakey, um dos pais da paleoantropologia e o descobridor dos primeiros fósseis de Homo habilis na Tanzânia, “criou o gênero Homo para indicar que era um hominídeo que utilizava instrumentos, mas é uma distinção que oscila porque os chimpanzés também utilizam instrumentos”. Ainda que o próprio Call lance o contra-argumento: “É verdade que utilizam pedras para descascar nozes, mas não as modificam, não têm indústria lítica”. Mas a diferença está na nuance, no fato em si.
Nenhum chimpanzé acreditaria em um céu cheio de bananas por toda a eternidade. Somente nós podemos acreditar em algo assim. E por isso dominamos o mundo
O professor da Universidade de Jerusalém Yuval Noah Harari, autor do livro sobra a evolução humanaDe Animais a Deuses, que se transformou em um best-sellerinternacional pela simplicidade e brilhantismo com os quais enfrenta a pergunta de quem somos nós, busca a resposta fora de nosso próprio corpo: “É óbvio que possuímos peculiaridades, além da linguagem, como a empatia, a crueldade e a violência extrema, mas as compartilhamos com outras espécies”, explica Harari por e-mail. “Os seres humanos somos especiais em nossa habilidade única para cooperar de maneira flexível em grandes números. Muitas outras espécies, das abelhas aos chimpanzés, cooperam; mas somente os membros da espécie Homo cooperam de maneira flexível com um número indefinido de estranhos”.
Para outros pensadores e divulgadores como Bill Bryson a evidência de que, após várias levas de hominídeos que saíram da África, somente os Homo sapiens colonizaram territórios viajando por mar aberto (como a Austrália) transforma a sede de aventura e exploração em nossa característica definidora. O famoso “porque estava lá” de Mallory para explicar sua primeira subida ao Everest seria a chave de nossa espécie. Harari segue um caminho semelhante, também intangível. “O que faz com que os Sapiens cooperem dessa maneira? Nossa imaginação. Podemos cooperar com estranhos porque podemos inventar histórias sobre coisas que existem somente em nossa imaginação – deuses, nações, dinheiro – e levá-las a milhões de pessoas. Nenhum chimpanzé acreditaria em um céu cheio de bananas por toda a eternidade. Somente nós podemos acreditar em algo assim. E por isso dominamos o mundo”.

Quando não estávamos sozinhos

O fato do Homo sapiens ser o único Homo sobre a Terra é bastante extraordinário porque é assim há pouquíssimo tempo. Até 12.000 anos atrás (nada em termos evolutivos) viveu o Homem das Flores, um hominídeo muito pequeno (um metro) que ficou isolado em uma ilha da Indonésia e que alguns cientistas consideram uma espécie. Mas houve um longo período (dezenas de milhares de anos) durante o qual o Homo sapiens dividiu não só o planeta, mas os mesmos territórios nos quais vivia com os neandertais (que se extinguiram por volta de 30.000 anos atrás por motivos ainda discutidos), o Homo erectus (que se extinguiu há 50.000 anos após passar 1,7 milhões de anos sobre a Terra) e os denisovanos (descobertos há pouco tempo na Sibéria, dos quais foram encontrados escassos fósseis, ainda que se saiba que seu genoma está presente, por exemplo, nos aborígenes australianos. Um dos filmes mais famosos sobre a pré-história, A Guerra do Fogo, para o qual o grande escritor Antony Burguess inventou as línguas e o primatologista Desmond Morris, autor de O Macaco Nu, a comunicação gestual, fala precisamente sobre esse momento, quando o homem não estava sozinho.
Antonio Rosas, autor do livro Primeiros Hominídeos, diretor de paleoantropologia do Museu Nacional de Ciências Naturais e especialista em neandertais, afirma sobre essa convivência (que acabou com o desaparecimento de todas as demais espécies com exceção da nossa): “Nos faz menos únicos, sem dúvida. Copérnico nos retirou do centro do universo e a paleoantropologia nos coloca no contexto de que no planeta existiram diferentes humanidades. Precisamos relativizar e aprender a pensar o que significa ser humano porque existem variáveis. É um caminho que ainda precisamos explorar”.

Apple Watch custará até R$ 135 mil no Brasil, mas não tem data para chegar Preços foram colocados no site da empresa no Brasil Versão Sport, mais barata, sai a partir de R$ 2.900.

O CEO da Apple Tim Cook fala durante apresentação de produtos da empresa em São Francisco, na Califórnia (Foto: Robert Galbraith/Reuters)
Apple Watch, relógio inteligente da empresa de Cupertino (EUA), custará a partir de R$ 2.900 no Brasil, e terá versões em que o preço chega a R$ 135 mil, conforme informações disponibilizadas no site da empresa no Brasil. O dispositivo foi lançado pela Apple em um evento realizado em setembro de 2014, na Califórnia (EUA).
Em sua versão mais básica, o Apple Watch Sport com tela de 38 mm e feito de alumínio, custa a partir de R$ 2.900, saltando para R$ 3.300 no modelo de 42 mm. Há opções com pulseiras nas cores branca, laranja e azul. Nos EUA, o dispositivo mais básico pode ser comprado por a partir de US$ 350.
Além de outro Apple Watch Sport na cor cinza espacial, mais escura, e que acompanha uma pulseira preta, há novas versões do modelo esportivo do relógio nas cores rosada e dourada, ambas apresentadas no evento mais recente da empresa, no dia 9/9. Nenhum dos modelos tem data para chegar ao Brasil.
Infográfico Apple Watch (Foto: Arte G1)
No modelo intermediário, chamado apenas Apple Watch e feito de aço inoxidável, o relógio mais simples começa em R$ 4.600, com pulseira branca e tela de 38 mm, podendo chegar a R$ 9.099 na versão na cor cinza espacial e com a opção de pulseira com elos.
O smartwatch da empresa possui pulseiras intercambiáveis, que podem ser compradas separadamente pelos consumidores. No site da companhia, a pulseira mais barata, feita de borracha de fluorelastômero e voltada para práticas esportivas, sai por R$ 330. Já a mais cara, com fecho borboleta e feita de aço inoxidável, poderá ser comprada pela bagatela de R$ 4.430 reais - preço que não inclui o relógio.
Nos EUA, os preços apenas pulseiras variam entre US$ 49, para a mais simples, até US$ 549, feita de aço inoxidável.
Para quem busca uma joia, o Apple Watch também está disponível em modelos de ouro maciço 18 quilates, além de opção em ouro rosa. O Apple Watch Edition mais básico, em 38 mm com pulseira esportiva branca e caixa em ouro rosa começa custando R$ 95 mil aqui no Brasil.
Já o “campeão da ostentação”, segundo informações do site da empresa, é o Apple Watch Edition em ouro rosa e com a pulseira com “fecho moderno”, que também tem detalhes em ouro rosa. O dispositivo vestível não sai por menos de R$ 135 mil.
Mesmo exibindo o catálogo em seu site brasileiro, ainda não é possível comprar o dispositivo por aqui, que ainda não teve data de lançamento anunciada. O G1 tentou entrar em contato com a Apple no Brasil, mas não obteve resposta.
Modelo mais caro do Apple Watch custará R$ 135 no Brasil (Foto: Reprodução/Apple)Modelo mais caro do Apple Watch custará R$ 135 mil no Brasil (Foto: Reprodução/Apple)

Casamento dos meus amados sobrinhos Hugo & Mi.













Casamento da minha amada sobrinha Mi Sanches























sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Smartphones Android poderão transmitir jogos ao vivo para o Youtube



Nesta quinta-feira, durante o evento Tokyo Game Show, o Youtube anunciou que smartphones com Android logo poderão transmitir vídeo ao vivo de games direito para a plataforma. A novidade mira a crescente popularidade dos jogos para smartphone, especialmente no mercado japonês.

O diretor global de jogos do Youtube, Ryan Wyatt, disse que "os jogos mobile do Japão definem sua cultura de jogos, mais ainda do que em outros países", e que "essa tendência mostra que há uma necessidade real de que gamers possam compartilhar o que está em suas telas com a comunidade enquanto o jogo acontece".

O Japão também deve receber em breve o aplicativo de streaming de jogos do site de vídeos, o Youtube Gaming, que foi lançado no mês passado nos Estados Unidos e no Reino Unido. A empresa não divulgou datas para o lançamento das novidades, mas disse que elas chegariam "em breve".

O foco no mercado japonês e em jogos mobile, além de outras mudanças implementadas recentemente pelo site de vídeos, podem ser alguams das estratégias adotadas pelo Youtube para enfrentar seu principal rival na área de streaming de games, o Twitch, da Amazon.

Primeiro app da Apple para Android é bombardeado com comentários negativos

Imagem: reprodução/Play Store.
Acompanhando o lançamento oficial do iOS 9 para iPhone, iPad e iPod touch, a Apple também lançou na tarde de quarta-feira (16) o seu primeiro aplicativo para Android. Chamado de Move to iOS, ele serve para que usuários da plataforma móvel da Google tenha mais facilidade em migrar para um iPhone e tenta fazer com que a relação de amor e ódio entre usuários dos dois sistemas "se entendam", mas aparentemente a empresa de Cupertino não está sendo tão bem recebida do outro lado.
Todos sabem que existe uma forte rivalidade entre usuários do Android e iOS, e o Move to iOS acabou sendo muito mal recebido na Play Store com inúmeros comentários negativos e milhares de avaliações com apenas uma estrela. Não levou muito tempo para que os comentários do tipo "ele [aplicativo] não usa Material Design" e "sem chance. Eu não vou para o iOS. O Android ganha" foram despejados como se a Apple estivesse fazendo algo completamente ruim.
Até o momento em que este artigo era escrito, o aplicativo da Apple na Play Store contava com 3.306 avaliações com somente uma estrela e apenas 827 avaliações de 5 estrelas. De todos os comentários publicados, uma maioria esmagadora não estava apoiando nenhum pouco o uso do aplicativo, com alguns usuários ainda se perguntando o real motivo de passarem por todo esse processo se quiserem trocar de aparelho.
Todo mundo, mesmo com um conhecimento de passagem da rivalidade Android-iOS pode imaginar que tipo de hilaridade se seguiu sobre os pobres-a travessia da ponte "Mover para iOS" app. Twitter guerras não têm nada em comentários argumentativos por que motivo você não deve se mover para iOS em tudo, ou por que não é o aplicativo seguindo orientações do material de concepção do Google, que são, na verdade, apenas isso - diretrizes.
Com média de pontuação 1,8, definitivamente o Move to iOS vem sendo enxergado por usuários do Android como um grande e verdadeiro "entulho" dentro da loja de aplicativos da plataforma, embora a premissa da Apple seja totalmente diferente. O app serve para usuários que querem migrar de uma plataforma para outra sem perder seus dados, mas nem todo mundo tem enxergado isso de maneira positiva.

Novo modelo recebeu o nome de F3 800 AMG Solarbeam e foi inspirado no Mercedes-AMG GT.

O mundo automobilístico não se restringe aos carros, pois as motocicletas também têm grande destaque mundo afora. Prova disso está sendo o Salão do Automóvel de Frankfurt, onde diversas montadoras de motocicletas estão aproveitando o evento para lançar seus modelos superpotentes. E a MV Agusta é uma delas, que está utilizando o Salão para lançar sua nova F3 800.

Na verdade seu nome oficial será F3 800 AMG Solarbeam, pois o modelo foi inspirado no Mercedes-AMG GT. Bem propício, já que a AMG detém 25% de participação da MV Agusta.
Para esse novo modelo, a montadora deixou de lado seu clássico vermelho e prata, para adotar um amarelo bem vivo, bem parecido com o do Mercedes, e que dá o nome de AMG Solarbeam. Para contrastar com o amarelo, o preto também aparece na lateral da carenagem e em cima do tanque. Para completar o visual, a motocicleta ainda é composta por tampa de combustível racing, costuras amarelas nos assentos e para-lamas feitos em fibra de carbono.
As configurações mecânicas também são bem interessantes, compostas por um bloco de 3 cilindros, com 12 válvulas com dimensão de 798 cm³. Esse motor gera uma potência de 148 cavalos. Com câmbio de seis marchas, a F3 800 AMG Solarbeam ainda possui o sistema Electronically Assisted shift, que nada mais é do que um assistente eletrônico para troca de marcha. Além disso, também possui controle de tração e freios ABS.
Ainda não existem especulações se esse modelo deve chegar ao Brasil ou mesmo na América Latina. A única informação confirmada é de seu preço sugerido, 15.310 euros, o que equivalente a R$ 67.000 com nossa moeda atual.
Além da AMG, a Ducati também teve a mesma estratégia durante o Salão do Automóvel de Frankfurt, onde utilizou o stand da Volkswagen para promover seu novo modelo, a Ducati Monster 1200 R.
Por Felipe Villares
MV Agusta F3 800 AMG Solarbeam
MV Agusta F3 800 AMG Solarbeam
Fotos: Divulgação