Candidatos que já estiveram atrás das grades
O que eles dizem em sua defesa
ACRE
1- Marcelo Barros (DEM-AC)
Cargo que disputa: deputado estadual
Preso em 2010 na Operação Uragano
Acusação: formação de quadrilha, corrupção e direcionamento
de licitações. A operação resultou na prisão do prefeito de Dourados, Ari
Artuzi (PDT), da primeira-dama Maria do Artuzi, do vice-prefeito Carlinhos
Cantor (DEM). Os valores arrecadados serviam para o pagamento de mensalinho aos
vereadores, tanto da base aliada quanto da oposição, para caixa de campanha,
além da compra de bens pessoais
ALAGOAS
2- Antonio Albuquerque (PTdoB-AL)
Cargo que disputa: deputado estadual
Preso em 2008 na Operação Ressurgere
Acusação: responde por crime de pistolagem e formação de
quadrilha. Foi preso juntamente com o deputado Cícero Ferro e outros aliados. O
parlamentar teria participação no assassinato do policial militar José
Gonçalves da Silva Filho, em 1996. Foi solto por habeas corpus. Em depoimento à
Justiça, um ex-tenente-coronel da Polícia Militar ratificou as acusações
3- Cícero Ferro (PMN-AL)
Cargo que disputa : deputado federal
Preso em 2009 na Operação Taturana
Acusação:
envolvimento no esquema de desvio de verbas da folha de pagamento na
Assembleia Legislativa, descoberto pela Polícia Federal na Operação Taturana. O
processo tramita em segredo de justiça, onde o parlamentar está identificado
como C. P. F. Por conta deste processo, Ferro chegou a ser afastado da
Assembleia, mas retornou ao mandato por decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF). Também é acusado de ser o autor intelectual do assassinato do vereador
Fernando Aldo.
4- Gilberto Gonçalves (PRTB-AL)
Cargo que disputa:
deputado estadual
Preso em 2010 na operação Taturana
Acusação: integrar um esquema de desvio de recursos do
Legislativo que consistia em alterar a folha de servidores da Assembléia
Legislativa do Estado para desviar recursos oriundos do duodécimo daquele
poder. Conforme informações da Polícia Federal, os deputados, assessores e
outros políticos teriam desviado cerca de R$ 200 milhões. Ao todo, a Polícia
Federal cumpriu 80 mandados de busca e apreensão
5- João Beltrão (PRTB-AL)
Cargo disputado: deputado estadual
Preso em 2008 na Operação Ressurgere
Acusação: ser o
mandante do assassinato do cabo Gonçalves, da Polícia Militar, assassinado em
Maceió a tiros em 1996; em abril deste ano, foi denunciado pelo Ministério
Público Estadual, acusado de matar o bancário Dimas Holanda, em 1997. Sete
pistoleiros usaram o carro do deputado para executar a vítima.
AMAPÁ
6- João Henrique Pimentel (PR-AP)
Cargo que disputa: deputado estadual
Preso em 2004 na Operação Pororoca
Acusação: foi preso pela Polícia Federal em Santarém, no
Pará. A prisão foi decretada pelo Tribunal Regional Federal (TRF-PA) e
executada pela Polícia Federal. Levou à prisão 31 pessoas – 22 no Amapá, quatro
em Brasília, quatro no Pará e uma em Minas Gerais. Pimentel é apontado como um
dos cabeças do esquema acusado de cometer irregularidades em licitações
públicas. Segundo a PF, R$ 103 milhões podem ter sido desviados pelo grupo dos
cofres públicos
7- Pedro Paulo Dias (PP-AP)
Cargo que disputa: governo do Amapá
Preso em 2010 na Operação Mãos Limpas
Acusação: integrar um organização criminosa, composta pelo
seu vice Waldez Góes, servidores públicos, agentes políticos e empresários, que
praticava desvio de recursos públicos do Estado do Amapá e da União. O esquema,
segundo as investigações da Polícia Federal, desviou mais de R$ 300 milhões.
8- Sebastião Bala Rocha (PDT-AP)
Cargo que disputa: deputado federal
Preso em 2004 na Operação Pororoca
Acusação: peculato, formação de quadrilha, prevaricação,
corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e inserção de dados falsos no
Sistema Integrado de Administração Financeira (Siaf). Outras 20 prisões foram
realizadas em Macapá. O candidato é suspeito de ter fraudado R$ 103.565.460,63
em obras públicas.
9- Waldez Góes (PDT-AP)
Cargo que disputa: senador
Preso em 2010 na Operação Mãos Limpas
Acusação: é apontado de integrar um esquema, formado por
outras 17 pessoas, para desviar recursos da União que eram repassados à
Secretaria de Educação do Estado do Amapá, provenientes do Fundeb (Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) e do Fundef (Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental). É acusado ser um dos
beneficiados direto do esquema, que desviou mais de R$ 300 milhões.
DISTRITO FEDERAL
10- Geraldo Naves (DEM-DF)
Cargo que disputa: deputado distrital
Preso na Operação Caixa de Pandora
Acusação: tentativa
de suborno do jornalista Edmilson Edson dos Santos, conhecido como Sombra, que
teria agido como emissário do ex-governador José Roberto Arruda, preso por
liderar um esquema de fraudes em contratos de licitações no governo.
11- José Edmar (PSDB-DF)
Cargo que disputa: deputado federal
Preso em 2003 na Operação Grilo
Acusação: grilagem de terras, lavagem de dinheiro, falsidade
ideológica, formação de quadrilha, ameaça a testemunhas. O candidato foi
considerado beneficiário direto da formação de quatro condomínios irregulares
em Brasília: Porto Rico (Santa Maria), Tomahawk (Lago Norte), Estância Quintas
do Alvorada (Lago Sul) e expansão da cidade de Santa Maria.
12 – Wilma Magalhães (PTB-DF)
Cargo que disputa: deputado distrital
Foi condenada a seis anos de prisão sob a acusação de ter
montado um esquema para legalizar propinas recebidas pelo pivô do escândalo dos
anões do Orçamento, o ex-deputado João Alves. Cumpriu pena de seis meses.
ESPÍRITO SANTO
13 José Carlos Gratz (PSL-ES)
Cargo que disputa: senador
Preso em 2003 na Operação Dinossauro
Acusação: desvio de recursos públicos para atividades
ligadas a casas de bingo no Estado. Também teve o nome envolvido com denúncias
de peculato, formação de quadrilha e por infringir artigos da Lei de Licitação
em obras de pavimentação realizadas na Grande Cobilândia, em Vila Velha.
MARANHÃO
14 – José Reinaldo Tavares (PSB-MA)
Cargo que disputa: senador
Preso em 2008 na Operação Navalha
Acusação: envolvido, além de outras 42 pessoas, em quadrilha
que fraudava licitações de obras públicas. Mandados de prisão foram decretados
em nove estados (Alagoas, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Goiás,
Mato Grosso e São Paulo) e no Distrito Federal.
MATO GROSSO DO SUL
15 – Aurélio Bonatto (PDT-MS)
Cargo que disputa: deputado estadual
Preso em 2010 na Operação Uragano
Acusação: integrar um esquema de fraudes em licitações e
corrupção, que envolveram o prefeito e todo o primeiro escalão de Dourados,
além de vereadores, servidores públicos e empresários. Bonatto foi o
parlamentar atingido por um sapato na sessão após ser solto na Assembleia
Legislativa.
16 – Sidlei Alves (DEM-MS)
Cargo que disputa: deputado estadual
Preso em setembro de 2010 na Operação Uragano
Acusação: integrar o esquema de fraude a licitações,
corrupção ativa e formação de quadrilha. Ao todo, a PF cumpriu 29 mandados de
prisão temporária. Os valores arrecadados serviam para o pagamento de
mensalinho aos vereadores, tanto da base aliada quanto da oposição, para caixa
de campanha, além da compra de bens pessoais.
PARÁ
17 – Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Cargo que disputa: senador
Preso em 2004 na Operação Pororoca
Acusação: participar, através de sua empresa, a Engeplan, de
um esquema de fraudes em concorrências públicas. O valor total das obras
fraudadas ultrapassou R$ 103 milhões,
18 – Jader Barbalho (PMDB-PA)
Cargo que disputa: deputado Federal
Preso em 2002 na Operação Navalha
Acusação: comandar uma “organização criminosa” que fraudou
em R$ 132 milhões a extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia
(Sudam). É apontado neste processo como beneficiário direto e de ter desviado
R$ 14 milhões.
PARANÁ
19 – Nilton Servo (PRB–PR)
Cargo que disputa: deputado estadual
Preso em 2009 na Operação Bituca
Acusação: chefiar uma organização criminosa no noroeste do
Paraná envolvida com contrabando e descaminho de cigarros do Paraguai. Doze
pessoas foram presas.
RIO DE JANEIRO
20 – Jorge Babu (PTN-RJ)
Cargo que disputa: deputado estadual
Preso em 2004
Acusação: participar de uma rinha de galo, em Jacarepaguá,
na Zona Oeste do Rio. Na ocasião, o publicitário Duda Mendonça também estava
presente e foi detido com o então parlamentar. Também é acusado de envolvimento
com as milícias e com um esquema que libera a realização de bailes funk junto
ao juizado em troca de propina.
21 – Lauro Maia (PSB-RN)
Cargo que disputa: deputado estadual
Preso entre os dias 13 e 19 de junho de 2008
Acusação: filho da ex-governadora Wilma Faria, o candidato
foi preso pela Polícia Federal na Operação Hígia, juntamente com outras 12
pessoas. O grupo foi acusado de fraudar licitações e desviar R$ 36 milhões dos
cofres públicos.
RONDÔNIA
22 – Ernandes Amorim (PTB-RO)
Cargo que disputa: deputado estadual
Preso em 2004 na Operação Mamoré
Acusação: chefiar uma quadrilha envolvida em desvio de
dinheiro público, formação de empresas fantasmas para ganhar licitações,
grilagem de terra e exploração ilegal de minério. Também foram presos mais 20
acusados, entre eles, seu irmão, Osmar Santos Amorim.
23 – Carlão de Oliveira (PSL–RO)
Cargo que disputa: deputado estadual
Preso em setembro de 2006 na Operação Dominó
Acusação: integrar o esquema montado para desviar recursos
públicos na assembléia legislativa do estado com a colaboração de pessoas
ligadas ao poder judiciário local. Estima-se que 70 milhões de reais tenham
sido desviados por meio de contratos fraudulentos que partiam da Assembléia
Legislativa.
24 – Carlos Magno (PP-RO)
Cargo que disputa: deputado federal
Preso em 2006 na Operação Dominó, foi acusado de
envolvimento com o esquema de desvio de dinheiro público. Na época era
vice-governador de Rondônia e tinha acabado de deixar a Casa Civil.
RORAIMA
25 – Neudo Campos (PP-RR)
Cargo que disputa: governador
Preso em 2003 na Operação Gafanhoto
Acuação: liderar um esquema para criar folhas falsas de
pagamento, que usava 5.500 funcionários fantasmas, os chamados “gafanhotos”,
para o enriquecimento de 30 autoridades do Estado, entre elas ex-parlamentares,
atuais deputados estaduais e federais e conselheiros do Tribunal de Contas do
Estado. O esquema pode ter desviado mais de R$ 230 milhões dos cofres públicos
em Roraima.
SÃO PAULO
26 – Paulo Maluf (PP-SP)
Cargo que disputa: deputado federal
Preso em 2005 pela Polícia Federal
Acusação: apontado como líder de uma quadrilha que cometia
crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas no
Estado. A prisão foi decretada pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Além
disso, seu nome foi incluído na lista vermelha da Interpol, uma relação com o
nome de pessoas procuradas por crimes internacionais. Com isso, o ex-prefeito
de São Paulo pode ser preso ao entrar em um dos 181 países que são membros da
política internacional. A decisão da prisão pela Interpol não pode, no entanto,
ser cumprida no Brasil.
27 – Ney Santos (PSC-SP)
Cargo que disputa: deputado federal
Esteve preso entre 2003 e 2005 por roubo. O ex-detento é
acusado de usar postos de gasolina, uma empresa de factoring e uma ONG para
lavar dinheiro. Também é acusado de ter ligação com a principal facção
criminosa de São Paulo. Na semana passada, ele conseguiu um habeas corpus na
Justiça que revogou o pedido de prisão temporária expedido contra ele no último
dia 17. Operação da Polícia Civil contra o candidato indica que ele movimenta
R$ 6 milhões por mês com uma rede de 15 postos de combustíveis. Desde que
deixou a prisão, segundo a polícia, ele acumulou patrimônio de R$ 100 milhões.
Os bens do candidato estão bloqueados pela Justiça