domingo, 10 de julho de 2016

Filho de Bin Laden ameaça EUA e diz que vingará morte do pai




"Se vocês pensaram que o crime de Abbottabad passou sem punição, vocês estão errados", afirmou em áudio divulgado pela Al-Qaeda



MUNDO ALERTAHÁ 36 MINS
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Em um áudio divulgado pela Al-Qaeda, Hamza bin Laden, um dos supostos filhos do terrorista Osama Bin Laden, morto em 2011, ameaçou os EUA, no que ele diz ser uma resposta à operassão "ao povo da Síria, Palestina, Afeganistão, Iraque, Iêmen e Somália, além de outras terras muçulmanas".



De acordo com o Independent, Hamza citou o ataque feito pelos Estados Unidos que acarretou na morte de seu pai em Abbottabad, no Paquistão:
"Se vocês pensaram que o crime de Abbottabad passou sem punição, vocês estão errados".
Especula-se que Hamza, hoje na casa dos 20 anos, possa vir a ser o novo chefe da Al-Qaeda, organização terrorista que foi comandada por seu pai e foi responsável por, entre os diversos ataques, o 11 de setembro.
(Na fotos, Hamza Bin Laden ainda criança)

Quatro iniciativas bem sucedidas contra a corrupção ─ e que poderiam ser aproveitadas pelo Brasil

BBC
10/07/2016 09h30 - Atualizado em 10/07/2016 09h30

Para especialistas, é impossível eliminar o problema de vez ─ 'é como se recuperar de vício' ─ mas é possível mirar em aspectos específicos e diminuir a corrupção; conheça quatro exemplo de países e territórios.

Da BBC
Quando se fala em acabar com a corrupção no Brasil, muita gente lembra do exemplo frustrante da Itália: por lá, a grande operação que inspirou a Lava Jato brasileira investigou centenas de políticos e empresários, mas não conseguiu eliminar o problema.
Olhando para exemplos de outros países, especialistas na área dizem que é mesmo impossível acabar totalmente com a corrupção. Mesmo nos países nórdicos, que costumam ocupar o topo dos rankings de menos corruptos, há pagamentos de propina em troca de vantagens.
"Lutar contra a corrupção é como se recuperar de um vício. Você nunca se recupera totalmente", diz Dan Hough, especialista em combate à corrupção da Universidade de Sussex, na Inglaterra.
"Se você é alcoólatra, sempre será alcoólatra. A questão é: como você diminui os efeitos do seu problema?", questiona ele.
Hough acredita ser possível reduzir a prática identificando o tipo de corrupção que se quer combater.
No escândalo da Petrobras e da Lava Jato, por exemplo, ele identifica o problema central como sendo a falta de transparência em contratos públicos. Outros exemplos de tipos de corrupção podem ser pequenos subornos no dia a dia e financiamento ilegal de campanhas.
Robert Klitgaard, especialista em corrupção da Universidade Claremont, nos EUA, diz, em um relatório feito para a OCDE, que no combate ao problema "o sucesso é sempre incompleto, e o risco da corrupção ressurgir sempre é uma ameaça".
A exemplo de Hough, Klitgaard acredita que, apesar de não ser possível acabar totalmente com a corrupção, há casos de iniciativas que conseguiram bons resultados e podem servir de exemplo a outros países.
Mas que iniciativas seriam essas? Abaixo, a BBC Brasil reúne quatro exemplos de estratégias usadas em países e territórios diferentes que conseguiram reduzir a corrupção.
1) Hong Kong
O caso de Hong Kong é considerado modelo no combate à corrupção.
No anos 1970, o então território britânico vivia uma situação de corrupção sistêmica, que envolvia o governo local, o sistema de Justiça, empresas e a própria população, com pagamento de pequenas propinas e outras formas de corrupção. Parte do esquema era controlado pelo crime organizado.
A gota d'água veio quando o então chefe de polícia, Peter Godber, fugiu da cidade ao ser acusado de corrupção.
Sua fuga e a corrupção disseminada no governo geraram uma onda de protestos que, em 1974, resultou na criação de uma Comissão Independente Contra a Corrupção, com uma equipe bem treinada e bem paga.
Segundo um relatório do centro de pesquisas anticorrupção U4 em parceira com a Transparência Internacional, o sucesso dessa comissão se deve, em parte, ao fato de ela ter se focado não apenas em punição, mas também em educação e prevenção.
A agência atuava até em jardins de infância, mostrando às crianças histórias em que o personagem honesto sempre vencia. A ideia era ensinar valores, e não leis.
As pessoas eram encorajadas a não tolerar a corrupção e fazer denúncias pessoalmente, sem usar anonimato. Hoje, 70% das denúncias feitas no país não são anônimas, de acordo com a agência. Com isso, diz, é mais fácil levar as investigações adiante.
Outros fatores que explicam essa história de sucesso: uma forte vontade política, a independência da agência, um alto nível de recursos (tanto financeiros quantos humanos) alocados na agência e um sistema de Justiça eficaz e independente.
Além disso, a agência tem poderes especiais: tem acesso a contas bancárias, pode exigir que testemunhas deponham sob juramento e confiscar propriedades e documentos de viagem.
Também há forte apoio legislativo e um sistema de leis que cobre vários tipos de corrupção, tanto no setor público quanto no setor privado. No Brasil, por exemplo, o enriquecimento ilícito não é crime ─ o que, segundo promotores, dificulta muita a punição de suspeitos.
A má notícia é que, segundo especialistas, a experiência de Hong Kong não é facilmente replicável em outros países, já que é muito difícil juntar todas essas condições que existiam ali naquele momento específico.
2) Filipinas
O caso das Filipinas é estudado por Klitgaard em um relatório sobre combate à corrupção para a OCDE .
Em junho de 2010, Benigno Aquino III foi eleito presidente com o slogan "Quando ninguém for corrupto, ninguém será pobre".
Naquele momento, as Filipinas enfrentavam um problema de corrupção sistêmica: eram o 133º colocado entre 178 países no ranking de percepção de corrupção da Transparência Internacional. Em uma escala de zero a 10, em que 10 significa menos corrupto, a nota das Filipinas era 2,4.
O caso virou modelo para o pesquisador mais pela forma direta como o governo abordou o problema do que pelas medidas implementadas em si.
Semanas após a eleição, foi feita uma grande reunião com ministros e outros integrantes do alto escalão do governo que seguiu o modelo de um estudo de caso de uma business school ─ escola de negócios.
Eles analisaram uma história de sucesso de outro país, modelos teóricos sobre corrupção, custos e trabalharam para identificar exatamente qual tipo de corrupção deveriam combater.
Naquela mesma tarde, o governo já tinha uma plano de ação, o que chama atenção, pois normalmente propostas do tipo demoram semanas ou até meses para ficarem prontas.
O plano incluía um foco principal na identificação e punição de grandes corruptos, em vez de "peixes pequenos" ─ a ex-presidente do país, Gloria Arroyo, por exemplo, foi presa por fraude eleitoral pouco depois, em 2012.
Também incluía uma grande estratégia para permitir e convencer cidadãos a dar notas para medir o desempenho de agências do governo, um acompanhamento feito de perto e que se mostrou eficiente para reduzir pagamentos de suborno.
O programa também incluía novas parcerias com a sociedade civil e empresários, reformas radicais na formulação do orçamento, que deixaram o processo mais transparente, e aumento da coordenação entre agências do governo.
Com isso, o país passou da posição 133 para 94 no ranking da Transparência e foi descrito pelo Fórum Econômico Mundial como "o país que mais melhorou" em competitividade global. As taxas de investimento também aumentaram.
Mas Klitgaard nota que ainda há muito a avançar no país: a percepção de corrupção ainda é alta e, em 2014, o então presidente Aquino foi acusado de abuso de poder.
Especialistas dizem que a cruzada anticorrupção funcionou mais com nos setores públicos que prestam serviços burocráticos do que realmente no nível dos políticos.
"Mas o progresso é palpável. Mesmo em um país com corrupção sistêmica, a melhora é possível, com benefícios políticos e econômicos significativos", escreve Klitgaard.
3) Índia
O professor da Universidade de Sussex Dan Hough diz que, na Índia, um dos grandes problemas era a corrupção do dia a dia, que tem no pagamento de pequenas propinas sua face mais visível.
Na país, é costume pagar suborno para tudo: obter carteira de habilitação, conseguir ligação à rede de água, fazer o registro de um imóvel e até para atestado de óbito, dizem ativistas.
Para combater isso, dois ativistas criaram o site "I Paid Bribe" (Eu paguei propina), que permite que as pessoas denunciem anonimamente o pagamento de subornos.
O site também permite que usuários deem conselhos sobre como evitar pagar subornos ─ pedir o carimbo e nome do agente que diz que faltam documentos para algum processo burocrático e que isso pode ser resolvido com um "cafezinho", por exemplo.
Com o grande número de denúncias feitas sobre as provas para conseguir permissão para dirigir, por exemplo, o governo acabou tomando uma atitude mais drástica: acabou com os examinadores.
No primeiro centro automatizado para testes de direção, aberto em Bangalore em 2011, os candidatos a motoristas precisam andar por uma pista cheia de sensores que determinam seu desempenho. A prova sobre legislação é feita em um computador.
"A genialidade deste site é que ele permite identificar qual é o problema específico e criar políticas específicas para isso", diz Hough.
Mas, como todos os outros, a Índia ainda tem muito a avançar: está em 76ª no ranking da Transparência Internacional.
4) Geórgia
Parece uma anedota, mas na Geórgia era comum que as pessoas pagassem subornos para conseguir emprego de policial rodoviário. Qual era a primeira coisa que faziam quando saíam às ruas? Cobrar propina de todo mundo para compensar o gasto. "Todo mundo" incluía até pedestres.
Este exemplo também é citado por Hough e várias organizações, como a Transparência Internacional.
Na Geórgia, segundo especialistas, imperava uma cultura do "jeitinho", ligada à razões históricas: sendo um pequeno país no meio de grandes impérios, a população se orgulhava de conseguir contornar os poderes estabelecidos.
Mas, aos poucos, os georgianos começaram a achar que as coisas passaram dos limites e, em 2003, teve início a chamada "Revolução Rosa", que tirou o presidente do cargo.
O novo presidente, Mikheil Saakashvili, foi eleito com uma plataforma de combate à corrupção e promoção da transparência.
A transparência chegou a ser literal: as delegacias da antiga e corrupta polícia rodoviária são hoje feitas de vidro, para que todos vejam o que se passa lá dentro.
Antiga porque aquela força policial foi toda substituída: 16 mil agentes foram demitidos da noite para o dia. Os novos policiais recebiam mais e eram monitorados para que não recebessem subornos.
A transparência também chegou às contas públicas. As licitações do governo agora são todas feitas em uma plataforma online pública ─ o que facilita o controle externo.
Segundo Hough, a Geórgia é um exemplo de país que tinha problemas com "transparência" ─ o que, para ele, se assemelha à situação do Brasil.
"Se você tem transparência para saber quem ganha contratos do governo, como isso foi feito, quanto eles pagaram, quem está no conselho dessas empresas, fica mais difícil usar o sistema a seu favor", diz Hough.
Em 2010, a Transparência Internacional classificou a Geórgia como o país de melhor desempenho em termos de redução relativa da corrupção.
No ano passado, a Geórgia ficou no 48º no ranking mundial de percepção da corrupção.
"Os desafios permanecem na Geórgia. A corrupção na Justiça ainda é um problema, e estão surgindo mais acusações de favoritimos no alto escalão. Após deixar o cargo, o presidente Saakashvili foi acusado de abuso de poder ─ inclusive na luta contra a corrupção", diz o relatório de Klitgaard.

Temer se reúne com relator da LDO e pede aprovação da meta

Presidente interino teve encontro com o senador Wellington Fagundes neste sábado (9)



POLÍTICA AGENDAHÁ 12 HORAS
POR NOTÍCIAS AO MINUTO


O presidente em exercício Michel Temer se reuniu com o senador Wellington Fagundes, relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017, na manhã deste sábado (9). Segundo informações do jornal O Globo, Temer pediu a meta fiscal, que prevê déficit de R$ 139 bilhões, seja aprovada na próxima semana na Comissão Mista de Orçamento (CMO).


"A gente deve votar pelo menos na Comissão Mista de Orçamento a LDO, com as regras do Orçamento de 2017. A preocupação do presidente é em dar uma sinalização para o mercado sobre a meta", disse o senador, após a reunião.
A equipe econômica estima que o rombo pode ser ainda maior, se o governo não arrecadar ao menos R$ 55 milhões. Na avaliação de Fagundes, a meta fiscal precisa da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita gastos públicos para ser atingida.
"Para atingir um déficit de R$ 139 bilhões, o governo terá que encontrar R$ 55 bilhões em receitas. Mas não são receitas certas ainda", afirmou Fagundes.
A aprovação em plenário do Congresso esbarra em mais dificuldades, já que o comando da Câmara ainda não está definido. A reunião entre Temer e Fagundes durou cerca de duas horas. Descontraído, o presidente interino foi fotografado de camiseta ao lado do senador.

Temer estuda privatizar aeroportos da ponte aérea Rio-São Paulo

"É possível que venhamos a privatizar, vai ser analisado, Congonhas e Santos Dumont, o que deve dar uma boa soma", afirmou




ECONOMIA PASSAGEIROSHÁ 3 HORAS
POR NOTÍCIAS AO MINUTO


Diante da necessidade de aumentar a receita e reduzir o rombo nas contas públicas, o presidente interino Michel Temer informou que vai estudar a dos aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ), responsáveis por 45% do fluxo de passageiros no país.


"É possível que venhamos a privatizar, vai ser analisado, Congonhas e Santos Dumont, o que deve dar uma boa soma", afirmou.
Os dois aeroportos possuem, atualmente, a rota mais movimentada do país - a ponte aérea Rio-São Paulo.
Segundo informações da Folha de S.Paulo, a inclusão de ambos na lista de de privatizações é uma mudança importante no pacote de concessões que está sendo montado pelo governo interino.
De acordo com a publicação, o governo previa, inicialmente vender apenas quatro aeroportos em 2016 - Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza - o que renderia, ao menos, R$ 4,1 bilhões aos cofres públicos.
Temer disse esperar que a venda de ativos e a recuperação da economia gerem receitas suficientes para cumprir a meta fiscal de 2017, que prevê deficit de R$ 139 bilhões, mas não descartou a possibilidade de elevar impostos.
"O meu desejo é que não aumente, mas, se houver absoluta necessidade, não tem o que fazer", concluiu.

Delator diz que Cunha usava esquema de propina contra inimigos

Em delação premiada, o ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal fez revelações sobre o deputado afastado Eduardo Cunha




POLÍTICA DEPUTADOHÁ 3 HORAS
POR NOTÍCIAS AO MINUTo


O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi responsável por usar um esquema de corrupção na Caixa Econômica para prejudicar seus adversários. As informações foram reveladas na delação premiada de Fábio Cleto, ex-vice-presidente da instituição.


De acordo com a reportagem da Folha de S. Paulo, Cunha tinha como alvos o governo de Dilma Rousseff e o empresário Benjamin Steinbruch, da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional.
Aliados de Cunha indicaram Cleto para ocupar o cargo na Caixa. Além disso, ele fez parte do conselho do Fundo de Investimento do FGTS, opinando na liberação de recursos para empresas.
Cleto revelou que usava a sua influência para cobrar propina das empresas em troca da liberação dos recursos e também atrapalhava a aprovação de projetos, a pedido de Cunha.
O delator ainda disse que, em outubro de 2014, a Companhia Siderúrgica Nacional pleiteava financiamento do FI-FGTS, via emissão de debêntures, no valor de R$ 1,2 milhão para a ampliação do Porto de Sepetiba (RJ).
De acordo com a reportagem, Cleto diz que alertou Cunha sobre a proposta, que tinha tramitação sigilosa. No entanto, o peemedebista teria dito que tinha um relacionamento muito ruim com Steinbruch e que tinha interesse na rejeição da operação. Cleto contou que, após o pedido de Cunha, pediu vista da operação e atrasou a análise em mais de um ano.
OUTRO LADO
O deputado afastado Eduardo Cunha disse em nota que nunca teve discussão sobre esses assuntos com o ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto.
"Não sou desafeto do presidente da CSN. Ao contrário, tenho relações amistosas. Desminto ter tido qualquer discussão com relação a esses assuntos", disse.
Ainda segundo a Folha, o advogado do ex-vice da Caixa, Adriano Salles Vanni, não quis comentar. 

Filho de Zezé Di Camargo é acusado de comprar vaga em faculdade













Alguns internautas alegaram que o famoso comprou a vaga na instituição de ensino para o caçula


FAMA POLÊMICAHÁ 1 HORA
POR NOTÍCIAS AO MINUTO


Igor Camargo, filho do cantor Zezé Di Camargo, se envolveu em uma polêmica após o sertanejo postar uma foto no Instagram comemorando a aprovação do rapaz no curso de Administração da Fundação Getúlio Vargas.

Alguns internautas alegaram que o famoso comprou a vaga na instituição de ensino para o caçula, o que deixou o rapaz irritado. “Enquanto que a maioria das pessoas colocaram mensagens bacanas, (obrigado a todas) houve algumas mensagens idiotas”, disparou.
“Primeiramente, eu entrei nessa faculdade com 22 anos, pois já me formei na minha primeira faculdade de produção musical. Quem acha que uma instituição tão séria como a FGV venderia vagas e que meu pai seria corrupto de comprar uma, realmente está equivocado (a). O trabalho do meu pai ajudou sim, me proporcionou uma ótima base de ensino, algo que qualquer pai e mãe gostaria de poder proporcionar aos seus filhos, algo que todos merecem te

José Aldo volta a ser "Aldo", vence Edgar e recupera cinturão para o Brasil

10/07/2016 00h21 - Atualizado em 10/07/2016 02h31

Brasileiro faz luta estratégica, domina americano no UFC 200, leva título interino dos pesos-penas e provoca Conor McGregor: "Só tenho um objetivo: vencer este m***"

Por Las Vegas, EUA
José Aldo (Foto: Getty Images)José Aldo recebe o cinturão interino das mãos de Dana White: brasileiro quer o linear de volta (Foto: Getty Images)
José Aldo foi o único campeão brasileiro no UFC entre maio de 2014, quando Renan Barão foi destronado no peso-galo, e março de 2015, quando Rafael dos Anjos conquistou o título do peso-leve. Nada mais justo, então, que o lutador manauara fosse o homem a recuperar um cinturão - ainda que interino - para o Brasil, dois dias após Dos Anjos perder o seu para Eddie Alvarez. O lutador da Nova União venceu o americano Frankie Edgar por decisão unânime (49-46, 49-46, 48-47) neste sábado, no card principal do UFC 200, em Las Vegas (EUA), para conquistar o título interino dos pesos-penas e uma revanche contra o irlandês Conor McGregor, atual campeão linear da categoria e responsável pela traumática perda do cinturão em dezembro do ano passado. 
O "Notório" assistiu de pé, ao lado do octógono, à atuação do brasileiro, que voltou a lutar como acostumou seus fãs durante seu reinado no peso-pena: de forma estratégica, no controle da distância e certeiro nos contragolpes. Basicamente, foi José Aldo novamente, em vez do lutador ávido para atacar o adversário rapidamente que foi no fatídico nocaute sofrido em 13s contra McGregor. Com a confiança recuperada pela atuação dominante, Aldo não perdeu a oportunidade de provocar o arquirrival ao final da luta.
- Confio nele, amo ele. Frankie é um grande adversário, tem um wrestling muito bom, eu o respeito. Mas eu só tenho um objetivo: é vencer este m***. Ele não vai ter a mesma sorte que teve da outra vez - disse José Aldo. O irlandês, de seu assento, fez cara de não ter se impressionado muito e pareceu aberto à revanche contra o brasileiro.
Conor McGregor, UFC 200, MMA (Foto: Reprodução)Conor McGregor assiste à luta de pé (Foto: Reprodução)
Aldo começou o combate cauteloso, estudando a movimentação de Edgar e controlando a distância. Aos poucos, o americano foi encontrando o caminho para golpear, através de chutes baixos. O brasileiro respondeu com boas combinações em cima, e rechaçou a primeira entrada em queda do adversário. Aldo teve um bom momento no minuto final, ao conectar um jab e direto. Ele também encaixou uma joelhada dura, mais um cruzado de esquerda em cheio que levou Edgar a knockdown.
Edgar seguiu ditando o ritmo no segundo round, mas acertava poucos golpes. Aldo acertou mais uma joelhada numa entrada de queda e saiu da frente do americano como um toureiro. O supercílio direito de Edgar começou a sangrar como resultado da joelhada. O americano, contudo, não desacelerou, e acertou dois bons cruzados de direita. Mesmo assim, Aldo seguia dominando a distância, e rechaçou mais duas entradas de queda com facilidade. Ambos acertaram bons cruzados, e o manauara tentou garantir a pontuação do round com mais uma joelhada voadora e uma chuva de jabs nos segundos finais.
A luta prosseguia, mas Edgar parecia ficar mais rápido. Ele começou o terceiro round acertando bons jabs e cruzados, e ficou ainda mais incisivo nas entradas de queda. Aldo defendeu e se manteve em pé, mas rapidamente se viu em desvantagem no período. Uma combinação de jab e direto de Edgar balançou o brasileiro, que no entanto circulou bem e evitou que o americano aproveitasse o bom momento. Aldo encontrou espaço para um diretaço de direita, e Edgar respondeu com um cruzado. Logo o americano estava buscando derrubar de novo, e levou outra joelhada no rosto. Aldo ainda acertou uma joelhada e um chute baixo no final do assalto.
Instruído pelo técnico Dedé Pederneiras, José Aldo voltou a se movimentar bem no quarto round, dificultando que Edgar o encontrasse com seus jabs. O americano passou a fintar ataques nas pernas para socar em cima e chutar baixo. A estratégia funcionou, e o ex-campeão dos leves passou a golpear mais. Aldo, porém, acertou um bom cruzado de direita, e seu córner, sentindo a virada de momento, o incentivou a "pegar agora". O brasileiro acertou boas combinações e deixou o rosto do americano bem marcado, sangrando dos dois lados. Seu segundo knockdown da noite veio com um jab quando o adversário tentava um chute à meia altura.
José Aldo x Frankie Edgar UFC 200 (Foto: Getty Images)José Aldo ergue o número 1 ao final da luta contra Frankie Edgar: brasileiro atuou de forma segura (Foto: Getty Images)
No intervalo, Dedé ordenou: "Dois chutes nessa p*** dessa perna dele". Aldo obedeceu imediatamente e abriu o round final com um chute baixo. Ele seguiu a ação com uma série de jabs e voltou a controlar a distância. Um cruzado de esquerda balançou Edgar, e o manauara ganhou confiança. Soltou chute alto, acertou mais cruzados, tentou um upper. Confortável na liderança, Aldo passou a administrar o combate, apenas contragolpeando, até faltar cerca de 1m30s, quando seus córneres passaram a incentivá-lo a acelerar. Ele bambeou o americano com uma joelhada, mas o lutador da Nova União não se arriscou: apenas se movimentou e evitou sofrer um golpe de surpresa que pudesse nocauteá-lo. Quando a sirene soou, o brasileiro comemorou, com a certeza que voltaria a ter um cinturão na cintura novamente. Ao ser entrevistado após a vitória, Aldo dedicou o triunfo a Dedé.
- Não luto pelo UFC, luto pelo meu técnico. Este cara é tudo, ele é meu pai. Perdi meu pai, mas ganhei ele. Eu não fiz nada, foi ele quem fez - comentou o lutador, que abraçou o técnico com a expressão emocionada.
Resultados completos do UFC 200:
CARD PRINCIPAL
Amanda Nunes venceu Miesha Tate por finalização aos 3m16s do R1
Brock Lesnar venceu Mark Hunt por decisão unânime (triplo 29-27)
Daniel Cormier venceu Anderson Silva por decisão unânime (triplo 30-26)
José Aldo venceu Frankie Edgar por decisão unânime (49-46, 49-46, 48-47)
Cain Velásquez venceu Travis Browne por nocaute técnico aos 4m57s do R1
CARD PRELIMINAR
Julianna Peña venceu Cat Zingano por decisão unânime (triplo 29-28)
Johny Hendricks venceu Kelvin Gastelum por decisão unânime (29-28, 30-27, 30-27)
TJ Dillashaw venceu Raphael Assunção por decisão unânime (triplo 30-27)
Sage Northcutt venceu Enrique Marin por decisão unânime (triplo 29-28)
Joe Lauzon venceu Diego Sanchez por nocaute técnico a 1m26s do R1
Gegard Mousasi venceu Thiago Marreta por nocaute aos 4m32s do R1
Jim Miller venceu Takanori Gomi por nocaute técnico aos 2m18s do R1