terça-feira, 7 de novembro de 2017

Corpo de pobre vale menos que o de rico?




Ao elogiar mudança aprovada na Reforma Trabalhista de Michel Temer, ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, presidente do Tribunal Superior do Trabalho, solta uma das frases mais lamentáveis de 2017

ives gandra martins filho
Ives Gandra Martins Filho (reprodução)



Leonardo Sakamoto*
‘Não é possível dar a uma pessoa que recebia um salário mínimo o mesmo tratamento, no pagamento por dano moral, que dou para quem recebe salário de R$ 50 mil. É como se o fulano tivesse ganhado na loteria.”
A frase é do ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, presidente do Tribunal Superior do Trabalho, em entrevista a Laís Alegretti, na Folha de S.Paulo desta segunda (6).
Ele se refere à mudança aprovada na Reforma Trabalhista de Michel Temer que limita o valor de uma indenização a 50 vezes o ultimo salário contratual do ofendido, ainda que se trate de um dano grave.
O ministro diz que ”às vezes, é por uma brincadeira de mau gosto que se aplica a indenização por dano moral”. Mas esse tipo de dano não inclui apenas assédio, mas também perdas de parte do corpo, amputadas por acidentes no serviço.
O que acontece desde o trabalho de derrubada de floresta na expansão da fronteira agrícola na Amazônia até o processamento de carne em grandes frigoríficos no Centro-Sul do país.
Eu não diria que uma pessoa que perde uma mão ou uma perna, fica impossibilitada de andar ou é condenada a tomar morfina pelo resto da vida devido às graves e permanentes lesões causada pelo esforço repetitivo na linha de produção ganhou na loteria.
Mas há quem acredite que estar na cúpula do Judiciário, tendo acesso a um rosário de benefícios que o cargo traz, sim.
Questionado se é justo que duas pessoas que sofreram o mesmo dano recebam indenizações diferentes, ele se justificou dizendo que ”o juiz é que vai estabelecer a dosagem”, podendo equalizar as compensações.
”Se a ofensa é a mesma, a tendência será, para o trabalhador que ganha muito, jogar o mínimo, e o que ganha pouco, jogar para o máximo.”
A opinião do ministro não é compartilhada pelo Ministério Público do Trabalho. ”Ao determinar como parâmetro o salário contratual para a fixação da indenização, o legislador estabelece que a moral do rico vale mais do que a do pobre. E sobretudo, porque os valores, de tão desprezíveis, não servem à finalidade mais notável do instrumento: a reparação do mal causado”, afirma o procurador Tiago Cavalcanti, que coordena a área de enfrentamento ao trabalho escravo do MPT.

”Danos graves, como morte, amputação, desfiguração, escravidão ou perda da visão e da audição, ensejarão o pagamento máximo de R$ 46.850,00 [em valores de hoje, para quem ganha um salário mínimo], independentemente da capacidade econômica do empregador ofensor, ainda que se trate de instituições financeiras com lucro líquido anual na casa das dezenas de bilhões de reais”, explica.
Devido às críticas que esse item sofreu, o Palácio do Planalto prometeu alterá-lo na medida provisória que deve encaminhar até o final desta semana ao Congresso Nacional.
Esse foi um dos pontos que haviam sido acordados para que senadores da base do governo aceitassem aprovar o texto vindo da Câmara dos Deputados sem alterações.
Ou seja, até a parte do Senado (que é uma casa de empresários) que apóia Temer acha que o limite colocado dessa forma ficou exagerado. Mas, ironicamente, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, não.
Porém, na minuta da medida provisória entregue pelo Executivo, a indenização mínima seria de R$ 16,5 mil e a máxima de R$ 276,6 mil. Para a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), a mudança deveria vetada porque a limitação do valor a ser concedido pode não garantir a inteira reparação do dano.
Isso me lembra o caso de uma fazenda na Amazônia em que os auditores fiscais do trabalho encontraram uma espécie de tabela para partes do corpo perdidas no serviço. Um dedo valia X, um braço Y, uma perna Z.
Se a pessoa morria, contudo, o valor que a família receberia de indenização era menor que se as partes fossem perdidas uma por vez. Ou seja, o todo valia menos que as partes. Afinal de contas, a pessoa não estava mais apta ao serviço.
Mas tudo bem. No Brasil do amanhã, o que importa é que as pessoas trabalhem. Se forem assediadas, esfoladas, amputadas, moídas, destruídas no meio do caminho é apenas um pequeno efeito colateral em nome do crescimento econômico do país.
trabalhador mutilado sakamoto
Trabalhador resgatado da escravidão no Pará. Ele perdeu um dos dedos no serviço e o máximo que recebeu do empregador foi uma caixa de remédio. Na outra mão, as marcas da ação de pesticida na pele pela falta de equipamento de proteção individual. No copo, a água disponível para que bebesse. Foto: Leonardo Sakamoto
            *Leonardo Sakamoto é jornalista e Doutor em Ciência Política pela USP




Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira.
CF 88
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:

        I -  soberania nacional;

        II -  propriedade privada;

        III -  função social da propriedade;

        IV -  livre concorrência;

        V -  defesa do consumidor;

        VI -  defesa do meio ambiente;

        VII -  redução das desigualdades regionais e sociais;

        VIII -  busca do pleno emprego;

        IX -  tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional de pequeno porte.

    Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.


TRIBUNAL REDUZ PENA DE GIM ARGELLO DE 19 PARA 11 ANOS DE PRISÃO





PENAS REDUZIDAS


DESEMBARGADORES REDUZEM SENTENÇA DE 19 PARA 11 ANOS
Publicado: 07 de novembro de 2017 às 10:19 - Atualizado às 10:40
   

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) julgou na manhã desta terça (7) a apelação criminal do ex-presidente da construtora OAS José Aldemário Pinheiro Filho, do ex-diretor da UTC Engenharia Walmir Pinheiro Santana e do ex-senador Jorge Afonso Argello (Gim Argello). Eles tiveram as penas reduzidas. As informações foram divulgadas pelo TRF4.
Os desembargadores da 8ª Turma entenderam que o crime de embaraço à investigação não foi autônomo, mas parte dos delitos de corrupção por eles praticados, tendo a condenação sido mantida apenas em relação a estes últimos.

No mesmo processo, o Ministério Público Federal recorreu contra a sentença de outros cinco réus absolvidos em primeira instância por falta de prova suficiente, os ex-diretores da OAS Roberto Zardi Ferreira e Dilson de Cerqueira Paiva Filho, o ex-secretário-geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal Valério Neves Campos, o filho de Gim Argello, Jorge Afonso Argello Júnior, e o ex-assessor dele Paulo Cesar Roxo Ramos. O tribunal, entretanto, manteve as absolvições.

Na ação, o ex-senador Gim Argello foi denunciado por solicitar a alguns dirigentes de empreiteiras pagamento de vantagem indevida para protegê-los, inclusive deixando de convocá-los para depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito, instaurada no Senado para apurar crimes ocorridos na Petrobras, e na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, instaurada no Senado e na Câmara para apurar esses mesmos crimes durante o ano de 2014.

Argello teria solicitado a Ricardo Ribeiro Pessoa, dirigente da empresa UTC Engenharia (que fez acordo de colaboração premiada e não recorreu), cinco milhões de reais, que foram pagos na forma de doações eleitorais registradas a partidos indicados pelo ex-senador. Walmir Pinheiro Santana, diretor financeiro da UTC Engenharia, auxiliou Ricardo Ribeiro Pessoa nos pagamentos. O réu também teria solicitado propina a outras empreiteiras, mas estas não teriam realizado o pagamento.

Os demais réus na ação foram denunciados por fazer a intermediação entre as empreiteiras e Argello.

O ex-presidente da empreiteira UTC engenharia, Ricardo Ribeiro Pessoa teve a pena reduzida de ofício pelo tribunal.

Essa é a 20ª apelação criminal da Operação Lava Jato julgada pelo tribunal.

A sentença de primeira instância foi proferida pela 13ª Vara Federal de Curitiba no dia 13 de outubro de 2016.

Abaixo veja como ficaram as condenações:

Jorge Afonso Argello (Gim Argello) – condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pena passou de 19 anos para 11 anos e 8 meses de reclusão;

Walmir Pinheiro Santana – condenado por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. A pena passou de 9 anos, 8 meses e 20 dias para 6 anos e 2 meses;

José Adelmário Pinheiro Filho – condenado por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. A pena passou de 8 anos e 2 meses para 5 anos, 6 meses e 3 dias;

Ricardo Ribeiro Pessoa: condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pena passou de 10 anos e 6 meses para 7 anos.

Execução da Pena

A execução da pena poderá ser iniciada pelo juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba assim que passados os prazos para os recursos de embargos de declaração (2 dias) e de embargos infringentes (cabem no caso de julgamentos sem unanimidade, com prazo de 10 dias). Caso os recursos sejam impetrados pelas defesas, a execução só se dará após o julgamento desses recursos pelo tribunal. (AE)


Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira


É como eu sempre digo: Políticos, representantes na vida pública corruptos devem ser enxergados com o mesmo ódio e repulsa que enxergamos os assassinos, estupradores ou os pedófilos. Pois é isso que eles são, a escória da humanidade. Suas ações corruptas dão inicio a acontecimentos trágicos para a nossas vidas, a criança, a idosa que morre de fome, Os animais domésticos que são membros da família que passam por todas as dificuldades em um país prospero como o nosso, foi porque um vagabundo desses surrupiou milhões para sua conta. A idosa que morre na fila de um hospital por falta de médicos, leitos e remédios foram porque um vagabundo desses meteu a mão nos cofres públicos. A mulher que é estuprada na esquina por falta de uma viatura policial foi porque um político patife desviou milhões para sua conta fantasma no exterior, para comprar carrões, iates e joias caras para sua prostituta de luxo. Eles são a causa primária desse degradante efeito borboleta.. Político corrupto é o pior bandido que possa existir na face da terra. Suas atitudes decidem o que será de nossas vidas, o que será de nosso país? Degradante efeito borboleta. Político corrupto é o pior bandido que possa existir na face da terra. Suas atitudes decidem o que será de nossas vidas, o que será de nosso país?

Um imperador Romano já dizia: O PIOR DOS CRIMINOSOS É  O LADRÃO  DO DINHEIRO PUBLICO....POR QUE ROUBAM DE TODOS....


Dos 81 senadores, 17 usam cota parlamentar para pagar seus seguranças





  • 06/11/2017


Na atual legislatura do Senado, nos últimos três anos, 17 dos 81 senadores custearam segurança privada na cota parlamentar, usando recursos públicos. O que mais gastou foi Fernando Collor (PTC-AL), que destinou R$ 264.624,12 de sua cota parlamentar para pagar “segurança privada” terceirizada na Casa da Dinda. Desde 2011, foram quase R$ 3 milhões destinados à mesma empresa.
Depois de Collor, o senador que mais gastou foi Roberto Rocha (PSDB-MA), que usou R$ 109,2 mil de janeiro a outubro deste ano – o parlamentar desembolsou de R$ 10.740 a R$ 15 mil para contratar vigilância para um escritório em São Luís. Assim como Collor, ele evoluiu nos gastos nos últimos anos – passou de R$ 36,5 mil, em 2015, para R$ 86,7 mil, em 2016, e já superou o montante em 2017.

NÃO HÁ REGRAS – As normas sobre uso da cota parlamentar não explicitam se o uso da verba em segurança é proibido. Embora haja um artigo permitindo a destinação da cota parlamentar para “serviços de segurança prestados por empresa especializada”, o gasto com vigilância patrimonial só poderia ser feito em escritórios de apoio dos senadores nos Estados de origem. De acordo com o Regimento Interno do Senado, aplicar recursos “recebidos em atividades que não correspondam rigorosamente às suas finalidades estatutárias” é considerado “irregularidade grave”.
Procurada, a assessoria de Rocha disse que “os valores se referem exclusivamente à segurança patrimonial, uma vez que o congressista maranhense tem dois escritórios de representação política no Estado (São Luís e Imperatriz)”. “Em cada caso, o pagamento refere-se a uma empresa especializada que presta serviços de monitoramento 24 horas, composto de câmeras de vigilância e um guarda por turno. O senador não tem serviços de segurança pessoal.”

AGRIPINO GASTA MENOS – Logo atrás vem José Agripino (DEM-RN), que gastou cerca de R$ 50 mil ao ano, considerando levantamento desde 2015, com segurança. Ele não registra a descrição do serviço no Portal da Transparência. De acordo com sua assessoria, Agripino usa a cota para pagar um segurança para sua residência – ele não se beneficia de imóvel funcional.
Com valores pouco expressivos, nenhum dos outros 15 senadores gastou mais de R$ 20 mil ao ano para monitoramento dos escritórios funcionais.

via tribuna internet

Cunha cometeu um erro fatal – deixou documentos e provas nas mãos de Funaro




  • 07/11/2017

O corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro apresentou à Justiça Federal nesta segunda-feira (6) um bilhete no qual, segundo ele, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) indicou uma conta no exterior para depositar recursos ilícitos. A conta era do ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto, apontado como operador de Cunha no esquema de corrupção no banco.
O documento foi entregue com o objetivo de corroborar as declarações de Funaro, que assinou acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República) e reiterou as acusações contra o ex-deputado em depoimento à Justiça Federal na semana passada.

UM DOS CHEFES – Funaro sustenta que o peemedebista era um dos chefes do suposto esquema de cobrança de propinas de grandes empresas em troca da liberação de recursos do fundo de investimentos do FGTS, administrado pela Caixa.
Durante o interrogatório de Cunha nesta segunda (6), a defesa de Funaro informou que o bilhete, que estava de posse da Polícia Federal, foi escrito a lápis e entregue pelo ex-deputado ao operador.
Cleto, o ex-vice-presidente da Caixa que teria recebido por meio da conta anotada no bilhete, confessou em sua delação que obteve pagamentos ilícitos no exterior oriundos do esquema de corrupção.

CONTA NA SUÍÇA – Escrito a lápis, o bilhete aponta uma conta do Lastal Group, no banco Julius Baer, na Suíça, no qual a Carioca Engenharia teria pago propinas a Cleto a pedido do peemedebista. Cunha disse que não queria “nem olhar” o bilhete para responder se o manuscrito era seu. “Vossa Excelência faça a perícia e comprove que é minha a letra”, disse, dirigindo-se ao procurador da República Anselmo Lopes, que o inquiria.
Cunha negou todas as acusações e disse que sua defesa vai pedir perícia no bilhete e outros documentos apresentados por Funaro, entre eles planilhas nas quais constariam os pagamentos ilícitos feitos a ele e aliados. “Vamos representar à Procuradoria para fazer reexame na delação do senhor Lúcio Funaro”, disse Cunha.


segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Arábia Saudita decreta prisão de príncipes e ministros por corrupção



Rei saudita Salm bin Abdul Aziz criou comitê para combater corrupção, no sábado (4).



Por G1
 
Al-Waleed bin Talal, príncipe saudita em conferência em Riad (Foto: Fahad Shadeed/Reuters/File Photo)Al-Waleed bin Talal, príncipe saudita em conferência em Riad (Foto: Fahad Shadeed/Reuters/File Photo)Al-Waleed bin Talal, príncipe saudita em conferência em Riad (Foto: Fahad Shadeed/Reuters/File Photo)
O comitê anticorrupção da Arábia Saudita decretou neste domingo (5) a prisão de 11 príncipes, quatro ministros e dezenas de ex-ministros, segundo a emissora Al Arabya, citada pela agência Reuters.
Entre os presos, estão o príncipe bilionário Alwaleed bin Talal, que possui a empresa de investimentos Kingdom Holding, e o ex-ministro das Finanças saudita, Ibrahim al-Assaf.
O comitê anticorrupção, responsável pelas prisões, foi criado no sábado (4) pelo rei Salm bin Abdul Aziz. Segundo a Efe, o grupo investigará casos de corrupção e terá a capacidade de decretar a prisão dos envolvidos.
Outras medidas que podem ser tomadas pelo órgão são a proibição de viagens ao exterior e congelamento de bens dos investigados, informou a agência "SPA".
"A pátria não existirá, a menos que a corrupção seja desarraigada e os corruptos sejam responsabilizados", disse o decreto que instituiu o comitê.

Mudanças

Entre as mudanças realizadas no governo, o rei Salman demitiu o responsável pela Guarda Nacional, o comandante da Marinha e o ministro de Economia. O motivo das demissões não foi esclarecido.
O príncipe Mobeib bin Adulah, até então no comando da Guarda Nacional, será substituído pelo também príncipe Khaled bin Ayaf.
O ministro de Economia e Planejamento, Adel al Faqieh, deixa o cargo para a entrada de Mohammed al Tuwaiyri.
Já a Marinha, comandada até então pelo almirante Abdulah bin Sultan bin Mohammed al Sultan, passa a ser liderada pelo vice-almirante Fahd bin Abdulah ao Gifaili






Alianças do PT em 2018 serão com partidos de esquerda, diz Gleisi





  • 06/11/2017



“O PT tem sua aliança política com o povo brasileiro, suas lutas e conquistas. A aliança eleitoral para eleger Lula em 2018 tem de ser construída com setores progressistas da sociedade e com a centro esquerda, baseada na reconstrução do Estado brasileiro e na revogação dos retrocessos implementados por esse governo golpista”, diz Gleisi.
A senadora inclui no leque de alianças indesejadas as forças que apoiaram a reforma trabalhista, a emenda do teto, a revisão do sistema de exploração do pré-sal e as privatizações do governo Michel Temer.
Na prática, a entrevista de marinho ao Estadão desencadeou o debate interno no PT sobre a política de alianças a ser adotada no ano que vem.
No entorno de Lula, a opinião corrente é que Marinho apenas verbalizou o que boa parte do partido já pensa mas foi precipitado.
A Democracia Socialista (DS), corrente de esquerda que integra a Mensagem, publicou uma nota na qual reforça a decisão tomada pelo 6º Congresso Nacional do PT, instância máxima do partido.
“A política de alianças, incluindo as coalizões eleitorais, deve aglutinar quem partilhe de uma perspectiva anti-imperialista, antimonopolista, antilatifundiária e radicalmente democrática. Aponta para um governo encabeçado pelo PT, Lula presidente, com partidos, correntes e personalidades que estabeleçam compromisso programático dessa natureza”, diz a resolução aprovada pelo 6º Congresso do PT.
A corrente aborda ainda a decisão do PT de Alagoas de voltar a integrar o governo de Renan Filho (PMDB).
“Em Alagoas, assim como em outros Estados, é preciso reconstruir o PT com independência de classe, ao lado dos movimentos sindicais e populares, com programa e alianças de esquerda”, diz a DS.
Além de Alagoas, o PT negocia alianças com o PMDB em ao manos outros cinco Estados: Minas Gerais, Ceará, Piauí, Sergipe e Paraná (berço eleitoral de Gleisi).
Diante da forte repercussão interna da entrevista, o próprio Marinho divulgou uma nota no final de semana explicando sua posição.
Segundo ele, a candidatura de Lula não vai precisar de alianças fora do campo da esquerda, descarta uma coligação com o PMDB em São Paulo mas reitera que existem exceções entre as lideranças peemedebistas como o senador Roberto Requião (PMDB-PR), que se posicionou contra o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff e faz oposição ao governo Temer.
“Como afirmado, acredito que o presidente Lula é maior e não precisará de nenhuma aliança com golpistas para a defesa do seu legado e restabelecer direitos e a democracia no País. Disse também que caberá à direção nacional, no tempo adequado, tratar das diversas contradições regionais, a exemplo do senador Roberto Requião, do PMDB, do Paraná, e diversos outros exemplos no Nordeste”, afirmou Marinho.
Segundo Gleisi, o debate interno sobre política de alianças é livre no PT e o martelo será batido no momento adequado.

“A militância e dirigentes do PT podem debater à vontade a política de alianças, que será definida democraticamente nas instâncias partidárias, com base em um projeto para o Brasil”, diz a nota de Gleisi.

VIRALIZOU! CARTA ABERTA AOS MINISTROS DO STF REPERCURTE NAS REDES SOCIAIS , VEJA!




  • 06/11/2017


NÃO DEIXE DE LER. ESPETACULAR, FORTALECEDOR.

Marcelo Rates Quaranta

Eu quero agradecer, em meu nome e em nome de todas as pessoas comuns, cidadãos simples do meu país como eu, pelas últimas decisões tomadas pelo nosso Egrégio Supremo Tribunal Federal.

Sim, o Supremo fez de nós pessoas melhores do que pensávamos ser.

Quando olhávamos aqueles Ministros sob suas togas, com passos lento e decididos, altivos, queixos erguidos, vozes impostadas ditando verdades absolutas e supremas, envoltos numa aura de extrema importância e autoridade, nos sentíamos pequenos, minguados e reles plebeus diante de uma Corte que beirava o sublime, o inatingível e o intangível.

Com essas decisões o Supremo conseguiu fazer com que a minha percepção sobre mim e sobre nós, mudasse. Eles não são deuses. São pessoas tão pequenas e tão venais, que qualquer comparação que eu faça de mim e de nós em relação a eles, seria desqualificar-nos a um nível abissal.
Tudo aquilo é fantasia, tudo aquilo é pose e tudo aquilo não passa de um teatro, mas nós somos reais.

Foi aí que eu vi o quanto somos mais importantes que eles! Enquanto as divindades supremas encarnam seus personagens de retidão e lisura, mas com suas decisões abduzem a moral e destroem o país (e de quebra a reputação do Judiciário), nós brasileiros comuns e sem toga trabalhamos arduamente dia e noite para construir o país, ou pelo menos para minimizar os danos que eles provocam.

Então… Como é que um dia eu pude vê-los como sendo superiores a nós? Eu estava enganado. Nós somos muito superiores a eles, mesmo sendo zés, joãos, marias, desde o pequeno ambulante ao médico ou engenheiro. Nós somos as verdadeiras autoridades, porque nossa autoridade não foi conferida por um político malandro capaz de tudo com uma caneta. Nossa autoridade nos foi dada pela nossa força de continuar tentando fazer um Brasil melhor.

Fico sinceramente com pena é dos advogados, que são obrigados a chamar esses ministros de Excelência, ainda que com a certeza de que não há excelência alguma nos serviços que eles estão prestando à nação. Acho que deve ser o mesmo sentimento de ser obrigado a chamar o cachorro do rei de “my lord”.

Agora eu sei o quanto somos bem maiores que eles, mesmo sem aquelas expressões em latim e doutrinas rebuscadas cheias de pompas e circunstâncias, que no final significam apenas passar perfume em merda.
Se há alguém realmente importante no Brasil, esse é o Excelentíssimo Povo Brasileiro, que apesar de tudo é obrigado a sentir o mau cheiro que vem da grande Corte, e mesmo com náuseas e ânsia de vômito, tem que acordar às 5 da manhã pra fazer aquilo que eles não fazem: Produzir.


Obrigado, Supremo, por nos mostrar que hoje o rei sou eu e o meu povo