Brasileiros foram às ruas neste domingo (16) em 205 cidades em todos os estados e no Distrito Federal em protesto contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
As manifestações levaram mais pessoas às ruas do que as de 12 abril, mas menos do que as de 15 março, segundo a polícia e os organizadores. A PM estimou em 879 mil o total de manifestantes deste domingo. Em abril, foram 701 mil e em março, 2,4 milhões.
Considerando os números dos organizadores, participaram 2 milhões neste domingo, 1,5 milhão em abril e 3 milhões em março.
Grande parte dos manifestantes pedia a renúncia ou o impeachment da presidente e cobrava o fim da corrupção. Pela primeira vez, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi fortemente criticado. Muitos participantes vestiam verde amarelo e levavam bandeiras do Brasil. Também foram vistas faixas com referência à Operação Lava Jato e elogiando o juiz Sérgio Moro.
COMPARE AS MANIFESTAÇÕES
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16/8 | 12/4 | 15/3 | ||
Participantes, segundo PM | 879 mil | 701 mil | 2,4 milhões | |
Segundo organizadores | 2 milhões | 1,5 milhão | 3 milhões | |
Nº de cidades | 205 | 224 | 252 |
Na noite deste domingo, o Instituto Lula divulgou nota na qual afirmou que o ex-presidente jamais cometeu ilegalidades antes, durante ou depois de seus dois mandatos.
"Lula foi preso na ditadura porque defendia a liberdade de expressão e organização política. O povo brasileiro sabe que ele só pode ser acusado de ter promovido a melhora das condições de vida e acabado com a fome de milhões de brasileiros, o que para alguns parece ser um crime político intolerável. Lula jamais cometeu qualquer ilegalidade antes, durante ou depois de seus dois governos", afirmou o instituto na nota.
Pela primeira vez, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) discursou em um protesto do tipo. “O Brasil despertou. É o povo na rua que vai permitir a superação da crise. Não é este governo, que não tem mais autoridade, nem credibilidade", disse o senador e candidato derrotado na campanha presidencial de 2014. Falando em cima de um trio elétrico em Belo Horizonte, Aécio evitou responder questões sobre o impeachment.
"Lula foi preso na ditadura porque defendia a liberdade de expressão e organização política. O povo brasileiro sabe que ele só pode ser acusado de ter promovido a melhora das condições de vida e acabado com a fome de milhões de brasileiros, o que para alguns parece ser um crime político intolerável. Lula jamais cometeu qualquer ilegalidade antes, durante ou depois de seus dois governos", afirmou o instituto na nota.
Pela primeira vez, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) discursou em um protesto do tipo. “O Brasil despertou. É o povo na rua que vai permitir a superação da crise. Não é este governo, que não tem mais autoridade, nem credibilidade", disse o senador e candidato derrotado na campanha presidencial de 2014. Falando em cima de um trio elétrico em Belo Horizonte, Aécio evitou responder questões sobre o impeachment.
Algumas manifestações isoladas defendiam a intervenção militar no Brasil (o pedido de intervenção militar é uma atitude ilegal e frontalmente contrária à Constituição; em seu artigo 5º, a Constituição diz que "constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático").
Fora do Brasil, cerca de 50 pessoas protestaram em Lisboa, capital de Portugal, relatou André Luis Azevedo, correspondente da TV Globo. O protesto foi na Praça Camões, no Chiado, tradicional local de manifestações e ponto turístico. Os manifestantes levaram bandeiras e muitos cartazes de "Fora PT", "Fora Dilma" e "Fora Lula". No fim, cantaram o hino nacional.
Ato pró-PT
Em contraponto aos atos contra Dilma, militantes, centrais sindicais e movimentos sociais fizeram um protesto em frente ao Instituto Lula, na Zona Sul de São Paulo. Vestidos com camisas vermelhas, manifestantes gritavam palavras de ordem: "Não vai ter golpe", "o Lula é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo" e "o povo na rua/ coxinha recua". Eles foram recebidos com um churrasco.
Veja como foram os protestos em cada estado:
Em contraponto aos atos contra Dilma, militantes, centrais sindicais e movimentos sociais fizeram um protesto em frente ao Instituto Lula, na Zona Sul de São Paulo. Vestidos com camisas vermelhas, manifestantes gritavam palavras de ordem: "Não vai ter golpe", "o Lula é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo" e "o povo na rua/ coxinha recua". Eles foram recebidos com um churrasco.
Veja como foram os protestos em cada estado:
ACRE
PARTICIPANTES: 1,5 mil, segundo a PM; 3 mil segundo organizadores.
COMO FOI: Em Rio Branco, centenas de pessoas se reuniram na tarde deste domingo em frente ao Palácio, no Centro da cidade. O movimento pediu a renúncia ou impeachment da presidente Dilma Rousseff. Além disso, protestou contra o governo estadual, devido à greve dos professores, que se estende desde 17 de junho. A concentração começou por volta das 14h50 (16h50, horário de Brasília).
Às 16h (18h, horário de Brasília|), os manifestantes começaram uma passeata passando pela Prefeitura da cidade e também pela Casa Rosada.
Cerca de 50 pessoas, de acordo com a organização, se reuniram nesta manhã na Avenida Rodrigues Alves, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, para protestar contra o PT e a corrupção. A Polícia Militar não chegou a acompanhar a manifestação.
ALAGOAS
PARTICIPANTES: em Maceió, 12 mil pessoas, segundo a PM. A organização do evento calculou 15 mil.
COMO FOI: em Maceió, a concentração começou por volta das 9h no Corredor Vera Arruda, onde os manifestantes cantaram o hino nacional. Eles saíram em caminhada até o bairro da a Ponta Verde, próximo ao Alagoinha, onde realizaram um apitaço. O ato durou cerca de duas horas e meia.
Os manifestantes pediram o fim da corrupção e pedindo a prisão de todos os envolvidos nos crimes investigados pela Operação Lava Jato.
Houve ato também em Arapiraca, na região Agreste do estado. Cerca de 100 pessoas participaram de uma caminhada nas ruas da cidade, segundo a PM. Organizadores falaram em 250.
AMAPÁ
PARTICIPANTES: 150, segundo a PM; 300, segundo organizadores.
COMO FOI: A concentração para o protesto em Macapá começou por volta de 15h, na Praça da Bandeira. Desde as 16h20 os manifestantes percorrem de forma pacífica as principais ruas do Centro de Macapá, com destino à Praça do Coco.
Poucos manifestantes vestem as cores da bandeira do Brasil. Alguns levam faixas e cartazes. Antes de começar a caminhada, o hino nacional brasileiro foi entoado por um carro de som estacionado na Praça da Bandeira.
AMAZONAS
PARTICIPANTES: 7 mil em Manaus, segundo a PM; 20 mil, segundo organizadores.
COMO FOI: A concentração de manifestantes em Manaus começou por volta das 13h30, na Praça do Congresso. Por volta das 15h20, eles deram início a uma caminhada em direção à Avenida Djalma Batista, Zona Centro-Sul da cidade.
Carros de som deram apoio à manifestação na capital. O protesto foi organizado nas redes sociais por movimentos como Vem Pra Rua, Movimento Amazonas em Ação e Movimento Fora Dilma – AM.
Durante a caminhada, os grupos carregavam faixas com frases de ordem, além de pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), como "Minha Bandeira não é vermelha", "Brasil Feliz, é Brasil sem PT" e "Intervenção Militar".
BAHIA
PARTICIPANTES: 5 mil, segundo a PM; 15 mil, segundo organizadores.
COMO FOI: o grupo se concentrou no Porto da Barra, em Salvador, e por volta das 9h45, iniciou uma caminhada de cerca de 700 metros em direção ao Farol da Barra, ponto turístico conhecido da capital baiana.
Os manifestantes cantaram o hino nacional e vestiam verde e amarelo. Grande parte das pessoas levava faixas e cartazes pedindo a saída de Dilma e protestando contra o PT e a corrupção.
Houve protestos também em cidades do interior e litoral: Ilhéus, Feira de Santana, Itabuna, Vitória da Conquista e Juazeiro.
CEARÁ
PARTICIPANTES: 15 mil em Fortaleza, segundo a PM; 50 mil, segundo organizadores.
COMO FOI: Em Fortaleza, o protesto começou por volta das 15h com pronunciamentos dos organizadores na Praça Portugal, zona nobre da cidade. Os manifestantes caminharam até a Praia de Iracema, acompanhados por dois trios elétricos. O ato terminou com fogos de artifício por volta das 19h30.
Durante a passeata, um grupo repetiu a dança coreografada contra o PT que virou hit na web na semana passada (veja o vídeo acima). Eles fazem parte do grupo Consciência Patriótica, que se articula pelas redes sociais.
O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) chegou ao local do protesto por volta das 15h. Participantes disputaram para fazer fotos selfie com ele.
"O protesto é mais a favor do que contra. É a favor de um país ético, um estado menor, menos intervencionista, liberdade, livre mercado e governo decente. Isso é a negação do governo que está aí'', disse Gustavo Menescal, representante do Instituto Democracia e Ética (IDE), que organiza a manifestação em Fortaleza.
Houve protesto também em Juazeiro do Norte.
DISTRITO FEDERAL
PARTICIPANTES: em Brasília, 25 mil pessoas, segundo a PM; e 55 mil pessoas, segundo a organização.
COMO FOI: os manifestantes ocuparam a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, durante a manhã. Os policiais fizeram quatro barreiras para revistar manifestantes com mochilas.
A PM vetou o uso de máscaras, bandeiras com hastes de madeira ou plástico, garrafas de vidro e objetos que podiam ser transformados em armas em caso de confusão. Nenhum incidente havia sido registrado até o fim do protesto.
Um boneco inflável representando o ex-presidente Lula vestindo roupa listrada de presidiário foi levado para a Esplanada. Os manifestantes pediam que Lula fosse colocado em uma cela com presos na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Representantes do Movimento Brasil Livre usaram carros de som para convocar mais pessoas para a marcha. Alguns manifestantes levavam faixas pedindo intervenção militar no país e outros pediam a prisão do ex-presidente Lula, junto com outros detidos na Operação Lava Jato.
ESPÍRITO SANTO
PARTICIPANTES: 40 mil em Vitória e Vila Velha, segundo a PM; 70 mil, segundo organizadores.
COMO FOI: Na Grande Vitória, manifestantes se concentraram às 14h, em Vila Velha, na cabeceira da Terceira Ponte, e em Vitória, na Praça do Papa, na capital.
COMO FOI: Na Grande Vitória, manifestantes se concentraram às 14h, em Vila Velha, na cabeceira da Terceira Ponte, e em Vitória, na Praça do Papa, na capital.
Os manifestantes de Vila Velha atravessam a Terceira Ponte para se encontrar com o grupo na Praça do Papa. O ato terminou às 17h10. No local, havia quatro carros de som, barracas de venda de comida e bebidas, ambulantes e foodtrucks.
Mais cedo, moradores de Cachoeiro de Itapemirim se reuniram em frente à Praça Jerônimo Monteiro, no Centro da cidade. O protesto acabou por volta das 11h30, sem nenhuma ocorrência registrada. Segundo a PM, 100 pessoas participaram; 200 pessoas, segundo organizadores.
Também houve protesto em Linhares e Colatina.
GOIÁS
PARTICIPANTES: 10 mil em Goiânia, segundo a PM; 70 mil segundo organizadores.
COMO FOI: Manifestantes começaram a se concentrar na Praça Tamandaré, no Setor Oeste de Goiânia, às 14h. Eles saíram às 15h20 em caminhada, seguindo em direção à sede da PF, no Setor Pedro Ludovico.
Manifestantes fizeram um ato em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. Eles passaram por 12 bairros, percorrendo cerca de 25 km. O ato foi pacífico. Segundo a Polícia Militar, a carreata contou com 96 carros. Já para a organização do movimento, foram 120 veículos. A maioria deles contava com cinco passageiros, que vestiam roupas nas cores verde e amarelo.
Houve atos ainda em Jataí e Anápolis.
MARANHÃO
PARTICIPANTES: 2,5 mil, segundo a PM; 7 mil, segundo organizadores.
COMO FOI: Começou por volta das 16h um protesto na Avenida Litorânea, em São Luís. Manifestantes ainda estão concentrados na barreira eletrônica e vão seguir em direção à Praça do Pescador. O percurso terá 1,8 km.
O ato foi convocado pelos movimentos “Eu Te Amo, Meu Brasil” e “Vem Pra Rua”.
MATO GROSSO
PARTICIPANTES: 14 mil em Cuiabá, segundo a PM; 20 mil, segundo organizadores.
COMO FOI: Em Cuiabá, manifestantes saíram em passeata contra o governo a partir da Praça Alencastro, em direção à Praça Oito de Abril, passando pela Avenida Getúlio Vargas. A maioria deles vestia roupa verde e amarela.
COMO FOI: Em Cuiabá, manifestantes saíram em passeata contra o governo a partir da Praça Alencastro, em direção à Praça Oito de Abril, passando pela Avenida Getúlio Vargas. A maioria deles vestia roupa verde e amarela.
Aos gritos de "Fora Dilma" e empunhando cartazes com frases de protesto, os manifestantes deixaram a praça mais de 30 minutos acima do horário previsto. Antes da saída, eles cantaram o hino nacional.
MATO GROSSO DO SUL
PARTICIPANTES: 3 mil em Campo Grande, segundo a PM e os organizadores.
COMO FOI: Manifestantes protestam na praça do Rádio Clube, no Centro de Campo Grande. A concentração começou às 13h e a previsão da organização é que o protesto fique apenas na praça, sem passeata pelas ruas.
No local, foram colocadas jaulas com bonecos da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, simulando a prisão. Em outro ponto da praça, uma forca foi instalada, para simular o enforcamento da população. Na praça serão feitas discussões de temas como inflação e comunismo, além de exibição de vídeos.
Também houve ato em Dourados, Corumbá e Três Lagoas.
MINAS GERAIS
PARTICIPANTES: 6 mil em Belo Horizonte, segundo a PM; 20 mil, segundo organizadores.
COMO FOI: a concentração começou no início da manhã em Belo Horizonte. Em menos de uma hora, das 10h às 11h, a Praça da Liberdade foi tomada por manifestantes. Além da saída do PT do governo federal, manifestantes elogiam a Operação Lava-Jato, o juiz Sério Moro, e o senador Aécio Neves (PSDB), que participou do protesto.
Ele chegou por volta das 11h20 e subiu em um trio-elétrico. “Chega de tanta corrupção, o meu partido é o Brasil”, disse. Aécio cantou o hino nacional com os manifestantes e foi ovacionado pela multidão, que gritou seu nome.
Após a concentração na Praça da Liberdade, os manifestantes saíram na Avenida Cristóvão Colombo em passeata até a Praça da Savassi, onde o protesto começou a se dispersar.
Além de Belo Horizonte, manifestantes se reuniram também em Pouso Alegre, Poços de Caldas,Varginha, Juiz de Fora, Uberaba, Uberlândia, Governador Valadares, Coronel Fabriciano,Montes Claros, Timóteo, Ipatinga, Divinópolis, Santa Rita do Sapucaí, Ouro Fino, Passos, Itajubá, São Lourenço, Lavras e São Gonçalo do Sapucaí e Patos de Minas.
PARÁ
PARTICIPANTES: em Belém, a PM calculou 5 mil pessoas; os organizadores, aproximadamente 10 mil.
COMO FOI: a concentração começou por volta de 8h, com distribuição de adesivos na escadinha da Estação das Docas, um dos principais pontos turísticos de Belém. A marcha começou por volta de 9h15.
Acompanhados de 7 trios elétricos, os manifestantes percorreram as avenidas Presidente Vargas, Nazaré, Quintino Bocaiúva e Visconde de Souza Franco, encerrando a caminhada no ponto de origem. Eles criticaram os escândalos de corrupção e a crise econômica.
Também houve protesto em Santarém. Os manifestantes se concentraram na praça Barão de Santarém, no centro da cidade, a partir das 16h30. O ato terminou às 19h. A Polícia Militar e o movimento Vem Pra Rua Santarém não souberam informar quantas pessoas participaram.
PARAÍBA
PARTICIPANTES: 800 em João Pessoa, em PM; 2,5 mil, segundo organizadores.
COMO FOI: Em João Pessoa, os primeiros manifestantes começaram a se concentrar por volta das 13h40 em frente ao Grupamento de Engenharia, na Avenida Epitácio Pessoa. Os manifestantes começaram a caminhar às 14h55.
Numa parte do trajeto, os manifestantes rezaram uma Ave Maria, considerada por eles um exemplo contra o comunismo. O protesto terminou às 18h10.
Houve um ato também em Campina Grande.
PARANÁ
PARTICIPANTES: 60 mil em Curitiba, segundo a PM e os organizadores.
COMO FOI: Começou por volta das 14h, o protesto em Curitiba. A concentração ocorreu na Praça Santos Andrade, no Centro, e os manifestantes seguiram para a Boca Maldita. Por volta das 16h, eles começaram a se dispersar. Não houve tumultos, de acordo com a PM.
Também houve protestos em cidades do interior: Foz do Iguaçu, Cascavel, Francisco Beltrão, Umuarama, Guarapuava, Maringá, Cianorte, Ponta Grossa, Londrina e Paranavaí.
PERNAMBUCO
PARTICIPANTES: a organização calculou 50 mil pessoas no protesto da manhã no Recife pela manhã. À tarde, os organizadores falaram em 500 pessos reunidas. O Comando Geral da Polícia Militar de Pernambuco decidiu não divulgar o número de participantes.
COMO FOI: os manifestantes se reuniram na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, e por volta das 11h30 saíram em caminhada. A cantora Nena Queiroga cantou o hino nacional em cima de um trio elétrico, para dar início à marcha. As pessoas pediam a saída de Dilma e algumas levaram um boneco gigante em referência ao juiz Sérgio Moro e à Operação Lava Jato.
À tarde, outra manifestação ocorreu nas ruas do Recife. Um grupo se reuniu na Avenida Boa Viagem, na orla da Zona Sul. A caminhada saiu por volta das 14h30 e seguiu até o Terceiro Jardim, onde dispersou por volta das 15h30. Os organizadores foram o Estado de Direito e o Direita Pernambuco.
Além de Recife, um grupo de 40 pessoas, segundo os organizadores, protestou também em Caruaru. Houve outro ato em Petrolina.
PIAUÍ
PARTICIPANTES: 900 em Teresina, segundo a PM; 1 mil, segundo organizadores.
COMO FOI: A manifestação em Teresinacomeçou por volta das 16h30 e terminou às 19h, quando o público começou a dispersar na Avenida Marechal Castelo Branco, na Zona Norte. A PM não registrou nenhuma ocorrência durante o ato.
Manifestantes usaram um carro-pipa e fizeram um ato simbólico para representar a lavagem de dinheiro. “O ato simboliza o dinheiro público jogado pelo ralo. Pais de família, trabalhadores pagam caro para não ter esse dinheiro investido em prol da sociedade”, falou André Santos, também um dos organizadores do movimento Vem pra Rua em Teresina.
RIO DE JANEIRO
PARTICIPANTES: a PM não divulgou os números e os organizadores não chegaram a um consenso sobre quantas pessoas participaram.
COMO FOI: O protesto na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, começou por volta das 10h, na altura do Posto 5. Por volta das 13h30, os manifestantes começaram a se dispersar e, pouco depois das 14h40, o protesto havia chegado ao fim.
Seis carros de som deram apoio à manifestação. O protesto foi organizado nas redes sociais por movimentos como Vem Pra Rua, Brasil Livre, Revoltados Online e União Contra a Corrupção. Em alguns dos carros podiam ser vistas faixas contra o governo e, no alto deles, manifestantes gritam palavras de ordem como: "PT roubou" e o "Brasil não é Venezuela".
Um homem com roupa de gari foi muito hostilizado pelos manifestantes. Ele teve de ser retirado pela PM (veja o vídeo).
Comerciantes aproveitaram o movimento na orla para vender bandeiras do Brasil. Um deles levou cerca de 400 peças, que eram vendidas entre R$ 5 e R$ 10. "O movimento está fraco", reclamou o vendedor Marcos Alberto Neves. Alguns moradores da Avenida Atlântica colocaram bandeiras do Brasil nas janelas de seus apartamentos.
Além do Rio, houve protestos também em Cabo Frio, Niterói, Petrópolis, Macaé, Campos dos Goytacazes, Barra Mansa, Resende, Friburgo e Volta Redonda.
RIO GRANDE DO NORTE
PARTICIPANTES: 5 mil em Natal, segundo a PM; 10 mil, segundo os organizadores.
COMO FOI: Manifestantes se reuniram em frente ao shopping Midway Mall, no Tirol, bairro da Zona Leste de Natal, para protestar contra o governo.
A concentração começou por volta das 15h. Às 16h10, foi iniciada uma caminhada por ruas das Zonas Leste e Sul da cidade. A passeata foi encerrada às 17h50, quando os manifestantes se dispersaram.
Carros de som deram apoio ao evento. O local estava cheio de faixas e cartazes. Bonecos representando a presidente Dilma e o ex-presidente Lula estavam dentro de uma cela em um carro e foram levados pelas ruas. Um homem vestiu terno e gravata e usou uma máscara para representar o juiz federal Sérgio Moro, responsável por julgar ações da Lava Jato.
RIO GRANDE DO SUL
PARTICIPANTES: 30 mil em Porto Alegre, segundo a PM; 65 mil, segundo organizadores.
COMO FOI: Em Porto Alegre, a concentração no Parque Moinhos de Vento (Parcão) começou às 14h. O ato seguiu em uma caminhada que passou por duas grandes avenidas da capital gaúcha, a Goethe e a Ipiranga, e retornou ao local de origem por volta das 17h40.
Carros de som acompanharam o grupo e carregaram faixas contra a presidente Dilma Rousseff. Os manifestantes estenderam uma faixa nas cores da bandeira do Brasil, com a frase "impeachment já" em preto.
Também houve atos em Alegrete, Bagé, Bento Gonçalves, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Cruz Alta, Erechim, Imbé, Lajeado, Novo Hamburgo, Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santa Rosa, Santo Ângelo, São Borja, Uruguaiana e Vacaria.
RORAIMA
PARTICIPANTES: 500 pessoas em Boa Vista, segundo a PM; 1 mil, segundo organizadores.
COMO FOI: Em Boa Vista, o ato foi iniciado por volta das 16h45 (horário local). Os manifestantes começaram a se reunir por volta das 16h, com cartazes e um carro de som. Até as 17h30, eles caminharam ao entorno do Centro Cívico.
Conforme o representante do Vem Pra Rua em Roraima, Alex Ladislau, a expectativa do protesto era reunir ao menos 5 mil pessoas no ato. "O melhor caminho é a renúncia da Dilma, ao invés do impeachment. Desta forma, iremos resolver o atual problema do país e poupar o desgaste das instituições brasileiras", disse.
RONDÔNIA
PARTICIPANTES: 500 em Porto Velho, segundo a PM; 1 mil, segundo organizadores.
PARTICIPANTES: 500 em Porto Velho, segundo a PM; 1 mil, segundo organizadores.
COMO FOI: Em Porto Velho, o protesto saiu da Praça das Três Caixas D'água, por volta das 17h (horário local).
Em Vilhena, cidade do Cone Sul de Rondônia, cerca de 40 pessoas protestaram na Praça Nossa Senhora Aparecida contra a corrupção no Brasil e no município. A Polícia Federal investiga fraudes na prefeitura da cidade e efetuou prisões nesta semana de servidores públicos supostamente envolvidos em esquema de corrupção. Os manifestantes agradeceram as investigações da PF.
Também houve protesto em Ariquemes. De acordo com a organização, cerca de 100 pessoas protestaram na Praça da Vitória. A PM não estimou o número de pessoas presentes. Os atos foram organizados por uma ONG local.
SANTA CATARINA
PARTICIPANTES: 26 mil em Florianópolis, segundo a PM; 30 mil, segundo os organizadores.
COMO FOI: manifestantes se reuniram em pelo menos 25 cidades do estado. EmFlorianópolis, manifestantes saíram pouco depois das 15h30 do trapiche da Beira-Mar Norte em direção ao prédio da Polícia Federal.
Na maior cidade do estado, Joinville, a organização divulgava um número aproximado de 2 mil pessoas pouco antes das 15h30 na Praça da Bandeira. A PM estimava 500 pessoas pouco antes das 16h.
Houve atos em Concórdia, Chapecó, Timbó, Brusque, Pomerode, Caçador, Rio do Sul, Mafra, Araranguá, Lages, Blumenau, Joinville, Videira, Xanxerê, Tubarão, B. Camboriú, São Domingos, Campos Novos, Jaraguá do Sul, Criciúma, Itajaí, Joaçaba, São Bento do Sul, Gaspar, Canoinhas e Itapema.
SÃO PAULO
PARTICIPANTES: 135 mil na Avenida Paulista, em São Paulo, segundo o Datafolha; 350 mil, segundo a PM; e 1 milhão, segundo o movimento Vem pra Rua.
COMO FOI: a manifestação fechou a Avenida Paulista por volta das 11h30. As primeiras faixas bloqueadas foram as sentido Consolação. Quinze minutos depois também foi fechado o sentido Paraíso.
A avenida ficou completamente tomada pela manifestação por volta de 14h, quando as pessoas circulavam a partir da Consolação até a Praça Oswaldo Cruz. Perto das 15h30, 10 quarteirões estavam totalmente tomados por manifestantes. Havia nove carros de som ao longo da via. Com bandeiras, faixas e cartazes, muitos pediam a saída da presidente Dilma Rousseff. Um grupo pedia intervenção militar.
Manifestantes e curiosos interromperam os protestos por volta das 15h15 para observar o topless da modelo e socialite Ju Isen em frente ao Masp. "É melhor tirar a blusa do que tirar o dinheiro do povo", disse Ju. A modelo já havia tirado a roupa nas manifestações anteriores. "Estou aqui hoje porque foi aqui que tudo começou. Foi aqui que protestei pela primeira vez", afirmou Ju Isen.
A dispersão começou por volta das 17h e, às 18h30, os agentes de trânsito iniciaram a liberação da avenida para os veículos.
No bairro do Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, manifestantes pró-governo fizeram nesta tarde um ato de apoio a Dilma Rousseffe ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em frente à sede do Instituto Lula. Os manifestantes foram recebidos com churrasco, e um grupo de professores e intelectuais de esquerda discutiram o "conservadorismo".
Os manifestantes contra Dilma se reuniram também no interior e litoral de São Paulo: em Adamantina, Amparo, Araçatuba, Araraquara, Araras, Assis, Atibaia, Barretos, Bauru, Botucatu, Bragança Paulista, Campinas, Capivari, Catanduva, Dracena, Fernandópolis, Franca, Friburgo, Guaratinguetá, Ilhabela, Indaiatuba, Itapetininga, Itu, Jaboticabal, Jacareí, Jaú,Jundiaí, Lençóis Paulista, Limeira, Lins, Macapá, Marília, Mogi das Cruzes, Osvaldo Cruz, Ourinhos, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Paulínia, Pindamonhamgaba, Piracicaba, Pirassununga, Praia Grande, Presidente Epitácio, Regente Feijó,Ribeirão Preto, Rio Claro, Santa Bárbara d'Oeste, Santa Fé do Sul, Santa Rita do Passa Quatro, Santos, São Carlos, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, São José dos Campos,Sorocaba, Tatuí, Taubaté, Teodoro Sampaio, Tupã, Ubatuba e Votuporanga.
SERGIPE
PARTICIPANTES: 3 mil pessoas, segundo a PM; a organização do evento contabiliza 5 mil pessoas.
COMO FOI: Um protesto ocorre no Bairro 13 de Julho, em Aracaju, contra a corrupção. A concentração começou por volta das 15h em um mirante na Avenida Beira Mar.
Usando roupas nas cores verde e amarelo, os manifestantes pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff e a prisão de todos os envolvidos nos crimes investigados pela Operação Lava Jato. A Polícia Militar informou que o protesto começou com cerca de 5 mil pessoas.
TOCANTINS
PARTICIPANTES: 600, segundo a polícia; 1 mil, segundo os organizadores.
COMO FOI: Em Palmas, o ato começou na Praça dos Girassóis, centro da capital, por volta das 16h. Segundo a organizadora da manifestação na capital, Eliz Thomaz, a população deve ir para as ruas mostrar a insatisfação com o governo. "Estamos manifestando contra a corrupção, contra o governo da Dilma e o PT", explica.
COMO FOI: Em Palmas, o ato começou na Praça dos Girassóis, centro da capital, por volta das 16h. Segundo a organizadora da manifestação na capital, Eliz Thomaz, a população deve ir para as ruas mostrar a insatisfação com o governo. "Estamos manifestando contra a corrupção, contra o governo da Dilma e o PT", explica.
O estado também registrou atos em Gurupi e Araguaína.