quarta-feira, 22 de março de 2017

Veja o que é investigado em cada um dos 21 frigoríficos na operação Carne Fraca



Ministério da Agricultura divulgou lista das condutas imputadas pela Polícia Federal na operação aos frigoríficos.


Conheça as 21 empresas investigadas pela Operação Carne Fraca

Veja a lista com o que é investigado em casa um dos 21 frigoríficos investigados na operação Carne Fraca, de acordo com o Ministério da Agricultura:

Veja a lista:

FRIGORÍFICO OREGON S/A (Apucarana/PR)
  • O que produz: carne equina
  • Investigado por: corrupção e dificultar as ações de fiscalização
  • O que diz: ninguém foi encontrado para comentar o assunto
FRANGO D M INDUSTRIA E COMERCIO DE ALIMENTOS LTDA (Arapongas/PR)
  • O que produz: carnes e derivados de aves
  • Investigado por: corrupção
  • O que diz: ninguém foi encontrado para comentar o assunto
SEARA ALIMENTOS LTDA (Lapa/PR)
  • O que produz: carnes e derivados de aves
  • Investigado por: irregularidades no procedimento de Certificação Sanitária
  • O que diz: a JBS, dona da marca Seara, reafirmou o compromisso de respeito e transparência com o governo, colaboradores e consumidores. A empresa ressaltou que não compactua com qualquer desvio de conduta de seus funcionários e tomará as medidas cabíveis.
PECCIN AGRO INDUSTRIAL LTDA - EPP (Jaraguá do Sul/SC)
  • O que produz: carne suína e produtos cárneos
  • Investigado por: utilização de carne estragada em salsicha e linguiça, utilização de carne mecanicamente separada acima do permitido, uso de aditivos acima do limite ou de aditivos proibidos, preparam amostras
  • O que diz: a empresa não quis se manifestar
BRF S. A. (Mineiros/GO)
  • O que produz: carne de aves (incluindo peru) e produtos de aves (incluindo peru)
  • Investigado por: corrupção, embaraço da fiscalização internacional e nacional, tentativa de evitar suspensão de exportação
  • O que diz: a BRF informou que não compactua com práticas ilícitas e refuta categoricamente qualquer insinuação em contrário, que ao ser informada da operação tomou imediatamente as medidas necessárias para a apuração dos fatos. Segundo a BRF, essa apuração vai ser realizada de maneira independente e, caso seja verificado qualquer ato incompatível com a legislação vigente, tomará as medidas cabíveis e com o rigor necessário.



FRIGORIFICO ARGUS LTDA (São José dos Pinhais/PR) -
  • O que produz: carnes e produtos cárneos
  • Investigado por: uso de senha do servidor do MAPA pelo funcionário da empresa
  • O que diz: ninguém foi encontrado para comentar o assunto
FRIGOMAX FRIGORIFICO E COMERCIO DE CARNES LTDA (Arapongas/PR)
  • O que produz: produtos cárneos
  • Investigado por: poluição ambiental e corrupção
  • O que diz: ninguém foi encontrado para comentar o assunto
INDUSTRIA E COMERCIO DE CARNES FRIGOSANTOS LTDA (Campo Magro/PR)
  • O que produz: produtos cárneos
  • Investigado por: irregularidades em apuração
PECCIN AGRO INDUSTRIAL LTDA (Curitiba/PR)
  • O que produz: produtos cárneos
  • Investigado por: utilização de carne estragada em salsicha e lingüiça, utilização de carne mecanicamente separada acima do permitido, uso de aditivos acima do limite ou de aditivos proibidos, preparam amostras
  • O que diz: a empresa não quis se manifestar
JJZ ALIMENTOS S. A. (Goianira/GO)
  • O que produz: carne de bovino e produtos cárneos
  • Investigado por: embaraço da atividade de fiscalização e corrupção
  • O que diz: a JJZ afirmou que o Ministério da Agricultura não está levando em conta o fato de que em nenhum momento a empresa foi alvo da Polícia Federal e que não há provas do envolvimento dela em práticas ilícitas na Operação Carne Fraca
BALSA COMÉRCIO DE ALIMENTOS EIRELI (Balsa Nova/PR)
  • O que produz: produtos cárneos
  • Investigado por: irregularidades em apuração
  • O que diz: ninguém foi encontrado para comentar o assunto
MADERO INDUSTRIA E COMERCIO S. A. (Ponta Grossa/PR)
  • O que produz: produtos cárneos
  • Investigado por: irregularidades em apuração
  • O que diz: a Madero informou que colaborou com a Polícia Federal, que vai colaborar com o Ministério da Agricultura e que os controles dela são irretocáveis
FRIGORÍFICO RAINHA DA PAZ LTDA (Ibiporã/PR)
  • O que produz: carne de suíno e produtos cárneos
  • Investigado por: corrupção
  • O que diz: ninguém foi encontrado para comentar o assunto
INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS S. S. P. M. A. LTDA (Sapopema/PR)
  • O que produz: lácteos e produtos lácteos
  • Investigado por: dificultar as ações de fiscalização
  • O que diz: ninguém foi encontrado para comentar o assunto
BREYER & CIA LTDA - (União da Vitória/PR)
  • O que produz: mel e produtos apícolas
  • Investigado por: corrupção
  • O que diz: A Breyer & Cia disse que o Ministério não mantém um fiscal da empresa e que quem faz a fiscalização é um agente, na hora do embarque. Segundo a empresa, por desconhecer esse procedimento do governo, os investigadores deduziram que o mel estava sendo exportado sem a devida verificação.
FRIGORIFICO LARISSA LTDA (Iporã/PR)
  • O que produz: carne de suíno e produtos cárneos
  • Investigado por: comércio de produtos vencidos, troca de etiquetas, transporte de produtos sem a temperatura adequada
  • O que diz: o Frigorífico Larissa declarou que está à disposição das autoridades, que é uma empresa idônea, com selo de exportação e que jamais praticou qualquer alteração que colocasse em risco a população
CENTRAL DE CARNES PARANAENSE (Colombo/PR)
  • O que produz: carne de bovino
  • Investigado por: corrupção e injeção de produtos cárneos
  • O que diz: a Central de Carnes Paranaense declarou que o relatório da Polícia Federal contém equívocos, que só trabalha com a distribuição de carne bovina e suína e que, portanto, não pode ser acusada de injeção de produtos
FRIGORÍFICO SOUZA RAMOS LTDA (Colombo/PR)
  • O que produz: produtos cárneos
  • Investigado por: substituição de matéria-prima de peru por carne de aves, troca de favores por procedimentos fiscalizatórios
  • O que diz: a empresa não quis se manifestar
E. H. CONSTANTINO & CONSTANTINO LTDA (Londrina/PR) -
  • O que produz: produtos cárneos
  • Investigado por: corrupção
  • O que diz: a E.H. Constantino afirmou que seus produtos seguem os padrões exigidos pelo governo e que jamais recebeu ou pagou vantagens para os agentes públicos investigados.
FÁBRICA DE FARINHA DE CARNES CASTRO LTDA (Castro/PR)
  • O que produz: farinha de carne e osso
  • Investigado por: não controle de recebimento de matéria-prima
  • O que diz: ninguém foi encontrado para comentar o assunto
TRANSMEAT LOGISTICA, TRANSPORTES E SERVIÇOS LTDA (Balsa Nova/PR)
  • O que produz: produtos cárneos
  • Investigado por: corrupção e injeção de produtos cárneos
  • O que diz: ninguém foi encontrado para comentar o assunto




Temer recua e exclui servidores estaduais da reforma da Previdência



Presidente fez anúncio no Planalto após reunião com lideranças partidárias do Congresso. 'Surgiu com grande força [na reunião] a ideia de que deveríamos obedecer a autonomia dos estados', disse.



Michel Temer fala sobre a reforma da Previdência


O Presidente Michel Temer anunciou nesta terça-feira (21) que a reforma da Previdência atingirá somente servidores federais e trabalhadores do setor privado. Segundo ele, a reforma das previdências estaduais ficará a cargo dos governos dos estados.
Após reunião no Palácio do Planalto, ele fez o anúncio ao lado de ministros; do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); dos líderes do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB); e de deputados, entre os quais Carlos Marun (PMDB-MS) e Arthur Maia (PPS), presidente e relator, respectivamente, da Comissão Especial da Reforma da Previdência.
A exclusão dos servidores estaduais foi a primeira concessão do governo em relação a mudanças na reforma da Previdência. Integrantes da equipe econômica do governo vêm defendendo a aprovação do projeto no Congresso sem alterações.
"Surgiu com grande força [na reunião] a ideia de que deveríamos obedecer a autonomia dos estados", disse Temer, após reunião com líderes partidários no Palácio do Planalto. "Reforma da Previdência é para os servidores federais", declarou.
O projeto de reforma da Previdência atualmente em tramitação na Câmara só exclui militares das Forças Armadas, bombeiros e policiais militares.
De acordo com o presidente, vários estados já começaram a reformular a Previdência estadual.
"Seria uma invasão de competência, que não queremos levar adiante", afirmou. "Sendo assim, funcionários estaduais dependerão da manifestação do seu governo estadual ou governo municipal", complementou.
"Estou passando ao relator [Arthur Maia] e ao presidente da comissão [Carlos Marun] que logo no dia de amanhã [quarta, 22] todos transmitirão aos membros da comissão que a partir de agora trabalharão com uma previdência voltada para os servidores federais", afirmou Temer.
Ao encerrar a fala, Temer deixou o Salão Leste do Palácio do Planalto, local do pronunciamento, sem responder a perguntas. Jornalistas gritaram, indagando se o anúncio era uma "derrota" da equipe econômica, mas o presidente ignorou a pergunta.


Pela manhã, durante discurso em um evento voltado a empresários, Temer afirmou que o governo conseguirá aprovar a proposta no Congresso mesmo que com “uma ou outra adequação”.
“O Congresso Nacional é o senhor dessa matéria agora. Até porque ela será, virá à luz, por uma emenda à Constituição, que depende apenas da atuação do Congresso Nacional. Mas nós vamos aprová-la. Vamos aprová-la com uma ou outra adequação, quem sabe, mas vamos aprová-la”, declarou.

Impacto 'zero', diz ministro

Após participar na Câmara de audiência pública da Comissão Especial de Reforma da Previdência, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que o anúncio da exclusão dos servidores estaduais da reforma tem impacto "zero" para as contas do governo federal.
"Não tem impacto para o governo federal. Impacto é zero. Não há nenhum impacto para as contas do governo federal. Na verdade, o governo federal tinha a pretensão de, digamos, incluir isso na reforma para contribuir no ajuste dos estados. Entretanto, o entendimento é que os estados têm condições de fazer isso diretamente. Não tem necessidade de inclusão", afirmou o ministro.

Câmara

Depois do anúncio de Temer, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que a decisão do presidente vai "facilitar muito" a aprovação da reforma da Previdência. Ele pretende concluir a votação da reforma ainda no primeiro semestre deste ano.
"Vai falicitar muito a aprovação porque vai retirar 70% da pressão que estava sendo recebida", afirmou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. "Vivemos em um estado federado e cada ente tem a prerrogativa para fazer ou não a sua reforma. Espírito Santo e Santa Catarina já fizeram", declarou.
No momento do pronunciamento do presidente, a Comissão Especial da Reforma da Previdência estava reunida em uma sessão na Câmara. O deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG) pediu a palavra para anunciar aos presentes no plenário o teor do anúncio de Temer. Houve aplausos de alguns parlamentares.
"O Brasil é uma federação, senhoras e senhores deputados", disse o deputado Júlio Lopes (PP-RJ). "Vai remeter os trabalhadores do estado para as assembleias legislativas, vocês não perceberam o jogo", afirmou o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), contrário à reforma da Previdência.

PSDB

Nesta terça, Temer se reuniu com o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), um dos principais partidos aliados do governo.
O tucano disse que, no encontro, defendeu a necessidade de mudanças na proposta enviada ao Congresso.
Os dois pontos defendidos pelo PSDB, afirmou, são a manutenção do atual modelo do Benefício da Prestação Continuada (BPC) e um tratamento diferenciado para trabalhadores rurais.
O partido ainda não decidiu, porém, se defende a isenção da contribuição ou a aplicação de uma pequena taxa.
O BPC garante o pagamento de um salário mínimo mensal ao idoso acima de 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade com impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial de longo prazo.
Pelo projeto de Temer, a idade mínima para o idoso ter acesso ao BPC passará de 65 anos para 70 anos e o programa, vinculado ao salário mínimo, passará a ter valor estipulado em lei.
Quanto aos trabalhadores rurais, que até agora não eram obrigados a contribuir para o INSS, terão de fazer contribuições para se aposentar, se aprovada a proposta do governo.