ELEIÇÕES FRANÇA
domingo 23 de abril| Edição do dia
Segundo os primeiros dados que foram difundidos pela mídia francesa, Macron conseguiu 23,7% nas estimativas de votação, enquanto Le Pen conseguiu 21,7%.
Na disputa pelo terceiro lugar ficaram o político da France Insoumise , Jean-Luc Mélenchon, e o conservador François Fillon, com percentuais de apoio ao redor de 19% para ambos.
Se a tendência se confirma, Macron e Le Pen se enfrentarão no segundo turno no próximo dia 7 de maio. O resultado confirma o que haviam prognosticado as pesquisas durante as últimas semanas.
O candidato conservador, François Fillon, fez declarações em coletiva de imprensa assegurando que vai apoiar Macron no segundo turno.
As pesquisas também prognosticam que em um segundo turno entre Le Pen e Macron, o último ganharia, elegendo-se assim no novo presidente da França.
Macron é um candidato liberal, que se candidata por fora dos partidos tradicionais, europeísta e com um discurso crítico das elites políticas. No entanto, está fortemente ligado ao establishment empresarial como ex-gerente associado do Banco Rothschild na França e ex-ministro da economia de Hollande. Esteve muito envolvido na reforma trabalhista e outras medidas desreguladoras como a abertura do comércio aos domingos (lei Macron).
Em quinto lugar, muito distante dos quatro primeiros, está se confirmando o afundamento eleitoral do Partido Socialista Francês, com seu candidato Benoit Hamon, se aproximando de 6% dos votos. O candidato socialista já declarou nesta noite, aos serem fechados os colégios eleitorais, que apoiará no seguno turno o candidato liberal, Emmanuel Macron para “frear” a ultra-direitista Marine Le Pen.
É a primeira vez desde o pós-guerra que nenhum dos grandes partidos da V República Francesa, socialistas e conservadores, participam do segundo turno. A performance dos partidos eleitorais nestas eleições foi desastrosa.
Já o candidato operário e anticapitalista, Philippe Poutou, que fez uma campanha de independência de classe denunciando a todos os partidos do regime, estaria com cerce de 1,1% dos votos.
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