domingo, 5 de julho de 2015

Startup de US$ 45 bilhões que promete “matar a Apple” bate em parede invisível A empresa é a única que verdadeiramente incomoda a Apple - e especialistas afirmam que ela pode ser parte de uma revolução que pode destruir a gigante de Cupertino?e outras imensas do setor de tecnologia


SÃO PAULO – A empresa considerada a “startup mais valiosa do mundo” acaba de bater em uma “parede invisível”: estagnação. Cinco anos depois de ser fundada, a fabricante de eletrônicos chinesa Xiaomi, já vale US$ 45 bilhões e vende cerca de 35 milhões de smartphones por semestre, mostra o Business Insider. O problema é que as vendas não crescem desde o começo do ano.
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A empresa é a única que verdadeiramente incomoda a Apple – e especialistas afirmam que ela pode ser parte de uma revolução que pode destruir a gigante de Cupertino e outras imensas do setor de tecnologia. Com a estagnação da startup chinesa, porém, fica difícil de acreditar que esse será o destino.
A Xiaomi, que no Brasil adotou o nome de Mi Brasil, tinha uma meta agressiva de 100 milhões de smartphones neste ano. Não alcançará se manter o ritmo, mesmo com a entrada em novos mercados, como Índia e o Brasil. Mas o que causou a estagnação da startup? O sucesso do iPhone 6, possivelmente o smartphone da Apple de maior sucesso na história.
Só na primeira metade do ano, a Apple já vendeu 109 milhões de celulares, um crescimento de 40%. A Apple tem forte presença em todo o mundo, enquanto a Xiaomi está basicamente restrita a China. E lá no gigante asiático, a empresa fundada por Steve Jobs conseguiu um semestre tão forte que ultrapassou a Xiaomi e assumiu o 1º lugar.
Isso é impressionante, principalmente se você considerar a diferença do preço de cada produto: na China, o iPhone 6 é vendido entre US$ 650 e US$ 1,000 – enquanto os da Xiaomi, que são considerados bons celulares, são vendidos por US$ 100 a US$ 300.
Isso pode ser um pequeno problema na vida da Xiaomi ou um realmente grande. Com o acirramento da competição no mercado de smartphones, lucrar tem sido cada vez mais difícil e apenas a Apple e Samsung tem conseguidos bons resultados na última linha do balanço entre as companhias que divulgam seus resultados. Portanto, crescer, fortalecer a marca e vender produtos mais lucrativos é a única opção para a Xiaomi se ela quiser se tornar a número 1.

Apple Music esconde músicas com 'letra vulgar'; saiba como ativar

Alguns usuários do Apple Music, serviço de streaming de músicas, se depararam com um problema, no mínimo, inconveniente. Algumas faixas e até mesmo álbuns inteiros estavam desativados. Inicialmente se pensou que eram porque tais faixas não estavam disponíveis no Brasil, mas não é bem por aí.
Apple Music tem todas as músicas? Serviço de streaming esconde conteúdo explícito (Foto: Isabela Giantomaso / TechTudo)Apple Music tem todas as músicas? Serviço de streaming esconde conteúdo explícito (Foto: Isabela Giantomaso / TechTudo)
As faixas ficam marcadas como explícitas e são "puladas" pelo player, que mostra os títulos em cinza. Em rádios e playlists, elas também não aparecem. Álbuns de rap chegam a ficar totalmente bloqueados.
Faixa de 2Pac são bloqueadas pelo Apple Music por causa de letras polêmicas (Foto: Reprodução/Apple Music)Faixa de 2Pac são bloqueadas pelo Apple Music por causa de letras polêmicas (Foto: Reprodução/Apple Music)

Uma rápida investigação nos dados da faixa, mostra que as músicas que contém "letras vulgares" ou outras palavras de baixo calão são classificadas como “Inadequadas" e marcadas por um "E" vermelho. 
A Apple entende que essas músicas são ofensivas e acha por bem escondê-las dos seus usuários, de forma conservadora. Aprenda a ativar tais faixas e ouça a música que você quiser no PC ou no iPhone.
Conteúdo inadequeado? Apple music bloqueia músicas com palavrões (Foto: Reprodução/Apple Music)Conteúdo inadequeado? Apple music bloqueia músicas com palavrões (Foto: Reprodução/Apple Music)



iPhone e iPad
Passo 1. Acesse o aplicativo “Ajustes” e depois vá em “Geral”. Em seguida, toque em “Restrições”;
Acessando as restrições do iOS (Foto: Felipe Alencar/TechTudo)Acessando as restrições do iOS (Foto: Felipe Alencar/TechTudo)
Passo 2. Toque em “Ativar Restrições”, se ela já não estiver ativa. Será necessário digitar a sua senha duas vezes;
Ative as restrições do iOS (Foto: Felipe Alencar/TechTudo)Ative as restrições do iOS (Foto: Felipe Alencar/TechTudo)
Passo 3. Vá até a sessão “Conteúdo permitido” e acesse o item “Música e Podcasts”;
Acessando as opções de Música e Podcast (Foto: Felipe Alencar/TechTudo)Acessando as opções de Música e Podcast (Foto: Felipe Alencar/TechTudo)
Passo 4. Ative a opção “Explicit”. Se ela já estiver ativada, desative e logo em seguida ative novamente;
Ativando e desativando a opção de músicas explícitas (Foto: Felipe Alencar/TechTudo)Ativando e desativando a opção de músicas explícitas (Foto: Felipe Alencar/TechTudo)
Passo 5. Volte para a tela anterior e desative as restrições, se assim desejar.
Windows e Mac
Quem usa o Apple Music pelo computador, seja ele Windows ou Mac, pode se deparar com a mensagem abaixo no iTunes (programa necessário para ouvir o streaming em desktops). Ela também bloqueia música classificadas como "Explicit". Confira como resolver o problema no computador.
Apple Music também bloqueia músicas com palavrões no Windows e Mac (Foto: Reprodução/Felipe Alencar)Apple Music também bloqueia músicas com palavrões no Windows e Mac (Foto: Reprodução/Felipe Alencar)
Passo 1. Acesse o menu do iTunes, tocando no botão do canto superior esquerdo e depois vá em "Preferências";
Vá em "Preferências" (Foto: Reprodução/Felipe Alencar)Vá em "Preferências" (Foto: Reprodução/Felipe Alencar)
Passo 2. Na janela que abrir vá até a opção "Parental";
Clique em "Parental" (Foto: Reprodução/Felipe Alencar)Clique em "Parental" (Foto: Reprodução/Felipe Alencar)
Passo 3. Nela, desmarque a caixa de seleção que diz "Músicas com conteúdo explicíto".
Desmarque a caixa "Músicas com conteúdo explícito" (Foto: Reprodução/Felipe Alencar)Desmarque a caixa "Músicas com conteúdo explícito" (Foto: Reprodução/Felipe Alencar)
Pronto, desta forma você poderá resolver o problema de músicas desativadas e ouvir qualquer música.

Socorro preciso que me ajudem a compreender? Um cidadão brasileiro com sua família vai ao maior banco brasileiro “BANCO DO BRASIL.”. Adquire dólares e acaba levando dólares falsos para viajar aos EUA sendo preso. Imaginem o constrangimento dele, seus familiares e amigos? “Segunda a matéria”. A imprensa jornalística do Brasil resolveu fazer uma cobertura sobre o caso e no fim apresentaram uma NOTA LACÔNICA desse Banco. Não se deram ao trabalho de ouvir, gravar uma declaração de um representante deste Banco. Sinceramente, dá para aceitar esse tipo de cobertura! p� �


Rubén Aguirre, o Professor Girafales de ‘Chaves’, vende imóveis para comprar remédios

Artista mexicano enfrenta diversos problemas de saúde (Reprodução/Facebook)
Rubén Aguirre, 81, ator mexicano que viveu o Professor Girafales no seriado “Chaves”, teve que colocar alguns imóveis à venda para conseguir bancar os gastos com remédios.
Com problemas de saúde, o artista anunciou na internet uma casa localizada na cidade de Villa de Tepetlaoxtoc. De acordo com o portal “TV y Novelas”, ele pede a quantia de 7 milhões de pesos, cerca de R$ 1,4 milhão, pela propriedade. O site do México afirma que Rubén também tenta vender uma pequena fazenda que valeria cerca de R$ 590 mil. 

Estado Islâmico divulga vídeo de execução em massa na cidade histórica síria de Palmira

  • (Maio) Imagem divulgada pela mídia jihadista mostra uma bandeira do Estado Islâmico no topo do teatro romano da cidade de PalmiraVisualizar fotos
    (Maio) Imagem divulgada pela mídia jihadista mostra uma bandeira do Estado Islâmico …

O grupo extremista sunita Estado Islâmico (EI) postou neste sábado na internet um vídeo que mostra dezenas de soldados do regime sírio sendo executados por adolescentes no teatro romano da antiga cidade de Palmira.
O vídeo de 10 minutos mostra uma execução que teria ocorrido logo após a tomada pelo grupo, em 21 de maio, da cidade de Palmira (centro), lar de antigas ruínas mundialmente famosas e classificadas pela Unesco como Patrimônio da Humanidade.
O vídeo mostra a morte a tiros de cerca de 25 soldados uniformizados diante de uma enorme bandeira preta da organização jihadista.
Aqueles que os executaram parecem ser crianças ou adolescentes e as execuções ocorrem na presença de algumas pessoas sentadas nas tribunas do teatro romano.
Antes da execução, um jovem jihadista acusa os soldados de ser "nossaris", um termo pejorativo para designar os alauítas, o ramo xiita ao qual faz parte o presidente sírio Bashar al-Assad.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) informou em 27 de maio a execução de cerca de vinte combatentes do regime neste anfiteatro romano.
Estima-se que o grupo Estado Islâmico (EI) tenha matado mais de 200 pessoas quando tomou a cidade de Palmira.
"Utilizar as ruínas romanas para matar civis prova que os EI despreza a humanidade", reagiu na época o diretor de Antiguidades sírias, Maamoun Abdulkarim.
O EI tem o costume de divulgar vídeos de suas execuções por métodos bárbaros desde que assumiu o controle de extensos territórios no Iraque e na Síria, onde proclamou um "califado".
Estes vídeos se tornaram sua principal arma de propaganda e recrutamento.
Desde a tomada da cidade de Palmira, a comunidade internacional teme que o EI destrua inúmeros tesouros arqueológicos da parte antiga, chamada de "Pérola do deserto da Síria", como fez o grupo sunita ultrarradical nos últimos meses no Iraque.
O que tem de fato acontecido, como denunciou esta semana a Unesco, que condenou nas ovas destruições de obras de arte, particularmente de bustos funerários e a famosa estátua do leão de Al-Lat.

Lula retoma defesa de Dilma Rousseff

São Paulo (AE) - Diferente da postura crítica que vinha adotando em relação à administração da sucessora e afilhada política, Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu ontem em defesa da presidente da República em discurso realizado na 5ª Plenária Nacional da Federação Única dos Petroleiros (FUP). “A crise no País não é responsabilidade da Dilma”, disse Lula, responsabilizando o cenário externo pelas dificuldades que o Brasil enfrenta na área econômica.

Luiz Inácio Lula da Silva afirma que a presidente Dilma Rousseff tem obsessão em trazer a inflação para o centro da meta
Luiz Inácio Lula da Silva afirma que a presidente Dilma Rousseff tem obsessão em trazer a inflação para o centro da meta

Ao falar sobre a economia brasileira, o ex-presidente disse que acompanha "certo pânico das pessoas com a perspectiva da inflação chegar à casa dos 9%" - a inflação corrente de doze meses, até o mês de maio, está em 8,47%, e a expectativa, segundo a última pesquisa Focus, é que o índice feche 2015 em 9% Para Lula, apesar de muita gente ganhar com a elevação deste índice, a alta da inflação acaba prejudicando quem vive de salário. "Tem gente que ganha muito, mas o trabalhador, não." E, dirigindo-se à plateia formada por petroleiros, voltou a defender a afilhada política: "Tenho certeza que Dilma tem obsessão em trazer a inflação para o centro da meta, e ela está tomando as atitudes certas para isso." E lembrou que, quando assumiu o seu primeiro mandato, depois do governo do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, herdou uma inflação de 12%.

Lula disse que o mau humor que tomou conta do País não é gratuito. "Tem gente que dá a notícia mais negativa possível para tentar desestabilizar o governo e criminalizar o PT e as esquerdas", afirmou, questionando se no Brasil é mesmo tudo muito ruim. E culpou a oposição por não querer aceitar o resultado das urnas, nas eleições presidenciais de outubro do ano passado. 

"Ganhamos as eleições numa disputa aguerrida e agressiva, a sociedade brasileira deu a vitória à presidenta Dilma e nossos adversários parecem que não querem aceitar o resultado até hoje. Ninguém perdeu mais eleição do que eu e todas as vezes acatei o resultado, eles resolveram não acatar. Nunca vi tanta agressividade à instituição Presidência da República como estou vendo agora", disse.

Ainda na defesa de Dilma, Lula frisou que jamais viu tanta agressividade dirigida a ela. "Achei sempre que o problema era comigo, por ser nordestino e sem diploma universitário. Nunca vi tanta agressão como a que a companheira Dilma tem sofrido. Peço a Deus para Dilma não perder a tranquilidade."

Lula reconheceu, em outra parte do discurso, que o País vive tempos difíceis, mas garantiu que Dilma irá arrumar o Brasil, citando a agenda positiva que a presidente da República vem adotando desde o mês passado, como o acordo com a China, a viagem aos Estados Unidos, os investimentos em infraestrutura. O ex-presidente insistiu que a presidente adote a estratégia de ir às ruas e disse que ele mesmo também prepara uma agenda, com ajuda da equipe de seu instituto, para viajar pelo País. Ele disse que ficar em gabinete em Brasília "esperando" serve apenas para ouvir reclamações e pedidos de políticos. "A Dilma, diante de todas as coisas que ela tem que fazer, tem que priorizar andar por esse País, tem que botar o pé na estrada, em vez de ficar na televisão e na internet ouvindo pessoas falando mal dela", afirmou.

Petrobras
Além de defender Dilma e conclamar os petroleiros a fazerem o mesmo, Lula disse também que é fundamental defender a própria estatal. "A Petrobras não é só corrupção, é uma empresa respeitada mundialmente e muito importante." Ele comparou a situação da Petrobras com times de futebol brasileiros. "Uma empresa desse tamanho é que nem o Flamengo, está ruim agora, mas tem recuperação. Ou que nem meu Vasco, que está ruim, mas pode melhorar", afirmou. 

Lula disse ainda que uma empresa "do tamanho da Petrobras" não pode ser associada à palavra crise. "Uma empresa que tem o potencial que tem a Petrobras devia ter uma placa de 'proibido usar a palavra crise'. Essa empresa tem o futuro garantido." 

Ele voltou a argumentar que o lucro da Petrobras cresceu muito durante a gestão petista, dele e de Dilma, no governo federal e exaltou o pré-sal. Lula ressaltou também a estratégia de construção de refinarias - uma das áreas mais investigadas por suspeita de corrupção na operação Lava Jato - como um caminho para o País se desenvolver na cadeia do petróleo.

E, falando da polêmica em torno da PEC que reduz a maioridade penal no País, Lula se posicionou contrário à medida, assim como o governo. "É uma irresponsabilidade querer jogar nas costas de meninos de 16 anos a responsabilidade de coisas que os governos estão deixando de fazer. Não se acaba com a violência colocando moleques na cadeia."

Com tática de guerra relâmpago, bancada conservadora ganha posições Vitória na votação da redução da maioridade penal expõe Governo franco entrincheirado Manobra de Cunha pró-redução penal cria guerra de interpretações

Plenário da Câmara após votação para redução da maioridade penal. / FABIO RODRIGUES POZZEBOM  (AGÊNCIA BRASIL)
Uma estratégia bélica nazista de 70 anos atrás observa-se com assombrosas semelhanças no Congresso, afirma o cientista social e filósofo Marcos Nobre. As incursões do Exército alemão na Segunda Guerra foram efetivas pelas penetrações por surpresa, a falta de preparação geral do inimigo e a incapacidade de reagir rapidamente às ofensivas. Nesses dias, os deputados conservadores comandados por um, até agora, imbatível Eduardo Cunha avançam com velocidade em assuntos relevantes como a redução da maioridade penal, a discussão sobre o Estatuto do Desarmamento, ou a modificação do Estatuto da Família, que pode dificultar a adoção de crianças por casais homossexuais. Já na trincheira, está um inimigo enfraquecido, sem fôlego diante do bombardeio. 
“A batalha se ganha rapidamente, mas as guerras relâmpago,Blitzkrieg em alemão, são intrinsecamente antidemocráticas, como tem sido a discussão sobre a redução da maioridade penal. Temos que rebater que existe um consenso formado sobre este assunto, isso é querer achar que as pessoas não mudam de opinião com o debate. Não dá tempo para ter uma discussão profunda sobre os temas e, se houver discussão, é apagada pela quantidade inacreditável de assuntos importantes que são colocados ao mesmo tempo”, mantêm Nobre.
Esta tática “proposital”, segundo Nobre, das forças conservadoras, apontou-se um tanto na madrugada desta quinta-feira quando a proposta que reduz de 18 para 16 anos a maioridade penal para crimes hediondos e outras modalidades, foi aprovada por 323 a 155 votos. A vitória parcial, pois o projeto ainda precisa ser analisado em segundo turno pelos deputados e votado duas vezes pelo Senado, é a principal bandeira do Frente Parlamentar da Segurança Pública, a chamada bancada da bala, que sai reforçada neste embate, a pesar de não ter se aprofundado na discussão e não contar com estatísticas fiáveis que dimensionem a participação dos jovens nos crimes do país.
As arengas dos policiais e militares aposentados, associados à indústria armamentista e que acreditam na repressão como fórmula contra a violência, são fáceis de memorizar, apelam ao emocional, e podem ser reproduzidas facilmente no balcão do bar, no táxi, nos programas policiais e nas redes sociais, embora reduzam o espaço de discussão à sua mínima expressão. “Um coitadinho de 17 aninhos pega uma coitadinha e dá uma estupradinha, uma matadinha [...] É isso que sociedade brasileira não suporta mais”, “estamos no Congresso, representando você, que não aguenta mais tanta impunidade e quer dar um basta nessa criminalidade dos menores”, “daqui a pouco vai [sic] faltar cemitérios para as vítimas desses marginais”, "defendo a redução da maioridade penal não por querer acabar com a violência, mas para punir os criminosos, assim como uso o agasalho para me proteger do frio, e não para acabar com o inverno"..., foram alguns dos apelos dos congressistas da bala na Câmara e em  seus perfis nas redes sociais.
Reforçada e com 30% mais de representantes que na legislatura anterior, a bancada prioriza e pretende acelerar uma nova batalha: a revogação do Estatuto do Desarmamento. A lei regula e limita desde 2003 a aquisição e porte de armas no país e, segundo o Mapa da Violência 2015, salvou 160.036 vidas. Desde sua aprovação, foram formulados dezenas de projetos de lei que buscavam flexibilizar o Estatuto sem sucesso, mas isso pode mudar, segundo os especialistas consultados. “Existe uma possibilidade bastante concreta de revisar o Estatuto. Eles estão conseguindo articular uma agenda bem populista, embora os estudos comprovam que o desarmamento diminuiu o numero de homicídios nas grandes capitais. A bancada vem com um discurso muito simplificado e simplista e propõe soluções miraculosas para problemas complexos que precisam de soluções complexas”, avalia o professor de estudos organizacionais da EAESP/FGV, Rafael Alcadipani.“Eles saíram fortalecidos, sem sombra de dúvida”, opina o cientista político e professor da FGV Carlos Pereira, “mas esta matéria é muito controversa, não há uma alternativa vencedora, e os dois lados pecam por não entenderem isso”, complementa Pereira. “Este setor lida com os problemas de violência com violência, acreditam no estado repressor, mas os parlamentares mais à esquerda apenas percebem o problema como um problema de inclusão.”
"Chegamos a um ponto de inflexão, a esquerda começou a perder terreno este ano no Brasil. O povo não aceita mais comunismo aqui, nem a depravação dos valores familiares", afirma o deputado e ex-militar Jair Bolsonaro. "É mentira que não debatemos a redução maioridade penal, há 24 anos que estamos debatendo [em referência à data de aprovação do Estatuto da Criança e o Adolescente que institui os direitos dos menores] e, enquanto você e eu conversamos, as mulheres estão sendo estupradas por marginais". "Nossa prioridade é o Estatuto do Desarmamento que tirou as armas das pessoas do bem, mas também vamos lutar para que evitar o fim dos atos de resistência, os policiais que matam um bandido devem responder em liberdade", continua o deputado.
Enquanto avançam as pautas de deputados como Bolsonaro, que defende a retirada de alunos infratores das escolas para que não contaminem os que desejam estudar, ou o líder da bancada Alberto Fraga, entre cujas propostas está a de permitir que deputados e senadores possam entrar armados no Congresso, retrocede a influencia do discurso progressista.
Há duas questões que explica o incomum desequilíbrio de forças em um Governo, considerado de esquerda, segundo Alcadipani. “Os deputados estão lidando com um problema verdadeiro que é um país com uma das maiores taxas de crimes do mundo e o excesso de violência aflige muito às pessoas. Uma segunda questão que favorece o avanço da agenda mais conservadora é o enfraquecimento absurdo do Governo, que deveria ser de esquerda, mas não consegue articular agendas menos conservadoras”, completa.
O porquê a bancada governista não consegue neutralizar o inimigo encontra seu paralelismo também nas trincheiras europeias, segundo Nobre. “Os franceses foram pegos de surpresa porque eles prepararam suas táticas de defesa de acordo à guerra anterior, quando, na verdade, estavam frente a uma tática nova de ataque. As forças opositoras aos conservadores não conseguiram ainda enfrentá-las, mas elas vão achar a maneira, é só questão de tempo. Eduardo Cunha está avançando rápido, mas está criando muitas rixas”. Para Bolsonaro a estratégia da bancada se resume em uma frase só: "Quem tem comandante [em referência ao presidente da Câmara] não perde a guerra".