sábado, 16 de julho de 2016

Renan, Aécio e Maia querem reduzir número de partidos

A ideia é criar uma comissão especial que ficará sob a batuta do senador Aécio Neves, para agilizar a tramitação da reforma até janeiro
POLÍTICA URGÊNCIAHÁ 13 MINS
POR NOTÍCIAS AO MINUTO
Para unificar aliança entre oposição e base aliada, os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Rodrigo Maia (DEM-RJ), respectivamemente, defendem mudanças no sistema eleitoral e partidário em regime de urgência. A ideia é criar uma comissão especial para agilizar a tramitação da reforma até o fim do mandato de ambos, em janeiro.
Segundo o jornal O Globo, a influência para tal mudança vem do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG). Ele sugeriu reduzir o número de partidos no país, a partir da criação de uma cláusula de desempenho mínimo e da proibição de coligação. A relatoria ou a presidência da comissão que analisará as propostas pode ficar com o próprio Aécio.
A ideia da articulação comandada por Renan, Maia e Aécio é reunir os partidos médios e grandes para conseguir aprovar essas medidas. A proposta já enfrenta a resistência de pequenos partidos.

Se existir, água de Marte não deve ser potável




As conclusões de um novo estudo proveniente da Universidade do Arizona baseia-se na observação das encostas marcianas



TECH ESTUDOHÁ 1 HORA
POR NOTICIAS AO MINUTO


Uma das maiores esperanças para a colonização de Marte está na possibilidade de o planeta ter água em estado líquido, algo que não parece animador tendo em conta um novo estudo elaborado pela Universidade do Arizona, que inviabiliza a possibilidade de ser potável, caso exista.


O ponto de partida para a conclusão foi a observação das encostas e das respectivas depressões que existem no ‘planeta-vermelho’, mais abundantes na área próxima à linha do equador. Inicialmente, os cientistas apontaram como causa destas depressões gelo derretido, o que este estudo inviabiliza apontando que não poderia haver gelo nesta área devido às temperaturas.
Pior: mesmo que a fonte de água em Marte fosse gelo derretido, não seria possível extrair água do subsolo uma vez que esta estaria contaminada.
É ainda aventada a hipótese das depressões serem causadas por humidade proveniente da atmosfera de Marte, o que colocaria por terra qualquer possibilidade de encontrar água em estado líquido por lá. 

sexta-feira, 15 de julho de 2016

MPF fecha acordo de leniência com a SBM, investigada na Lava Jato

15/07/2016 20h31 - Atualizado em 15/07/2016 20h36

Acordo prevê pagamento de US$ 149,2 milhões à Petrobras.

Empresa holandesa é acusada de pagar propina por contratos.

Do G1 Rio

Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro informou que celebrou nesta sexta-feira (15) acordo de leniência com a SBM Offshore, empresa holandesa investigada na Operação Lava Jato, com quitação e isenção total para ações legais durante o período compreendido entre 1996-2012.
Além do MPF e a empresa, estão envolvidos no acordo a Controladoria Geral da União (CGU), a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Petrobras. A SBM atua como prestadora de serviços para empresas petrolíferas (oferece aluguel de plataformas, entre outros) e é acusada de ter pagado propina para conseguir contratos na Petrobras.
Segundo o MPF, o acordo prevê a destinação de US$ 149,2 milhões para a Petrobras e a redução de pagamentos contratuais à SBM Offshore de US$ 179 milhões, em dois contratos, nos próximos 14 anos (leia a íntegra da nota do acordo no fim da reportagem).
Com o acordo ficam encerradas as investigações de pagamento de vantagens indevidas a empregados da petrolífera, que poderiam resultar em ações civis públicas de improbidade administrativa contra a empresa.
O acordo de leniência é firmado com pessoas jurídicas que desejam cooperar com a Justiça nas investigações. O acordo exige que a empresa colaboradora confesse a participação nos atos ilícitos, pague pelos prejuízos causados e revele informações para as investigações.
O MPF diz ainda que SBM Offshore e a Petrobras retomarão as suas relações normais de negócios e confirma que a empresa será convidada a participar das licitações promovidas pela petrolífera, em igualdade de condições com os demais concorrentes.
De acordo com o texto publicado no site do Ministério Público Federal, US$ 6,8 milhões serão destinados ao combate à corrupção. Como não há no Brasil um fundo específico para isso, segundo o MPF "a verba se destinará a implementação de unidades de processamento informatizado massivo de informações e outros instrumentos a serem utilizados na prevenção e no combate à corrupção pelo MPF".
Reserva para acordo
Em fevereiro, a SBM Offshore publicou em seu site um texto em que afirma ter reservado US$ 245 milhões para ressarcir a Petrobras em um possível acordo de leniência.
No texto publicado no site, a empresa confirma que as negociações com as autoridades brasileiras está em "estágio avançado". O valor de US$ 245 milhões equivale a cerca de R$ 1 bilhão. Até hoje, a única empresa investigadada Lava Jato que aceitou pagar esse patamar em um acordo de leniência foi a Andrade Gutierrez, em negociação realizada com o Ministério Público Federal.
Histórico
Em dezembro, o Ministério Público Federal afirmou em denúncia apresentada à Justiça que a SBM pagou US$ 42 milhões em propina, entre 1997 e 2012, para obter informações técnicas confidenciais da Petrobras. Segundo os procuradores, os pagamentos, feitos em contas na Suíça, também foram feitos para manter suposta capacidade de influência da companhia sobre empregados da estatal.
O MPF denunciou 12 pessoas por envolvimento no esquema. Se a Justiça acolher a denúncia, elas deverão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, associação criminosa e favorecimento pessoal.
Entre os denunciados, estão ex-funcionários da Petrobras, como Pedro Barusco (ex-gerente de Serviços), Jorge Luiz Zelada (ex-diretor da área internacional) e Renato Duque (ex-diretor de Serviços), além de funcionários da SBM no Brasil.
Leia abaixo a íntegra da nota conjunta divulgada pelos envolvidos no acordo:
"O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle (“MTFC”), o Ministério Público Federal (“MPF”), a Advocacia Geral da União (“AGU”), a Petróleo Brasileiro S/A - Petrobras (“Petrobras”) e a SBM Offshore firmaram hoje um acordo (“Acordo”) que encerra as investigações do MPF, do MTFC e da Petrobras acerca do pagamento de vantagens indevidas a empregados da Petrobras. A investigação do MTFC foi suspensa como resultado da celebração de um Memorando de Entendimentos entre o MTFC e a SBM Offshore em março de 2015. Após a assinatura do Memorando de Entendimentos, a SBM Offshore, o MTFC, o MPF, a AGU e a Petrobras engajaram-se em negociações que resultaram hoje na assinatura do Acordo.
Nos termos do Acordo, será concedida à SBM Offshore, pelo MTFC, pelo MPF, pela AGU e pela Petrobras, quitação e isenção total para ações legais relativas a todas as questões relacionadas a ou derivadas de quaisquer atos relacionados a seu então principal agente no Brasil e de suas empresas durante o período compreendido entre 1996 – 2012 e todas as investigações a elas relacionadas conduzidas pela Petrobras, pelo MPF e pelo MTFC.
O Acordo estabelece que a SBM Offshore e a Petrobras retomarão as suas relações normais de negócios e confirma que a SBM Offshore será convidada a participar das licitações promovidas pela Petrobras, em igualdade de condições com os demais concorrentes.
Os termos do acordo final negociado entre as Partes são os seguintes:
- pagamento em dinheiro, pela SBM Offshore, no total de US$ 162,8 milhões, dos quais US$ 149,2 milhões serão destinados à Petrobras, US$ 6,8 milhões ao MPF e US$ 6,8 milhões ao Conselho de Controle das Atividades Financeiras - “COAF”, para implementação de unidades de processamento informatizado massivo de informações e outros instrumentos a serem utilizados na prevenção e no combate à corrupção pelo MPF e pelo COAF. Essa quantia será paga em três parcelas. A primeira parcela, de US$ 142,8 milhões, será paga na data em que o Acordo entrar em vigor. As outras duas parcelas, de US$ 10 milhões cada, serão devidas respectivamente um e dois anos após a data de vigência do Acordo; e
- redução de 95% em futuros pagamentos de bônus de performance relacionados aos contratos de afretamento e operação dos FPSOs Cidade de Anchieta e Capixaba, que representa o valor nominal aproximado de US$ 179 milhões pelo período de 2016 a 2030, ou o valor presente para a SBM Offshore de aproximadamente US$ 112 milhões.
• a SBM fica obrigada ainda a cooperar com os processos que poderão ser conduzidos pelo MTFC e pelo MPF em desfavor de terceiros, como desdobramentos do caso.
• a implementação pela SBM de aperfeiçoamento em seu programa interno de integridade relacionado ao Brasil, conforme consultas com o MTFC, a quem a SBM, por três anos após a data de entrada em vigor do Acordo, se reportará periodicamente em assuntos tratados no Acordo. Esses ajustes não impactam as atividades regulares dos departamentos de conformidade da Petrobras e da SBM Offshore.

O Ministério Público Federal submeterá o Acordo, no que lhe compete, à deliberação 5ª Câmara de Coordenação e Revisão e Combate à Corrupção do Ministério Público Federal.

O MTFC irá, adicionalmente, remeter o Acordo ao Tribunal de Contas da União (“TCU”).

O Acordo constitui resultado do esforço de articulação institucional entre o MTFC, a AGU e a Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro, que conduziram conjuntamente a negociação, com vistas à melhor resolução do caso."

Veja quem é quem na crise política e militar na Turquia

15/07/2016 22h04 - Atualizado em 15/07/2016 23h10

Tentativa de golpe militar abalou o país na noite desta sexta-feira (15).
Conheça as principais figuras políticas envolvidas no incidente.

Do G1, em São Paulo

A tentativa de golpe militar na Turquia, que teve início no fim da tarde desta sexta-feira (15), no horário de Brasília, gerou horas de tensão em várias regiões do país. O governo negou que o golpe foi bem sucedido e trocou acusações sobre quem estaria por trás da iniciativa de remover do poder o Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), entre eles o clérigo muçulmano Fethullah Gülen, uma das principais vozes da oposição. Simpatizantes de Gülen negaram seu envolvimento.
Veja abaixo quem é quem na crise política e militar da Turquia.
Muhammed Fethullah Gülen, fundador do Movimento Gülen
Escritor, político e um antigo imã, o clérigo Ferhullah Gülen, de 75 anos, segue uma linha moderada do islamismo, aberta a aceitar conceitos científicos e ao diálogo com outras religiões.
 Presidente turco Tayyip Erdogan (esq.) declarou luta contra 'estado paralelo', que seria liderado pelo clérigo muçulmano Fethullah Gulen (dir.), que vive nos Estados Unidos (Foto: REUTERS/Umit Bektas/AP Photo/Selahattin Sevi)O presidente turco Tayyip Erdogan (esq.) e o clérigo muçulmano Fethullah Gulen (dir.), que vive nos Estados Unidos (Foto: REUTERS/Umit Bektas/AP Photo/Selahattin Sevi)
Ele é atualmente a principal voz internacional da oposição ao governo de Recep Tayyip Erdogan, mas, até 2013, era um dos aliados do presidente turco. A aliança entre os dois foi desfeita depois que um escândalo de corrupção atingiu o governo, e Erdogan o acusou de estar por trás das denúncias.
Segundo o presidente, Gülen construiu um "estado paralelo" dentro do governo, com influência em setores políticos, judiciário e policial.
Simpatizantes do Movimento Gülen, também conhecido como Hezmit, palavra que, em turco, significa "serviço", negam que a tentativa de golpe desta sexta tenha as mãos do clérigo. Gülen vive desde 1999 nos Estados Unidos.
Recep Tayyip Erdoğan, presidente da Turquia
Principal figura política turca, Erdogan é presidente do país desde 2014, mas participa do governo desde 2003, quando se tornou primeiro-ministro pelo conservador Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP). Outro cargo de alta visibilidade que ele ocupou foi o de prefeito de Istambul, a principal cidade turca e porta da Europa para o país.

Recentemente, porém, o presidente tem recebido críticas internacionais por restringir liberdades civis e a expressão de vozes da oposição. A repressão se intensificou depois de março de 2014, quando o AKP venceu as eleições parlamentares, um ano depois de se envolver em um escândalo de corrupção.
erdogan volta (Foto: Reprodução)Erdogan durante discurso após retornar a Istambul, na madrugada desta sexta-feira  (Foto: Reprodução)
Em dezembro de 2013, uma operação contra corrupção culminou na prisão de dezenas de pessoas, entre elas os filhos de três ministros de Erdogan e figuras chave do setor financeiro e imobiliário. As acusações incluem o contrabando de ouro para o Irã e o suborno para conseguir funções públicas. Quatro ministros pediram demissão. Um deles, o titular do Ministério do Ambiente, Erdogan Bayraktar, disse que Erdogan, então primeiro-ministro, deveria deixar o cargo, dizendo que ele sabia dos projetos imobiliários em questão.
Depois que Erdogan assumiu a presidênca, uma série de meios de comunicação foram fechados e pessoas que criticaram o governo publicamente têm sido presas e acusadas de traição, e sua tentativa de esmagar a oposição tem contribuído para a instabilidade política, afetada também pelos problemas econômicos e internacionais do país.
O governo também exonerou centenas de policiais em 2014, uma ação que foi, para muitos analistas, fruto da rivalidade entre o partido de influência islâmica de Erdogan e o grupo do líder islâmico. Em março deste ano, a Turquia tomou o controle do jornal "Zaman", ligado a Gülen.
O primeiro-ministro da Turquia, Binali Yildirim, em coletiva de imprensa em 27 de junho de 2016 (Foto: Umit Bektas/Reuters)O primeiro-ministro da Turquia, Binali Yildirim, em coletiva de imprensa em 27 de junho de 2016
(Foto: Umit Bektas/Reuters)
Binali Yıldırım, primeiro-ministro da Turquia
Primeiro-ministro da Turquia desde maio de 2016, Binali Yıldırım participa do governo do AKP desde 2011, quando ocupou o cargo de ministro dos Transportes. Ele também foi membro da Assembleia Nacional da Turquia.
Hulusi Akar, chefe das Forças Armadas da Turquia (Foto: Mikki L. Sprenkle/U.S. Army)Hulusi Akar, em foto de janeiro de 2015
(Foto: Mikki L. Sprenkle/U.S. Army)
Hulusi Akar, chefe das Forças Armadas da Turquia
Akar, de 64 anos, commanda as forças armadas turcas desde agosto de 2015 e, antes disso, foi o comandante do exército. Estrategista militar com pós-graduação em diplomacia internacional, ele tem experiências com as guerras da Bósnia e de Kosovo, já que a Turquia faz parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Nesta sexta-feira, quando parte dos militares tentou organizar o golpe de estado, Akar foi preso e tomado refém. Até as 22h30 desta sexta (horário de Brasília), informações sobre seu paradeiro ainda não estavam confirmadas. Por volta das 22h15, Erdogan, após aterrissar em Istambul, afirmou que não sabia onde estava seu comandante das forças armadas.
Bekir Bozdağ, ministro da Justiça da Turquia
Assim como Yıldırım, Bozdağ já foi membro da Assembleia Nacional da Turquia e participa do governo do AKP há vários anos. Entre dezembro de 2013 e março de 2015, ele acumulou os cargos de ministro da Justiça e presidente do Conselho Supremo de Juízes e Procuradores. Em novembro do mesmo ano, voltou às mesmas funções em novembro do ano passado.

Mapa Turquia 2 (Foto: Editoria de Arte/G1)

Militares tentam golpe de Estado na Turquia; governo nega perda de poder

15/07/2016 16h55 - Atualizado em 15/07/2016 20h26

Primeiro-ministro diz que tentativa de golpe é de parte dos militares do país.

Aviões sobrevoam Ancara e tanques vigiam aeroporto de Istambul.

Do G1, em São Paulo
Militares da Turquia disseram nesta sexta-feira (15) em comunicado que assumiram o poder no país. O presidente Tayyip Erdogan disse à CNN turca, por telefone, que se trata de uma tentativa de revolta de uma minoria dentro das forças militares, um ato encorajado por uma “estrutura paralela” e que terá a resposta necessária.
Erdogan convocou o povo a ir às ruas. “Iremos superar isso”, afirmou. Ele disse ainda que aqueles que estão tentando um levante irão pagar preços altos na corte e que em um curto período de tempo a situação deve ser resolvida. O presidente disse também que está voltando para Ancara.
Caso a tentativa de derrubada de Erdogan, que governa a Turquia desde 2003, tenha sucesso, seria uma das maiores mudanças de poder no Oriente Médio nos últimos anos.
Segundo a imprensa internacional, o Exército está dividido, e há áreas dele que não apoiam a tentativa de golpe. O comandante das forças especiais da Turquia disse que “um grupo se envolveu em traição, eles não serão bem sucedidos, estamos a serviço do povo”. Ele disse ainda que as forças armadas não concordam com essas ações.
O comunicado dos militares diz que o poder foi tomado “em prol da ordem democrática” e que os direitos humanos vão permanecer. O comunicado diz ainda que todas as relações exteriores existentes vão continuar e que o respeito às leis deve ser prioridade.
O Ministro da Justiça turco diz que integrantes de um movimento que é leal ao clérigo opositor Fethullah Gulen, que mora nos EUA, organizaram a tentativa de golpe. Mas o grupo de Gulen disse condenar qualquer intervenção militar na política doméstica da Turquia.
A agência estatal Anadolu informou que 17 policiais foram mortos no quartel-general das forças especiais em Ancara.
Testemunhas disseram à Reuters que tanques abriram fogo contra o prédio do Parlamento turco e que helicópteros abriram fogo na agência nacional de inteligência. Um tiroteio foi ouvido também no aeroporto de Istambul e um helicóptero militar abriu fogo sobre Ancara.
Pessoas que protestam nas ruas sobem em tanques que se movem para tentar detê-los em Ancara, na Turquia (Foto: Burhan Özbilici/AP)Pessoas que protestam nas ruas sobem em tanques que se movem para tentar detê-los em Ancara, na Turquia (Foto: Burhan Özbilici/AP)
O primeiro-ministro da Turquia, Binali Yildirim, afirmou à emissora local NTV que o país sofre uma tentativa de golpe militar e que a ação está sendo levada a cabo por um grupo de militares "fora da cadeia de comando", mas que nada vai ameaçar a democracia turca. Ele afirmou que os responsáveis vão pagar "um alto preço".
Yildirim afirmou ainda que forças de segurança estão fazendo o necessário para resolver a situação. Ele pediu calma. “O governo eleito pelo povo continua no comando. Esse governo só sairá quando o povo disser”, disse.
Um pouco mais tarde, ele afirmou que prédios importantes estavam sendo cercados.
A população foi às ruas em várias cidades. Tiros foram ouvidos perto da Ponte do Bósforo, em Istambul (veja abaixo).
Invasão e pronunciamento na TV estatal
A emissora de televisão turca TRT foi tomada pelos militares. A rede foi tirada do ar. Jornalistas que estavam dentro do prédio relataram que tiveram os telefones confiscados
Uma jornalista leu um pronunciamento do grupo, dizendo que uma nova constituição vai ser preparada o antes possível. O comunicado diz também que o estado de direito foi erodido pelo governo atual e que o país agora está sendo comandado por um “conselho de paz”, que vão assegurar a segurança da população.
Mapa Turquia 2 (Foto: Editoria de Arte/G1)

Aeroporto fechado
Uma fonte de União Europeia disse que os militares tomaram o controle de aeroportos e outros pontos estratégicos em Istambul. Voos com destino a cidades da Turquia estão sendo desviados.
Um piloto disse à agência Reuters que todos os voos foram cancelados no Aeroporto Ataturk, o principal de Istambul e do país.
O acesso ao Facebook, ao Twitter e ao Youtube está restrito, afirmam grupos de monitoramento da internet.
A CNN diz ainda que reféns foram tomados em quartéis militares de Ancara. Segundo a agência estatal Anadolu, o chefe das Força Armadas está entre os reféns.
 
Pontes fechadas
Militares turcos fecham o acesso à Ponte do Bósforo em Istambul, na Turquia (Foto: Stringer/Reuters)Militares turcos fecham o acesso à Ponte do Bósforo em Istambul, na Turquia (Foto: Stringer/Reuters)
Aviões e helicópteros militares estão sobrevoando a capital, afirma a AFP. Testemunhas relataram à agência Reuters que houve um tiroteio na cidade. Segundo o jornal turco "Hurriyet", a polícia de Ancara convocou todo o pessoal em serviço.
Em Istambul, forças de segurança fecharam parcialmente as pontes do estreito de Bósforo. As duas pontes foram fechadas pela divisão do exército turco encarregada da segurança interna. A NTV mostrou também imagens de tanques na entrada do aeroporto de Istambul.
O presidente da Turquia Tayyip Erdogan fala com a imprensa no lobby de um hotel em Marmaris, na Turquia (Foto: Kenan Gurbuz/Reuters)O presidente da Turquia Tayyip Erdogan fala com a imprensa no lobby de um hotel em Marmaris, na Turquia (Foto: Kenan Gurbuz/Reuters)
Segundo a NBC, a base militar dos EUA em Incirlik recebeu ordem de ampliar sua proteção e teve todas as suas missões paralisadas.
Autoridades dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Israel e Rússia alertaram seus cidadãos que estão na Turquia a não deixarem suas casas e hotéis.
A Casa Branca disse que Obama está sendo informado da situação na Turquia e vai receber atualizações periódicas.
O Ministro das Relações Extreriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse que o derramamento de sangue deve ser evitado na Turquia e que qualquer assunto deve ser resolvido dentro da estrutura da constituição.
O chefe da ONU, Ban Ki-moon, fez um apelo por calma na Turquia e afirmou que as Nações Unidas estão tentando esclarecer a situação.
Apoiadores do presidente Recep Tayyip Erdogan protestam na frente de soldados na praça Taksim em Istambul, na Turquia (Foto: Emrah Gurel/AP)Apoiadores do presidente Recep Tayyip Erdogan protestam na frente de soldados na praça Taksim em Istambul, na Turquia (Foto: Emrah Gurel/AP)

Inteligência turca diz que golpe não se concretizou

Chefe da polícia está seguro, diz jornal

Pessoas que protestam nas ruas sobem em tanques que se movem para tentar detê-los em Ancara, na Turquia (Foto: Burhan Özbilici/AP)

Um vídeo divulgado no Twitter mostra o momento em que militares envolvidos na tentativa de golpe são detidos pela polícia. Segundo o jornal Daily Sabah, o chefe da polícia Hulusi Akar está seguro no momento e a polícia conseguiu prender vários soldados que foram encaminhados para o quartel-general do Serviço de Inteligência Nacional.



A CNN informou que a inteligência turca decretou que o golpe não se concretizou, mas que os confrontos entre a população e os militares seguem nas ruas do país.  
Veja no vídeo os soldados detidos.

Médico do Grêmio descreve horror em Nice: "É uma cidade fantasma" Paulo Rabaldo jantava com a família na cidade no momento do atentado e afirma que pretendia visitar a orla, mas se atrasou: "Salvou nossas vidas"



Médico do Grêmio descreve horror em Nice: "É uma cidade fantasma" AFP PHOTO / VALERY HACHE/AFP
Foto: AFP PHOTO / VALERY HACHE / AFP


Uma cidade fantasma. É assim que o brasileiro Paulo Rabaldo, médico do Grêmio, descreve o cenário de Nice após o atentado que matou mais de 80 pessoas e feriu mais de 120, de acordo com autoridades francesas.
Rabaldo passa as férias com a família na França e estava jantando em um restaurante próximo à orla de Nice, a cerca de um quilômetro do local onde ocorreu o ataque. O médico estava com seus três filhos quando começou uma correria no local e fecharam o estabelecimento. De acordo com Rabaldo, um grande aparato de segurança tomou conta da cidade após o atentado.
— Nice é uma cidade turística, badalada, banhada pelo Mar Mediterrâneo, mas o cenário hoje é totalmente diferente. As ruas estão vazias. Um toque de recolher foi decretado. Só o que ouvimos são sirenes de carros de polícia, ambulâncias e caminhões de bombeiros. Isso é assustador — descreve.
Paulo Rabaldo disse que por pouco sua família não se juntou às vítimas. Eles planejavam ir à praia após o jantar para observar os fogos de artifício em comemoração ao Dia da Bastilha, celebrado em 14 de julho.
— Acabamos nos atrasando no jantar, isso atrapalhou nossos planos iniciais de acompanhar o foguetório, mas salvou nossas vidas, graças a Deus — afirmou.
Rabaldo disse que o clima na cidade francesa é de velório. Segundo ele, a cidade está "muda". Uma de suas filhas, que mora na Europa, correu pela beira da praia, local do atentado, cerca de 30 minutos antes da tragédia.
— Ela está chocada. Disse que pode ter passado por diversas vítimas enquanto percorria a orla. 
Paulo Rabaldo e seus outros dois filhos retornam para o Brasil no sábado.
— Estamos trancados em casa e rezando pelas famílias das vítimas — completou.
Até o momento, 77 mortes foram confirmadas neste que é o segundo atentado mais sangrento cometido na Europa nos últimos anos, superado apenas pelos ataques em Paris, em novembro de 2015, com 130 mortos.