domingo, 2 de setembro de 2018

Maioria dos ex-ministros de Temer que disputam as eleições em 2018 evitam citar presidente nas redes sociais




G1 analisou como políticos que integraram o primeiro escalão do emedebista falaram (ou não) sobre sua relação com o presidente em duas semanas de campanha.



Por Lucas Vidigal e Ana Carolina Moreno*, G1
 

G1 analisou como ex-ministros que agora são candidatos citaram ou não o presidente Michel Temer em suas redes sociais (Foto: Juliane Monteiro/G1)




O primeiro escalão de Michel Temer preferiu evitar o nome do presidente ao fazer campanha no Facebook e no Twitter. Uma análise feita pelo G1 mostra que, dos 18 ex-ministros do emedebista que são candidatos nestas eleições, 4 citaram nominalmente o ex-chefe e 1 deles usou uma imagem do presidente em um vídeo de campanha. Em nenhum desses casos o tom foi abertamente elogioso.
Procurada, a assessoria de imprensa de Temer afirmou que "a Presidência não faz comentários sobre as eleições".
O levantamento considerou todas as postagens dos 18 políticos feitas nas duas redes sociais entre 16 e 30 de agosto, período que compreende as duas primeiras semanas de campanha.
Os 4 candidatos que mencionaram o presidente são: Henrique Meirelles (MDB), Marcelo Calero (PPS), Roberto Freire (PPS) e Romero Jucá (MDB). Além deles, Ricardo Barros (PP) inseriu, em um vídeo, uma imagem de Temer de costas durante uma reunião com vários políticos, incluindo o candidato.
Para Márcia Dias, coordenadora do bacharelado em ciência política da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e especialista em comportamento político, tentar descolar sua imagem de um governante mal visto pelo público é uma estratégia clássica dos candidatos. Em junho, pesquisa Ibope mostrou que a aprovação do presidente havia caído para 4% (leia mais abaixo).

Com Temer foi citado

Henrique Meirelles (MDB), candidato a presidente, foi ministro da Fazenda entre maio de 2016 e abril de 2018 e publicou no Facebook um pedaço da entrevista à TV Record em que se esquiva do apoio do atual presidente. Ele afirma: "não sou candidato de Temer" assim como não é "candidato de Lula" — o presidenciável chefiou o Banco Central no mandato do petista.
Em outra postagem no Facebook, Meirelles diz que "acha que o Brasil não se divide entre quem gosta do Temer e quem não gosta do Temer", mencionando também Lula e FHC. "O Brasil se divide entre quem trabalha e quem não trabalha".
Marcelo Calero (PPS), candidato a deputado federal (RJ), foi ministro da Cultura entre maio e novembro de 2016. O político usou o Twitter para se referir a Temer como "picareta" ao criticar acordo para reajuste salarial que incluiu ministros do Supremo Tribunal Federal.
O ex-ministro da Cultura deixou a pasta em novembro de 2016 ao acusar Geddel Vieira Lima, então secretário de governo, de pressioná-lo para liberar um empreendimento imobiliário em Salvador no qual ele tinha comprado um apartamento. Geddel nega.
Roberto Freire (PPS), candidato a deputado federal (SP), chefiou o Ministério da Cultura entre novembro de 2016 e maio de 2017. Ao ser perguntado por um usuário do Twitter se "continuava com Temer", afirmou que se afastou o governo do emedebista desde a saída do cargo, em maio de 2017.
Romero Jucá (MDB), ex-ministro do Planejamento, mencionou Temer 6 vezes no Facebook e cinco no Twitter. Na maioria das vezes, para falar da questão migratória em Roraima, estado pelo qual se candidata à reeleição. Jucá deixou a liderança no Senado em 27 de agosto, segundo ele, por discordar da política migratória de Temer para Roraima. No dia seguinte, entretanto, ele negou ter rompido com o presidente ou acenado à oposição.

11 elogiaram o próprio trabalho

Dos 18 ex-ministros e hoje candidatos, 12 mencionaram positivamente o trabalho que desempenharam à frente do ministério. Meirelles foi o único deles a citar Temer nominalmente. Os outros 11 ignoraram o atual presidente.
G1 entrou em contato com todos para saber o motivo:
  • Bruno Araújo (PSDB), candidato a senador (PE), ministro das Cidades entre maio de 2016 e abril de 2018: a assessoria de imprensa não enviou resposta até as 20h desta sexta e disse que o candidato estava em viagem.
  • Helder Barbalho (MDB), candidato a governador (PA), ministro da Integração Nacional entre maio de 2016 e abril de 2018: a reportagem entrou em contato com a assessoria do candidato em três ocasiões nesta sexta-feira, mas não obteve resposta pois ele estava em viagem.
  • José Sarney Filho (PV), candidato a senador (MA), ministro do Meio Ambiente entre maio de 2016 e abril de 2018: a reportagem entrou em contato com a assessoria do candidato em cinco ocasiões por telefone e e-mail na tarde desta sexta-feira, mas não obteve resposta.
  • Leonardo Picciani (MDB), candidato a deputado federal (RJ), ministro do Esporte entre maio de 2016 e abril de 2018: Picciani afirmou, via assessoria, que tem feito "campanha abertamente a favor do candidato do MDB à Presidência, Henrique Meirelles. Aliás, o próprio Meirelles gravou vídeo de apoio à candidatura de Leonardo."
  • Marcos Pereira (PRB), candidato a deputado federal (SP), ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços entre maio de 2016 e janeiro de 2018: o G1 procurou a assessoria do candidato em dez ocasiões por telefone e WhatsApp nesta sexta-feira, mas não obteve resposta.
  • Maurício Quintella Lessa (PR), candidato a senador (AL), ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil de maio de 2016 a março de 2018: a assessoria afirmou que Lessa "continua com a campanha dele, fazendo propaganda para ele e para as alianças dele, em uma campanha de Alagoas que não envolve a campanha nacional."
  • Marx Beltrão (PSD), candidato a deputado federal (AL), ministro do Turismo entre agosto de 2016 a abril de 2018: a assessoria do candidato foi contatada por telefone diversas vezes na tarde desta sexta, mas não atendeu.
  • Mendonça Filho (DEM), candidato ao senado (PE), ministro da Educação entre maio de 2016 e abril de 2018: a assessoria de imprensa do candidato não enviou resposta até as 20h desta sexta porque ele estava em viagem.
  • Osmar Serraglio (PP), candidato a deputado federal (PR), ministro da Justiça e Segurança Pública entre março e maio de 2017: a assessoria de imprensa do candidato não enviou resposta até as 21h desta sexta.
  • Osmar Terra (MDB), candidato a deputado federal (RS), ministro do Desenvolvimento Social entre maio de 2016 e abril de 2018: a assessoria do candidato não enviou resposta até as 20h desta sexta porque ele estava em viagem;
  • Ricardo Barros (PP), candidato a deputado federal (PR), ministro da Saúde entre maio de 2016 e abril de 2018: o candidato afirmou que suas publicações são para prestar contas do trabalho à frente do Ministério da Saúde. "A gestão eficiente e de resultados que realizei como ministro da Saúde, só foi possível graças ao aval do presidente Temer que apoiou todas as minhas decisões", disse ele.
Houve, ainda, quem não fez menção direta ao presidente nem ao trabalho à frente do ministério. Veja os casos e o que disseram os candidatos:
  • Antônio Imbassahy (PSDB), candidato a deputado federal (BA), secretário de Governo entre fevereiro e dezembro de 2017: em seus posts nas duas últimas semanas, Imbassahy menciona várias vezes sua experiência como prefeito de Salvador e como deputado federal, e menos frequentemente seu trabalho como governador da Bahia. Mas sua atuação durante quase um ano como secretário de Governo de Temer não apareceu. A assessoria de imprensa não respondeu aos contatos feitos entre as 16h50 e as 21h desta sexta.
  • Fernando Coelho Filho (DEM), candidato a deputado federal (PE), ministro de Minas e Energia entre maio de 2016 e abril de 2018: em seu perfil no Facebook, o candidato não cita Temer desde que deixou o ministério; durante a campanha, ele procurou focar suas redes sociais em seus feitos como deputado e no registro de suas caminhadas e eventos de campanha. A assessoria de imprensa do candidato não enviou resposta até as 20h desta sexta porque ele estava em viagem.
  • Ronaldo Nogueira (PTB), candidato a deputado federal (RS), ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços entre maio de 2016 e dezembro de 2017: pouco assíduo nas redes sociais, o candidato preferiu focar suas publicações no Facebook para divulgar sua agenda de campanha. Ao G1, o candidato afirmou que nunca usou "imagens de outros candidatos nas campanhas" e que não pretende fazer isso agora. "Eu não uso a imagem de outros, eu tenho o meu trabalho. Eu procuro atuar dessa forma. Eu cumpri minha missão como ministro", acrescentou.

Nomeada, mas não empossada

Além dos 18 casos citados, o G1 pesquisou as postagens no Facebook e Twitter de Cristiane Brasil (PTB), que atualmente concorre a um cargo de deputada federal no Rio de Janeiro. Ela foi nomeada para o cargo de ministra do Trabalho em janeiro deste ano, mas teve a posse barrada pela Justiça.
O presidente chegou a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF)para garantir que Cristiane assumisse o cargo, mas não conseguiu. A assessoria de imprensa da candidata diz que ela não foi ministra, pois "para que alguém seja considerado investido na função nomeada, é preciso a posse, o que não houve".
Cristiane também não citou Temer entre 16 e 30 de agosto em suas postagens nas redes sociais. A assessoria foi questionada, mas não indicou o motivo, e ressaltou que ela jamais tomou posse. "Querer agora dizer que Cristiane Brasil foi ministra é uma distorção jornalística que beira à má fé -- ou a perseguição, pura e simplesmente", afirma a assessoria.

Por que os candidatos evitam citar Temer?

De acordo com Márcia Dias, da Unirio, sempre que um governante é impopular, os aliados ou ex-aliados em campanha eleitoral se afastam dele para evitar o contágio dessa baixa aprovação.
No caso específico de Michel Temer, as políticas adotadas não foram percebidas pelo eleitor como benéficas, avalia a pesquisadora.
"Não se deve só às denúncias de corrupção, tem a ver com as medidas impopulares dele. Ele acreditava que estava fazendo o melhor pelo país, mas sabia que não ia agradar a maioria da população."
Os que hoje são candidatos, mas ontem integraram o governo que tomou essas medidas, precisam evitar ao máximo que o eleitor faça essa aproximação, porque senão correm o risco de "cair em desgraça completa com o eleitorado", diz Márcia Dias.
A pesquisadora afirma que uma tática, que é seguida por alguns dos ex-ministros, é mencionar apenas os feitos que o candidato fez especificamente em sua pasta enquanto integrava o governo. O desvio de foco serve para passar ao eleitor a imagem de que ele não representa o governo, e por isso não responde pelas medidas percebidas como negativas pelo público.
O candidato, diz ela, pode até estar por trás das medidas impopulares do presidente, "mas só quem aparece é o presidente". Durante a campanha, ele pode dizer o que fez de positivo, "mas ele não vai fazer uma defesa do governo, vai tentar o máximo que puder se descolar disso".

Criticar um presidente impopular ajuda a ganhar votos?

Depende. De acordo com a professora, na hora em que se inscrevem no processo eleitoral, os candidatos aceitam se colocar sob o crivo dos eleitores, que vão autorizar ou não que ele se tornem governantes. Porém, os eleitores não são tão ingênuos.
Ela explica que, mesmo em casos de impopularidade recorde como a registrada por Temer, é arriscado um ex-ministro dele usar esse fato criticando o presidente publicamente.
"A pior estratégia que existe é acreditar que 'o inimigo do meu inimigo é meu amigo'", explica a professora. "Para o eleitor, a coisa não funciona dessa forma, ele sabe quando é autêntica essa crítica, quando ela é feita desde antes."
De acordo com ela, o eleitor sabe quem não é confiável. "Uma das coisas que o eleitor menos perdoa é incoerência, incongruência, traição."
*Colaboraram Cau Rodrigues e Michelle Farias (G1 AL), Alan Alves e Lilian Marques (G1 BA), Rafael Cardoso e João Ricardo (G1 MA), Jorge Sauma e Caio Maia (G1 PA), Pedro Alves e Katherine Coutinho (G1 PE), Ederson Hising (G1 PR), Nicolás Satriano (G1 RJ), Bárbara Muniz (G1 SP), Alan Chaves (G1 RR), Carolina Cattaneo (G1 RS)


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Partido Novo pede ao TSE para suspender propaganda do PT que exibe Lula




Tribunal rejeitou candidatura de Lula à Presidência, mas permitiu ao PT fazer propaganda sem mostrá-lo como candidato. Novo alega que PT desrespeitou decisão; G1 procurou advogado de Lula.


Por Luiz Felipe Barbiéri, G1, Brasília
 

Trecho da propaganda exibida pelo PT no horário eleitoral da TV deste sábado (1º) (Foto: Reprodução)
Trecho da propaganda exibida pelo PT no horário eleitoral da TV deste sábado (1º) (Foto: Reprodução)

O partido Novo pediu neste domingo (2) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para suspender a divulgação da gravação do PT que exibe o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na propaganda eleitoral.
G1 procurou o advogado de Lula que atua no TSE, Luiz Fernando Pereira, e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.
Na última sexta (31), o TSE rejeitou a candidatura de Lula à Presidência, mas permitiu ao PT fazer propaganda eleitoral sem mostrá-lo como candidato.
Na propaganda de rádio, exibida no sábado (1º) às 7h, o PT apresentou Lula como o candidato do partido, mas, na sexta, a presidente do TSE, Rosa Weber, já havia informado que em razão do horário em que a decisão foi tomada poderia não haver tempo para a substituição das mídias.
Na propaganda da TV, exibida no sábado às 13h, o PT não apresentou Lula como candidato, exibiu imagens dele com o candidato a vice, Fernando Haddad, e com apoiadores. Num trecho, é exibida uma fala de Lula na qual o ex-presidente se diz inocente e afirma que quem o julgou quer evitar que ele "volte a fazer o melhor governo do Brasil".
"Não é preciso grande esforço para se concluir que as propagandas eleitorais veiculadas pelos representados, em todos os horários, em bloco, na TV e no rádio, em 1 de setembro, não veiculam um segundo de propaganda eleitoral da coligação ou do candidato a vice", diz o pedido do Novo.
"A fraude é tão evidente que Haddad é apresentado como “representante de Lula” em todas as postagens", acrescenta o partido na representação sobre publicações no Facebook.
Ao Jornal Nacional, o TSE informou neste sábado (1º) que as inserções entregues até sexta (31), para serem veiculadas durante o fim de semana, podem permanecer no ar até esta segunda (3).

O pedido do Novo

Entenda abaixo, em tópicos, o que o Novo pediu ao TSE:
  • Que sejam retiradas publicações do Facebook que apresentem Lula como candidato;
  • Que seja suspensa a veiculação da propaganda em bloco e em inserções, no rádio e TV, com conteúdo idêntico ao veiculado nesse sábado;
  • Que o TSE determine que Lula, Haddad e a coligação não veiculem propaganda em qualquer meio apresentando Lula como candidato.



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“Respeito”. Palavra que para algumas pessoas nem existe no dicionário, respeito é um aprendizado que deveria começar no berço, saber ser ético, respeitar o próximo isso é uma qualidade que todo ser humano precisa ter! É uma atitude tão simples saber respeitar isso é pensar no próximo! A ausência desta qualidade faz do homem um ser desprezível! Lembram-se desta frase Respeite a si mesmo como respeita o próximo! É deste jeito que tinha que ser! No meu vê quem não sabe se der ao respeito no meu ponto de vista o qualifico de desonesto!



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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Gim Argello e Cristiano Araújo se tornam réus por improbidade no DF




Ação do MP aponta fraude na concessão de bolsas na Fundação de Apoio à Pesquisa. Defesa dos políticos nega envolvimento.




Por Letícia Carvalho, G1 DF
 


O ex-senador Gim Argello, em imagem de abril, quando foi preso pela Polícia Federal (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)
O ex-senador Gim Argello, em imagem de abril, quando foi preso pela Polícia Federal (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)

Decisão da Justiça do Distrito Federal tornou réus nesta semana, por improbidade administrativa, o ex-senador Gim Argello e o deputado distrital Cristiano Araújo (MDB). Eles são acusados de envolvimento num esquema de fraudes na concessão de bolsas de pesquisa científica na Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF).
Outras 31 também são citadas no processo – servidores públicos distritais da FAP e candidatos selecionados para bolsas de pesquisas na instituição. Cabe recurso.
Ao G1, a defesa de Gim Argello afirmou que irá recorrer. “O que existe contra o Gim são meras especulações por parte do Ministério Público. Não há contato desses bolsistas com o Gim. O que existem são pessoas fazendo, apenas, referências ao Gim”, disse o advogado Marcelo Lepre.
Já o advogado de Cristiano Araújo, Walter Moura, disse que a “defesa está confiante e segura de que a instrução do processo vai confirmar a total inocência do deputado, assim como de não haver qualquer envolvimento dele com supostas irregularidades do Fundo de Pesquisa Distrital”.


O deputado distrital Cristiano Araújo (PSD) durante sessão na Câmara Legislativa do Distrito Federal (Foto: CLDF/Divulgação)
O deputado distrital Cristiano Araújo (PSD) durante sessão na Câmara Legislativa do Distrito Federal (Foto: CLDF/Divulgação)

Segundo a Justiça, além de Gim Argello, a maioria dos réus foi notificada e apresentou manifestações negando a ocorrência de qualquer ato de improbidade. Dos 33 nomes envolvidos, apenas cinco tiveram de ser notificados por edital.

Fraude em 2012

A denúncia do Ministério Público aponta que a fraude beneficiou candidatos que tinham alguma indicação política, num edital que foi publicado em 2012. No caso de Gim, de acordo com o MP, há evidências de que ele teria orientado o então presidente da FAP, Renato Caiado Rezende, a indicar pessoas que seriam selecionadas indevidamente no processo seletivo.
“No curso das interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial, apurou-se que Gim Argello mantinha, no tempo dos fatos, ligação com Renato Caiado”, indicou o Ministério Público na ação.
O caso começou a ser investigado em 2012. Em 2017, uma ação penal também foi movida contra Cristiano Araújo, que chegou a ocupar a chefia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF. A FAP é vinculada à pasta.
Na ação do MP, consta que em um dos computadores apreendidos pela polícia foi encontrada uma planilha com o título "selecionados". No arquivo, havia nomes de pessoas contempladas e uma coluna "indicação", onde constavam as iniciais dos supostos envolvidos.
Tabela encontrada pelo Ministério Público do DF  (Foto: Reprodução )Tabela encontrada pelo Ministério Público do DF (Foto: Reprodução )

'Padrinhos' registrados

Para o MP, os candidatos com a sigla CA foram indicações de Cristiano Araújo, por exemplo. Segundo a denúncia, o grupo de beneficiados chegou a receber bolsas de R$ 4 mil mensais para pesquisa, mesmo sem ter qualificação e sem desenvolver nenhum trabalho.


O juiz Jansen Fialho, da 3ª Vara da Fazenda Pública do DF, entendeu que há indícios suficientes para que os fatos sejam apurados.
“Existem fortes evidências dos atos de improbidade perpetrados na Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal durante o Edital nº 9/2012, cujas condutas violaram os princípios administrativos”, disse o magistrado.
“Em suma, os fatos narrados merecem um exame mais aprofundado, tornando-se imprescindível a dilação probatória no presente caso concreto."
O juiz Jansen Fialho abriu prazo de 15 dias para os réus se manifestarem e apresentarem contestações, a contar da data de intimação dos advogados.

Entenda

A fraude nas bolsas foi investigada pela Delegacia de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil, em um inquérito aberto em 2012, com a operação Firewall II. Na época, a polícia indicou que um grupo de pessoas coordenado por Araújo supostamente fraudou, "mediante ajuste e combinação prévios, o caráter competitivo do procedimento licitatório para as bolsas".
O inquérito da Polícia Civil também resultou em denúncias contra outras 31 pessoas, incluindo o ex-presidente da FAP Renato Caiado, ex-servidores do órgão, o então secretário de Ciência e Tecnologia Gustavo Brum e aqueles que foram beneficiados pelas bolsas.
Ao longo das investigações, conversas telefônicas interceptadas pela polícia com aval da Justiça indicaram que o ex-senador Gim Argello, preso na operação Lava Jato, tinha conhecimento do suposto esquema na FAP-DF.



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“Respeito”. Palavra que para algumas pessoas nem existe no dicionário, respeito é um aprendizado que deveria começar no berço, saber ser ético, respeitar o próximo isso é uma qualidade que todo ser humano precisa ter! É uma atitude tão simples saber respeitar isso é pensar no próximo! A ausência desta qualidade faz do homem um ser desprezível! Lembram-se desta frase Respeite a si mesmo como respeita o próximo! É deste jeito que tinha que ser! No meu vê quem não sabe se der ao respeito no meu ponto de vista o qualifico de desonesto!

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terça-feira, 28 de agosto de 2018

De futuro presidente a aliado tóxico, Aécio Neves sacode poeira em fazenda de MG para dar a volta por baixo






Fátima Meira/Futura Press







Foi há quatro anos, mas a impressão é que tudo aconteceu quatro décadas atrás. Derrotado em uma eleição apertada para Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) saiu da campanha de 2014 como futuro presidente da República.
Com o recall dos 51 milhões de votos, ele teria mais quatro anos de mandato como senador para se firmar como o grande líder da oposição a um governo prestes a desmoronar em meio à Lava Jato e à crise econômica, escondida da campanha como um dinossauro debaixo do tapete.
Tinha como opção cozinhar o próprio caldo em fogo brando ou aproveitar o tsunami político em torno do PT para acelerar o passo e tomar o atalho. Só para “encher o saco” do PT, conforme confessaria na fatídica conversa grampeada por Joesley Batista, o senador tucano encabeçou uma ação para cassar a chapa Dilma-Temer.
Nos protestos pelo impeachment, ele contaria com um empurrãozinho de Eduardo Cunha (MDB), do MBL e de manifestantes pró-intervenção militar – tudo, em resumo, que ajudasse a derrubar o adversário com a desculpa de mudar o país.
No curto prazo, Aécio conseguiu o que queria. Era um dos muitos homens de terno que beijaram a mão de Michel Temer (MDB) na cerimônia que empossou o ex-vice-decorativo na Presidência da República. Seu partido, o PSDB, emplacou nomes no ministério e sentou na varanda à espera da faixa presidencial.
Estava tudo combinado, conforme outro áudio, este de Romero Jucá (MDB), com Supremo, com tudo. Caso contrário, o ex-governador mineiro seria o primeiro a ser “comido”.
Faltou combinar com a Lava Jato. Réu no Supremo por corrupção passiva e obstrução de Justiça, Aécio só não foi cassado graças à articulação de adversários que, pouco antes, usaram as famílias, a moral e os bons costumes como razões para tirar Dilma Rousseff da Presidência.
No fim do mandato e rejeitado por metade dos eleitores (44%, segundo pesquisa Ibope de abril de 2017), Aécio precisou atualizar as expectativas eleitorais como estratégia de sobrevivência. De futuro presidente do Brasil, o senador tenta agora se eleger deputado para manter alguma influência ou qualquer privilégio que o cargo permite.
A largada aconteceu em uma fazenda próxima à cidade mineira de Teófilo Otoni, e a animação competia com a de amigos e parentes que velavam algum ente querido próximo dali, a se fiar pela fisionomia algo sorumbática da meia dúzia de apoiadores em torno do tucano – entre os quais não estava nenhum figurão do que sobrou do PSDB.
“A fazenda fica a 5km de Teófilo Otoni, em frente ao motel Dallas, na BR-116 (depois do Posto Teófilo Otoni). Depois de chegar na entrada, basta seguir por 2km em estrada de terra até a fazenda”, dizia o texto do convite.
A poeira e o isolamento soam como um cenário simbólico para quem, há quatro anos, era oficializado com os votos de 447 dos 451 dos delegados do PSDB como candidato a presidente prometendo promover o “reencontro do Brasil” com controle da inflação e o combate à corrupção. “A minha responsabilidade, se já era grande, hoje é ainda maior. Se coube a JK [Juscelino Kubitschek], há 60 anos, permitir o reencontro do Brasil com desenvolvimento, coube a Tancredo [Neves], 30 anos depois, fazer o país se reencontrar com a democracia. Outros 30 anos se passaram, agora vamos conduzir o país à decência”, discursou, para aplausos de uma plateia eufórica.
Quatro anos depois, o candidato a novo Juscelino se tornou uma versão desbotada de Carlos Lacerda, outro ex-governador que nos anos 1960 topou tudo para derrubar os adversários, alimentou radicalismos e foi engolido pelo sistema que ajudou a pavimentar.
Em abril 2015, quase um ano antes do impeachment, alertamos, por aqui, sobre os riscos da opção pela fervura: “A única mudança que interessa é tirar o PT do poder. Parte dos tucanos vai na onda, talvez sem se dar conta de que, para avançar um centímetro, Aécio não encontrará terreno vago, mas mapeado pelo peemedebismo ascendente. Em 1993, a ausência de figuras como Eduardo Cunha levava o PMDB a aceitar o papel de tampão. Hoje as figuras são outras. As ambições, também. Aécio sabe disso, mas tenta ganhar tempo sem jogar para uma plateia que começa a se irritar”.
Dito e feito: Aécio hoje é um fantasma de si mesmo e Geraldo Alckmin (PSDB) patina para atingir dois dígitos nas pesquisas de intenção de voto lideradas por quem já defendeu em público o fuzilamento de Fernando Henrique Cardoso e hoje ensina crianças a brincar de tiro no palanque.


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