segunda-feira, 31 de outubro de 2016

As razões para a vitória de Marchezan em Porto Alegre


Por: Juliano Rodrigues
30/10/2016 - 18h43min | Atualizada em 30/10/2016 - 19h10min





As razões para a vitória de Marchezan em Porto Alegre Mateus Bruxel/Agencia RBS

As razões para a vitória de Marchezan em Porto Alegre Mateus Bruxel/Agencia RBS
Novo prefeito acompanhou a apuração no comitê, cercado por apoiadores
Foto: Mateus Bruxel / Agencia RBS
Uma campanha gestada na cabeça de marqueteiros experientes e marcada pelo descolamento da política tradicional conduziu Nelson Marchezan Júnior (PSDB) à vitória em sua segunda eleição para prefeito de Porto Alegre. Desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, avalizado por multidões de insatisfeitos que tomaram conta das ruas das principais cidades do Brasil vestindo camisetas da Seleção Brasileira e rejeitando a esquerda, a avaliação de especialistas políticos era de que o terreno estava fértil para mudanças.

Nas maiores capitais do país, foi isso que ocorreu. Em São Paulo, os paulistanos optaram pelo empresário João Dória (PSDB), no Rio, pelo bispo Marcelo Crivella (PRB), em Belo Horizonte, pelo ex-dirigente de futebol Alexandre Kalil (PHS) e, em Porto Alegre, por Marchezan.


Em todas as disputas, candidatos que simbolizavam a continuidade de um projeto foram derrotados pelas urnas. Isso confirmou a percepção dos marqueteiros da campanha tucana, que investiram no discurso de mudança e conseguiram emplacar a tese, mesmo com o PSDB e o PP, os cabeças da chapa, tendo integrado a administração municipal liderada por José Fortunati (PDT) com o vice e concorrente de Marchezan, Sebastião Melo (PMDB).

— A gente sabia que a população tinha muitas ressalvas ao governo atual e queria mudança. Procuramos mostrar que Marchezan e Paim são políticos diferentes, que têm características que os credenciam para serem os protagonistas dessa mudança — explica a jornalista Tânia Moreira, que liderou o marketing da campanha, também sob conselhos dos publicitários Alfredo Fedrizzi e Fábio Bernardi.

Ciente do perfil explosivo e temperamental do deputado, a coordenação da campanha decidiu não tentar dourar a pílula e, sim, mostrar Marchezan como ele é. Logo no início da propaganda eleitoral, o próprio candidato admitiu a falta de paciência com determinadas situações da política, mas conseguiu incutir isso na mentalidade dos eleitores de maneira positiva.

— Sou pavio-curto, sim. Pavio-curto com a corrupção, com a insegurança, com a falta de creches, com a falta de atendimento na saúde — repetia o tucano.

Além de direcionar críticas ao principal adversário, Melo, chamado de "vice-prefeito" para ressaltar o seu envolvimento com a atual gestão, Marchezan apostou em um tripé de propostas para três áreas: segurança pública, saúde e geração de empregos. Conquistou amplo apoio entre os empresários e, apesar de envolver-se em polêmicas com servidores e taxistas por declarações no passado, o desgaste não foi suficiente para impedir a eleição.

A estratégia da propaganda de TV, considerada a principal responsável pela vitória de Marchezan segundo pessoas próximas, também mostrou-se exitosa. Nas últimas semanas, o tucano abandonou as gravatas (como no debate da RBS TV na última sexta-feira) e reforçou um estilo mais despojado, em contraponto ao adversário.

— O caminhar em direção às câmeras e a ideia de fazer tudo na rua nos ajudou muito, porque ao mesmo tempo em que estávamos gravando, aproveitávamos para fazer agenda e conversar com os eleitores — afirma Tânia.

Sem dispor de militância numerosa, dado o pequeno tamanho do PSDB em Porto Alegre, que elegeu apenas um vereador nesta eleição, Marchezan teve como aliado fundamental o PP, que tem estrutura maior na cidade. Na reta final, recebeu o reforço do PTB, partido que está no governo Fortunati. Ao lado do deputado estadual Maurício Dziedricki, quarto colocado no primeiro turno, o tucano percorreu vilas da Capital onde os petebistas têm redutos eleitorais importantes. Assim, ampliou a vantagem sobre Melo.

Para quem convive e trabalha com Marchezan no dia a dia, a impressão é de que o político polêmico e com dificuldades para entender-se até mesmo como os próprios companheiros de sigla alcançou a maturidade ao longo da campanha eleitoral. Agora, no comando da prefeitura e assoberbado pela tarefa de comandar uma cidade em dificuldades financeiras e repleta de demandas, é que isso será colocado à prova.

PSDB passa PT e vai governar 34,4 milhões de eleitores

Desempenho dos partidos

Rosanne D'Agostino

O PSDB vai governar 34,4 milhões de eleitores a partir de 2017, segundo levantamento do G1com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A soma equivale a 24% do total do eleitorado, de 144 milhões.


Em seguida aparecem o PMDB, com 20,6 milhões, o PSB, com 11,8 milhões, e o PSD, com 9,72 milhões de eleitores. Juntos, os quatro partidos governarão 53% do eleitorado brasileiro.


Em comparação com a eleição de 2012, houve avanço do PSDB que, naquela eleição, aparecia em terceiro lugar em número de eleitores, atrás do PT e PMDB.


O PT passou de 27 milhões para 4,36 milhões de eleitores. O PMDB continua na segunda posição, com um total de 20,6 milhões.


Já em número de habitantes, que é maior que o de eleitores, o PSDB governará 48,3 milhões de pessoas, seguido do PMDB, com 28,7 milhões, PSB, com 16,5 milhões e PSD, com 13,4 milhões.

O PT governará 6 milhões de pessoas. O partido sai como o grande derrotado nas urnas. 

Após eleições, Câmara vota projetos polêmicos


O plenário prepara um roteiro de votações que inclui até projetos como o que proíbe o bloqueio judicial do aplicativo WhatsApp



POLÍTICA AGENDAHÁ 3 HORAS
POR NOTÍCIAS AO MINUTO

Com o fim das eleições municipais e a chegada próxima do recesso parlamentar, os deputados tem cerca de 45 dias para votar projetos polêmicos, focados nas áreas econômica, educacional, jurídica e de segurança pública.


De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o plenário da Câmara prepara um roteiro de votações que inclui até projetos como o que proíbe o bloqueio judicial do aplicativo WhatsApp.
Há ainda dois grandes assuntos que os deputados começarão a discutir, mas que não chegarão ao plenário em 2016. As reformas da Previdência –que o governo ainda não enviou ao Congresso– e política devem ficar no âmbito das comissões.
Apesar do extenso cardápio discutido pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com líderes de partidos governistas e de oposição, muita coisa deve ser deixada para 2017.
Só no mês de outubro estão em discussão para votação o planejamento inicial da Casa estabelecia como prioridade votar em plenário a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do teto de gastos, a mudança na Lei da Repatriação e as novas regras de exploração do pré-sal.



Eleitores votam em 57 cidades brasileiras

No total, 20 estados têm votação para eleger os seus prefeitos neste domingo (30)





POLÍTICA SEGUNDO TURNO05:15 - 30/10/16POR NOTÍCIAS AO MINUTO


O segundo turno das eleições municipais de 2016 está sendo realizado neste domingo (30), mesmo com o brasileiro descrente no atual momento que vive a política nacional. No total, 57 cidades brasileiras divididas em 20 estados estão tendo votação para eleger os seus prefeitos. Os dados foram divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).



São Paulo e Rio de Janeiro se destacam como os dois estados com o maior número de municípios envolvidos no segundo turno. Em São Paulo, 13 cidades voltaram às urnas, enquanto no Rio, somente oito. Dentre as duas capitais, apenas os cariocas terão compromisso marcado no domingo e devem escolher entre Marcelo Crivella (PRB), e Marcelo Freixo (PSOL).
Fora o Rio de Janeiro, eleitores de outras 17 capitais brasileiras estão indo às urnas para escolher o seu representante. São elas: Recife (PE), Porto Alegre (RS), Vitória (ES), Aracaju (SE), Belém (PA), Porto Velho (RO), Fortaleza (CE), Florianópolis (SC), Cuiabá (MT), Manaus (AM), Curitiba (PR),, São Luís (MA), Macapá (AP), Manaus (AM), Maceió (AL), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS) e Goiânia (GO).
Em contrapartida, seis estados não tiveram eleições de segundo turno em nenhum município sequer. São os casos de Paraíba, Rio Grande do Norte, Tocantis, Roraima, Piauí e Acre. As zonas de votação ficam abertas entre 8h da manhã e 17h da tarde.
Justificar o voto
Quem não pôde comparecer às zonas eleitorais neste domingo, deve justificar o voto. As justificativas podem ser apresentadas nos postos de votação ou em algum cartório eleitoral, com prazo até dezembro. O site do TSE disponibiliza os formulários de justificava que devem ser apresentados - o documento é diferente para quem for apresentar no dia da votação ou em uma data posterior. Vale lembrar que o formulário é gratuito.
Quem não justificou nos postos eleitorais no dia de votação de segundo turno, tem até 29 de dezembro para justificar em cartório eleitoral. Para aqueles que ainda não justificaram a ausência no primeiro turno, que ocorreu no dia 3 de outubro, a data limite é dia primeiro de dezembro.


Objetivo de Crivella é a Presidência da República, diz ministro


O presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, explicou que a prefeitura do Rio não será um braço da Universal pelo simples fato de que Crivella está mesmo de olho é na presidência



POLÍTICA RELIGIÃOHÁ 4 MINSPOR NOTÍCIAS AO MINUTO


Após sacramentar vitória ao concorrer à prefeitura do Rio de Janeiro, o bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, Marcelo Crivella, está de olho na presidência da República em 2018.

De acordo com a coluna de Ancelmo Góis do jornal O Globo, o presidente nacional do PRB, o também bispo e Ministro da Indústria e Comercio, Marcos Pereira, explicou que a prefeitura do Rio não será um braço da Universal pelo simples fato de que Crivella está mesmo de olho é na presidência da República, nas próximas eleições e isso seria uma 'vitrine negativa' para os próximos alvos do partido ligado à Igreja evangélica. 

domingo, 30 de outubro de 2016

Só uma capital brasileira será governada por uma mulher

Arte mulher eleita prefeita capital 2016


Por Flávia Mantovani


Das 26 capitais brasileiras, apenas uma será governada por uma mulher: Boa Vista (RR), onde Teresa Surita (PMDB) se elegeu no primeiro turno. A situação é idêntica à de 2012, quando a própria Teresa Surita era a única mulher entre os prefeitos das capitais.


No segundo turno, duas mulheres concorreram à prefeitura de capitais neste ano: Angela Amin (PP), em Florianópolis, e Rose Modesto (PSDB), em Campo Grande. Angela Amin perdeu para Gean Loureiro (PMDB) por 50,26% a 49,74%, enquanto Rose Modesto perdeu para Marquinhos Trad (PSD) por 58,77% a 41,23%.  

Das 57 cidades onde foi disputado o segundo turno, apenas uma mulher ganhou: Raquel Lyra (PSDB), em Caruaru (PE). Ela se soma às 637 mulheres que se elegeram prefeitas no primeiro turno, de um total de mais de 5 mil cidades.

 
Esta é a segunda eleição municipal com a vigência da lei 2.034/2009, que estabelece que "cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo".

PSDB conquista 14 prefeituras no 2º turno e PT, nenhuma

Balanço do 2º turno 
Por Rosanne D’Agostino e Thiago Reis

O PSDB foi o partido que mais elegeu prefeitos no segundo turno das eleições municipais deste ano, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foram 14 prefeituras conquistadas, de um total de 19 em que o partido disputava o cargo. Já o PT, que disputava sete prefeituras, não elegeu nenhum candidato.


Em seguida, aparece o PMDB, que, elegeu nove prefeitos de um total de 15 disputas. Já o 
PPS, que aparece em terceiro lugar com cinco prefeitos eleitos, havia disputado sete prefeituras.


O PSDB foi o grande vitorioso do domingo. O partido só perdeu em Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Caucaia (CE) e Franca (SP). O principal revés foi na capital mineira, em que João Leite, que terminou à frente no 1º turno, levou a virada no segundo e perdeu a disputa para Kalil (PHS).


Os tucanos venceram em Belém (PA), Blumenau (SC), Caruaru (PE), Contagem (MG), Jundiaí (SP), Maceió, Manaus, Porto Alegre, Porto Velho, Ribeirão Preto (SP), Santa Maria (RS), Santo André (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Vila Velha (ES).

desempenho grandes cidades 1 VALE

 desempenho grandes cidades 2


desempenho grandes cidades 3

Cidades maiores

Se forem levados em conta os dois turnos, os números do PSDB são ainda melhores. O partido elegeu 28 prefeitos nas cidades com mais de 200 mil eleitores, o que inclui as capitais do país. Já o PT conseguiu apenas uma prefeitura nesses municípios. Leia mais

 

O PT aparece em trajetória de queda desde 2008, quando elegeu o maior número de prefeituras nesses municípios: 20 ao todo. Em 2012, passou para 17 e, agora, para um eleito. Em 2008, o PSDB elegeu 13 prefeitos, passou para 19 e, neste pleito, terá 28.

 

Outro partido que avançou ns cidades grandes foi o PMDB, que havia conquistado 11 prefeituras e agora terá 14. O PPS, quarto partido que mais elegeu prefeitos nas cidades grandes, com seis no total, havia eleito três prefeitos em 2012.

Balanço final

Com a definição de todos os vitoriosos no 2º turno, o PMDB termina a eleição de 2016 novamente como o partido com o maior número de prefeituras no país. São 1.038. Leia mais



Entre os partidos grandes, no entanto, o destaque é mesmo o PSDB. O partido irá governar 803 cidades – 15,5% a mais que em 2012, quando venceu 695 disputas.


O PSD também registra um crescimento: de 498 prefeitos eleitos em 2012 para 540 agora.


Desempenho dos partidos
Desempenho dos partidos
Desempenho dos partidos
Desempenho dos partidos