quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Joalherias receberam mais de R$ 200 milhões em incentivos fiscais no RJ

10/11/2016 07h18 - Atualizado em 10/11/2016 08h42

Empresas afirmam que benefício foi importante para crescimento do setor.
Governador garante que isenções não colaboraram com a crise no Estado.

Carlos BritoDo G1 Rio

Joalherias do Rio de Janeiro foram beneficiadas com vantagens fiscais milionárias nos últimos anos. Segundo números levantados a partir dos dados da Secretaria de Estado de Fazenda, entre 2008 e 2013, 21 firmas desse segmento deixaram de pagar R$ 231.112.411,14 em impostos aos cofres do Estado do Rio - tudo graças ao decreto 41596/2008, que reduz a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) de 13% para 6%.
"O que o governo estadual fez nos últimos anos, no que se refere a isenções fiscais, pode ser comparado a uma verdadeira orgia. E é claro que, apesar de não ter sido o único fator, isso tem ligação direta com a crise financeira que vivemos agora. O Estado abriu mão da arrecadação de impostos de maneira irresponsável e agora vemos o resultado disso. O que justifica dar uma isenção tão grande para um setor cujo produto final é restrito a pessoas com alto poder aquisitivo?", questionou o deputado Eliomar Coelho (PSOL).
Segundo o levantamento ao qual o G1 teve acesso, entre as empresas beneficiadas estão algumas das joalherias mais conhecidas e tradicionais do Brasil - H. Stern (benefícios de R$ 104.495.102,71), Monte Carlo Joias (benefícios de R$ 28.458.994,12), Vivara (benefícios de R$ 17.917.057,10) e Amsterdan Sauer (benefícios de R$ 1.724.085,65).

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços (Sedeis) justificou a concessão de benefícios às empresas do setor de jóias. 
O órgão afirma que o setor é formado, de forma majoritária, por micro e pequenas empresas, além de ser um grande gerador de empregos.
"Um dos pontos que mais causa estranhamento é o fato de o Governo do Estado não ter um controle efetivo sobre o que as empresas deixam de arrecadar. Também não sabemos exatamente quais são os critérios utilizados para se conceder essas isenções. Quais são os fatores levados em consideração para beneficiar essas firmas? ", questionou o presidente da Comissão de Tributação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de janeiro (Alerj), deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB).
Após a promulgação do decreto, a arrecadação do setor aumentou 183%, passando dos R$ 29,2 milhões em 2008 para R$ 82,7 milhões em 2015. O número de estabelecimentos cresceu de 2.276 em 2008 para 3.149 em 2015.
Além disso, também de acordo com a Sedeis, no mesmo período o número de empregos cresceu de 10.892 para 15.287 postos de trabalho, o que, garante a secretaria, garantiu a regularização de diversas micro e pequenas empresas.
"Joias são produtos de altíssimo valor agregado e isso favorece o surgimento de um mercado informal, que não recolhe impostos e age de maneira ilegal. Por isso é importante manter a alíquota nesse patamar reduzido. Aumentar o percentual do ICMS para esse setor da economia é a garantia de que parte das pessoas que trabalham nesse segmento voltem a esse lado irregular da profissão",  argumentou a presidente da Associação de Joalheiros e Relojoeiros do Rio de Janeiro, Carla Pinheiro, que falou pelas joalherias H. Stern e Amsterdam Sauer.
G1 entrou em contato com a Vivara, mas até a publicação dessa reportagem a empresa não havia se posicionado. Por meio de sua assessoria, a Montecarlo informou que não faria comentários sobre o assunto.
Pezão defende isenções
Na segunda-feira (7), o governador Luiz Fernando Pezão disse em entrevista ao G1 que a política de concessão de isenções fiscais não contribuiu para a crise financeira e foi importante para aquecer a economia do Estado. Ele questionou os números apresentados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) - segundo o órgão, o Estado deixou de arrecadar R$ 138 bilhões em impostos entre 2008 e 2013.
"O TCE está equivocado. Foram R$ 33 bilhões", disse Pezão, que admitiu a inexistência de um controle mais próximo das empresas favorecidas pelos benefícios estaduais - tanto que pelo menos duas termas acabaram beneficiadas. "Elas se aproveitaram do fato de ter restaurantes e bares em seu interior para conseguirem essa vantagem, o que é um absurdo, um erro"
.

Legado de Obama pode ser destruído por Trump em pouco tempo


Nos últimos três anos, por ter a minoria no Congresso, Obama teve que recorrer a decretos presidenciais para poder governar





MUNDO EUAHÁ 1 HORAPOR NOTÍCIAS AO MINUTO


Com o controle da maioria da Câmara e do Senado, o recém presidente norte-americano, Donald Trump, poderá reverter rapidamente as principais iniciativas do governo de Barack Obama.


Nos últimos três anos, por ter a minoria no Congresso, Obama teve que recorrer a decretos presidenciais para poder governar. Ao todo, o presidente em exercício assinou 235 decretos, estipulando regras ou alterações em leis vigentes e ignorando o Congresso.
Entre os decretos mais significantes, Obama proibiu a deportação de menores filhos de imigrantes ilegais, instituiu regras limitando a emissão de gás de usinas de energia e aumentou o salário mínimo requerido por empresas terceirizadas que prestam serviços ao governo federal.
Durante a campanha, Trump também avisou que, uma vez presidente, acabaria com outros dois compromissos internacionais assinados por Obama: o combate as mudanças climáticas e o acordo de não-proliferação nuclear com o Irã.
Segundo informações da Folha de S.Paulo, Trump também poderá paralisar as negociações da chamada Parceria Transpacífica (TPP), um acordo comercial entre 12 países.
A Lei da Saúde Acessível, conhecida como Obamacare, também está na lista de programas que poderão ser cancelados.
"No curto prazo, o Obamacare deve ser cancelado pelo Trump, mas não se sabe como ele será substituído", disse à Folha o cientista político MIchael Traugott, professor emérito da Universidade de Michigan.
"A longo prazo, o legado de Obama será mesmo ameaçado pelas indicações de Trump à Corte Suprema, onde muito pode mudar, dos direitos civis ao meio ambiente", destaca o professor Traugott.

Vigilantes de escolas e hospitais do DF fazem greve por salários


Reprodução/Whatsapp


Segundo o sindicato da categoria, funcionários aguardam pagamento desde terça-feira (8/11)



Vigilantes de centros de saúde do Distrito Federal e de escolas das regiões de Ceilândia, Samambaia, Santa Maria, Taguatinga e Recanto das Emas paralisaram os serviços às 7h desta quinta-feira (10/11). 
O grupo protesta em frente às emergências dos hospitais, reivindicado o pagamento dos salários de 2,7 mil funcionários que, segundo a categoria, não foi depositado no quinto dia útil do mês.


O diretor do Sindicato dos Vigilantes do DF (Sindesv) Gilmar Rodrigues, afirmou que o valor deveria ter sido pago na última terça (8). “Nós vamos continuar com a paralisação até que os salários sejam depositados nas contas dos trabalhadores”, disse Gilmar.
Metrópoles não conseguiu contato com as empresas do setor.


Via e Odebrecht querem rescindir contrato do Centro Administrativo


Michael Melo/Metrópoles


Empreiteiras alegam que o GDF não efetuou pagamento algum pelo empreendimento construído em Taguatinga e pedem indenização




Anunciado como uma imponente obra que reuniria em Taguatinga diversos órgãos do GDF, o Centro Administrativo nunca foi usado e está prestes a pagar mais um mico. A concessionária que administra o empreendimento — a Centrad, formada pela Via Engenharia e a Odebrecht — quer rescindir o contrato e ser indenizada pelos cofres públicos.
A Centrad alega que, após investir mais de R$ 1 bilhão no empreendimento, ainda não recebeu um centavo sequer pela obra, construída na modalidade Parceria Público-Privado (PPP). Pelos termos iniciais do acordo, o GDF deveria ter iniciado pagamentos de R$ 3,26 milhões mensais em julho de 2014. Sem os repasses, a Centrad prop


“A concessionária está impedida de honrar seus compromissos, em especial com seus financiadores, uma vez que as receitas das contraprestações mensais seriam usadas para amortizar empréstimos contraídos nas instituições financeiras”, justificou o consórcio, por meio de nota.
A Centrad não divulga o valor mensal gasto para manter o Centro Administrativo inoperante, mas há equipes de segurança 24 horas por dia, além de pessoas responsáveis pela limpeza e pela manutenção da estrutura física.
O GDF informou, via Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), que a proposta apresentada pela concessionária em 10 de outubro está sob estudo. “A rescisão está sendo analisada como uma das soluções possíveis a ser dada para o contrato”, informou. “Assim, o valor estimado também está em fase de negociação”, disse a Seplag, que tampouco revelou as cifras envolvidas.
Inauguração fajutaEstimada em um custo de R$ 700 milhões, a obra foi inaugurada em dezembro de 2014, por Agnelo Queiroz (PT), no último dia dele no cargo de governador. Mas uma série de pendências jurídicas impediram a liberação do local. Outro fator que pesa na decisão do GDF em não se “mudar” para o Centro Administrativo é a crise econômica. Ao transferir estruturas para Taguatinga, haveria uma série de gastos, como a compra de mobiliário.

Alvo da 36ª fase da Lava Jato atuou no setor de propinas da Odebrecht

10/11/2016 10h59 - Atualizado em 10/11/2016 11h29

O operador Rodrigo Tacla Duran teria lavado recursos por anos.
MPF apura a lavagem de R$ 80 milhões para empreiteiras, diz o MPF.

Alana FonsecaDo G1 PR
Alvos da 36ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta quinta-feira (10), lavaram dinheiro para dezenas de empreiteiras investigadas na operação, segundo o Ministério Público Federal (MPF). Entre elas, estão a Mendes Junior, UTC e Odebrecht. Um dos responsáveis pelas operações finaceiras seria o advogado Rodrigo Tacla Duran, que trabalhou por dois anos no setor de propinas da Odebrecht e operou pelo menos 12 contas no exterior, diz o MPF.
"Esses operadores fizeram do crime uma profissão. E uma profissão muito lucrativa", afirmou o procurador Roberson Henrique Pozzobon, em entrevista em Curitiba. Segundo ele, havia praticamente uma "confraria criminosa" de operadores trabalhando para diversas empreiteiras.
Há um mandado de prisão preventiva aberto contra Duran, que está no exterior desde abril. Ele tem cidadania espanhola, e seu nome foi incluído na lista da Interpol em setembro. Outro alvo da operação é o empresário e lobista Adir Assad, que já está preso na carceragem da PF, em Curitiba. Ele "agia em sintonia" com Duran para cometer os crimes, segundo as investigações.
A dupla é suspeita de lavar R$ 56 milhões para a UTC e R$ 25 milhões para a Mendes Junior. Os valores lavados para a Odebrecht ainda não foram confirmados, porque envolveram instituições bancárias no exterior. A obtenção de documentos referentes a elas depende de acordos de colaboração, informou Pozzobon.
O procurador Júlio Motta Noronha afirmou que a operação apura pagamentos feitos, principalmente, entre 2011 e 2013, mas se estende a outros períodos.
Operação Dragão
A 36ª fase da Operação Lava Jato cumpre 18 mandados judiciais, sendo 16 de busca e apreensão e dois de prisão preventiva, em cidades do Paraná, São Paulo e Ceará.
A ação foi batizada de Dragão, em referência aos registros na contabilidade de um dos investigados. Ele chamava de “operação dragão” os negócios fechados com parte do grupo criminoso para disponibilizar recursos ilegais no Brasil a partir de pagamentos realizados no exterior, segundo a Polícia Federal.
Adir Assad foi condenado na Lava Jato a 9 anos e 10 meses de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Ele foi preso pela primeira vez na operação em março de 2015, na 10ª fase. No entanto, em dezembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu prisão domiciliar a ele. Posteriormente, no dia 19 de agosto deste ano, o juiz Sérgio Moro determinou que Adir Assad voltasse à prisão.Lobista investigado
Na prática, com o novo mandado de prisão preventiva, Adir Assad terá mais dificuldades para ficar em liberdade. Como há outras novas acusações sobre ele, é menor a chance de a Justiça lhe conceder um habeas corpus, por exemplo.
Investigações
Segundo o MPF, as investigações apontaram diversas evidências de que os operadores usaram mecanismos sofisticados de lavagem de dinheiro, entre eles o uso de contas bancárias em nome de offshores no exterior, o uso empresas de fachada e a celebração de contratos falsos, sem nenhuma relação com a origem do dinheiro.
A Receita Federal informou que as empresas envolvidas comprovaram pagamentos com notas fiscais, mas não a efetividade dos serviços prestados.
Rodrigo Tacla Duran foi responsável por lavar dezenas de milhões de reais por intermédio de pessoas jurídicas por ele controladas, ainda de acordo com os procuradores. Ele recebeu, por Operador Tacla Duran recebeu R$ 2,161 milhões da Triunfo, R$ 1,712 milhões da Econorte e R$ 1,5 milhão da Triunfo Participações. Tudo entre 2011 e 2013. A natureza desses recursos ainda precisa ser esclarecida.
"Diversos envolvidos no caso valeram-se dessas empresas a fim de gerar recursos para realizar pagamentos de propina, como a UTC Engenharia e a Mendes Júnior Trading Engenharia, que repassaram, respectivamente, R$ 9.104.000,00 e R$ 25.500.000,00 ao operador financeiro entre 2011 e 2013. No mesmo período, outras empresas contratadas pela administração pública também realizaram depósitos de mais de R$ 18 milhões com o mesmo destino", disse o MPF.
As investigações da força-tarefa da Lava Jato também comprovaram que Adir Assad repassou R$ 24.310.320,37 para Rodrigo Tacla Duran. "No mesmo sentido, empresas ligadas a outro operador, Ivan Orefice Carratu, pessoa ligada a Duran, receberam de Adir Assad a quantia de R$ 2.905.760,10", disseram os procuradores.
 

Entre os crimes investigados estão corrupção, manutenção não declarada de valores no exterior e lavagem de dinheiro.
O nome dado à operação "é uma referência aos registros na contabilidade de um dos investigados que chamava de “operação dragão” os negócios fechados com parte do grupo criminoso para disponibilizar recursos ilegais no Brasil a partir de pagamentos realizados no exterior", disse a PF.
O que dizem as defesas
O advogado de Adir Assad, Miguel Pereira Neto, disse que vai se pronunciar sobre o caso mais tarde. "Nós estamos na fase de ciência do caso, de tomar conhecimento. Foi mandado não só de prisão, mas também de busca e apreensão. Então, na verdade, nós teremos condições de nos manifestar de maneira mais eficaz quando tomarmos conhecimento pleno do processo", disse.
A Triunfo Econorte informa que desconhece qualquer ligação entre a empresa e a operação, e informa também que está colaborando com as autoridades para o andamento dos trabalhos. Ao G1, a assessoria de imprensa disse que a Econorte e a Triunfo são duas empresas  independentes, mas que tem origem a partir dos mesmos colaboradores.
G1 tenta contato com a defesa de Rodrigo Tacla e da Construtora Triunfo
.

Polícia Federal cumpre mandados da 36ª fase da Lava Jato no PR, SP e CE

10/11/2016 06h36 - Atualizado em 10/11/2016 08h42

Operação investiga esquema bilionário de lavagem de dinheiro.
Nova fase foi batizada e Dragão e cumpre 18 mandados judiciais.

Adriana JustiDo G1 PR

Policiais federais estão nas ruas desde as primeiras horas desta quinta-feira (10) para cumprir mandados da 36ª fase da Operação Lava Jato em cidades do Paraná, São Paulo e Ceará. A ação foi batizada de Operação Dragão e cumpre 18 mandados judiciais, sendo 16 de busca e apreensão e dois de prisão preventiva.
O empresário e lobista Adir Assad, que já está preso na carceragem da PF, em Curitiba, é um dos alvos dos mandados de prisão. O outro é o advogado Rodrigo Tacla Duran, segundo o Ministério Público Federal (MPF). Ele está no exterior e não havia sido preso até as 8h23.
Segundo o MPF, a dupla é responsável por lavar mais de R$ 50 milhões para empresas investigadas na operação.
Assad e Duran são alvos de mandados de prisão preventiva, que não tem prazo determinado.
O empresário Adir Assad, preso da Operação Saqueador, é transferido do Presídio Ary Franco para o Complexo Penitenciário de Gericinó (Bangu 8) em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo)O empresário Adir Assad já estava preso e teve
um novo mandado expedido
(Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo)
Os mandados de busca estão sendo cumpridos em Jaguaruana, no Ceará; Barueri, Santana de Parnaíba e capital de São Paulo; e em Curitiba e em Londrina, no Paraná.
Segundo a PF, um dos mandados de busca está sendo cumprido na Concessionária Econorte, em Londrina; e outro, em Curitiba, na Construtora Triunfo.
Adir Assad foi condenado na Lava Jato a 9 anos e 10 meses de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Ele foi preso pela primeira vez na operação em março de 2015, na 10ª fase. No entanto, em dezembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu prisão domiciliar a ele. Posteriormente, no dia 19 de agosto deste ano, o juiz Sérgio Moro determinou que Adir Assad voltasse à prisão.
Investigações
Segundo o MPF, as investigações apontaram diversas evidências de que os operadores utilizaram-se de mecanismos sofisticados de lavagem de dinheiro, entre eles o uso de contas bancárias em nome de offshores no exterior, a interposição de empresas de fachada e a celebração de contratos falsos.
Rodrigo Tacla Duran foi responsável por lavar dezenas de milhões de reais por intermédio de pessoas jurídicas por ele controladas, ainda de acordo com os procuradores.
"Diversos envolvidos no caso valeram-se dessas empresas a fim de gerar recursos para realizar pagamentos de propina, como a UTC Engenharia e a Mendes Júnior Trading Engenharia, que repassaram, respectivamente, R$ 9.104.000,00 e R$ 25.500.000,00 ao operador financeiro entre 2011 e 2013. No mesmo período, outras empresas contratadas pela administração pública também realizaram depósitos de mais de R$ 18 milhões com o mesmo destino", disse o MPF.
As investigações da força-tarefa da Lava Jato também comprovaram que Adir Assad repassou R$ 24.310.320,37 para Rodrigo Tacla Duran. "No mesmo sentido, empresas ligadas a outro operador, Ivan Orefice Carratu, pessoa ligada a Duran, receberam de Adir Assad a quantia de R$ 2.905.760,10", disseram os procuradores.
Entre os crimes investigados estão corrupção, manutenção não declarada de valores no exterior e lavagem de dinheiro.
O nome dado à operação "é uma referência aos registros na contabilidade de um dos investigados que chamava de “operação dragão” os negócios fechados com parte do grupo criminoso para disponibilizar recursos ilegais no Brasil a partir de pagamentos realizados no exterior", disse a PF.
O que dizem as defesas
O advogado de Adir Assad, Miguel Pereira Neto, disse que vai se pronunciar sobre o caso mais tarde. "Nós estamos na fase de ciência do caso, de tomar conhecimento. Foi mandado não só de prisão, mas também de busca e apreensão. Então, na verdade, nós teremos condições de nos manifestar de maneira mais eficaz quando tomarmos conhecimento pleno do processo", disse.
G1 tenta contato com a defesa de Rodrigo Tacla e das empresas investigadas.
35ª fase
O ex-ministro Antônio Palloci foi preso na penúltima fase da operação, batizada de Omertà. Também foram presos o ex-secretário da Casa Civil Juscelino Antônio Dourado e Branislav Kontic, que atuou como assessor do ex-ministro em 2006. Palocci e Branislav tiveram a prisão temporária convertida em preventiva pelo juiz Sérgio Moro e permanecem presos. Já Juscelino Dourado, foi liberado após o término do prazo da prisão temporária.
A Omertà apura a relação entre o Grupo Odebrechet e o ex-ministro Palocci. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), há evidências de que Palocci e Branislav receberam propina para atuar em favor da empreiteira, entre 2006 e o final de 2013, interferindo em decisões tomadas pelo governo federal.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

MERECE REFLEXÃO GRANDE NELSON MARCHEZAN