sábado, 1 de outubro de 2016

Professor que pedia emprego em semáforo é contratado com ajuda das redes sociais José Paulo Lanyi De São Paulo para a BBC Brasil



Jair da Silva em busca de emprego na capital paulista
Image copyrightJOSÉ PAULO LANYI/BBC BRASIL
Image captionDesempregado havia seis meses, o professor e analista de sistemas Jair da Silva buscava emprego no trânsito de São Paulo: "O que ia fazer? Começa a bater desespero"
Menos de um mês após ter distribuído centenas de cartões de visita no trânsito de São Paulo em busca de emprego, o analista de sistemas Jair da Silva, 61, conseguiu voltar ao mercado de trabalho.
Ele começará na segunda-feira como gerente-geral em uma pequena empresa da área de saúde do bairro de Pinheiros, zona oeste da cidade.
Silva ficou seis meses desempregado. No dia 28 de agosto, decidiu pedir uma oportunidade a motoristas que trafegavam pelo Largo da Batata e pela avenida Faria Lima, na zona oeste, e, dias depois, em um cruzamento próximo à sua casa no Jardim São Paulo, bairro de classe média da zona norte.
Seus cartões de visita traziam, na frente, seu nome, telefone, e-mail e a frase "Solicito uma oportunidade profissional". No verso, as atividades que exerceu como professor universitário, gerente administrativo e de negócios.
A iniciativa repercutiu no Facebook e no LinkedIn (rede social voltada a contatos profissionais).
Na última terça-feira, a BBC Brasil publicou reportagem com a história, que também despertou grande atenção no Facebook: até esta sexta-feira, havia 14 mil reações, 2,8 mil compartilhamentos e centenas de comentários na postagemsobre a situação do professor universitário.
Jair da Silva e Madalena FelicianoImage copyrightBBC BRASIL
Image captionJair conseguiu uma oportunidade como gerente-geral em uma pequena empresa da área de saúde; ele obteve ajuda da especialista em coaching Madalena Feliciano
"O diretor da empresa não quer publicidade. Mas ele me disse que me chamou para a vaga depois de ler a reportagem", afirma Silva.
Silva será responsável pelas áreas administrativa e financeira da empresa, "com um dedo no comercial", como explica à BBC Brasil. "Também vou atualizar o sistema de informática. Enfim, tudo dentro do que sei."

Treinamento

Dias antes, quando soube da atitude do professor por meio da rede LinkedIn, a especialista em coaching Madalena Feliciano, da empresa Outliers Careers, havia oferecido a Silva um treinamento para uma nova carreira, com técnicas de recolocação profissional.
"Acredito que a garra, a determinação e a ousadia do Jair, unidos ao poder da internet, foram essenciais para a sua contratação", diz ela, ao saber do novo emprego.
"Isso mostra que a criatividade, a resiliência para lidar com as adversidades e focar na solução, e não no problema, são os caminhos para o sucesso."
Jair da SilvaImage copyrightJOSÉ PAULO LANYI/BBC
Image captionO analista de sistemas disse ter distribuído para de 500 currículos pela internet antes de conseguir novo emprego
Silva contou à BBC Brasil que já estava "batendo o desespero" pela dificuldade em encontrar emprego, sobretudo por conta de sua idade. "Já houve casos em que a empresa me disse: 'O senhor tem um currículo maravilhoso, mas só estamos contratando até 38 anos'."
Agora, ele agradece o papel que as redes sociais tiveram no desfecho positivo de sua história e aconselha a quem estiver procurando emprego: "Não desistam, procurem uma forma honesta de solucionar seus problemas. Espero que a minha ideia sirva de incentivo para todos. Não tenham vergonha".

'Atitude positiva'

A atitude de Silva já vinha inspirando outras pessoas, como a engenheira de produção gaúcha Noélle de Melo, que mora no Rio e estava desempregada havia quatro meses.
Também citada na reportagem da BBC Brasil, ela distribuía "minicurrículos" em forma de cartão no centro da cidade e diante de condomínios de empresas na Barra da Tijuca.
E, assim como Silva, ela também tem uma boa notícia para contar: conseguiu emprego e começará a trabalhar na segunda-feira.
"Uma moça compartilhou meu cartão no Facebook. Essa publicação chegou a um empresário, que me ligou e me entrevistou. Agora recebi a resposta de que fui selecionada. Estou muito feliz", conta.
Noélle trabalhará como gerente de planejamento em uma empresa da Barra da Tijuca especializada em e-commerce. "Neste período de crise, precisamos ter uma atitude positiva para conseguir os resultados, e o networking foi fundamental para a minha recolocação", conclui.

Petróleo segue abaixo de US$ 50 há mais de 1 ano; veja impactos

01/10/2016 07h00 - Atualizado em 01/10/2016 07h00

Média mensal do preço do Brent completou 13 meses abaixo de US$ 50.
Nesta semana, Opep chegou a acordo sobre produção.

Darlan Alvarenga e Karina TrevizanDo G1, em São Paulo

O preço do petróleo segue abaixo da barreira dos US$ 50. Em setembro, a média do preço do barril do Brent ficou em US$ 46,19, segundo a Tendências Consultoria. Com isso, o preço completou 13 meses abaixo de US$ 50, e exatamente 2 anos abaixo de US$ 100, considerando a média mensal.
 
petróleo (Foto: G1)
Nesta semana, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) – grupo de 12 países produtores de petróleo, a maioria no Oriente Médio – chegou a um acordo para cortar a produção de petróleo em 5%, após negociações tensas em meio a atritos entre Irã e Arábia Saudita. O corte na produção é o primeiro do gênero desde 2008.
O acordo fez com que os preços do petróleo passassem a subir em um efeito imediato, mas, logo em seguida, investidores passaram a questionar se a medida será suficiente para reverter o excesso de oferta.
O acordo prevê um corte na produção para uma faixa entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris por dia, ante a atual produção de 33,24 milhões, segundo a agência Reuters. O quanto cada país vai produzir deverá ser decidido na próxima reunião formal da Opep em novembro.
Veja perguntas e respostas sobre a queda do petróleo e entenda os efeitos no Brasil:
O preço do petróleo está no menor patamar do ano?
Não. Em janeiro de 2016, o preço do petróleo chegou a ficar de US$ 30 por barril, no menor valor desde 2004.

Na ocasião, o que assustou o mercado foi um intenso e inesperado aumento nos estoques de gasolina dos Estados Unidos. Além disso, tensões geopolíticas após o anúncio de um teste de bomba de hidrogênio pela Coreia do Norte contribuíram para o tombo dos preços no começo do ano.
Ao mesmo tempo, a perspectiva de demanda menor da Europa e da Ásia devido ao menor crescimento da economia no mundo também vem contribuindo para a queda.
De que forma a baixa do petróleo afeta o Brasil?
A queda da cotação internacional diminui a arrecadação dos royalties sobre a produção, afetando a receita das prefeituras e estados produtores. Além disso, o Brasil continua dependente da importação de combustíveis para atender a demanda interna.

Com o petróleo em queda, por que o preço da gasolina não cai no Brasil?
Desde 2011, o país voltou a consumir mais do que produz, perdendo a autossuficiência, comemorada pela Petrobras e pelo governo em 2006, quando a produção de petróleo se equiparou ao volume de derivados consumidos à época no país.
Com a queda do preço do petróleo, a Petrobras passou a vender os combustíveis acima dos valores de referência internacional. Segundo levantamento do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o preço da gasolina e do diesel nas refinarias nacionais está há 12 meses acima do exterior.

Diferentemente do mercado internacional, a Petrobras fixa a seu critério e do controlador (o governo brasileiro) os preços dos combustíveis, com o argumento de buscar evita transmitir volatilidade ao consumidor.

Mantendo os preços mais altos nas refinarias, a estatal busca compensar as perdas de receita com extração – e recupera perdas ao longo de 2014, quando manteve os preços abaixo dos internacionais, para evitar repasse à inflação.
Preços da gasolina (Foto: G1)
Mas a Petrobras também sofre com a desvalorização do petróleo, porque diminui a rentabilidade dos projetos de exploração no pré-sal, que foram planejados levando em conta um preço mínimo do barril ao redor de US$ 45 para a produção poder ser considerada economicamente viável.
Quais são os mais prejudicados pela queda dos preços e quem sai ganhando?
Alguns países têm sofrido mais com a redução dos preços do petróleo, sobretudo Venezuela, Rússia e Irã, em razão do grande peso das exportações da commodity em suas economias.
Os países que lucram com a queda dos preços do petróleo são os grandes importadores e dependentes do petróleo, como Filipinas e China, que podem aproveitar os preços baixos para impulsionar o crescimento econômico ou reverter a desaceleração.
Trabalhadores observam plataforma de perfuração na Rússia (Foto: Sergei Karpukhin / Reuters)Trabalhadores observam plataforma de perfuração na Rússia (Foto: Sergei Karpukhin / Reuters)
Se há excesso de petróleo no mercado e o preço está caindo, por que a produção demora a ser reduzida?
No dia 28 de setembro, a Opep alcançou um acordo para reduzir sua produção de petróleo. O corte na produção é o primeiro do gênero desde 2008. O quanto cada país vai produzir deverá ser decidido na próxima reunião formal em novembro. Mas, mesmo após o acordo, investidores questionam se a redução na quantidade de petróleo produzida seria suficiente para reequilibrar um mercado mundial com grande excesso de oferta da commodity.

Os países da Opep haviam recusado, em novembro de 2014, a reduzir seu teto de produção, independentemente do preço no mercado internacional. Um dos objetivos seria desestimular a produção do xisto (um substituto do petróleo) nos Estados Unidos, cuja extração é mais cara.

A Opep culpa o grande aumento da produção de óleo de xisto pelos baixos preços do petróleo e tem mantido sua produção recorde, numa estratégia para impedir que o petróleo retirado do xisto conquiste mais mercados.
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O presidente da Opep e ministro da Energia do Catar, Saleh al-Sada, concede coletiva após encontro nesta quarta-feira (28) na Argélia (Foto: Reuters/Ramzi Boudina)O presidente da Opep e ministro da Energia do Catar, Saleh al-Sada, concede coletiva após encontro nesta quarta-feira (28) na Argélia (Foto: Reuters/Ramzi Boudina)
Quais são as dificuldades do acordo de redução da produção?
As tensões entre a Arábia Saudita e o Irã se destacam entre as principais dificuldades de acordo na Opep com o objetivo de reduzir a oferta para recuperar os preços.

As economias dos dois países dependem fortemente do petróleo. Mas, segundo a Reuters, em um cenário pós-sanções, o Irã está sofrendo menos pressão dos preços do petróleo que caíram pela metade desde 2014 e pode expandir sua economia em quase 4% neste ano, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Já a Arábia Saudita, ainda de acordo com a Reuters, enfrenta o segundo ano de déficit no orçamento após um rombo recorde de US$ 98 bilhões – uma economia estagnada e está sendo forçada a cortar os salários de funcionários do governo
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Dilma furou fila do INSS para se aposentar um dia depois do impeachment



Documentos obtidos por ÉPOCA mostram que cadastro da petista foi alterado 16 vezes dentro da sede do INSS, e ex-ministro foi a agência para garantir pensão sem agendamento


BRUNO BOGHOSSIAN

30/09/2016 - 20h17 - Atualizado 30/09/2016 20h47


Às 15h05 do dia 31 de agosto, Dilma Rousseff assinou o documento que a notificava que o Senado havia aprovado sua destituição da Presidência da República. Terminavam ali, oficialmente, seus cinco anos e oito meses de gestão e pouco mais de 13 anos em cargos no governo federal. Menos de 24 horas depois do impeachment, um de seus aliados mais próximos, o petista Carlos Eduardo Gabas, entrou pelos fundos da Agência da Previdência Social do Plano Piloto, na Quadra 502 da Asa Sul de Brasília. Acompanhado de uma mulher munida de uma procuração em nome de Dilma, Gabas passou por uma porta de vidro em que um adesivo azul-real estampava uma mão espalmada com o aviso: “Acesso apenas para servidores”.


Mas Gabas podia passar. Não estava ali apenas como funcionário de carreira da Previdência, mas como ex-secretário executivo e ex-ministro da Previdência do recém-encerrado governo Dilma, como homem influente na burocracia dos benefícios e aposentadorias entre 2008 e 2015. No papel agora de pistolão, Gabas subiu um lance de escadas até uma sala reservada, longe do balcão de atendimento ao público, onde o esperava o chefe da agência, Iracemo da Costa Coelho. Com a anuência de outras autoridades do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o trio deu entrada no requerimento de aposentadoria da trabalhadora Dilma Vana Rousseff. Foi contabilizado um tempo de contribuição previdenciária de 40 anos, nove meses e dez dias. Quando Gabas saiu da sala, Dilma estava aposentada, com renda mensal de R$ 5.189,82, teto do regime previdenciário.
Tal celeridade poderia ser o triunfo de uma burocracia ágil e impessoal, implantada pelo governo Dilma. Mas não. O tempo médio de espera para que um cidadão consiga uma data para requerer aposentadoria em uma agência da Previdência é de 74 dias, segundo informações do INSS – 115 dias no Distrito Federal, onde o pedido de Dilma foi feito. Não há rastro de agendamento no sistema do INSSpara que Dilma (ou alguém com uma procuração em seu nome) fosse atendida naquele 1º de setembro ou em qualquer outra data. O tratamento dispensado a Dilma foi, portanto, apenas um episódio de privilégio, obtido por meio de atalhos proporcionados por influência no governo.
Dilma Rousseff deixa  Palácio da Alvorada após o impeachment (Foto: Adriano Machado / Reuters)
A aposentadoria veio em boa hora. Naquele dia, Dilma perdeu o salário mensal de R$ 30.900 de presidente da República. Era preciso correr. Ninguém melhor do que Gabas que, além de influente no INSS, é um amigo de Dilma, que gosta de velocidade. Motociclista militante, ele levou Dilma algumas vezes para passear em sua Harley Davidson. Os passeios terminaram em 2015, quando a então presidente queimou a perna ao descer da garupa.
Dilma e Gabas afirmam que não houve nenhum privilégio ou tratamento diferenciado e que a ex-presidente já poderia ter se aposentado há dez anos. Dizem que o atendimento em uma sala reservada foi uma decisão do chefe da agência, que quis participar. Afirma ainda que o agendamento havia sido feito “meses” antes, que um pedido de alteração havia sido feito e que o atendimento “ficou para esta data”, exatamente um dia após o impeachment. Não explica, no entanto, por que não há registro desses agendamentos no sistema do INSS.
A aposentadoria-relâmpago de Dilma vinha sendo articulada com discrição no INSS havia meses, em um procedimento fora dos padrões, também sem agendamento. Em 10 de dezembro de 2015, oito dias depois que o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro, anunciou que havia aceitado o pedido de impeachment da presidente, o cadastro trabalhista de Dilma foi refeito do zero no sistema do INSS. Naquele dia, entre 8h42 e 18h43, foram registradas 16 alterações na ficha laboral de Dilma, homologadas por uma única servidora, Fernanda Cristina Doerl dos Santos, que exercia uma função gratificada na Diretoria de Atendimento do INSS, na sede do órgão em Brasília – não em uma agência de atendimento.
O cadastro de Dilma no INSS foi alterado 16 vezes em dez horas por uma servidora da diretoria do INSS
Fernanda afirma que o procedimento foi o mesmo aplicado a qualquer cidadão. Ao longo daquelas dez horas, foram validados, alterados e excluídos vínculos trabalhistas desde 1975, que contariam para o cálculo de anos trabalhados por Dilma na concessão de sua aposentadoria, nove meses depois. O artifício foi classificado como “incomum” ou “excepcional” por três auditores e técnicos da Previdência consultados por ÉPOCA. Sobre as 16 alterações em sua ficha, Dilma afirma que havia constatado “pendências no cadastro” e, depois de apresentar documentos para a regularização dessas pendências, os registros foram atualizados. O presidente do INSS, Leonardo Gadelha, afirma que determinou a averiguação dos fatos. O INSS confirma que não houve agendamento para os atendimentos de dezembro e 1º de setembro. Todas as alterações no cadastro foram homologadas a partir da apresentação de documentos oficiais ou certidões emitidas pelos empregadores de Dilma – entre eles a Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Hauser, onde começou a trabalhar. Uma coisa estava certa: pelas regras atuais, Dilma tinha tempo suficiente para se aposentar.




‘NÃO É SÓ NO BRASIL QUE EXISTE CORRUPÇÃO, MAS O BRASIL EXAGERA’, DIZ MORAES

MINISTRO DA JUSTIÇA SE DEFENDEU E DISSE QUE NÃO PECA POR OMISSÃO
Publicado: 30 de setembro de 2016 às 19:06

Redação

ALEXANDRE DE MORAES AFIRMOU QUE A SUPOSTA ‘ANTECIPAÇÃO’ DA LAVA JATO É CASO ENCERRADO (FOTO: FELIPE LAMPE)


O ministro da Justiça Alexandre de Moraes afirmou nesta sexta-feira, 30, que ‘não é só no Brasil que existe corrupção, mas que o Brasil exagera, exagera’.
“O Brasil quer ser medalha de ouro para poder roubar a medalha de ouro depois, né? O Brasil exagera”, declarou o ministro durante evento em São Paulo.
O ministro da Justiça fez uma palestra no Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP).
Alexandre de Moraes falou para uma plateia de advogados e juristas sobre os desafios do Ministério da Justiça.
“Pela omissão, eu não peco. Poderia pecar um pouquinho menos pela ação, às vezes”, disse.
Ele se envolveu em polêmica no início desta semana quando ‘antecipou’ nova fase da Lava Jato. No domingo, 25, em Ribeirão Preto, o ministro falou sobre a possibilidade de “ter mais” episódios ‘esta semana’ relacionados à maior operação já deflagrada no País contra a corrupção.
“Teve a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim”, disse o ministro, em evento de campanha do deputado Duarte Nogueira (PSDB/SP), candidato a prefeito de Ribeirão Preto.
A declaração foi feita espontaneamente, sem que ninguém o tivesse questionado.
Na segunda-feira, 26, a Lava Jato deflagrou sua 35ª fase, a Operação Omertà, e o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma) foi preso.
Sob pressão, o ministro afirmou naquele dia que sua fala foi em resposta à “preocupação” de “movimentos que são contra a corrupção”.
Nesta sexta, Alexandre de Moraes afirmou que a suposta ‘antecipação’ da Lava Jato é caso encerrado. “Tudo superado, até porque não houve nenhuma antecipação, mas superado.”
Durante a palestra no Instituto dos Advogados de São Paulo, o ministro criticou a política de segurança pública dos governos federais anteriores. “Infelizmente, por muitos e muitos anos, por mais de uma década, o governo se omitiu na questão da segurança pública, de criminalidade organizada, como se a União nada tivesse com isso, como se o Ministério da Justiça, por não ter o nome de Ministério da Justiça e Segurança, nada tivesse com isso”, declarou.
Para o presidente do IASP, José Horácio Halfeld Rezende Ribeiro, o momento é de mudanças no Brasil e esta será uma grande oportunidade de ouvir o ministro, que é membro efetivo do Instituto, sobre as metas, propostas e desafios de sua Pasta. “O Brasil passa por uma profunda crise e tem um grande desafio com a efetivação do novo governo. O ministro Alexandre de Moares é um nome de grande respeitabilidade no meio jurídico. Será uma ótima oportunidade ouvi-lo nesse momento tão delicado da história brasileira”, destacou. (AE)

PETROLÃO DELAÇÃO REVELA COMO PROPINA DA TRANSPETRO CHEGAVA ATÉ RENAN

NOVA DELAÇÃO DA LAVA JATO PÕE RENAN NA ROTA DA PROPINA DO PMDB
Publicado: 01 de outubro de 2016 às 00:52 - Atualizado às 01:40


Davi Soares


A derrocada de quem ousou desafiar as instituições brasileiras foi destino comum e contundente para protagonistas dos maiores escândalos da história política do Brasil nos últimos meses. Após as quedas da ex-presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) volta à alça de mira do combate à corrupção e vive o início de uma contagem regressiva até o desfecho esperado pela vigilância cidadã dos órgãos de controle e da opinião pública no Brasil.
A convicção de que as técnicas de escapismo de Renan não sobreviverão ao próximo episódio da Operação Lava Jato tem origem na disposição do carregador de malas de propinas do PMDB para dedurar como funcionava o delivery do esquema do petrolão montado na subsidiária da Petrobras, a Transpetro.
De acordo com reportagem de capa da edição desta semana da Revista Veja, o propineiro Felipe Parente fechou acordo de delação para contar o destino das malas de dinheiro que carregava para Renan Calheiros e outros coronéis peemedebistas.
VEJA TRAZ REVELAÇÕES SOBRE RENAN
Cerco fechando
Não será a primeira vez que o nome do senador alagoano estará ligado ao esquema de corrupção. O ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, deixou de ser homem de confiança de Renan quando revelou que repassava R$ 300 mil mensais ao presidente do Senado.
Há três dias, o ministro do STF Teori Zavascki prorrogou até novembro um dos oito inquéritos em que Renan é investigado na Operação Lava Jato, pela suspeita de receber R$ 1 milhão do doleiro Alberto Youssef.
O senador tem negado todas as acusações e suspeitas.

1º de Outubro: Dia Mundial do Vegetarianismo Um dia para conhecer melhor o vegetarianismo.

Estabelecido em 1977 pela Sociedade Vegetariana Norte-americana (site), o Dia Mundial do Vegetarianismo é lembrado todos os anos como uma data para incentivar esse tipo de opção alimentar, baseada em vegetais.
Aproveite a data para repensar seus hábitos alimentares e para aprender novas receitas sem nada de origem animal. Você estará colaborando diretamente para o fim do sofrimento dos animais e estará também dando o primeiro passo dentro do veganismo, que é mais amplo e envolve mais do que alimentação.
Que tal começar hoje a deixar os animais em paz? Pegue umas receitas, basta clicar em “receitas” no menu.

Saiba o que candidato e eleitor podem e não podem fazer neste sábado

01/10/2016 06h00 - Atualizado em 01/10/2016 06h00

Campanha da eleição municipal termina oficialmente neste sábado.
Neste domingo (2), mais de 144 milhões de eleitores devem ir às urnas.

Do G1, em Brasília

No último dia, pelo cronograma oficial, da campanha mais curta dos últimos 18 anos (45 dias), candidatos e eleitores ainda têm de cumprir uma série de regras determinadas pela Justiça Eleitoral.
A campanha eleitoral nas ruas se estenderá até as 22h deste sábado, véspera do primeiro turno, cuja votação está marcada para este domingo (2).
O eventual descumprimento de regras vedadas aos candidatos pode levar a punições que variam desde o pagamento de multa até a cassação da candidatura, dependendo da gravidade da infração.
No entanto, não são apenas os candidatos a prefeito e vereador que precisam se manter na linha.
A Justiça Eleitoral elaborou uma série de restrições aos eleitores, que vão desde regras para o uso da internet até limites para doações aos candidatos.
Nos municípios onde a eleição for decidida no segundo turno, a campanha irá até 29 de outubro, um dia antes da votação, no dia 30 (domingo).
Um dos principais responsáveis no Ministério Público pela fiscalização do processo eleitoral deste ano, o vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, ressalta que a contribuição mais importante dos eleitores para manter a lisura dessas eleições é eles não venderem seus votos.
"Se isso vier a ocorrer, e espero que efetivamente essa consciência eleitoral se expanda, acho que haverá um salto de qualidade muito grande em relação aos resultados eleitorais em quaisquer eleições", afirmou Dino ao G1.
Veja abaixo um resumo do que podem e não podem fazer candidatos e eleitores até este sábado:
Head - Pode candidato (Foto: Editoria de Arte / G1)
>> Distribuir folhetos, adesivos e impressos, independentemente de autorização, sempre sob responsabilidade do partido, da coligação ou do candidato (o material gráfico deve conter CNPJ ou CPF do responsável pela confecção, quem a contratou e a tiragem);
>> Usar bandeiras portáteis em vias públicas, desde que não atrapalhem o trânsito de pessoas e veículos;
>> Colar propaganda eleitoral no para-brisa traseiro do carro em adesivo microperfurado; em outras posições do veículo também permitido usar adesivos, desde que não ultrapassem a dimensão de 50 cm x 40 cm.
>> Usar alto-falantes, amplificadores, carros de som e minitrios entre 8h e 22h, desde que estejam a, no mínimo, 200 metros de distância de repartições públicas, hospitais, escolas, bibliotecas, igrejas e teatros;
>> Realizar comícios entre 8h e 22h, inclusive com uso de trios elétricos em local fixo, que poderão tocar somente jingle de campanha e discursos políticos;
>> Fixar propaganda em papel ou adesivo com tamanho de até meio metro quadrado em bens particulares, desde que com autorização espontânea e gratuita do proprietário;
Head - Não pode candidatos (Foto: Editoria de Arte / G1)
>> Fixar propaganda em bens públicos, postes, placas de trânsito, outdoors, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus, árvores, inclusive com pichação, tinta, placas, faixas, cavaletes e bonecos;
>> Jogar ou autorizar o derrame de propaganda no local de votação ou nas vias próximas, mesmo na véspera da eleição;
>> Fazer showmício com apresentação de artistas, mesmo sem remuneração; cantores, atores ou apresentadores que forem candidatos não poderão fazer campanha em suas atrações;
>> Fazer propaganda ou pedir votos por meio de telemarketing;
>> Confeccionar, utilizar e distribuir camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas, bens ou materiais que proporcionem vantagem ao eleitor;
>> Pagar por propaganda na internet, inclusive com impulsionamento de publicações em redes sociais ou com anúncios patrocinados nos buscadores;
>> Publicar propaganda na internet em sites de empresas ou outras pessoas jurídicas, bem como de órgãos públicos, que não estão proibidos de repassar cadastros eletrônicos a candidatos;
>> Fazer propaganda na internet, atribuindo indevidamente sua autoria a outra pessoa, candidato, partido ou coligação;
>> Agredir e atacar a honra de candidatos na internet e nas redes sociais, bem como divulgar fatos sabidamente inverídicos sobre adversários;
>> Degradar ou ridicularizar candidatos, usar montagens, trucagens, computação gráfica, desenhos animados e efeitos especiais no rádio e na TV;
>> Fazer propaganda de guerra, violência, subversão do regime, com preconceitos de raça ou classe, que instigue a desobediência à lei ou que desrespeite símbolos nacionais.
>> Usar símbolos, frases ou imagens associadas ou semelhantes às empregadas por órgão de governo, empresa pública ou estatal;
>> Inutilizar, alterar ou perturbar qualquer forma de propaganda devidamente realizada ou impedir propaganda devidamente realizada por outro candidato.
Head - Pode eleitor (Foto: Editoria de Arte / G1)
>> Participar livremente da campanha eleitoral, respeitando as regras sobre propaganda nas ruas e na internet aplicadas aos candidatos;
>> No dia da votação, é permitida só manifestação individual e silenciosa da preferência pelo partido ou candidato, com uso somente de bandeiras, broches, dísticos e adesivos;
>> Manifestar pensamento, mas sem anonimato, inclusive na internet.
Head - Não pode eleitor (Foto: Editoria de Arte / G1)
>> Fazer “selfie” no momento de votar. Para assegurar o sigilo do voto, é proibido levar à cabine de votação aparelho celular, máquina fotográfica e filmadora. Cabe ao mesário alertar o eleitor que, se insistir em levar o equipamento, pode incorrer em crime eleitoral.
>> Trocar voto por dinheiro, material de construção, cestas básicas, atendimento médico, cirurgia, emprego ou qualquer outro favor ou bem;
>> Cobrar pela fixação de propaganda em seus bens móveis ou imóveis;
>> Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou outra pessoa, dinheiro, dádiva ou qualquer vantagem, para obter ou dar voto, conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita;
>> Inutilizar, alterar, impedir ou perturbar meio lícito de propaganda eleitoral;
>> Degradar ou ridicularizar candidato por qualquer meio, ofendendo sua honra.
>> Fazer boca de urna no dia da eleição, ou seja, divulgar propaganda de partidos ou candidatos com alto-falantes, comícios ou carreatas, por exemplo
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