quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Philips e Google trazem experiência do Android para TVs 4K por R$ 4 000 Lucas Agrela, de INFO Online

Philips Android TV Ambilighto
Os modelos da Philips chegarão às redes de varejo na segunda quinzena de setembro de 2015. A série 7 100 traz as televisões mais caras, que têm telas de 49 ou 55 polegadas, resolução de imagem 4K, a iluminação Ambilight, tecnologia 3D (quatro pares de óculos tradicionais e dois para games) e um controle remoto que conta com um teclado QWERTY e microfone.
Já a linha 6 700 tem versões de 50 e 55 polegadas que também rodam sistema Android e exibem imagens em 4K, mas não possuem 3D, nem o recurso Ambilight – que será detalhado mais a frente.
O Android é adaptado para telas grandes e para o uso de um controle de televisão. Com ele, é possível rodar jogos como Asphalt 8 ou Angry Birds. Alguns títulos têm suporte para o uso de controles Bluetooth, o que deixa a experiência de uso mais próxima à de um console.
As TVs contam com processador dual-core e 8 GB de armazenamento interno, que pode ser expandido por meio de um pen-drive ou HD externo. 
Foto por: Lucas Agrela

A tecnologia Ambilight ilumina a parede com o mesmo padrão de cores da imagem exibida na tela
A versão mais cara vem com a tecnologia chamada Ambilight, que consiste em luzes LED que ficam atrás do painel e variam de acordo com o conteúdo reproduzido. Por exemplo, em um filme do Hulk, que tem cores predominantemente verdes, a Ambilight fará as lâmpadas traseiras da televisão iluminarem com variantes desse nuance a parede em que o televisor está fixado.
Todos os modelos de TVs da Philips com sistema Android farão o upscaling de conteúdos Full HD para 4K, que é uma maneira de melhorar a imagem para que o consumidor tire proveito do display de altíssima resolução, mesmo que ainda não existam muitos conteúdos gravados nesse formato. 
Foto por: Lucas Agrela

Marcos Contreras, CEO da TPV no Brasil, durante o lançamento das novas TVs da Philips com sistema Android
Android TV - O Google acredita que a experiência de ver TV pode ser mais completa com o sistema Android. "Há muitos conteúdos profissionais no YouTube. Agora, em vez de você ter que mandar um link para alguém ou dividir a tela de algum aparelho, você pode passar a tarde vendo vídeos do Porta dos Fundos na TV com outras pessoas em uma tela grande”, afirmou Flavio Ferreira, diretor de parcerias de Android e Chrome do Google para a América Latina.
A empresa também informa estimular desenvolvedores de aplicativos adaptados para TVs e diz que realizou recentemente um encontro com um grupo de criadores para orientá-los e ouvir suas ideias e dúvidas.
O Google também garante que a versão mais atualizada estará presente nas TVs da Philips e o intervalo entre a oferta do Google para a fabricante, que realiza ajustes de personalização, levará aproximadamente três meses. No entanto, a companhia não revela por quanto tempo irá oferecer as atualizações.
O sistema Android das TVs da Philips é ligeiramente distinto do que vem nos produtos da Sony, lançados no Brasil recentemente. A fabricante colocou sua loja de aplicativos, a App Gallery, e os controles da tecnologia Ambilight na interface. 
Segundo o Google, as empresas podem fazer alterações como essas, mas em menor quantidade do que a que vemos no mercado de smartphones. Vale notar que a Google Play Store também está presente no Android da Philips.
Mercado - Marcos Contreras, CEO da TPV Brasil, responsável pela divisão de televisores Philips, se diz otimista com a situação do mercado nacional, especialmente pela projeção da situação econômica do segmento de TVs em 2016, ano em que acontecem os Jogos Olímpicos no Rio.
"Sabemos que o Brasil passa por um momento de ajustes. Posso garantir que a TPV tem estratégias de curto, médio e longo prazo muito claras. O momento que passamos não fará a empresa deixar de acreditar no mercado brasileiro", declarou Contreras.

Governo enquadra projeto da Vale para emissão de debêntures de infraestrutura

SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério dos Transportes aprovou o enquadramento como prioritário de projeto de investimento da Vale na expansão da Estrada de Ferro Carajás para emissão de debêntures de infraestrutura.
O aval foi publicado em portaria no Diário Oficial da União desta quarta-feira. As debêntures de infraestrutura, também conhecidas como debêntures incentivadas, possuem incentivos fiscais e são usadas como fonte de financiamento de projetos.
A Vale desenvolve projeto que prevê a duplicação até 2017 da Estrada de Ferro Carajás, que liga a maior mina de minério de ferro a céu aberto do mundo, em Carajás, no sudeste do Pará, ao Porto de Ponta da Madeira, em São Luís (MA).

(Por Priscila Jordão)

Preços de imóveis residenciais no Brasil seguem abaixo da inflação em julho, diz FipeZap

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O preço médio do metro quadrado de imóveis residenciais prontos anunciados em 20 cidades brasileiras subiu 0,13 por cento em julho ante o mês anterior, na nona alta seguida abaixo da inflação, de acordo com o índice FipeZap Ampliado divulgado nesta quarta-feira.
O comportamento dos preços tem sido influenciado pela restrição do crédito imobiliário, queda da renda e aumento do desemprego, com impacto sobre os estoques e os cancelamentos de vendas das incorporadoras.
"Nossa expectativa para os próximos meses é de continuidade deste processo de queda de preço, uma queda não mais acentuada do que a gente está observando", disse o presidente-executivo do portal imobiliário ZAP, Eduardo Schaeffer. Ele acrescentou que espera recuo de 5 por cento no primeiro semestre de 2016, mesma taxa prevista para o acumulado de 2015.
Na comparação com o mesmo mês de 2014, o indicador teve alta
de 4,03 por cento e no ano até julho, o índice registra avanço de 1,51 por cento.
O IPCA-15, a prévia da inflação oficial do país, desacelerou a 0,59 por cento por cento em julho, mas em 12 meses ultrapassou 9 por cento pela primeira vez em 11 anos e meio.
Entre as 20 cidades pesquisadas, cinco tiveram queda de preços na comparação mensal: Rio de Janeiro (-0,11 por cento), Belo Horizonte (-0,14 por cento), Curitiba (-0,14 por cento), Vila Velha (-0,50 por cento) e Niterói (-0,12 por cento).

"O comportamento do Rio de Janeiro e em breve o de São Paulo, Campinas... é que vai ditar as regras nos próximos meses, de uma pequena queda nominal, o que dá uma queda real razoável", disse.

Dirceu divide cela com dois contrabandistas

Manifestantes se aglomeram em Curitiba  para protestar na chegada do ex-ministro José Dirceu à sede da PF (foto: GEL LIMA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚD)
Manifestantes se aglomeram em Curitiba para protestar na chegada do ex-ministro José Dirceu à sede da PF (foto: GEL LIMA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚD)
05 AGOSTO, 08:50SÃO PAULOZBF
(ANSA) - O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Governo Lula) vai dividir espaço em uma cela com dois contrabandistas, na Custódia da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, base da Operação Lava Jato. Ele foi preso na Operação Pixuleco, 17º capítulo da Lava Jato, na segunda-feira, 4.
    José Dirceu é investigado por corrupção e lavagem de dinheiro por meio de sua empresa, a JD Assessoria e Consultoria, já desativada. Condenado no mensalão, ele cumpria prisão domiciliar em Brasília. Sua transferência para a PF, no Paraná, foi autorizada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).
    "Ele (Dirceu) está (em uma cela) com dois presos por contrabando nada com a Lava Jato", declarou o delegado Igor Romário de Pula que integra a força-tarefa da Lava Jato. "O irmão (de Dirceu, advogado Luiz Eduardo de Oliveira) e os outros estão em outra ala da Custódia. Ele (Dirceu) está numa ala com alguns dos outros investigados, mas em celas diferentes." O delegado Igor explicou que 'a separação (dos presos da Pixuleco) é para evitar articulação de respostas'. "Como dois (dos presos pela Pixuleco) já foram ouvidos, a preocupação é menor. Quanto aos outros seis o ideal é que não fiquem juntos." O delegado informou que Dirceu está na mesma ala em que estão o doleiro Alberto Youssef e os ex-diretores da Petrobras (Internacional) Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada, "mas em celas diferentes".
    Cerca de 50 pessoas aguardavam a chegada do ex-ministro em frente à sede da Polícia Federal. Quando ele chegou manifestantes explodiram fogos de artifício, exibindo bandeiras do Brasil e faixas de protesto. "O sonho acabou", dizia uma delas.
    A defesa de José Dirceu classifica como desnecessária e sem fundamento jurídico a prisão preventiva do ex-ministro, decretada pela Justiça Federal do Paraná nesta segunda-feira, e afirma que irá recorrer da decisão nos próximos dias.
    Segundo o advogado Roberto Podval, o ex-ministro cumpre prisão domiciliar e já havia se colocado à disposição da Justiça por diversas vezes para prestar depoimento e esclarecer o trabalho de consultoria prestado às construtoras sob investigação.
    "Como já havíamos argumentado no habeas corpus preventivo, José Dirceu não se enquadra em nenhuma das três condições jurídicas necessárias para a decretação de uma prisão preventiva: ele não apresenta risco de fuga, não tem como obstruir o trabalho da Justiça nem tampouco é capaz de manter qualquer suposta atividade criminosa", afirma. "Mesmo sem entrar no mérito apresentado pelo Ministério Público para justificar a prisão, o argumento da Procuradoria de que Dirceu teria cometido crime desde a época em que era ministro da Casa Civil até o período de sua prisão pela Ação Penal 470 também não tem fundamento porque, hoje, as atividades da JD Assessoria e Consultoria foram encerradas no ano passado e o meu cliente não tem qualquer contato ou recebeu qualquer recurso do delator Milton Pascowitch." Roberto Podval alerta para o cálculo equivocado apresentado pela Polícia Federal sobre os supostos recebimentos ilícitos por meio da JDA. Na coletiva pela manhã, o delegado Márcio Anselmo afirmou que o montante chegaria a R$ 39 milhões. "Esse é o total faturado pela empresa em 8 anos de atividade, quando atendeu a cerca de 60 clientes de quase 20 setores diferentes da economia" diz Podval. "Não há qualquer razoabilidade imaginar que os pagamentos de multinacionais de diversos setores da indústria teriam relação com o suposto esquema criminoso na Petrobras." Desde 2006, a JDA foi contratada por empresas como a Ambev, Hypermarcas, Grupo ABC, Telefonica, EMS, além dos empresários Carlos Slim e Gustavo Cisneros. Todos, quando procurados pela imprensa, confirmaram a contratação do ex-ministro para orientação de negócios no exterior ou consultoria política.
    "Querem apontar a JDA como uma empresa de fachada, o que é muito inconsistente", completa Roberto Podval. "O ex-ministro sempre teve profundo reconhecimento internacional e desenvolveu importantes laços de relacionamento com destacadas figuras públicas ao longo de toda sua trajetória e militância política.
    Esse era o ativo e o valor de José Dirceu como consultor, sem que nunca fosse exigido dele, por parte dos clientes, o envio de relatórios ou qualquer outro tipo de comprovação dos serviços prestados." A defesa do ex-ministro reitera que o trabalho de consultoria nunca teve qualquer relação com contratos da Petrobras e que Dirceu sempre trabalhou para ajudar as construtoras na abertura de novos negócios no exterior, em especial em países como Peru, Cuba, Venezuela e Portugal.
    Fonte: Estadão Conteudo (ANSA)
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Câmara volta do recesso com manobra de Cunha por impeachment

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Cunha, ao fundo, na sessão desta terça-feira. / AG. CÂMARA
A oposição a Dilma Rousseff (PT) abraçou de vez o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tudo em nome da meta de provocar uma tormenta no Planalto e abrir caminho para um possível pedido de impeachment. Rompido oficialmente com Rousseff após ser implicado por um delator na Lava Jato, Cunha precisou de menos de 24 horas no primeiro dia da volta dos trabalhos no Legislativo para selar um acordo com DEM e PSDB sobre o pedido de impugnação e, de quebra, retirar o PT do comando de quatro incômodas novas CPIs.
A manobra para o impeachment entre Cunha e os opositores começou a ser costurada na noite de segunda-feira, conforme deputados da base e da própria oposição. Foi quando o peemedebista reuniu em sua residência oficial, em Brasília, lideranças do DEM, do PSDB e do Solidariedade, os principais partidos de direita contrários à Rousseff, e de membros do segundo escalão do PR e do PSD, duas legendas que compõem o governo petista inclusive com ministérios. Lá ficou combinado a jogada ensaiada: Cunha vai rejeitar um pedido de impeachment, a ser apresentado pelos opositores, no futuro, com base na possível rejeição das contas de 2014 do Governo Rousseff pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A oposição, então, entraria com um recurso, que seria aceito por ele após uma breve análise da procuradoria jurídica da Câmara. Seria oficializado, assim, o pedido de destituição presidencial que teria de ser votado pelo plenário da Casa. Cunha, na avaliação dos que fecharam o acordo, pareceria menos golpista ou açodado para assumir o poder, já que é o segundo na linha de sucessão presidencial atrás apenas do vice-presidente, Michel Temer.
Parte da estratégia para viabilizar o pedido de impeachment já começou a ser posta em prática. O primeiro passo foi preparar o terreno para que a Câmara possa avaliar o parecer do TCU sobre Dilma. O problema é que julgar as conta do Executivo não acontece desde os anos 90. Para julgar as da petista, os deputados terão de resolver o acumulado e, por isso, Cunha capitaneou no plenário nesta terça a aprovação o regime de urgência para análise das contas de quatro ex-presidentes, de Itamar Franco (PMDB) a Lula (PT). Agora, a análise do passivo pode acontecer a qualquer momento.
A primeira sessão do plenário também serviu para Cunha fazer avançar a chamada pauta-bomba, que impõe aumento de despesas para o Governo que tenta ajustar as contas públicas. Deve ser votado nesta quarta-feira, proposta de emenda constitucional que vincula salários de advogados públicos e delegados de polícia à remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o mais alto do funcionalismo. “A aprovação dessa PEC no texto que aí está é um sinal horrível para os mercados e para a manutenção do grau de investimento do País e vai sinalizar definitivamente que o governo não tem base. Então, o governo tem de se reconstruir”, tripudiou Cunha, citado pela Agência Câmara.

Quatro CPIs

Não chega a surpreender as estratégias de Cunha para irritar o Planalto, mas elas ganharam maior voltagem desde meados de julho, quando o presidente da Câmara se declarou um opositor aberto ao Governo. O pano de fundo foi a operação Lava Jato. Seu rompimento ocorreu depois que um delator do esquema de corrupção na Petrobras denunciou ter pago 5 milhões de reais a ele como propina para manter negócios com a empresa pública, e sua estratégia agora é tentar ampliar os ataques para de defender de uma possível denúncia do Ministério Público Federal no caso.
A tentativa de fazer o Governo Rousseff sangrar não parou nas articulações para o pedido de destituição e avanço na pauta-bomba. Nessa mesma reunião de segunda-feira à noite, Cunha e seus neoaliados decidiram que os comandos de quatro CPIs que serão instaladas nos próximos dias não teriam nenhum representante do PT. Excluir o partido que tem a segunda maior bancada de deputados é uma exceção às regras do Legislativo. Normalmente, indicam os presidentes e relatores das CPIs as legendas que têm o maior número de representantes na Casa. Conforme o deputado Mendonça Filho, líder do DEM e aliado de Cunha, as próximas quatro CPIs a serem criadas teriam a seguinte estrutura de comando. A do BNDES, seria presidida por um deputado do PMDB e relatada por um representante do PR. A dos fundos de pensão, comandada pelo DEM e relatada pelo PMDB. A de crimes cibernéticos seria presidida pelo PSDB e a de maus-tratos aos animais, pelo PSD. As relatorias dessas duas comissões não foram definidas.
A decisão sobre as CPIs irritou o líder do Governo na Casa, José Guimarães (PT-CE). Antes de saber do acordo, ele esteve com o próprio Cunha em um encontro reservado na manhã de terça-feira e disse que as conversas iam em outro sentido. Quando ficou sabendo da articulação dos opositores respaldados pelo peemedebista demonstrou irritação e disse que tentaria reverter o quadro. “Era só o que faltava. O segundo maior partido ficar de fora das CPIs. Isso está errado”, afirmou. Guimarães disse que vai cobrar de Cunha uma postura isenta, como deveria ter qualquer presidente de um poder, e que não pretende criar um clima de animosidade maior do que o que já existe.
Mendonça Filho e o líder do PMDB, Leonardo Picciani, disseram que o culpado pela exclusão do PT foi o próprio partido. “Quem vem se isolando aqui é o PT”, disse Mendonça. “Quem se isolou teve suas razões para isso e não foi isolado por ninguém”, complementou Picciani.

Contraponto governista

A moeda de troca do Governo é a liberação de emendas parlamentares  e a nomeação de 200 cargos comissionados nos Estados
Rousseff se movimentou nesta semana para tentar conter o desgaste. Também na segunda-feira reuniu 80 líderes, vice-líderes e presidentes de partidos aliados para pedir uma união contra a pauta-bomba do Congresso Nacional. O objetivo é evitar que projetos que influenciem no ajuste fiscal ou que aumentem os gastos do Governo sejam barrados no Legislativo.
Na reunião, Rousseff pediu para que seus aliados fossem corajosos e não agissem como “carneirinhos” votando conforme a vontade do presidente da Câmara. No primeiro semestre não foram poucas as traições entre seus aliados. Projetos como da lei da terceirização, do reajuste das aposentadorias, do aumento salarial dos servidores do Judiciário e até da redução da maioridade penal registraram infidelidades da base governista. A moeda de troca do Governo, neste momento, é a liberação de emendas parlamentares que estavam represadas e a nomeação de 200 cargos comissionados nos Estados.
Como na Câmara a gestão Rousseff perde uma batalha atrás da outra, nas últimas semanas os articuladores políticos do Planalto decidiram investir no Senado, onde sua base é mais ampla. Aparentemente, a estratégia tem dado certo. Nesta terça-feira, por exemplo, presidente desta Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que não botaria em votação nenhuma pauta-bomba que onere ainda mais o Governo.

PSOL pede que Cunha se licencie, mas aliados o defendem

A.B.
Assim que voltou do recesso parlamentar, a única voz que destoa dentro do parlamento brasileiro voltou a ecoar. Na reunião de líderes de bancadas, o PSOL solicitou que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tirasse uma licença de sua função até o fim das investigações contra ele. Cunha foi acusado por um réu da Lava Jato, o lobista Julio Camargo, de receber 5 milhões de reais de propinas para que a empresa Toyo Setal mantivesse contratos com a Petrobras.
Como tem uma bancada ínfima, com quatro membros, e não conta com o apoio de nenhum partido oposicionista, nada ocorreu com o pedido do PSOL. “Todos os líderes defenderam o presidente. Só o PT se calou. Os outros líderes todos o apoiaram”, relatou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). “Já vimos outras autoridades se licenciarem para serem investigadas e, se nada fosse provado, elas voltavam para seus cargos. É uma atitude de grandeza”, completou o parlamentar.
Há pouco mais de três meses, o mesmo PSOL pediu uma abertura de sindicância contra 22 deputados que foram citados como receptores de propinas por empreiteiros, doleiros e lobistas investigados pela Lava Jato. Até esta terça-feira, a Mesa Diretora da Casa não havia se manifestado sobre essas solicitações.
As declarações de Calheiros ocorreram logo após ele se reunir com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Na ocasião, ele disse, conforme o portal de notícias G1, que não se considera governista, nem oposicionista. “Vou me pautar sempre como presidente do Congresso Nacional, um poder independente, autônomo, que quer colaborar com o país, com o olhar sempre da sociedade”.
Com todos os movimentos, a tensão em Brasília não dá sinais de arrefecer, especialmente com o aprofundamento das investigações da Lava Jato, que se aproxima do núcleo político do esquema criminoso, e a provável denúncia de novos políticos. A tendência é que os atritos entre Legislativo e Executivo tenham muitos novos capítulos.

Bolsa de Tóquio fecha em alta de 0,46%




A Bolsa de Tóquio encerrou a sessão de quarta-feira em alta de 0,46%
A Bolsa de Tóquio encerrou a sessão de quarta-feira em alta de 0,46%.
O índice Nikkei 225 ganhou 93,70 pontos, a 20.614,06 unidades.

Após desocupação, prédio do Ministério da Fazenda permanece fechado Integrantes do MST que ocupavam o prédio estão acampados no estacionamento em frente a entrada principal

Marcelo Camargo/ Agência Brasil


Depois de ser ocupado, durante 14 horas, por militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o edifício-sede do Ministério da Fazenda amanheceu fechado hoje (4/8). Segundo informou o serviço de segurança do ministério, os servidores só poderão entrar no local de trabalho após a finalização de perícia, que já foi iniciada pela Polícia Federal, para verificar se houve danos nas instalações do prédio.


Integrantes do MST, após desocuparem o prédio, não saíram do local: continuam acampados no estacionamento em frente à entrada principal do Ministério da Fazenda.

Além do Distrito Federal, a mobilização do MST ocorre em 18 estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Em 12 estados, também houve ocupação em sedes do Ministério da Fazenda.