quarta-feira, 22 de julho de 2015

Dilma tem até esta quarta para explicar 'pedaladas fiscais'; entenda Governo pode ser impedido de captar recursos se contas forem reprovadas. 'Pedaladas' teriam sido usadas para atingir metas fiscais entre 2012 e 2014.

A presidente Dilma Rousseff tem até esta quarta-feira (22) para explicar supostas irregularidades nas contas do governo de 2014. No mês passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) deu 30 dias para o governo preparar sua defesa, entre outros pontos, sobre as “pedaladas fiscais” – como ficaram conhecidos os atrasos nos repasses do Tesouro Nacional a bancos públicos para pagar benefícios sociais e previdenciários.
Agora, os ministros do TCU querem saber se o governo usou as "pedaladas" como manobra para aliviar, momentaneamente, as contas públicas, que em 2014 tiveram o pior resultado da história. O TCU entendeu que esses atrasos são, na verdade, operações de crédito entre o governo e os bancos públicos, o que é por lei.
Segundo o colunista do G1 Gerson Camarotti, Dilma teria escalado uma "tropa de choque" para fazer a defesa das pedaladas, que inclui os ministros Luís Inácio Adams (AGU), Nelson Barbosa (Planejamento), Alexandre Tombini (Banco Central), além dos presidentes da Caixa, Miriam Belchior, do BNDES, Luciano Coutinho, e do Banco do Brasil, Alexandre Abreu.

Pedaladas fiscais 1 (Foto: Arte/G1)
O tribunal julga as contas públicas todos os anos, como manda a Constituição. Em um parecer, os ministros dizem se recomendam ou não ao Congresso a aprovação do balanço do ano anterior. O TCU nunca votou pela rejeição das contas. Mas em 2014, os ministros questionaram pelo menos 13 pontos – entre eles, as "pedaladas fiscais" – e pediram explicações do governo.

Pedaladas fiscais 2 (Foto: Arte/G1)
Há dois processos em andamento no TCU. Um deles é para saber se houve irregularidades na gestão dos recursos públicos, com base na Lei de Responsabilidade Fiscal. Outro corre paralelamente só para questionar a existência das "pedaladas fiscais". Os processos são independentes e serão analisados de forma separada.

Pedaladas fiscais 3 (Foto: Arte/G1)
Foi o nome dado a práticas do governo para supostamente cumprir suas metas fiscais. OTesouro Nacional atrasou repasses para bancos públicos e privados, entre eles benefícios sociais e previdenciários como o Bolsa Família, o abono salarial e seguro-desemprego. Os beneficiários receberam tudo em dia, porque os bancos fizeram o pagamento com recursos próprios.
Na prática, é como se estes bancos tivessem financiado os gastos do governo, segundo o processo no TCU. Com isso, o governo registrou, por algum tempo, um alívio no seu orçamento. Mas a sua dívida com os bancos cresceu. De acordo com o TCU, cerca de R$ 40 bilhões estiveram envolvidos nessas manobras entre 2012 e 2014.

Pedaladas fiscais 4 (Foto: Arte/G1)
O TCU diz que as "pedaladas" serviram para aumentar o superávit primário (a economia feita para pagar parte dos juros da dívida pública) ou impedir um déficit primário maior – quando as despesas do governo são maiores que as receitas, sem contar os juros.
Em 2014, as contas públicas tiveram resultado ruim devido ao aumento de gastos do governo, o socorro ao setor energético e à queda real da arrecadação – resultado da economia mais fraca a e das desonerações de tributos nos últimos anos. Mesmo com as manobras, o governo não conseguiu cumprir as metas fiscais do ano passado.

Pedaladas fiscais 5 (Foto: Arte/G1)
As “pedaladas” ainda não foram julgadas, mas o TCU avaliou, de forma preliminar, que os atrasos de recursos para os bancos apresentam “nítidas características de operação de crédito” entre a União e instituições financeiras oficiais.
É como se o governo tivesse tomado empréstimos de bancos como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Para o TCU, trata-se de uma operação de crédito porque os bancos pagaram os benefícios aos destinatários, mas o governo não pagou tudo ou fez os repasses com atraso. Em abril, o relator do processo no TCU, ministro José Múcio, comparou a prática da equipe econômica ao uso irregular do cheque especial. Ele disse que “não há dúvida” de que houve descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas apontou que não há indícios de corrupção.

Pedaladas fiscais 12 (Foto: Arte/G1)
Para o relator do processo sobre as contas de 2014, ministro Augusto Nardes, as informações prestadas pelo governo não estavam "em condições de serem apreciadas” devido a “indícios de irregularidades” e de desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal e à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Alegando “respeito ao princípio constitucional da ampla defesa”, Nardes propôs conceder os 30 dias para que a presidente enviasse explicações adicionais sobre os problemas apontados. O plenário do tribunal concordou.

Pedaladas fiscais 6 (Foto: Arte/G1)
O governo, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), do Ministério do Planejamento e do Banco Central, reconheceu que os atrasos nos repasses aconteceram nos últimos anos, mas acrescentou que trata-se de uma “prática antiga”, registrada também no governo Fernando Henrique Cardoso, e defendeu que as “pedaladas fiscais” não são operações de crédito.
O governo argumenta que as operações (que seriam irregulares se fossem empréstimos de bancos públicos para a União) têm origem em contratos de prestação de serviços, como se houvesse atraso de um aluguel, por exemplo. Em maio, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, admitiu que as "pedaladas” atingiram "valores muito excessivos, o que não é prática usual e recomendada". Mas acrescentou que o procedimento não é ilegal, pois, em sua visão, não caracteriza empréstimo.

Pedaladas fiscais 7 (Foto: Arte/G1)
O procurador Júlio Marcelo de Oliveira, que representa o Ministério Público junto ao TCU, sugeriu aos ministros que rejeitem as contas do governo. Oliveira listou uma série de irregularidades fiscais e orçamentárias (veja a lista abaixo) que, segundo ele, foram cometidas pelo governo. O procurador disse que as “pedaladas” e outras irregularidades foram usadas para beneficiar a presidente durante as eleições de 2014.

Pedaladas fiscais 8 (Foto: Arte/G1)
No caso das contas públicas, a presidenteDilma Rousseff deve dar explicações. Sobre as “pedaladas fiscais”, o tribunal cobrou explicação de 17 gestores do governo federal, entre eles o presidente do Banco Central,Alexandre Tombini, o ex-ministro da Fazenda,Guido Mantega, os ministros do Planejamento,Nelson Barbosa, e do Trabalho, Manoel Dias, o ex-secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, e o ex-presidente do Banco do Brasil e presidente da PetrobrasAldemir Bendine.

Pedaladas fiscais 9 (Foto: Arte/G1)
As consequências são exclusivamente políticas e não têm efeito prático sobre as contas públicas. O TCU não tem poder para julgar as contas do governo. Ele só elabora e vota um parecer que sugere ou não a aprovação, que pode ter ressalvas. Esse parecer, então, é encaminhado ao Congressoque, aí sim, fará o julgamento político da atuação do governo.

Pedaladas fiscais 10 (Foto: Arte/G1)
Se o governo tiver mesmo descumprido a Lei de Responsabilidade Fiscal – que o obriga a usar o dinheiro público com equilíbrio, pode haver três consequências, explica o advogado especializado em contas públicas, Maxwell Ladir Vieira.
A primeira é política e implica na responsabilização da presidente da República e de membros do Executivo. A segunda é administrativa, podendo gerar restrições na transferência de recursos públicos. E a terceira é penal, com punições que podem resultar até na perda de direitos políticos de membros do Executivo.
“Provavelmente o governo ficaria impedido de contratar algumas linhas de crédito de bancos de fomento como o BNDES e teria que se virar apenas com sua própria arrecadação para gerar receita", diz o especialista em contas públicas. No primeiro semestre, a arrecadação federal caiu 2,87%, mesmo com o aumento de tributos no período.

CONFIRA OS 13 PONTOS QUESTIONADOS PELO TCU
1 - Omissão de dívidas da União com o Banco do Brasil, BNDES e FGTS nas estatísticas da dívida pública de 2014;

2 - Adiantamentos concedidos pela Caixa Econômica Federal à União para despesas dos programas Bolsa Família, Seguro-Desemprego e Abono Salarial nos exercícios de 2013 e 2014. São as "pedaladas fiscais": a Caixa fez pagamentos de programas sociais e não recebeu, no prazo certo, o repasse do governo, o que configura um empréstimo. Tal operação é proibida pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
3 - Adiantamentos concedidos pelo FGTS à União para despesas do Programa Minha Casa, Minha Vida nos exercícios de 2010 a 2014. Também são "pedaladas".

4 - Adiantamentos concedidos pelo BNDES à União para despesas do Programa de
Sustentação do Investimento (PSI) nos exercícios de 2010 a 2014. Este é outro exemplo de "pedalada fiscal". O BNDES, que é um banco público, fez pagamentos para o PSI, que é um programa para estimular a produção, aquisição e exportação de bens de capital e a inovação. E não recebeu repasses do governo no tempo certo.

5 - O governo não especificou, no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2014, quais são as prioridades de gastos da administração pública federal, com as suas respectivas metas.

6 - A União faz o pagamento de dívida contratual junto ao FGTS sem a devida autorização orçamentária no exercício de 2014. Antes de serem feitos, todos os gastos do governo precisam ser aprovados no Congresso.

7 - Estatais gastaram mais do estava previsto no Orçamento de Investimento. Entre elas, estão empresas de energia, a Telebrás; a empresa Transmissora Sul Litorânea de Energia S.A. (TSLE) e a Furnas – Centrais Elétricas S.A. Elas executaram recursos acima do limite autorizado para a fonte de financiamento, seja ela recursos próprios, recursos para aumento do patrimônio líquido e operações de crédito.
O ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (Foto: Reprodução)O ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas
da União (Foto: Reprodução)
- Três estatais ultrapassaram o limite global de dotação, ou seja, gastaram demais considerando a soma de todas as fontes de financiamento. São elas: Araucária Nitrogenados S.A., Energética Camaçari Muricy I S.A. (ECM I) e Transmissora Sul Litorânea de Energia S.A. (TSLE);

9 - A União deixou de cortar despesas, conforme previsto no Decreto 8.367/2014. A economia deveria ter sido de pelo menos R$ 28,54 bilhões.

10 - O governo liberou recursos (na execução orçamentária de 2014) para influir na votação do Projeto de Lei PLN 36/2014, que mudou a meta fiscal prevista para o ano passado. Com as contas no vermelho, o governo enviou ao Congresso um projeto de lei para não descumprir uma meta de superávit primário (a economia feita para pagar parte dos juros da dívida pública) – ela passou de R$ 116 bilhões para R$ 10,1 bilhões.

11 - Foi feita uma inscrição irregular em restos a pagar (os valores já empenhados de anos anteriores e que não foram executados) de R$ 1,367 bilhão. O montante é referente a despesas do Programa Minha, Casa Minha Vida no exercício de 2014.
Pedaladas fiscais (Foto: Arte/G1)Pedaladas fiscais (Foto: Arte/G1)
12 - Omissão de pagamentos da União para o Banco do Brasil, o BNDES e o FGTS nas estatísticas dos resultados fiscais de 2014, o que significa que as maquiagens contábeis citadas nos primeiros itens, as "pedaladas fiscais", foram feitas para melhorar os resultados do superávit primário naquele ano.

13 - Existência de distorções em parte significativa das informações sobre indicadores e metas previstos no Plano Plurianual 2012-2015.

CADEIA PARA QUEM MALTRATA OS ANIMAIS

 
CADEIA PARA QUEM MALTRATA OS ANIMAIS

 SUA AJUDA, por favor - Esta postagem contem informações que considero muito importantes.
 Estes são os "resultados", ditos "seguros", oferecidos pela experimentação animal, para os seres humanos, supostamente "beneficiados" ´por ela.
 Isto, sem falar no GENOCÍDIO envolvido.
 Seria muito bom se todos lessem e compartilhassem ao máximo.
 Afinal, a INFORMAÇÃO CORRETA sobre os FATOS é nossa única arma para superar a "propaganda" da falsa ciência e das corporações.

50 Consequências Fatais em Humanos da Experimentação em Animais - compilação




Pequeno apanhado de "experiências" realizadas com animais que tiveram consequências fatais para humanos
fonte de referência em português: PEA: http://www.pea.org.br/crueldade/testes/index.htm#50


A compilação feita abaixo PROVA, além de qualquer argumento, que os pseudo-resultados e a coleta de dados que derivam da TORTURA e CHACINA de animais em "pesquisas", não fornecem sequer resultados confiáveis ou fidedignos do ponto de vista da saúde humana.
Trata-se, portanto, de um CRIME SEM QUALQUER JUSTIFICATIVA, nem sequer a da confiabilidade dos resultados obtidos a partir deste HOLOCAUSTO GENOCIDA, ainda legalizado e "tornado necessário e obrigatório" pelos interesses milionários de alguns.


50 Consequências Fatais da Experimentação em Animais

01) Pensava-se que fumar não provocava câncer, porque câncer relacionado ao fumo é difícil de ser reproduzido em animais de laboratório. As pessoas continuam fumando e morrendo de câncer. (2)

 02) Embora haja evidências clínicas e epidemiológicas de que a exposição à benzina causa leucemia em humanos, a substância não foi retida como produto químico industrial. Tudo porque testes apoiados pelos fabricantes para reproduzir leucemia em camundongos a partir da exposição à benzina falharam. (1)

 03) Experimentos em ratos, hamsters, porquinhos-da-índia e macacos não revelaram relação entre fibra de vidro e câncer. Não até 1991, quando, após estudos em humanos, a OSHA - Occupational, Safety and Health Administration - os rotulou de cancerígenos (1)

 04) Apesar de o arsênico ter sido reconhecido como substância cancerígena para humanos por várias décadas, cientistas encontraram poucas evidências em animais. Só em 1977 o risco para humanos foi estabelecido (6), após o câncer ter sido reproduzido em animais de laboratório. (7) (8) (9)

 05) Muitas pessoas expostas ao amianto morreram, porque cientistas não conseguiram produzir câncer pela exposição da substância em animais de laboratório.

 06) Marca-passos e válvulas para o coração tiveram seu desenvolvimento adiado, devido a diferenças fisiológicas entre humanos e os animais para os quais os aparelhos haviam sido desenhados.

 07) Modelos animais de doenças cardíacas falharam em mostrar que colesterol elevado e dieta rica em gorduras aumentam o risco de doenças coronárias. Em vez de mudar hábitos alimentares para prevenir a doença, as pessoas mantiveram seus estilos de vida com falsa sensação de segurança.

08) Pacientes receberam medicamentos inócuos ou prejudiciais à saúde, por causa dos resultados de modelos de derrame em animais.

 09) Erroneamente, estudos em animais atestaram que os Bloqueadores Beta não diminuiriam a pressão arterial em humanos, o que evitou o desenvolvimento da substância (10) (11) (12).

Até mesmo os vivisseccionistas admitiram que os modelos de hipertensão em animais falharam nesse ponto. Enquanto isso, milhares de pessoas foram vítimas de derrame.

 10) Cirurgiões pensaram que haviam aperfeiçoado a Keratotomia Radial (cirurgia para melhorar a visão) em coelhos, mas o procedimento cegou os primeiros pacientes humanos. Isso porque a córnea do coelho tem capacidade de se regenerar internamente, enquanto a córnea humana se regenera apenas superficialmente. Atualmente, a cirurgia é feita apenas na superfície da córnea humana.

 11) Transplantes combinados de coração e pulmão também foram "aperfeiçoados" em animais, mas os primeiros três pacientes morreram nos 23 dias subseqüentes à cirurgia (13). De 28 pacientes operados entre 1981 e 1985, 8 morreram logo após a cirurgia, e 10 desenvolveram Bronquiolite Obliterante , uma complicação pulmonar que os cães submetidos aos experimentos não contraíram. Dos 10, 4 morreram e 3 nunca mais conseguiram viver sem o auxílio de um respirador artificial. Bronquiolite obliterante passou a ser o maior risco da operação (14)

 12) Ciclosporin A inibe a rejeição de órgãos e seu desenvolvimento foi um marco no sucesso dos transplantes. Se as evidências irrefutáveis em humanos não tivessem derrubado as frágeis provas obtidas com testes em animais, a droga jamais teria sido liberada. (15)

 13) Experimentos em animais falharam em prever toxidade nos rins do anestésico geral metoxyflurano. Muitas pessoas que receberam o medicamento perderam todas as suas funções renais.

 14) Testes em animais atrasaram o início da utilização de relaxantes musculares durante anestesia geral.

 15) Pesquisas em animais não revelaram que algumas bactérias causam úlceras, o que atrasou o tratamento da doença com antibióticos.

 16) Mais da metade dos 198 medicamentos lançados entre 1976 e 1985 foram retirados do mercado ou passaram a trazer nas bulas efeitos colaterais, que variam de severos a imprevisíveis (16). Esses efeitos incluem complicações como disritmias letais, ataques cardíacos, falência renal, convulsões, parada respiratória, insuficiência hepática e derrame, entre outros.

 17) Flosin (Indoprofeno), medicamento para artrite, testado em ratos, macacos e cães, que o toleraram bem. Algumas pessoas morreram após tomar a droga. 1

18) Zelmid, um antidepressivo, foi testado sem incidentes em ratos e cães. A droga provocou sérios problemas neurológicos em humanos.

 19) Nomifensina, um outro antidepressivo, foi associado a insuficiência renal e hepática, anemia e morte em humanos. Testes realizados em animais não apontaram efeitos colaterais.

 20) Amrinone, medicamento para insuficiência cardíaca, foi testado em inúmeros animais e lançado sem restrições. Humanos desenvolveram trombocitopenia, ou seja, ausência de células necessárias para coagulação.

 21) Fialuridina, uma medicação antiviral, causou danos no fígado de 7 entre 15 pessoas. Cinco acabaram morrendo e as outras duas necessitaram de transplante de fígado. (17) A droga funcionou bem em marmotas. (18) (19)

 22) Clioquinol, um antidiarréico, passou em testes com ratos, gatos, cães e coelhos. Em 1982 foi retirado das prateleiras em todo o mundo após a descoberta de que causa paralisia e cegueira em humanos.

 23) A medicação para a doença do coração Eraldin provocou 23 mortes e casos de cegueira em humanos, apesar de nenhum efeito colateral ter sido observado em animais. Quando lançado, os cientistas afirmaram que houve estudos intensivos de toxidade em testes com cobaias. Após as mortes e os casos de cegueira, os cientistas tentaram sem sucesso desenvolver em animais efeitos similares aos das vítimas. (20)

 24) Opren, uma droga para artrite, matou 61 pessoas. Mais de 3500 casos de reações graves têm sido documentados. Opren foi testado sem problemas em macacos e outros animais.

 25) Zomax, outro medicamento para artrite, matou 14 pessoas e causou sofrimento a muitas.

 26) A dose indicada de isoproterenol, medicamento usado para o tratamento de asma, funcionou em animais. Infelizmente, foi tóxico demais para humanos, provocando na Grã-Bretanha a morte de 3500 asmáticos por overdose. Os cientistas ainda encontram dificuldades de reproduzir resultados semelhantes em animais. (21) (22) (23) (24) (25) (26)





 27) Metisergide, medicamento usado para tratar dor de cabeça, provoca fibrose retroperitonial ou severa obstrução do coração, rins e veias do abdômen. (27) Cientistas não estão conseguindo reproduzir os mesmos efeitos em animais. (28)

 28) Suprofen, uma droga para artrite, foi retirada do mercado quando pacientes sofreram intoxicação renal. Antes do lançamento da droga, os pesquisadores asseguraram que os testes tiveram (29) (30) "perfil de segurança excelente, sem efeitos cardíacos, renais ou no SNC (Sistema Nervoso Central) em nenhuma espécie".

 29) Surgam, outra droga para artrite, foi designada como tendo fator protetor para o estômago, prevenindo úlceras, efeito colateral comum de muitos medicamentos contra artrite. Apesar dos resultados em testes feitos em animais, úlceras foram verificadas em humanos (31) (32).

 30) O diurético Selacryn foi intensivamente testado em animais. Em 1979, o medicamento foi retirado do mercado depois que 24 pessoas morrerem por insuficiência hepática causada pela droga. (33) (34)

 31) Perexilina, medicamento para o coração, foi retirado do mercado quando produziu insuficiência hepática não foi prognosticada em estudos com animais. Mesmo sabendo que se tratava de um tipo de insuficiência hepática específica, os cientistas não conseguiram induzi-la em animais. (35)

 32) Domperidone, droga para o tratamento de náusea e vômito, provocou batimentos cardíacos irregulares em humanos e teve que ser retirada do mercado. Cientistas não conseguiram produzir o mesmo efeito em cães, mesmo usando uma dosagem 70 vezes maior. (36) (37)

 33) Mitoxantrone, usado em um tratamento para câncer, produziu insuficiência cardíaca em humanos. Foi testado extensivamente em cães, que não manifestaram os mesmos sintomas. (38) (39)

 34) A droga Carbenoxalone deveria prevenir a formação de úlceras gástricas, mas causou retenção de água a ponto de causar insuficiência cardíaca em alguns pacientes. Depois de saber os efeitos da droga em humanos, os cientistas a testaram em ratos, camundongos, macacos e coelhos, sem conseguirem reproduzir os mesmos sintomas. (40) (41)

 35) O antibiótico Clindamicyn é responsável por uma condição intestinal em humanos chamada colite pseudomembranosa. O medicamento foi testado em ratos e cães, diariamente, durante um ano. As cobaias toleraram doses 10 vezes maiores que os seres humanos. (42) (43) (44)

 36) Experiências em animais não comprovaram a eficácia de drogas como o valium, durante ou depois de seu desenvolvimento (45) (46)

 37) A companhia farmacêutica Pharmacia & Upjohn descontinuou testes clínicos dos comprimidos de Linomide (roquinimex) para o tratamento de esclerose múltipla, após oito dos 1200 pacientes sofrerem ataques cardíacos em consequência da medicação. Experimentos em animais não previram esse risco.

 38) Cylert (pemoline), um medicamento usado no tratamento de Déficit de Atenção/Hiperatividade, causou insuficiência hepática em 13 crianças. Onze delas ou morreram ou precisaram de transplante de fígado.

 39) Foi comprovado que o Eldepryl (selegilina), medicamento usado no tratamento de Doença de Parkinson, induziu um grande aumento da pressão arterial dos pacientes. Esse efeito colateral não foi observado em animais, durante o tratamento de demência senil e desordens endócrinas.

 40) A combinação das drogas para dieta fenfluramina e dexfenfluramina - ligadas a anormalidades na válvula do coração humano - foram retiradas do mercado, apesar de estudos em animais nunca terem revelado tais anormalidades. (47)

 41) O medicamento para diabetes troglitazone, mais conhecido como Rezulin, foi testado em animais sem indicar problemas significativos, mas causou lesão de fígado em humanos. O laboratório admitiu que ao menos um paciente morreu e outro teve que ser submetido a um transplante de fígado. (48)

 42) Há séculos a planta Digitalis tem sido usada no tratamento de problemas do coração. Entretanto, tentativas clínicas de uso da droga derivada da Digitalis foram adiadas porque a mesma causava pressão alta em animais. Evidências da eficácia do medicamento em humanos acabaram invalidando a pesquisa em cobaias. Como resultado, a digoxina, um análogo da Digitalis, tem salvo inúmeras vidas. Muitas outras pessoas poderiam ter sobrevivido se a droga tivesse sido lançada antes. (49) (50) (51) (52)

 43) FK506, hoje chamado Tacrolimus, é um agente anti-rejeição que quase ficou engavetado antes de estudos clínicos, por ser extremamente tóxico para animais. (53) (54) Estudos em cobaias sugeriram que a combinação de FK506 com cyclosporin potencializaria o produto. (55) Em humanos ocorreu exatamente o oposto. (56)

 44) Experimentos em animais sugeriram que os corticosteróides ajudariam em casos de choque séptico, uma severa infecção sang¸ínea causada por bactérias. (57) (58). Em humanos, a reação foi diferente, tendo o tratamento com corticosteróides aumentado o índice de mortes em casos de choque séptico. (59)

 45) Apesar da ineficácia da penicilina em coelhos, Alexander Fleming usou o antibiótico em um paciente muito doente, uma vez que ele não tinha outra forma de experimentar. Se os testes iniciais tivessem sido realizados em porquinhos-da-índia ou em hamsters, as cobaias teriam morrido e talvez a humanidade nunca tivesse se beneficiado da penicilina. Howard Florey, ganhador do Premio Nobel da Paz, como co-descobridor e fabricante da penicilina, afirmou: "Felizmente não tínhamos testes em animais nos anos 40. Caso contrário, talvez nunca tivéssemos conseguido uma licença para o uso da penicilina e, possivelmente, outros antibióticos jamais tivessem sido desenvolvidos.

 46) No início de seu desenvolvimento, o flúor ficou retido como preventivo de cáries, porque causou câncer em ratos. (60) (61) (62)

 47) As perigosas drogas Talidomida e DES foram lançadas no mercado depois de serem testadas em animais. Dezenas de milhares de pessoas sofreram com o resultado (*nota do tradutor: A Talidomina foi desenvolvida em 1954 destinada a controlar ansiedade, tensão e náuseas. Em 1957 passou a ser comercializada e em 1960 foram descobertos os efeitos teratogênicos provocados pela droga, quando consumida por gestantes: durante os 3 primeiros meses de gestação interfere na formação do feto, provocando a focomelia que é o encurtamento dos membros junto ao tronco, tornando-os semelhantes aos de focas.)

 48) Pesquisas em animais produziram dados equivocados sobre a rapidez com que o vírus HIV se reproduz. Por causa do erro de informação, pacientes não receberam tratamento imediato e tiveram suas vidas abreviadas.

 49) De acordo com o Dr. Albert Sabin, pesquisas em animais prejudicaram o desenvolvimento da vacina contra o pólio. A primeira vacina contra pólio e contra raiva funcionou bem em animais, mas matou as pessoas que receberam a aplicação.

 50) Muitos pesquisadores que trabalham com animais ficam doentes ou morrem devido à exposição a microorganismos e agentes infecciosos inofensivos para animais, mas que podem ser fatais para humanos, como por exemplo o vírus da Hepatite B.

Tempo, dinheiro e recursos humanos devotados aos experimentos com animais poderiam ter sido investidos em pesquisas com base em humanos.
Estudos clínicos, pesquisas in-vitro, autópsias, acompanhamento da droga após o lançamento no mercado, modelos computadorizados e pesquisas em genética e epidemiologia não apresentam perigo para os seres humanos e propiciam resultados precisos.
 Importante salientar que experiências em animais têm exaurido recursos que poderiam ter sido dedicados à educação do público sobre perigos para a saúde e como preservá-la, diminuindo assim a incidência de doenças que requerem tratamento.
 Experimentação Animal não faz sentido.
A prevenção de doenças e o lançamento de terapias eficazes para seres humanos está na ciência que tem como base os seres humanos.





  Referências: 1.Sax, N. Cancer-causing Chemicals Van Nostrand 1981 2.Lancet, June 25, 1977 p1348-9 3.The Guardian, July 20, 1991 4.Occupational Lung Disorders, Butterworth 1982 5.Toxicology & Industrial Health, 1990, vol.6, p293-307 6.J Nat Cancer Inst 1969, vol.42, 1045-52 7.Br J Cancer, 1947, vol.1, p 192-251 8.Advances in Modern Toxicology, vol.2, Wiley, 1977 9.J Nat Cancer Inst, 1962, vol.5, p 459 10. Fitzgerald, D. The development of new cardiovascular drugs in Recent Developments in Cardiovascular Drugs eds. Coltart and Jewitt, Churchill Livingstone 1981 11.Perspectives in Biology & Medicine, 1980 Part 2, S9-S24 12.Pharmacy International Feb. 1986; p33-37 13.Lancet, i, p 130-2, 1983 14.Lancet, 1, no. 8480 p 517-9, March 8, 1996 15.Annals of Internal Medicine 1984, vol.101, 667-682 16.GAO/PEMD-90-15 FDA Drug Review: Postapproval Risks  1976-1985 17 .NEJM 333;1099-1105, 1995 18.J NIH Res, 1993, 5, 33-35 19. Nature, 1993, July 22, p 275 20. Nature, 1982, April 1, p 387-90 and Br Med J, 1983, Jan 15, p 199-202 and Drug Monitoring, 1977 and Pharmacologist, 1964, vol. 6, p 12-26 and Pharmacology: Drug Actions and Reac and Advances in Pharm, 1963, vol. 2, 1-112 and Nature, 1982, April 1, p 387-390 21.Pharmacologist, 1971, vol.18, p 272 22.Br J of Pharm 1969Vol. 36; p35-45 23.Inman, W. H. Monitoring for Drug Safety, MTP Press, 1980 24.Am Rev Resp Diseases, 1972, vol.105, p883-890 25.Lancet, 1979, Oct.27, p 896 26.Toxicology and Applied Pharmacology 1965, vol. 7; p1-8 27.Animal Toxicity Studies: Their Relevance for Man, Quay Pub. 1990 28.Br Med J, 1974, May 18, p 365-366 29.Drug Withdrawl from Sale PJB Publications, 1988 30.Pharmacology, 1983, vol.27(suppl 1), 87-94 and FDA Drug Review: Postapproval Risks 1976-1985 (US GAO April 1990 31.Gut, 1987, vol.28, 515-518 32.Lancet, Jan 10, 1987, 113-114 33.Toxicolo Letters, 1991, vol.55, p 287-93 34.Drug Withdrawl from Sale, PJB1988 35.Reg Tox & Pharm,1990,vol.11,288-307 and Postgraduate Med J, 1973, vol.49, April Suppl., 125-129 and 130 36. Drugs, 1982, vol.24, p 360-400 37. Animal Toxicity Studies Quay, 1990 38. Lancet, 1984, July 28, p 219-220 39. Matindale: The Extra Pharmacopoeia, 29th edition, Pharmaceutical Press, 1989) 40. Br Nat Form, no.26, 1993 41. Reg Tox & Pharm, 1990, vol.11, p 288-307 42. Br Med J, 1983, Jan 15, p 199-202 43. Br Nat Form, no.26, 1993 44.Tox & Appl Pharm, 1972, vol. 21, p 516-531 45. The Benzodiazepines MTP Press1978 46. Drugs and Therapeutics Bulletin,1989, vol.27, p 28 47. as quoted in Activate For Animals Oct. 1997 The American Antivivisection Society 48. Parke-Davis letter dated Oct. 31, 1996 49. Sneader, W. Drug Discovery: The Evolution of Modern Medicine Wiley, 1985 50. Lewis, T. Clinical Science Shaw & Sons Ltd. 1934 51. Federation Proceedings 1967, vol.26, 1125-30 52. Toxicology In Vitro 1992, vol.6, 47-52 53. JAMA, 1990, April 4, p1766 54. Lancet,1989, July 22, p 227 55. Lancet, 1989, Oct 28, p1000-1004 56.Hepatology,1991, vol.13,  1259-1260 57 .Drugs and Therapeutics Bulletin, 1990, vol.28, p 74-75 58. Anesthesiology: Proceedings of the VI World Congress of Anesthesiology, Mexico City 1977 59. NEJM, 1987, Sep. 10, p 653-658 60. The Causes of Cancer, 1981, Oxford Press 61. J NIH Res, 1991, vol.3, p46 62. Nature, 1991, Feb 28, p732 Fonte: Americans for Medical Advancement Quem deseja conhecer os meandros e bastidores escusos do uso científico de animais, não pode deixar de ler este livro. Seus autores, os biólogos Sergio Greif e Thales Tréz, são os maiores conhecedores do assunto no Brasil. O livro com depoimentos de pessoas de grande notoriedade, entre elas o Dr. Ivo Pitanguy: A Verdadeira Face da Experimentação Animal http://www.facebook.com/photo.php?fbid=157415660945248&set=a.155551234465024.31186.153177141369100
Postado por Contato Animal às 14:32  

terça-feira, 21 de julho de 2015

Ronda Rousey chora ao relembrar provocação de Bethe Correia; veja

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Ronda Rousey chora ao relembrar provocação de Bethe Correia; veja
O clima parece ter esquentado além do esperado. Depois de diversas trocas de farpas publicamente, Ronda Rousey deu mais uma amostra de que ficou bastante magoada com a provocação da rival Bethe Correia, que pediu que ela não voltasse a usar drogas ou tentasse se matar após o duelo entre elas, agendado para o dia 1º de agosto. Tiro certeiro no coração da campeã peso-galo (61 kg) do UFC, que perdeu o pai após ele cometer suicídio ainda quando era uma criança.
Em vídeo promocional para a disputa divulgado pelo próprio UFC, a judoca não segura as lágrimas ao relembrar a forma como Bethe a tirou do sério e como o drama mexeu com sua família. Emocionada, a lutadora afirmou que a brasileira passou dos limites e que ela não tem intenção de perdoá-la.
“Ela começou a ir muito longe. Disse que esperava que eu não voltasse a usar a drogas e não me matasse depois da luta. É algo que todo mundo sabe o fato do meu pai ter se matado. […] Ela desrespeitou a maior tragédia que aconteceu em minha família. E ela riu sobre isso. […] Não é promoção de luta, ela foi muito longe naquele dia. Eu não esqueço coisas assim. Não perdoo coisas assim”, afirmou sem conter a emoção.
Afirmando que vencerá Bethe da forma mais embaraçosa possível, promessa feita ao presidente do show Dana White, Ronda defende seu cinturão mais uma vez no combate principal do UFC 190, evento a ser realizado na cidade do Rio se Janeiro.
Confira o chora da campeã a partir de 4m17s:

Ou Rollemberg age rapidamente ou segurança pública entrará em pane até 2019. Detalhe: será pior do que o 7×1


JUCA FERREIRA | MINISTRO DA CULTURA » Juca Ferreira: “Crise fez emergir lado reacionário da sociedade brasileira” Ministro faz um balanço dos seis primeiros meses do segundo mandato de Dilma Juca Ferreira também critica modelo da Lei Rouanet: "reforço da desigualdade" Com tática de guerra, bancada conservadora avança em Brasília

Juca Ferreira, ministro da Cultura. / JAIME VILLANUEVA
Novamente à frente do Ministério da Cultura, Juca Ferreira(Salvador, Bahia, 1949), faz um balanço sobre o primeiro semestre do segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff e avalia para onde caminha a cultura em meio à grave crise econômica e política que atinge o Brasil. Embora tenha atuado para minimizar os impactos docorte de gastos públicos sobre a pasta - que já conta com um orçamento tímido -, Ferreira evita críticas ao ministro Joaquim Levy - o homem da tesoura. Por outro lado, não esconde a preocupação com o fortalecimento de uma ala política mais conservadora no país.
Sociólogo de profissão e embaixador especial da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) entre 2011 e 2012, esteve recentemente em Madri (Espanha), onde falou com o EL PAÍS, para apresentar um ato organizado por esta instituição intitulado “Brasil Remix: Modernização e democratização da cultura”, uma síntese de duas de suas obsessões.
Pergunta. O sr. é novamente ministro. Agora, em um contexto de crise econômica, sua tarefa é mais fácil ou mais difícil?
Resposta. Por um lado é mais fácil e, por outro, mais difícil. Mais fácil porque a experiência é um capital importante e além disso estive dois anos em Madri e pude refletir sobre os oito anos do Governo Lula, sobre as mudanças que fizemos, sobre a velocidade incrível com que o Brasil se transformou e sobre a necessidade de modificar as políticas culturais. Mas o Brasil vive uma crise econômica... e política. Duas crises juntas. Isso agrega dificuldades enormes, mas nada que não possa ser superado. Estamos trabalhando bem e temos um grande reconhecimento dos artistas, das organizações culturais, das redes sociais...
É como se quisessem levar o Brasil para a Idade Média, quando o país nem existia
P. Que balanço o sr. faz desses seis meses? O sr. representa a ala esquerda dentro do Governo em relação a ministros liberais comoJoaquim Levy e lutou para que não fossem feitos cortes do orçamento da Cultura, mas no final houve...
R. Abaixo da média. Estamos tendo um bom tratamento. Compreendo que quando um Governo gasta mais do que arrecada é necessário conter o gasto, mas acredito que é necessário um corte inteligente, há diferentes tipos de sacrifícios. Sempre digo uma metáfora à presidenta Dilma sobre três pessoas que chegam a uma clínica de emagrecimento. Uma gorda, uma normal e uma abaixo do peso. Se você cortar 30% da obesa, ainda tem de continuar controlando sua dieta para emagrecer, a normal ficará um pouco tonta, mas se recuperará facilmente, mas a magrinha morre. Como o orçamento da Cultura é tão pequeno, não pode receber o mesmo tratamento dos demais.
P. O sr. disse que quer mudar a Lei Rouanet, que concede incentivos fiscais às empresas que investem em Cultura...

P.
 Como vocês vão lidar com a crise para que esses milhões que saíram da pobreza no Brasil tenham acesso à cultura?R. Vamos conseguir mudá-la. Ela não é boa, porque gera concentração e porque 90% do orçamento fica em Minas Gerais, 80% em Rio e São Paulo, o Sudeste mais desenvolvido do país, e desses 80%, 60% vão parar em duas cidades: Rio de Janeiro e São Paulo, e dentro dessas cidades são sempre os mesmos. Quem? Aprovamos dezenas de milhares de projetos e os departamentos de marketing das empresas são os que decidem. E os escolhidos são aqueles que beneficiam a imagem da empresa e os artistas que precisam menos, o que representa um reforço da desigualdade. E além disso quase 100% do dinheiro é público, um dinheiro público que é decidido com critérios privados. Não tem futuro essa lei, eu a chamo de ovo da serpente no Brasil. Tem uma aparência muito impressionante, mas por dentro... E além disso não criou mecenato nesses 20 anos. Se o dinheiro é publico, não é mecenato.
A Lei Rouanet é o ovo da serpente no Brasil
R. Trabalhamos com três indicadores básicos: desenvolver a linguagem artística de toda a produção simbólica brasileira, porque cultura é muito mais do que arte. O segundo critério é universalizar a inclusão social aos bens culturais. O Brasil tem indicadores muito ruins. Por exemplo, pouco mais de 5% entraram em um museu, apenas 13% vai ao cinema com frequência, a média de leitura é de 1,7 livros por ano. É necessário fazer um esforço para criar um projeto que amplie o desenvolvimento social do país. Desenvolvimento não é só ampliar a produção e colocar um pouco mais de dinheiro no bolso das pessoas para que consumam, é muito mais. É fundamental e nossa luta, inclusive dentro do Governo, é para que compreendam que não há possibilidade de desenvolvimento do país sem desenvolvimento cultural. O terceiro componente é fomentar a economia da cultura.
P. O sr. disse que seu ministério estaria aberto à cultura popular e africana...
R. Da ópera ao funk, que é a música preferida da periferia. Tudo é cultura e merece apoio.
P. Para sair do samba, da caipirinha e do futebol, as mais conhecidas exportações do Brasil, como se pretende expandir a cultura brasileira do século XXI no mundo?
R. É uma tarefa de todos. De qualquer forma, há uma visão turística que é muito definida na relação programada do turista com o local, mas a cultura brasileira está presente no mundo há muito tempo. A música brasileira é reconhecida como uma das melhores. Eu vivi, por causa da ditadura e do exílio, oito anos na Suécia e há uma música instrumental muito típica, o Brasileirinho, que muitos suecos pensam que é deles. Nossa cultura já é global porque nós conseguimos dialogar internamente na criação com os fluxos que vêm de fora, mas também porque vai para o mundo. Mas é necessário se renovar permanentemente para que Jorge Amado não continue sendo o único ícone da cultura brasileira, há um trabalho de exportação, mas também de integração com as outras culturas. É necessário que o Brasil conheça o cinema argentino, espanhol, que só chega quando as distribuidoras americanas o permitem, mas é necessário construir uma cultura de colaboração sem intermediários para que haja um intercâmbio cultural maior.
P. Jorge Amado disse que o Brasil é um país racista, cheio de racistas. O sr. acredita que esse Brasil dicotômico se dá também na cultura?
R. O Brasil é um país paradoxal. Predisposto à convivência, mas com os maiores índices de violência social do mundo. Tem predisposição para integrar os diferentes, mas há racismo e discriminação, é uma marca brasileira. Neste momento de crise, emergiu da própria sociedade um programa muito reacionário, racista, misógino, contra os direitos das mulheres, contra o Estado laico, a favor de reduzir a idade penal, um programa que os mais otimistas pensam que não pode se tornar hegemônico, mas ao mesmo tempo ocupa espaços no Congresso e creio que a sociedade começou a reagir e creio que os partidos políticos e o Governo também têm de reagir, porque é uma ameaça à convivência e à democracia. É como se quisessem levar o Brasil para a Idade Média, quando o país nem existia. Temos a vantagem de ser um país novo que pode pensar no futuro sem as marcas de ontem, sem as taras da civilização ocidental.
P. O sr. acredita que haverá impeachment de Dilma?
R. Não. A oposição faz isso para mantê-la enfraquecida.