quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Vitória de Trump alteraria o equilíbrio na América do Sul, em plena virada política


A primeira frente do novo presidente na região será a evolução da crise da Venezuela


Bogotá / Buenos Aires 
Eleições Estados Unidos
Grupo de brasileiros faz ato em defesa de Trump em São Paulo, no final de outubro. AFP


América do Sul passa por uma nítida virada política depois dos anos dourados da esquerda. Surge um novo jogo de equilíbrio, que uma vitória de Donald Trump, cuja política externa ainda é uma incógnita, alteraria. Seu primeiro foco seria a evolução da crise política, econômica e social da Venezuela. A Administração de Obama apostou, e estimulou, a via do diálogo aberto entre o Governo de Maduroe a maior parte da oposição. Três dias depois de o nome do novo inquilino da Casa Branca ser conhecido, em 11 de novembro, os dois lados voltarão a se sentar, em Caracas.


Diante da gravidade da situação da Venezuela, os Estados Unidos decidiram abrir também um caminho para o diálogo com Nicolás Maduro. Para a tarefa, foi designado Thomas Shannon, um dos funcionários do Departamento de Estado que mais conhece a região. Apesar de serem constantes os ataques contra a Administração norte-americana por parte dos dirigentes venezuelanos, da porta para dentro o diálogo flui, como informam diferentes fontes conhecedoras dessas conversações. Shannon foi um dos que estimularam a ideia de que os três chefes de governo ibero-americanos –Zapatero, Torrijos e Fernández— inaugurassem um processo de mediação entre Governo e oposição. O contato de Shannon com o ex-primeiro-ministro espanhol é permanente.


A Administração de Obama foi categórica ao exigir uma saída eleitoral para a crise política e a libertação dos presos políticos da Venezuela. Com sua aposta no diálogo, porém, os EUA procuram evitar uma implosão social nos últimos meses da gestão de Obama. A chagada de Hillary Clinton à presidência garantiria uma continuidade na posição dos Estados Unidos de apostar na via diplomática para se chegar a uma solução na Venezuela. Se Donald Trump vencer, encherá de mais incertezas ainda a relação entre os dois países. Sua proximidade com o presidente da RússiaVladimir Putin, aliado incondicional de Maduro, levanta todo tipo de suspeitas.
A eleição de Clinton ou Trump será também crucial para o futuro do pós-conflito na Colômbia. Os Estados Unidos foram um aliado-chave na luta contra o narcotráfico e o enfraquecimento das FARC por intermédio do Plano Colômbia. Sem o apoio econômico e de inteligência militar que proporcionaram é difícil pensar que a guerrilha teria se sentado para negociar em Havana com o Governo colombiano. Os Estados Unidos contam com um enviado especial para o processo de paz, Bernie Aronson, decisivo na hora de destravar alguns dos temas mais delicados das conversações, como é o caso das extradições.
Durante a visita oficial que o presidente Juan Manuel Santos realizou este ano a Washington, a Colômbia obteve o compromisso da Administração de Obama de que os Estados Unidos colaborariam com uma espécie de Plano Colômbia 2 no pós-conflito. A intenção de Obama é que o Congresso aprove uma soma inicial de 450 milhões de dólares (1,45 bilhão de reais) no orçamento do próximo ano. A chegada de Clinton à Casa Branca garantiria, sem dúvida nenhuma, a continuidade do respaldo norte-americano. Trump não se posicionou sobre o conflito colombiano.
Mais ao sul a eleição também é acompanhada com inquietação. Mauricio Macri é um dos presidentes que melhor conhecem Trump. Mas não pela política. Ambos mantiveram uma relação intensa e conflituosa quando quiseram fazer negócios imobiliários juntos em Nova York, em meados dos anos 80. Viram-se em inúmeras ocasiões, compartilharam o golfe e diversões, mas a relação não se consolidou e os Macri acabaram vendendo sua parte aos Trump. Talvez por esse passado, ou porque sabe da má fama que Trump tem na América Latina, Macri se distanciou a todo o momento do candidato republicano e apostou claramente em uma vitória de Hillary Clinton. Para a Argentina, os Estados Unidos são cruciais porque depois do giro de 180 graus de Macri sobre os Kirchner o apoio das empresas e, sobretudo, do mundo financeiro norte-americano é fundamental. Macri e seu Governo firmaram pactos com Wall Street e com a Administração Obama e esperam que tenham continuidade com Clinton. Mas se Trump vence, terá de começar do zero. O paradoxo é que enquanto Trump está apostando em limitar o livre comércio, na América Latina presidentes como Macri, Michel Temer ou o peruano Pedro Pablo Kuczynski encabeçam uma onda em favor da abertura comercial e da aproximação com os EUA que não se via fazia muitos anos na região.
O momento mais pró-EUA poderia coincidir, assim, com um presidente distanciado da América do Sul, apesar de ter interesses econômicos importantes na região e estar a ponto de inaugurar uma torre de superluxo em Punta del Este (Uruguai), que é um de seus principais projetos no mundo.

Hillary x Trump: a 'mensagem do povo alemão' aos americanos que se tornou viral

Meme que viralizouImage copyrightJOHAN FRANKLIN
Image captionMeme atribuído "ao povo alemão" viralizou e gerou muita controvérsia nas redes
"Sigam em frente, votem no cara que fala alto e odeia minorias, que ameaça oponentes de prisão, não dá a mínima para a democracia e diz que, sozinho, consegue dar um jeito em tudo. O que poderia dar errado?"
Esta mensagem, que compara a campanha do candidato republicano a presidente dos EUA Donald Trump com o Adolf Hitler da Alemanha da década de 1930, foi compartilhada por milhares de pessoas nas redes sociais nos últimos dias.
O homem que criou a publicação disse estar satisfeito por ter começado uma das "discussões mais civilizadas" das eleições nos Estados Unidos, que acontecem nesta terça.
O usuário do Twitter, que assegura se chamar Johan Franklin, publicou a mensagem aos americanos na última sexta-feira em nome do "povo alemão", perguntando aos americanos "o que poderia dar errado" caso votassem no candidato republicano.
Donald TrumpImage copyrightAFP
Image captionA carta compara Trump a Hitler - o que irritou muita gente
A mensagem apareceu junto à hashtag #beentheredonethat ("já estive nessa situação e fiz isso", em tradução livre) e viralizou imediatamente em diversas redes sociais.
O caso levou alguns a criarem memes comparando Trump a Hitler. Mas também houve críticas à associação dos dois personagens.
Franklin, que é alemão e trabalha em San Diego (Califórnia), defendeu sua publicação em entrevista à BBC.

'Me assustei'

"Não teve tanto a ver propriamente com Trump, mas com o fato dele continuar ganhando seguidores, independente do que dizia ou fazia."
"Me assustei quando tentei conversar com seguidores de Trump dentro do meu círculo de amigos e colegas e comecei a enxergar paralelos com o que meus avós e outras pessoas mais velhas me contaram sobre o que aconteceu na Alemanha durante os anos 1930", continuou.
"A publicação se tornou popular quando foi compartilhada por um seguidor da democrata Hillary Clinton, rival de Trump."
Depois que o tuíte viralizou, Franklin explicou noutra mensagem por que havia feito a comparação: "Claro que não posso falar por toda a população alemã. Usei essa linguagem como forma de trazer drama e ênfase ao post".
Ele continuou, frisando: "Não dá para comparar Trump (ou quem quer que seja) ao monstro que foi Hitler".
"Mas vejo muitas similaridades na maneira como Trump e Hitler ganharam visibilidade e reuniram seguidores, apesar de tantos sinais reveladores de que nem tudo estava bem."
Tuíte em que Franklin diz que comparar Trump e Hitler não é razoávelImage copyrightJOHAN FRANKLIN
Image captionNeste segundo tuíte, Franklin declara que a comparação entre Trump e Hitler não é razoável

Reação negativa

Nem todos estiveram de acordo com a mensagem de Franklin.
Outro usuário da rede respondeu: "Interessante que você se tenha escolhido como porta-voz de todos os alemães."
Outros levantaram os problemas que a Alemanha enfrenta hoje, como a crise migratória. "E não deveriam votar em uma mulher que admira a (Angela) Merkel e manter as fronteiras abertas? Como funcionou isso para a Alemanha?", perguntou.


Franklin, que é profissional de tecnologia e vive entre Hamburgo (Alemanha) e Califórnia (Estados Unidos), disse à BBC que publicou a mensagem porque se preocupava com o clima de ódio que teria permeado a campanha presidencial e com o nível do debate criado nas redes.

Donald Trump vence as eleições dos Estados Unidos


Republicano, um populista imprevisível, lança a maior potência global e o mundo ao desconhecido



Donald Trump vence as eleições dos Estados Unidos
 AFP

Donald Trump, um magnata do setor imobiliário e estrela de reality shows sem experiência política e com uma mensagem xenófoba e antissistema, será o próximo presidente dos Estados Unidos. O republicano Trump derrotou nas eleições de 8 de novembro a democrata Hillary Clinton, uma política experiente e associada ao establishment que não soube se conectar com a coalizão de minorias e jovens que deu duas vitórias ao presidente Barack Obama. A vitória de Trump, um populista imprevisível no comando da maior potência do planeta, lança seu país e o mundo ao desconhecido.
O mundo esperava ver a primeira mulher na presidência dos EUA e encontra um demagogo pela frente, um homem que reavivou algumas das tradições mais tenebrosas do país.

A chegada de Trump à Casa Branca é uma ruptura com as melhores tradições democráticas dos EUA, com a tranquila alternância entre governantes com visões discrepantes do país, mas não nos valores fundamentais que o sustentam desde sua fundação. Trump, que prometeu construir um muro na fronteira com o México e proibir a entrada de muçulmanos nos EUA, demonstrou que um homem praticamente sozinho, contra tudo e contra todos, é capaz de chegar à sala de comando do poder mundial. Lá terá ao alcance da mão a valise com os códigos nucleares e controlará as mais letais forças armadas do planeta, além de possuir um púlpito único para se dirigir ao seu país e ao resto do mundo. Da Casa Branca poderá se lançar, se cumprir suas promessas, a batalhas com países vizinhos como o México, a quem quer obrigar a pagar o muro. O México, vizinho e até agora amigo dos EUA, será o primeiro ponto na agenda do presidente Trump.
O republicano desmentiu todas as pesquisas que há seis meses prognosticavam sua derrota. Derrotou os Clinton, a família mais poderosa da política norte-americana nas últimas três décadas, com exceção dos republicanos Bush, que também se opunham a ele. Enfrentou a máquina de seu próprio partido, os meios de comunicação, Wall Street, as grandes capitais europeias e latino-americanase organizações internacionais como a OTAN.
Seu mérito consistiu em entender o desconforto dos norte-americanos vítimas da tempestade da globalização, as classes médias que não deixaram de perder poder aquisitivo nas últimas décadas, os que viram como a Grande Recessãoparalisava a ascensão social, os que observam desconcertados as mudanças demográficas e sociais em um país cujas elites políticas e econômicas os ignoram. Os brancos da classe trabalhadora – uma minoria antigamente democrata que compete com outras minorias como os latinos e os negros, mas que não tem um status social de vítima – encontrou em Trump seu homem providencial.
Durante a campanha Trump prometeu um Brexit multiplicado por 5, em alusão à decisão da Grã-Bretanha, em referendo, de sair da União Europeia. E cumpriu. A onda de populismo de ambos os lados do Atlântico consegue sua maior vitória. É um golpe nas elites norte-americanas e globais. E é uma prova de que em tempos de incerteza pode ganhar um candidato com os sensores para identificar os medos da sociedade e uma mensagem simplificadora que identifique o inimigo interno e externo.
Os intermináveis escândalos, reais ou inventados, de Clinton derrubaram sua candidatura. Poucos políticos se identificavam tanto com o establishment como ela. No final das contas, é a esposa de um presidente e os EUA, uma república fundada contra as dinastias, já teve o suficiente com os presidentes Bush pai e filho. Os norte-americanos queriam provar algo diferente, e em um ano de mudança, após oito com um democrata na Casa Branca, não existia candidato mais novo do que Trump, nenhum que representasse melhor do que ele um tapa no sistema, a tentativa de virar a página com a classe política de um e outro partido.
A vitória eleitoral deixa uma sociedade fraturada. As minorias, as mulheres, os estrangeiros que se sentiram insultados por Trump deverão se acostumar a vê-lo como presidente. Deixa também uma sociedade com medo. O presidente eleito prometeu deportar os 11 milhões de imigrantes ilegais, uma operação logística com precedentes históricos sinistros. O veto à entrada de muçulmanos fere os princípios de igualdade consagrados na Constituição dos EUA.
Sua inexperiência e escassa preparação também são uma incógnita sobre o modo como governará. Uma teoria é que uma vez no salão oval ficará mais moderado e que, de qualquer forma, o sistema de controle de poderes freie qualquer afã autoritário. A outra é que, ainda que esse país não tenha experimentado um regime ditatorial no passado, as declarações de Trump em campanha preveem um viés autoritário.
Existem momentos em que as grandes nações dão viradas bruscas. Quando se trata dos Estados Unidos da América, a virada afeta a toda a humanidade. O 8 de novembro de 2016 pode passar à história como um desses momentos.

Resultado da eleição nos EUA derruba bolsas na Ásia e na Europa

Agencia EFE
09/11/2016 01h04 - Atualizado em 09/11/2016 07h50

Índice da Bolsa de Tóquio fechou em baixa de 5,36%.
Na Europa, principais índices abriram em forte queda.

Do G1, em São Paulo

O resultado da eleição nos Estados Unidos derrubou os mercados de ações pelo mundo. A bolsa de valores de Tóquio perdeu mais de 5% e, na Europa, os principais índices abriram o dia em forte queda. A vitória do candidado Donald Trump foi confirmada por volta de 5h30 desta quarta-feira (9).
Até a véspera, os mercados projetavam a vitória de Hillary Clinton. As bolsas na Europa fecharam em alta na terça-feira (8), e as dos Estados Unidos também subiram. No Brasil, a Bovespa encerrou o pregão em alta e o dólar, em baixa.
Veja abaixo a reação dos mercados nesta quarta após o resultado das eleições contrariar as expectativas do mercado:
Na Ásia
Funcionário de uma empresa de operações de câmbio trabalha diante de uma TV que mostra Donald Trump, nesta quarta-feira (9), em Tóquio (Foto: Toru Hanai/Reuters)Funcionário de uma empresa de operações de câmbio trabalha diante de uma TV que mostra Donald Trump, nesta quarta-feira (9), em Tóquio (Foto: Toru Hanai/Reuters)
O índice japonês Nikkei encerrou o pregão com queda de 5,36%, aos 16.251,54 pontos. A baixa é a pior desde os 7,92% de queda registrados em 24 de junho, após o referendo que decidiu que o Reino Unido deixará a União Europeia.
O segundo indicador, o Topix, perdeu 4,57%, e se situou em 1.301,16 pontos.
Bolsas asiáticas (Foto: G1)
Outras mercados asiáticos também estavam em queda antes mesmo do resultado nos EUA. Hong Kong perdia 2,3%; Xangai, 0,7%; Sidney, 2,4%; Seul, 2,8%; Cingapura, 1,4%; e Mumbai, 6%.
Na Europa
Operador reage à queda dos índices europeus na bolsa de Frankfurt, na Alemanha, nesta quarta-feira (9). (Foto: Reuters)Operador reage à queda dos índices europeus na bolsa de Frankfurt, na Alemanha, nesta quarta-feira (9). (Foto: Reuters)
As principais bolsas europeias começaram o dia operando em forte queda. O índice geral da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, por exemplo, abriu baixa de 2,12%.
Na Itália, o índice seletivo da Bolsa de Valores de Milão, o FTSE MIB, abriu em forte baixa de 3%. Já o índice geral, o FTSE Italia All-Share, caía 2,99% logo após a abertura.
Na Alemanha, o principal índice da Bolsa de Valores de Frankfurt, o DAX-30, opera em baixa de 2,9%.
Em Paris, o CAC-40, recuava 2,86%. Em Portugal, a Bolsa de Lisboa perdia 3%.
Na véspera da eleição, quando o mercdo previa vitória de Hillary Clinton, as bolsas da Europa fecharam em alta. O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações europeias, fechou em alta de 0,31%. O índice pan-europeu STOXX 600 subiu 0,32%.
Moedas
O câmbio do peso mexicano oscilou na medida em que saíam novos resultados da disputa eleitoral nos EUA. A moeda mexicana chegou a ter o valor mais baixo já registrado frente ao dólar, na maior perda desde 2008.
A moeda do México chegou acumular perda de 11,5% por volta de 1h25 (hora de Brasília).

PEC DO TETO VAI EVITAR QUE BRASIL TENHA MESMO DESTINO DO RIO, DIZ MINISTRO


OSMAR TERRA CITA FALÊNCIA DO RIO PARA DEFENDER TETO DOS GASTOS
Publicado: 08 de novembro de 2016 às 18:30 - Atualizado às 20:00
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O ministro de Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, disse que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um teto para os gastos públicos é um “freio de arrumação” no orçamento federal  para evitar que o Brasil “vire um Rio de Janeiro”.  
“O Brasil está quebrado, os estados. Faz 3 anos consecutivos que cai a receita dos Estados. A política econômica estava um caos. Não é esse governo que está criando essa situação. A 241 [número que a PEC ganhou quando tramitou na Câmara dos Deputados] é um freio de arrumação. Como vamos deixar piorar, vamos ficar como o Rio de Janeiro, todo mundo?", argumentou Terra. "O Rio de Janeiro gastou muito mais que arrecadou, prometeu muito mais do que pôde cumprir e acabou. O Rio de Janeiro hoje não consegue pagar nem a folha, nem os aposentados. Esse é o destino do Brasil se não tiver a 241. Se alguém tiver uma proposta melhor que apresente”, disse em entrevista à imprensa durante o 6º Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância, que ocorre no Recife.
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, anunciou 28 medidas para reduzir os gastos do estado, entre elas aumento da alíquota previdenciária para os servidores ativos, fim do pagamento do aluguel social e municipalização de restaurantes populares.
O ministro negou que as áreas de educação e a saúde vão sofrer cortes de investimentos imediatos caso a proposta seja aprovada, pois o teto não será aplicado no próximo ano e o orçamento atual das duas áreas não alcançam o limite a ser estipulado pela PEC. “Quando ela entrar no teto vai entrar em um patamar muito maior para garantir o mínimo. Eu fui presidente da Frente Parlamentar da Saúde. O governo Dilma cortou em 2015 R$ 20 bilhões da saúde, o maior corte da história para a área. Querer dizer que está havendo cortes agora é um absurdo”.
A PEC 55, que tramita no Senado após ser aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados, cria um teto para os gastos públicos com base na inflação. O limite vai valer por 20 anos caso a proposta seja aprovada. Setores da sociedade criticam a medida ao argumentarem que haverá cortes de investimentos sociais a longo prazo. (ABr)