segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Camex reduz Imposto de Importação para air bags e freios ABS


 - Atualizado em 

Camex reduz Imposto de Importação para air bags e freios ABS

Por Agência Brasil
fonte: Marina Ogawa/Jovem Pan
A Camex também incluiu 297 produtos e renovou 357 na lista de ex-tarifários
Diversas peças de veículos não produzidas no Brasil, como componentes de air bags e de freios ABS, pagarão menos para entrar no país. A Câmara de Comércio Exterior (Camex) reduziu o Imposto de Importação para 111 tipos de autopeças, como parte da política industrial para o Inovar-Auto, regime especial do setor automotivo.

Segundo o acordo automotivo entre o Brasil e a Argentina, os componentes de veículos não fabricados no Brasil poderão ter a tarifa reduzida para 2%, quando forem comprados para a produção no país. As alíquotas originais correspondiam a 20%, 18%, 16%, 14% e 10%, dependendo do tipo de peça.

Entre as peças beneficiadas pela taxação menor, estão componentes de informática destinados aos sistemas de air bags e de freios ABS. Desde janeiro, os dois sistemas são obrigatórios nos veículos fabricados no país. Além disso, foram beneficiadas peças que reduzem a emissão de poluentes, para adequar os automóveis nacionais às exigências do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a taxação menor foi concedida com base na revisão da lista de autopeças não produzidas no Brasil feita a pedido de entidades do setor automotivo. Houve inclusão de novos produtos, exclusão de alguns itens e alterações nas descrições de diversos ex-tarifários.

A Camex também incluiu 297 produtos e renovou 357 na lista de ex-tarifários – que prevê a redução do Imposto de Importação de bens de capital (máquinas e equipamentos usados na produção) e de bens de telecomunicações e de informática não produzidos no país usados na fabricação de produtos nacionais. A alíquota, de 14% para os bens de capital e de 16% para os produtos de informática e de telecomunicações, passou para 2%.

A redução para os bens de capital valerá até 30 de junho de 2016. Para os itens de informática e de telecomunicações, o benefício vigorará até 31 de dezembro de 2015. Segundo as empresas beneficiadas, a inclusão e a renovação de itens nos ex-tarifários possibilitam investimentos em projetos que somam US$ 3,472 bilhões e gastos de US$ 2,185 bilhões relativos às importações de equipamentos. Os principais setores contemplados, em relação aos investimentos globais, foram o de construção civil (27,85%), telecomunicações (10,73%), bens de capital (8,09%), ferroviário (7,83%), bebidas (5,96%) e autopeças (5,47%).

De acordo com o ministério, o ex-tarifário beneficiará projetos em diversas regiões do Brasil como a construção do metrô de Salvador, a produção de equipamentos para prospecção de petróleo, em Navegantes (SC), a implantação de uma linha de produção de peças de caminhões e outros veículos pesados, em Taboão da Serra (SP) e o aumento da produção de pneus em Camaçari (BA).
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ESTATAL NEGA 'LIGAÇÃO SOCIETÁRIA'

papel’

Petrobras admitiu uso de escritório de contabilidade para permitir criação da Gasene

POR 

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BRASÍLIA— As novas denúncias envolvendo a Petrobras na criação de “empresas de papel” para a construção e operação da rede de gasodutos Gasene, alimentaram, na oposição, argumentos para criar uma nova CPI para investigar a estatal. Na edição de domingo, O GLOBO publicou o conteúdo de uma auditoria sigilosa do Tribunal de Contas da União (TCU), concluída em dezembro de 2014. Nela, os auditores indicam que a Transportadora Gasene é uma empresa de fachada, criada para burlar fiscalizações oficiais e permitir contratações sem licitação. O superfaturamento em parte das obras de um dos trechos, entre Cacimbas (ES) e Catu (BA), superou 1.800%, segundo a auditoria.
— Eu já tinha visto empresa de fachada no mundo da corrupção, mas a própria Petrobras criar isso? É mais um expediente para buscar dinheiro fácil para custear partidos, o dinheiro da corrupção. Vemos, a cada dia, a confirmação de que os predadores internos da estatal são os nomeados por Lula e Dilma. Por isso a importância da nova CPI — disse o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR).
A rede de gasodutos fica entre Rio, BA, passando pelo ES. O trecho foi inaugurado com festa em Itabuna (BA), em 26 de março de 2010, com o então presidente Lula; a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff; o então presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli; e a então diretora de Gás e Energia da estatal, Graça Foster, hoje presidente da empresa. Oito dias depois, Dilma se candidatou à Presidência pela 1ª vez. A obra foi inaugurada como pertencente ao PAC. E 80% dos financiamentos à obra foram feitos pelo BNDES.
Para o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), claramente a Petrobras usou o mecanismo da sociedade de propósito específico (SPE) para burlar a lei de licitação:
— É preciso saber quem está por trás dessa história de escritório de contabilidade. Já começamos a coleta de assinatura para a nova CPI. A gente imagina que o maior motor pró-CPI será a denúncia a ser encaminhada pelo procurador.
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O deputado Fernando Francischini (SD-PR), que atuou na CPMI da Petrobras e hoje é secretário de Segurança Pública do Paraná, também defende uma nova CPI. Ele ressalta o poder que as CPIs têm de quebrar sigilos fiscal, telefônico e bancário:
— Não faz diferença quem é indiciado ou não, mas quebrar sigilo mais facilmente do que um juiz.
O deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) disse que os dirigentes da Petrobras acabaram com a credibilidade da estatal, prejudicaram a empresa e levaram-na a uma situação vexaminosa.
ESTATAL NEGA 'LIGAÇÃO SOCIETÁRIA'
Neste domingo, a Petrobras admitiu que usou escritório de contabilidade no Rio para constituir a empresa responsável pela construção dos gasodutos Gasene, com investimentos de R$ 6,3 bilhões. A estatal divulgou nota em que reconheceu ter usado o escritório Domínio Assessores e o proprietário do escritório, Antônio Carlos Pinto de Azeredo, para fazer funcionar a Transportadora Gasene S.A., SPE criada exclusivamente para construção do gasoduto.
Na nota, a Petrobras negou ter tido “qualquer ligação societária” com a Transportadora Gasene. “A SPE (Transportadora Gasene S.A.) não tem qualquer ligação societária com a Petrobras”, diz, em negrito. Ressalva da própria nota, porém, mostra que o controle da empresa era de fato da Petrobras, pelas chamadas cartas de atividades permitidas: “A ligação entre a Petrobras e a SPE se dava através de contrato em que era estabelecido que a Transportadora Gasene somente realizaria determinadas atividades mediante autorização da Petrobras”.
Em seis anos da Transportadora Gasene, de 2005 a 2011, foram emitidas mais de 400 cartas de atividades permitidas. O conteúdo delas mostra que não havia controle só de “determinadas atividades”. As orientações da Petrobras ao dono do escritório de contabilidade — também presidente da Transportadora Gasene — variavam de aspectos sobre pequenos contratos ao alongamento de financiamento de US$ 760 milhões com o BNDES. Pelo contrato, Azeredo não poderia tomar decisões sem autorização expressa da Petrobras.
O TCU constatou que a ANP autorizou a construção e a operação do gasoduto sem analisar os documentos das empresas e o projeto. Segundo a Petrobras, a área financeira da estatal foi a responsável por elaborar o “project finance“ (projeto estruturado) da Gasene, entre 2004 e 2005, “com objetivo de captar recursos para construção do gasoduto”. A constituição da SPE Transportadora Gasene coube ao Santander, diz a estatal. O dono da Domínio foi um dos acionistas, com 0,01%; a Gasene Participações detinha 99,99%. Os acionistas da Gasene Participações, diz a estatal, são o “trustee” PB Bridge Trust 2005, com 99, 99%, e Azeredo, com 0,01%. “Trustee” é uma entidade constituída geralmente em paraísos fiscais para responder juridicamente por bens ou empresas em nome de beneficiários que podem ser ocultos. A estatal não disse quem estava por trás do trustee.
A nota diz que Azeredo era “administrador da Domínio, que prestou serviços de contabilidade e administração tributária para SPE e foi contratado pela Transportadora Gasene para ser o presidente da empresa”. Mas não cita o fato de a Domínio e a Transportadora Gasene terem o mesmo endereço: Rua São Bento, no 5º andar de um prédio no Rio. O GLOBO revelou trecho do contrato entre a Domínio e a Transportadora Gasene em que o escritório se compromete em ceder sua sede à empresa criada pela Petrobras.
Em entrevista ao GLOBO em 24 de dezembro, Azeredo disse ser só um “preposto” na Transportadora Gasene: o desempenho da função de presidente foi “puramente simbólico”. Os principais atos eram determinados pela Petrobras, por cartas de atividades permitidas.
Na nota, a Petrobras diz que a SPE “detinha a propriedade do gasoduto e demais ativos e passivos do projeto, até que todos os financiamentos contraídos para implantação do mesmo fossem integralmente pagos. Uma vez pagos os financiamentos, a Petrobras teria a opção de compra da totalidade das ações na Transportadora Gasene”. Em janeiro de 2012, a Transportadora Associada de Gás (TAG), subsidiária da estatal, incorporou o Gasene, com ativos de R$ 6,3 bilhões.
Esse contrato de opção de compra e venda de ações, também revelado pelo jornal domingo, diz que o presidente (o laranja) da Transportadora Gasene deveria se abster de “efetuar ou aprovar quaisquer alterações do estatuto social, deliberações de assembleias gerais e outorga de mandato sem o consentimento prévio da Petrobras”. Projetos só poderiam ser implementados se instruídos “por escrito, detalhada e tempestivamente” pela estatal.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/oposicao-quer-nova-cpi-para-apurar-empresas-de-papel-14963863#ixzz3NwbLG7v9 
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Petrobras nega criação de empresas de papel para construção de gasoduto


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Petrobras nega criação de empresas de papel para construção de gasoduto

Por Agência Brasil
fonte: Reprodução
Escândalo da Petrobrás marca ano recheado de corrupção

Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil Edição: Beto Coura


Por meio de nota divulgada hoje (4) a Petrobras rebateu denúncia publicada neste domingo pelo jornal O Globo de que a petroleira criou "empresas de papel" para construir uma rede de gasodutos no Nordeste.

Na reportagem, o jornal diz que uma auditoria do Tribunal de Contas da União concluiu que o contrato assinado em maio de 2005 entre a Transportadora Gasene, constituída pela Petrobras para tocar as obras, e a Domínio Assessores, mostra que esse escritório de contabilidade no Rio teria características de empresas de fachada.

As duas empresas aparecem no contrato com o mesmo endereço: Rua São Bento, no quinto andar de um prédio no Centro. O próprio contrato menciona que o escritório de contabilidade "concordou em fornecer à contratante um endereço para abrigar sua sede"

Segundo a nota, a parceria para a construção do Projeto Gasoduto do Nordeste - Gasene foi constituída por meio de um project finance (projeto estruturado), elaborado pela área financeira da Petrobras, entre 2004 e 2005, com objetivo de captar recursos para a construção do gasoduto. A empresa disse que foi criada uma Sociedade de Propósitos Específicos, a Transportadora Gasene, de caráter privado, com objetivo de contratar os financiamentos, construir e operar o Gasene.

“A Transportadora Gasene, constituída pelo Santander, banco estruturador do project finance, tinha como acionistas a Gasene Participações com 99,99% e 0,01% o Sr. Antonio Carlos Pinto de Azeredo. Por sua vez, a Gasene Participações tinha como acionista um trustee (PB Bridge Trust 2005) e 0,01% o Sr. Antonio Carlos Pinto de Azeredo, administrador da empresa Domínio, que prestou serviços de contabilidade e administração tributária para SPE [Transportadora Gasene] e que também foi contratado pela Transportadora Gasene para ser o Presidente da Empresa”, diz trecho da nota divulgada à imprensa.

A Petrobras disse que “conforme acontece nas estruturas financeiras do gênero, a SPE (Transportadora Gasene) não tem qualquer ligação societária com a Petrobras”.

Segundo a reportagem, a auditoria do Tribunal de Contas da União afirma que a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustível autorizou a construção e a operação do gasoduto sem analisar os documentos das empresas e sem avaliar se o projeto era adequado. Ainda segundo a reportagem, o empreendimento na Bahia teve os custos superfaturados em mais de 1.800%.

Na nota, a Petrobras diz que a sua ligação com a SPE “se dava através de contrato em que era estabelecido que a Transportadora Gasene S/A somente realizaria determinadas atividades mediante autorização da Petrobras. Essas atividades eram formalizadas através de Cartas de Atividades Permitidas. Conceito aprovado por todos os financiadores do projeto”.

Em janeiro de 2012, o Gasene foi incorporado pela Transportadora Associada de Gás, subsidiária da Petrobras, com ativos de R$ 6,3 bilhões. Os três trechos foram concluídos: são 130 quilômetros entre Cacimbas e Vitória (ES); 303 quilômetros entre Cabiúnas (RJ) e Vitória e 954 quilômetros entre Cacimbas e Catu (BA).  
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Sol inicia 2015 com «buraco» perto do polo Sul, afirma NASA | Sociedade : Ciência e Tecnologia | Diário Digital

Sol inicia 2015 com «buraco» perto do polo Sul, afirma NASA | Sociedade : Ciência e Tecnologia | Diário Digital

Agenda econômica deve dominar pauta do Congresso em 2015

05/01/2015 07h03 - Atualizado em 05/01/2015 07h03

Agenda econômica deve dominar pauta do Congresso em 2015

Parlamentares preveem demanda do governo para aprovar ajuste fiscal.
Reforma política, Orçamento e Código Penal também devem ser discutidos.

Priscilla Mendes e Fernanda CalgaroDo G1, em Brasília
Em meio a um cenário fiscal difícil, a pauta do Congresso Nacional neste ano deverá ser dominada por uma forte agenda econômica para conseguir viabilizar os ajustes que o governo federal precisará fazer nas contas públicas, avaliam parlamentares ouvidos pelo G1.

A discussão sobre a reforma política, apelidada pela presidente Dilma Rousseff de “a mãe de todas as reformas”, também deverá ganhar novo fôlego. Além disso, a partir de fevereiro, quando termina o recesso e começa a nova legislatura, deputados e senadores também terão que se debruçar sobre temas pendentes do ano passado, como o Orçamento da União, o novo Código Penal e a regulamentação da PEC das Domésticas.

“Vamos ter que conviver com uma agenda de prioridades de ajustes que vai ser tocada pelo governo e que dependerá do aval do Congresso, passando necessariamente por projetos de lei. Isso será inevitável porque está claro que o Brasil está vivendo uma crise séria”, afirma o líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), do bloco de oposição.
 
A avaliação é a mesma do líder do PP, Eduardo da Fonte (PE): “Vamos ter que fazer a nossa parte. Será um ano muito difícil, ano de ajustes de tarifas, ano em que a economia como um todo vai precisar do parlamento.”

Entre as primeiras matérias polêmicas que os parlamentares terão de analisar estão as novas regras baixadas pelo governo federal para tornar mais rigoroso o acesso da população a uma série de benefícios previdenciários, incluindo seguro-desemprego e pensão por morte.

Recém-editadas pelo governo, essas medidas provisórias passaram a valer logo a partir da publicação no “Diário Oficial da União”, em 30 de dezembro, mas precisam ter a validade confirmada pelo Congresso em até 120 dias.
Outro tema delicado é a prorrogação de um mecanismo que permite ao governo gastar livremente 20% das receitas de contribuições sociais, a chamada DRU (Desvinculação das Receitas da União). A regra foi adotada em 1994, na implementação do Plano Real, e tem sido prorrogado desde então. Em 2011, o Congresso aprovou a extensão até 31 de dezembro de 2015.

Petrobras
Os desdobramentos da Operação Lava Jato, que investiga irregularidades na Petrobras, também deverão ter impacto na rotina do parlamento.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já anunciou que pretende, a partir de fevereiro, apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedidos de abertura de investigação ou denúncias contra políticos suspeitos de terem se beneficiado do esquema de corrupção na estatal.

“O Congresso vai sentir a consequência direta, com vários parlamentares respondendo a inquérito”, opina Mendonça Filho.

Desde o fim do ano passado, partidos oposicionistas, incluindo o DEM, o PSDB e o PPS, começaram a coleta de assinaturas para a criação de uma nova CPI mista para investigar o assunto. Em 2014, funcionaram duas CPIs sobre o tema, ambas integradas por uma maioria da base aliada. Uma delas, exclusiva do Senado, foi boicotada pela oposição. A outra, mista, chegou ao final com a aprovação de um relatório que deixou políticos suspeitos de fora.

Reforma política
Embora vista como prioritária, a reforma política deverá, porém, encontrar dificuldades para ser aprovada, segundo o atual vice-presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

“Em 2007, quando era presidente, coloquei a reforma política em votação no plenário, mas não foi para a frente. É um assunto que envolve disputa de poder”, diz.

O vice-líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), também vê um “apelo muito forte” pela reforma política, mas não se arrisca sobre o formato que poderá ter.

“A sociedade exige uma reforma política, e os próprios políticos já entendem que não dá mais para continuar como está. Essa foi a conclusão do final dessas eleições. É uma unanimidade entre os partidos o apoio à reforma política. Só não sabemos de que forma ela virá”, afirmou o senador.

Em discussão
No Senado, projetos que não conseguiram encontrar consenso com o governo federal acabaram ficando para 2015, como o que derruba o decreto presidencial sobre conselhos populares, o que pune com mais rigor atos de vandalismo, o passe livre para estudantes e o novo Código Penal.

Instituída por meio de decreto pela presidente Dilma Rousseff, a Política Nacional de Participação Social regulamenta a atuação de conselhos, conferências e consultas populares. O projeto que susta os efeitos desse decreto foi apresentado pela oposição e recebeu aprovação da Câmara dos Deputados em novembro. No Senado, vem sendo criticado inclusive pelo presidente Renan Calheiros, que já declarou que a Casa ratificará a decisão dos deputados.

O projeto que prevê punições mais rigorosas para crimes relacionados a vandalismo está na fila da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O tema ganhou destaque depois das manifestações populares de junho de 2013 e recebeu apoio do Ministério da Justiça, que tinha intenção de aprová-lo antes da Copa do Mundo. A medida, porém, ainda não saiu do papel.

Também à espera de análise da CCJ está o novo Código Penal, que altera a legislação para crimes como caixa dois, enriquecimento ilícito e homofobia, além de aumentar a pena de homicídio simples e dificultar a progressão de regime prisional.

Orçamento e guerra fiscal
O principal projeto que deveria ter sido aprovado em 2014, mas ficou para este ano é o Orçamento de 2015, cujo relatório final foi aprovado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) no último dia das atividades legislativas, 22 de dezembro.

O texto, porém, ainda terá que passar pelo plenário do Congresso Nacional, o que não tem data para ocorrer. Enquanto a peça orçamentária não é aprovada, o Executivo só pode gastar mensalmente 1/12 do previsto no Orçamento de 2014.

Na área econômica, deverá ficar para fevereiro a votação do projeto no Senado que visa acabar com a guerra fiscal entre os estados convalidando os incentivos concedidos à revelia do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O texto estava pautado para 17 de dezembro, mas, após apelo do novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi adiado.

Ainda em relação à política fiscal, a expectativa é de que o Senado também aprove a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e a proposta que cria um fundo de desenvolvimento e outro de compensação – uma tentativa de zerar eventuais perdas dos estados com a diminuição da arrecadação do imposto.

Na Câmara, entre as propostas pendentes de votação estão o Orçamento Impositivo, que obriga o governo federal a pagar as verbas de emendas parlamentares individuais, e o que classifica a corrupção como crime hediondo.

Também aguarda na fila a regulamentação do trabalho doméstico no país. Aprovada em 2013, a proposta de emenda à Constituição (PEC) das Domésticas ampliou os benefícios garantidos ao trabalhador doméstico. Apesar de parte já estar em vigor, várias mudanças dependem de decisão do Congresso, como a obrigatoriedade do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

China puniu mais de 100.000 funcionários por não cumprirem "política de frugalidade"

 
10:29 05.01.2015

China puniu mais de 100.000 funcionários por não cumprirem "política de frugalidade"

© China Stringer Network / Reut

Mais de cem mil funcionários chineses foram repreendidos nos últimos dois anos por violarem a "política de frugalidade" imposta pela nova liderança do país, anunciou hoje a Comissão Central de Disciplina do Partido Comunista Chinês (PCC).

As violações da disciplina detetadas pelos inspetores da Comissão dizem respeito a viagens ao estrangeiro e programas de diversão pessoal financiados com dinheiros públicos, gastos excessivos com receções e veículos, casamento e funerais extravagantes, distribuição e aceitação de prendas.

A "política de frugalidade", destinada a tentar reduzir a pompa, a burocracia e outros "práticas indesejáveis", foi lançada em dezembro de 2012, depois do atual Presidente, Xi Jinping, ter assumido a chefia do PCC.

No total, os inspetores da Comissão Central de Disciplina do PCC puniram 102.168 funcionários, 5.340 dos quais no mês passado. 

A defesa da "frugalidade" é uma das componentes da drástica campanha anticorrupção em curso na China, que já atingiu dezenas de quadros dirigentes com a categoria de vice-ministro ou superior.

Uso de hashtags aumenta repercussão de programas de TV nas redes sociais

HOJE às 10:21
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Uso de hashtags aumenta repercussão de programas de TV nas redes sociais

As hastags colocadas no ecrã durante a exibição em directo de programas televisivos ajudam de facto a aumentar a repercussão nas redes sociais.

Segundo um estudo realizado pelo Twitter, quando um programa que inclui tweets ao vivo está no ar, o número de seguidores do perfil oficial da atracção cresce 6,5 vezes.
Se o programa incluir tweets ao vivo o número de seguidores aumenta em 7,5 vezes durante a sua exibição.