quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Ministro do STF vota contra prisão após condenação em 2ª instância

01/09/2016 17h28 - Atualizado em 01/09/2016 17h46

Marco Aurélio votou por libertação caso ainda haja possibilidade de recurso.
Decisão de liberar presos ainda depende de votos da maioria dos ministros.

Renan RamalhoDo G1, em Brasília

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quinta-feira (1º) em favor da libertaçao de todas as pessoas presas após uma decisão de segunda instância e que ainda tenham recursos pendentes de decisão em tribunais superiores.

Na tarde desta quinta, o STF começou a julgar duas ações que pedem a confirmação de artigo do Código Penal que afirma que ninguém pode ser preso, a não ser nas hipóteses de prisão em flagrante e preventiva, até que se esgotem as possibilidades de recurso de um processo, o chamado trânsito em julgado.
Em fevereiro deste ano, o STF admitiu o cumprimento de penas de prisão após a condenação por um Tribunal de Justiça estadual (TJ) ou um Tribunal Regional Federal (TRF).

A decisão de libertar os presos, porém, depende do voto favorável de ao menos outros 6 dos 11 ministros da Corte. O julgamento, no entanto, foi interrompido e ainda não há nova data para a retomada da análise.
Relator das novas ações no STF, Marco Aurélio foi o primeiro a se manifestar nesta quarta, quando as ações começaram a ser analisadas.
O julgamento
As ações foram apresentadas pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo Partido Ecológico Nacional (PEN). Ambas buscam determinar que as prisões só sejam autorizadas após o esgotamento de todos os recursos junto aos tribunais superiores – o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o próprio STF.
Os autores querem que o tribunal declare que o artigo 283 do Código de Processo Penal (CPP) condiz com a Constituição de 1988. A regra do CPP diz que ninguém poderá ser preso, a não ser após a sentença condenatória transitada em julgado.
Na sessão desta quinta, Marco Aurélio considerou o princípio segundo o qual ninguém poder ser considerado culpado antes da sentença final do processo.
“A literalidade do preceito não deixa margens para dúvidas: a culpa é pressuposto da reprimenda e a constatação ocorre apenas com a preclusão maior. O dispositivo não abre campo a controvérsias semânticas. A Carta Federal consagrou a excepcionalidade da custódia no sistema penal brasileiro, sobretudo no tocante a supressão da liberdade anterior ao trânsito em julgado da decisão condenatória”, afirmou.
O entendimento é o mesmo que ele havia expressado em fevereiro, quando o STF admitiu a prisão após a segunda instância, por 7 votos a 4. Na época, Marco Aurélio ficou vencido, ao lado dos ministros Rosa Weber, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski.
Antes de Marco Aurélio, subiram à tribuna para defender a mesma posição 13 advogados, representando a OAB, o PEN e diversas entidades ligadas à advocacia pública e privada.
Pela OAB, Juliano Breda observou que, desde o julgamento de fevereiro do STF, centenas de prisões foram decretadas “com franco e absoluto desrespeito” à regra do Código de Processo Penal, sem que ela fosse declarada inconstitucional.
Em nome do PEN, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido defensor de políticos e grandes empresários, disse que não buscava beneficiar seus clientes e que nenhum deles estaria ameaçado pelo atual entendimento do STF.
Disse que estava em defesa de pessoas sem condições de pagar advogados privados e que dependem da defensoria pública para se defenderem na Justiça.
“Estou falando em nome da liberdade, em nome da sociedade brasileira, que quer enfrentamento e cumprimento das decisões judiciais, mas quer que essa decisão se dê para uma sociedade mais justa e igualitária, para que a dignidade da pessoa humana seja amplamente preservada”, afirmou.
Em sua intervenção, a Defensoria Pública da União mostrou dados de sua atuação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) relacionados ao assunto.
Mostrou que de 5.161 processos que tramitaram entre janeiro de 2015 e junho de 2016, 711 tiveram condenações na segunda instância que foram atenuadas no STJ.
“Há uma pouquíssima confiabilidade num título de segunda instância para que ele possa servir de norte para o início da execução antecipada”, afirmou o advogado Gustavo Zortea.
Delações
Nesta quinta, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que, na opinião dele, uma eventual revisão na jurisprudência do STF pode inibir atuais ou futuras negociações de delações premiadas.
"Para o Ministério Público, este julgamento de hoje [quinta] é tão importante como o julgamento no Supremo que definiu o poder investigatório do Ministério Público. Eu acho que isso influenciará, com certeza, em vários processos de colaboração premiada em curso ou que virão em todas as investigações do Ministério Público, seja federal, seja dos estados", ressaltou Janot antes de ingressar na sessão do STF
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Paralímpicos saem em defesa de Paulinho Vilhena e Cléo Pires

Renato Leite disse que "a campanha foi sensacional" e disse que as fotomontagens foram uma "baita ideia"


ESPORTE POLÊMICAHÁ 1 HORA
POR NOTÍCIAS AO MINUTO


Uma semana após a forte polêmica envolvendo os atores Cléo Pires e Paulinho Vilhena, que participaram de uma campanha da revista Vogue onde apareciam amputados para chamar a atenção aos atletas paralímpicos, os próprios atletas saíram em defesa dos artistas, duramente criticados nas redes sociais.


Bruna Alexandre (tênis de mesa) e Renato Leite (vôlei sentado), que serviram de exemplo para as fotos dos modelos, disseram que a campanha ajudou a atingir parte da população que não tinha interesse pelas Paralimpíadas.
Ao UOL, Renato disse que "a campanha foi sensacional" e disse que as fotomontagens foram uma "baita ideia", já que ajudou a "propagar ainda mais o movimento paralímpico".
Bruna afrimou que as fotos foram "um incentivo" e que "graças a eles, foram um milhão de ingressos vendidos até aqui”.

Eduardo Suplicy sugere consulta popular sobre governo Temer

"É a única alternativa para que o governo Michel Temer ganhe legitimidade", disse o ex-senador


POLÍTICA PLANALTOHÁ 22 MINS
POR FOLHAPRESS


Candidato a vereador, o ex-senador Eduardo Suplicy (PT) sugeriu nesta quinta-feira (1) que o presidente Michel Temer convoque uma consulta popular para saber "se o povo brasileiro quer ou não que ele exerça o mandato até 31 de dezembro de 2018".


"É a única alternativa para que o governo Michel Temer ganhe legitimidade", disse Suplicy em Guaianases, na zona leste de São Paulo, onde participou de caminhada ao lado do prefeito Fernando Haddad (PT), que disputa a reeleição.
Classificando sua sugestão como "construtiva e respeitosa", Suplicy afirmou que a consulta poderia coincidir com a realização do primeiro turno das eleições municipais deste ano, em outubro.
Para ele, se a consulta mostrar que a população não quer que Temer conclua o mandato, deveria haver um entendimento entre o Congresso e a Justiça Eleitoral para que novas eleições presidenciais fossem convocadas em janeiro de 2017.
Haddad afirmou que a decisão do Senado pelo impeachment de Dilma Rousseff "convalidou" o que vem sendo dito por aqueles que são contra o processo. A votação, disse o prefeito, "comprova a tese que vem sendo defendida por nós desde o começo: é um impeachment sem crime de responsabilidade".
"Foi exatamente isso que o Senado disse: afasta, mas mantém os direitos políticos porque não há crime."
BRAÇOS ABERTOS
Depois da caminhada pela região comercial de Guaianases, o prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou que, caso reeleito, ampliará o programa Braços Abertos "porque tem gente precisando e, infelizmente, o tráfico não é combatido na região".
"Nosso papel é estender a mão para o dependente para que ele tenha uma alternativa", disse o prefeito. "A partir do momento que se oferece alternativas, todo mundo raciocina. Não é porque você faz uso de uma substância que você não raciocina. Você agarra essa oportunidade. É o que aconteceu com as pessoas no Braços Abertos."
Implantado em janeiro de 2014 pela gestão Haddad na região da cracolândia, no centro de São Paulo, o programa trabalha a ressocialização dos dependentes a partir do conceito de redução de danos, incentivando o usuário a reduzir o consumo e a aumentar sua autonomia, sem interação, pela oferta de emprego e moradia.
Reportagem da Folha de S.Paulo desta quinta (1) apresentou um estudo financiado pela Open Society que mostra que dois em cada três usuários reduziram o consumo de crack depois de participar do Braços Abertos.
Em um claro recado a João Doria, candidato do PSDB, Haddad afirmou que "ao contrário do que dizem nossos adversários, uma ONG internacional, acima de qualquer suspeita, demonstrou por investigação de campo que dois terços dos beneficiários do Braços Abertos reduziram drasticamente o consumo de crack". Com informações da Folhapress.

Extensão do Chrome muda "Michel Temer" para "Temer Golpista"

Veja como ficam as páginas para quem instala o pluguin
Extensão do Chrome muda "Michel Temer" para "Temer Golpista" -
“Não vamos levar ofensa para casa. Se falar [golpista], nós respondemos. Se não, eles vão tentar nos desvalorizar”, disse Michel Temer.
Em resposta, não demorou muito para que usuários criassem uma extensão para o Google Chrome que altera todas as menções ao nome de "Michel Temer" para "Temer Golpista", informa o Buzzfeed.
Veja como ficam as páginas para quem instala o pluguin.
Extensão do Chrome muda "Michel Temer" para "Temer Golpista" - "Temer Golpista" © REPRODUÇÃO

ELEIÇÕES 2016

Da boca do candidato

Saiba o que pensam candidatos à prefeitura sobre diversos temas – em frases ditas ao longo da campanha

Os candidatos estão dispostos em ordem alfabética

TODAS AS REGIÕES

CENTRO-OESTE

  • Campo Grande(MS)
  • Cuiabá(MT)
  • Goiânia(GO)

NORDESTE

NORTE

  • Ariquemes(RO)
  • Belém(PA)
  • Boa Vista(RR)
  • Cacoal(RO)
  • Macapá(AP)
  • Manaus(AM)
  • Palmas(TO)
  • Porto Velho(RO)
  • Rio Branco(AC)
  • Santarém(PA)
  • Vilhena(RO)

SUDESTE

SUL

Eurodeputados pedem que UE não negocie com governo Temer

Dilma Rousseff foi condenada por um Congresso doente de corrupção e claramente orientado por obscuras intenções, diz parte do documento



MUNDO UNIÃO EUROPEIAHÁ 5 MINS
POR NOTÍCIAS AO MINUTO


O presidente Michel Temer lidera o acordo comercial entre o bloco e o Mercosul. No entanto, um eurodeputado do partido espanhol do Podemos, Xavier Benito, enviou uma carta para a Alta Representante da União Europeia (UE) para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, solicitando que não se negocie com o peemedebista.


De acordo com a Exame, no documento, assinado por mais de 30 eurodeputados de diferentes grupos políticos e nacionalidades, Benito denuncia a falta de "legitimidade democrática" do governo Temer, que substitui Dilma Rousseff enquanto a presidente passava pelo processo de impeachment.
"O acordo comercial com Mercosul", alega Benito na carta, "não só se limita a bens industriais ou agrícolas, mas inclui outros afastados como serviços, licitação pública ou propriedade intelectual. Por isso, é extremamente necessário que todos os atores implicados nas negociações tenham a máxima legitimidade democrática: a das urnas", afirmou.
O eurodeputado, também primeiro vice-presidente da delegação do Parlamento Europeu (PE) para as relações com o Mercosul, afirma que estes acordos devem levar em conta "a dignidade das pessoas e os direitos humanos, e não devem nunca priorizar o lucro econômico ao bem-estar das pessoas", disse.
"Duvidamos que este processo de negociação tenha a legitimidade democrática necessária para um assunto desta magnitude", argumentou. "O mandato de Dilma Rousseff só pode ser mudado mediante o único método democraticamente aceitável: as eleições", complementou.
Benito frisa que "compartilhar a preocupação expressada também pelo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) e pela Unasul sobre a severa situação na qual Dilma Rousseff foi condenada por um Congresso doente de corrupção e claramente orientado por obscuras intenções".
O comunicado ainda decreta: "é necessário suspender as negociações entre a UE e Mercosul já que tal acordo comercial não deveria ser negociado com o atual governo brasileiro", e segue, "eeivindicamos que a UE dê o seu total apoio e envolvimento para o restabelecimento da ordem democrática no Brasil", concluiu.