terça-feira, 19 de dezembro de 2017

BNDES Vai Patrocinar Réveillon Na Orla Com R$ 2 Milhões


  • 19/12/2017



O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) decidiu nesta segunda-feira patrocinar o réveillon de Copacabana. Ele vai destinar R$ 2 milhões para a festa através da Lei Rouanet, como informou o colunista Lauro Jardim, do GLOBO. A empresa SRCOM, do cenógrafo Abel Gomes, será a responsável pela produção artística do evento que deverá reunir 2 milhões de pessoas, dia 31, na orla.
— Essa é a primeira vez que o BNDES vai apoiar o evento. Somos um banco estabelecido na cidade e, por isso mesmo, queremos ajudar na revitalização do Rio. A opção de apoiar o réveillon se deu porque o evento marca o início do calendário Rio de Janeiro a Janeiro (série de eventos para alavancar o turismo na cidade ) — explicou Marcelo Augusto Kieling Cadorna Pereira, assessor da presidência do BNDES.
Ao todo, a organização do réveillon do Rio custará cerca de R$ 25 milhões. Desse total, cerca de R$ 17 milhões estão sendo captados pela SRCOM via patrocinadores. Segundo a Riotur, além do BNDES, a Petrobras também já fechou parceria para apoiar o evento. Outras três empresas ainda estão em negociações com a produtora. As verbas serão usadas diretamente na organização do show pirotécnico e no palco que já está sendo instalado em frente ao Hotel Copacabana Palace.
Os outros R$ 8 milhões do orçamento do réveillon carioca virão de recursos próprios da prefeitura. Parte do dinheiro será usado para pagar o aluguel das balsas de onde serão disparados os fogos de artifício, bem como as atrações musicais. A principal estrela desse ano será Anitta, que vai se apresentar logo após o término da queima de fogos.
O orçamento do município inclui ainda despesas que serão bancadas exclusivamente pelo poder público ou divididas com a iniciativa privada em eventos paralelos, na Barra da Tijuca, no Recreio, no Parque Madureira, no Flamengo, na Ilha do Governador (Praia da Bica), no Piscinão de Ramos, no IAPI da Penha e na Ilha de Paquetá (Praia da Moreninha).

Logo após o Natal, está previsto o início da montagem dos fogos. No dia 29 ou 30, a Capitania dos Portos fará a inspeção final das balsas, que serão rebocadas para Copacabana nas últimas horas que antecedem a virada do ano.
A festa deste ano em Copacabana terá novidades. O público poderá observar a queima de fogos, que vai durar 17 minutos (cinco minutos a mais do que a de 2016) por 10 telões de LED espalhados pela praia. Além disso, drones vão sobrevoar as balsas para gerar imagens dos fogos de ângulos que, até hoje, não tinham sido explorados na festa.
ESCOLAS DE SAMBA NO DIA 6
O tema da festa deste ano será “O Réveillon do Abraço”, uma referência à canção que celebra o Rio de Janeiro na voz de Gilberto Gil. A festa em Copacabana será esticada até o dia 6 de janeiro, quando as baterias das 13 escolas de samba do Grupo Especial vão desfilar na Praia de Copacabana. Nessa apresentação, as escolas se dividirão em dois grupos. Um virá do Leme e outro, do Posto 6. As agremiações se encontrarão no palco montado em frente ao Copacabana Palace. A Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) também se apresentará.

"Resonant Chamber" - Animusic.com

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Outro Fim Do Mundo! – Camargo Corrêa Revela Cartel De 16 Anos Em Metrôs De 8 Estados




  • 18/12/2017




Uma das empresas investigadas na Lava Jato, a construtora Camargo Corrêa revelou ao Conselho Administrativo de Defesa Economica (Cade) um megaesquema de cartel em obras de metrôs de 7 estados e do Distrito Federal, que teria operado durante 16 anos no país.
A Camargo Corrêa apresentou ao Cade indícios ou comprovação de condutas anticompetitivas que ocorreram, entre 1998 a 2014, em obras de transporte de passageiros sobre trilhos nos estados da Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, além do Distrito Federal.
As revelações constam do acordo de leniência assinado entre a empresa e o conselho, no âmbito da Operação Lava Jato.
O acordo de leniência é uma espécie de delação premiada das empresas. O efeito dela para o beneficiário (no caso a Camargo e as pessoas que assinam o acordo) é a imunidade administrativa e penal. As demais empresas serão processadas normalmente. O acordo beneficia o primeiro que se oferecer para colaborar.
Nesta segunda-feira (18), o Cade assinará o despacho que abre o processo administrativo para investigar os fatos relatados pela Camargo Corrêa. O acordo do Cade será assinado em conjunto com o Ministério Público Federal de São Paulo, que investiga a parte criminal envolvendo o cartel.
Batizado pelos próprios integrantes do cartel de “Tatu Tênis Clube”, o grupo formado por Camargo Corrêa, Odebrecht, Andrade Gutierrez, OAS e Queiroz Galvão atuou em, pelo menos, 21 licitações, com resultados diferente (leia ao final deste post o que dizem as construtoras).
O cartel consiste em fixações de preços, condições e vantagens, divisão de mercado entre os concorrentes e troca de informações entre as empresas que tem interesse na obra.
No relatório ao qual a Globonews e a TV Globo tiveram acesso, a empresa relatou três fases de operação do cartel. O primeiro período vai de 1998 a 2004, e é chamado de “fase histórica”. Neste recorte, dividiam as obras a Andrade Gutierrez, Odebrecht e Camargo Corrêa.
Segundo a Camargo Corrêa, a concorrência permanente e a proximidade teriam motivado a associação entre as empreiteiras.
A segunda fase foi de 2004 a 2008, quando o cartel foi batizado de “Tatu Tenis Clube”. Formaram o grupo cinco das maiores construtoras do país: além das três primeiras, OAS e Queiroz Galvão se juntam ao grupo, também chamado de “G5”.
Depois, de 2008 a 2014, a Camargo revela uma fase de aumento de obras existentes, mas uma concorrência com as empresas estrangeiras.

URGENTE: Camargo Corrêa Confessa O Roubo E Aponta Cartel No Metrô De Sete Estados E Do DF



  • 18/12/2017




A Camargo Corrêa revelou ao Cade um megaesquema de cartel em obras de metrôs e trens de sete estados e Distrito Federal, que operou durante 16 anos no país.
As revelações estão em um acordo de leniência assinado entre a empresa e o Cade, no âmbito da Lava Jato.
A Camargo Corrêa apresentou ao conselho indícios ou comprovação de condutas anticompetitivas entre 1998 a 2014, em obras de metrô nos estados da Bahia, Ceará, Minas, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. além do Distrito Federal.

Jucá É Vaiado E Chamado De Ladrão Durante Evento Em Roraima




  • 18/12/2017




O senador Romero Jucá (PMDB-RR) foi vaiado e ofendido no sábado durante a inauguração do teatro municipal de Boa Vista (RR). Ao ser chamado para discursar, o parlamentar foi imediatamente atacado pelo público presente, com gritos de “ladrão”.
O senador é alvo de uma série de investigações no Supremo Tribunal Federal. Em agosto, Jucá foi denunciado três vezes pela Procuradoria-geral da República no âmbito da Operação Lava Jato, sob acusação de envolvimento em esquemas da Odebrecht da Transpetro. Ele também é investigado pela Operação Zelotes.
Em seu discurso, Jucá desejou “feliz Natal” à plateia, que não parou de protestar. “Quero desejar a cada um de vocês, cada criança, cada jovem, a cada idoso, um Natal de paz, de alegria e de muita fraternidade”, afirmou o senador.
No mês passado, o parlamentar foi alvo de um protesto dentro de um avião. Em um voo de Brasília a São Paulo, Jucá foi hostilizado por uma passageira: “O senhor conseguiu estancar a sangria, foi?”, perguntava a mulher – fazendo referência à conversa telefônica com Sérgio Machado, sobre a Lava Jato –  enquanto gravava tudo pelo celular. O vídeo foi parar da internet, e viralizou nas redes sociais.

Conforme A Famosa Frase “O Mundo Dá Voltas”, O Presidente Michel Temer Corre O Risco De Se Dar Mal Depois De Ofender O Juiz Federal Sérgio Moro




  • 18/12/2017




O presidente #Michel Temer corre o risco de se dar mal depois de ofender o juiz federal Sérgio Moro. O peemedebista pode ter seus processos sendo analisado pelo juiz da Lava Jato, o que está causando uma enorme preocupação nos bastidores do PMDB.
Em um evento ocorrido na terça (05), durante a premiação da revista Isto É, o presidente esteve no palco junto com o juiz Sérgio Moro, porém, no momento em que o magistrado ia receber o prêmio de “Brasileiro do Ano”, Temer e alguns membros do #Governo se recusaram a levantar para aplaudir o juiz. Eles ignoraram Moro e mostraram que os trabalhos do juiz não são bem visto por eles.
Hoje, o Planalto vive momentos de preocupação. Moro poderá ter em suas mãos a chance de vingar a desfeita feita pelo presidente. Claro que se formos analisar a conduta do juiz, ele jamais pensaria dessa forma, mas o povo não gostou do que o peemedebista fez no evento.
Tudo está certo para que Temer não dispute as Eleições de 2018, com isso ele perderia o foro privilegiado. Dessa forma, todos os processos que ele responde pela Lava Jato podem ficar com o juiz e isso seria devastador para o político, pois Moro é linha-dura e não dará moleza. Será firme como está sendo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , na qual já condenou a nove anos e seis meses de prisão.
Estratégia
Uma das estratégias do peemedebista após ele deixar a presidência é ele assumir uma embaixada no exterior para ganhar o foro especial e ser julgado nos tribunais superiores.
O ministro da Secretaria-Geral de Temer, Moreira Franco, que também teve essa atitude de ofensa contra o juiz, no evento, chegou a ironizar o caso após ser questionado porque não levantou para aplaudir Moro . Ele também poderá ser julgado pelo magistrado.
Caso os processos deles não caiam com Moro, pode ir nas mãos de Marcelo Bretas ou Vallisney de Sousa Oliveira, dois grandes juízes que são exemplos na Lava Jato.
Preocupação
Além da preocupação de que as investigações saiam do Supremo Tribunal Federal (STF) e vão para as instâncias inferiores, outro ponto causa aflição no Planalto. O ex-ministro Geddel Vieira Lima está preso e ele pode negociar um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Se isso acontecer, Temer poderia ser citado e ter sua vida mais complicada.
Apenas para ressaltar, em setembro, a Polícia Federal (PF) achou R$ 51 milhões em um apartamento que seria do ministro.

Pai da filosofia antirreprodução: "É um erro trazer novos seres humanos ao mundo"



Defensor da filosofia antirreprodução, David Benatar afirma que a humanidade deveria parar de procriar até que todos os seres humanos sejam extintos da Terra. O acadêmico explicou as razões de sua convicção


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David Benatar diz que poderia ser considerado “o filósofo mais pessimista do mundo” por sua convicção de que a vida é terrível e não vale a pena ser vivida.
Em seu livro Better Never to Have Been (Melhor nunca ter existido, em tradução livre), o diretor do departamento de Filosofia da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, assegura que nascer é uma profunda desgraça.
Por isso, para Benatar, que tem 51 anos, a humanidade deveria parar de procriar até que todos os seres humanos sejam extintos da Terra.
BBC Mundo conversou com o filósofo para entender em que se baseia a teoria de um dos maiores expoentes da corrente conhecida como “antinatalismo” – e para tentar saber como ele aplica os conceitos na própria vida.
Você pode por favor explicar o que a corrente conhecida como ‘antinatalismo’ defende?
David Benatar – O antinatalismo defende que não deveriam nascer novas pessoas no mundo.
Por que não?
Há várias razões, para mim. Uma delas é que nós não deveríamos dar vida para pessoas que no futuro vão enfrentar sofrimento. Há muitos argumentos a respeito, mas um deles é que há muita dor e sofrimento na existência humana. Por isso que é um horror trazer novos seres humanos ao mundo.
Mas também há coisas boas na vida…
Sim, também há coisas boas. Mas a questão é se essas coisas boas valem a pena ante a dor das coisas ruins. Me parece que com frequência as pessoas esquecem o quão ruins são as coisas ruins da vida.
Há numerosas evidências psicológicas de que a gente superestima a qualidade de vida, pensa que é melhor do que na verdade é. Outro erro frequente é pensar no futuro e não se dar conta da quantidade de sofrimento que muito provavelmente as pessoas terão no fim de suas vidas.
Pense em como as pessoas morrem, pense no câncer, nas enfermidades infecciosas, nas doenças. Há muito sofrimento ao final da vida, muito. E muitas pessoas se esquecem disso.
Mas se você estiver certo e efetivamente a vida for tão terrível, as pessoas deveriam sempre recorrer ao suicídio, não?
Sim, mas o suicídio, em primeiro lugar, tem um custo que você evitaria se não chegasse a nascer. Se uma pessoa não nascesse, se nunca existisse, evitaria passar por coisas ruins da vida.
O suicídio pode ser o menor dos males, mas segue sendo um mal. Mas mesmo que algo esteja mal, a pessoa segue querendo não morrer, a maioria continua com sua existência. Outro custo do suicídio é que ele gera dor e sofrimento nas pessoas que gostam de você.
Mas a reprodução é algo natural para o ser humano. O antinatalismo não é portanto antinatural?
Nem tudo que é natural é bom. Ficar doente, por exemplo, é algo completamente natural. Mas, mesmo sendo natural, as pessoas são aconselhadas a se tratar com remédios ou realizar cirurgias.
A agressão também é uma forma de expressão natural entre os seres humanos e outros animais, mas não parece uma coisa boa ceder a ela ou a outros tipos de impulsos naturais.
O que é natural e o que é moral ou eticamente desejável e recomendável são coisas diferentes.
Então, para você, o aborto é algo ética ou moralmente defensável?
Sim, naturalmente. O antinatalismo defende que é um horror trazer novas pessoas ao mundo, e o aborto é um dos meios para evitar isso.
Nós, seres humanos, não somos os únicos a sofrer, muitos animais levam vidas muito difíceis. O que fazemos com eles? Nós devemos exterminá-los para salvá-los da dor da experiência?
Há uma enorme diferença entre exterminar e se extinguir por morte natural. Exterminar seria matar, e não sou a favor de matar seres humanos nem animais. Talvez existam algumas raras exceções e cenários que poderíamos considerar.
Mas, no geral, não apoio que se mate pessoas ou animais. Mas sou a favor da extinção, e um dos modos de fazer isso seria não dar vida a novos seres.
No caso dos animais, há muitos que vivem em liberdade, que não são criados por seres humanos. Mas há muitos que são, como aqueles criados em granjas – que mantemos para matarmos depois e comer. A respeito deles, nós estamos provocando um sofrimento indizível, acho que não deveríamos criá-los. Nós podemos nos alimentar perfeitamente sem eles.
No lugar de extinguir a raça humana e de deixar de trazer novos filhos ao mundo, não poderíamos melhorar o mundo para que a vida seja menos dura?
Bom, eu creio que sempre estamos melhorando o mundo e que nós, que existimos, deveríamos sempre fazer de tudo para melhorá-lo.
Mas é excessivamente otimista pensar que vamos melhorar o mundo até o ponto de eliminar o sofrimento e que nossos filhos estarão livres de sentir a dor implícita à vida. Seria algo tão distante no futuro que implicaria muitas gerações, gerações que iriam sofrer a dor de terem sido trazidas a este mundo.
E sacrificar gerações em nome do futuro me parece algo indecente.
Sendo a vida tão terrível, por que você acredita que as pessoas decidem ter filhos?
Não sei. Muitas pessoas não sabem o que significa ter filhos, simplesmente os têm. A metade das crianças do mundo não são desejadas.
Há sim pessoas que pensam no assunto. Mas na maioria dos casos, os motivos que elas dão para ter filhos são baseados em seu próprio interesse: porque querem que seus genes passem para alguém, porque querem experimentar ter e criar um filho. Há quem inclusive fale em altruísmo: querem filhos pensando na comunidade, em satisfazerem o desejo dos pais de terem netos.
Mas, na maioria dos casos, creio que as pessoas simplesmente não se perguntam o que verdadeiramente significa ter um filho.
E não se perguntam porque é algo tão comum, tão natural, que acham normal a necessidade de gerar filhos. Poucas pessoas se questionam sobre as questões éticas de se trazer um ser humano ao mundo.
Mas se pegarmos por exemplo o caso de uma criança que acaba de nascer e que vá ter uma vida boa, plena e feliz. Não seria imoral privá-la dessa boa vida?
Bom, essa criança poderá ser feliz em alguns momentos específicos, isso não se discute. Mas quando de traz uma criança ao mundo não, ela não é gerada apenas para esses momentos felizes. Essa criança também vai envelhecer, ficará doente, vai morrer no futuro. Temos que pensar em sua vida por completo, e não apenas nos momentos agradáveis que viverá.
Pense: os bebês são infelizes muitas vezes, é só você ver quando eles estão chorando. Há muitas decepções e frustrações que eles têm de enfrentar.
Mas inclusive se falarmos de uma criança genuinamente feliz, poderia ser um caso do que se chama de “preferências adaptativas” (preferências geradas em circunstâncias de restrição de oportunidades).
Pensemos, por exemplo, em um grupo de pessoas que educa outras para sejam seus escravos. Essas pessoas escravizadas então poderiam ficar com contentes e não se importar com sua condição de escravidão, porque elas foram criadas para pensar dessa forma.
Pois bem: eu seria contra a ideia, mesmo que as pessoas se sintam felizes.
Os pais, segundo seu raciocínio, são responsáveis pelo sofrimento de seus filhos venham a sofrer por terem decidido trazê-los ao mundo. Eles também são responsáveis pelo sofrimento dos filhos de seus filhos e de seus bisnetos, e assim sucessivamente?
De certa forma, sim, indiretamente. Não que tenham responsabilidade completa – ela só pode ser atribuída a quem teve seus próprios filhos. Mas quando alguém decide se reproduzir, deve saber que está criando outros potenciais reprodutores. E, se alguém pensa em todas as gerações, que seguem uma decisão reprodutiva, ele percebe a grande responsabilidade que isso (ter filhos) implica.
Você acredita que sua ideia de parar a reprodução para que a humanidade seja extinta poderá ter êxito um dia?
Não, não creio, ao menos em grande escala. Eu acho que haverá alguns indivíduos que vão decidir não procriar, conheço alguns deles. Por isso considero que o antinatalismo pode ter êxito em pequena escala. Mas acho que mesmo assim é importante, porque muita gente será poupada do sofrimento por não ter vindo ao mundo.
Não sou um ingênuo, não creio que minhas ideias convençam o mundo todo. Mas acredito fortemente que o que digo é verdade. Gostaria que as pessoas pensassem melhor sobre o que significa ter filhos.
Quando você decidiu abraçar o antinatalismo?
Sempre pensei de maneira parecida, mas desenvolvi essas ideias ao longo dos anos. A ideia básica para mim é óbvia, mas não sei se para os outros também é.
Você lamenta estar vivo?
Não gosto de responder perguntas pessoais. Prefiro falar sobre conceitos e ideias.
Você censura seus pais por te trazer ao mundo?
Talvez você queira olhar a dedicatória de meu livro.
Sim, eu li. Está escrito: ‘A meus pais, apesar de terem me dado a vida’.
Então você já sabe. Não tenho mais nada a dizer a respeito.
Última pergunta: você tem filho?
Essa é outra pergunta pessoal.
Irene Hernández Velasco, BBC