domingo, 3 de abril de 2016

Mural com deputados contrários ao impeachment é instalado na Paulista A favor da saída de Dilma, grupo Vem Pra Rua colocou painel na Fiesp. Lista contém nomes e fotos de 22 parlamentares. Do G1 São Paulo

Manifestantes a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff prendem faixas do que eles chamaram de 'Muro da Vergonha' em frente ao prédio da Fiesp na Avenida Paulista, em São Paulo (Foto: Rafael Arbex/Estadão Conteúdo)Manifestantes a favor do impeachment e o painel na Fiesp (Foto: Rafael Arbex/Estadão Conteúdo)
Movimento contrário ao governo de Dilma Rousseff (PT), o Vem Pra Rua instalou, neste domingo (3), na Avenida Paulista, um cartaz com os nomes dos deputados contrários ao impeachment da presidente.
O painel, intitulado “Muro da vergonha”, é dividido em duas partes: um traz a foto, os nomes e os partidos de oito deputados indecisos em relação à saída de Dilma e a frase “vamos pressionar eles”.
Na outra faixa, imagem, nome e partido de 14 parlamentares (a maioria do PT) são destacados sob a frase “nomes para nunca mais votar”. O painel foi instalado sob o prédio da Fiesp, cujo presidente, Paulo Skaf, do PMDB, é um dos principais opositores ao governo federal.
O processo
O afastamento da presidente do cargo só ocorrerá se a Câmara aprovar, por votos de dois terços de seus membros (342 votos dos 513 deputados), o parecer da comissão especial doimpeachment.
A expectativa é que Dilma apresente a sua defesa nesta segunda-feira (4). Com isso, o relator do processo na comissão terá até cinco sessões plenárias para apresentar e votar o seu parecer.Esse prazo deverá acabar em 11 de abril.
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Vazamento revela 107 empresas no exterior ligadas a alvos da Lava Jato Caso 'Panama Papers' é baseado em dados da firma Mossack Fonseca. Contas no exterior de 72 chefes e ex-chefes de estado foram reveladas. Do G1, em São Paulo

Firma Mossack Fonseca, na Cidade do Panamá (Foto: Carlos Jasso/Reuters)Firma Mossack Fonseca, na Cidade do Panamá (Foto: Carlos Jasso/Reuters)
Uma investigação feita a partir de documentos do escritório de advocacia e consultoria Mossack Fonseca, no Panamá, revela 107 offshores – empresas constituídas no exterior – ligadas a empresas e políticos citados na operação Lava Jato.
 As informações, que estão sendo chamadas de Panama Papers, foram inicialmente obtidas pelo jornal alemão Süddeutsche Zeitung e compartilhadas por um consórcio de jornalistas de vários países. No Brasil, participam repórteres do portal UOL, do jornal Estado de S. Paulo e da Rede TV.

A investigação aponta que a Mossack Fonseca criou offshores para pelo menos 57  pessoas suspeitas de participar do esquema de corrupção na Petrobras.

O nome offshore é dado a empresas abertas por pessoas e empresas em um país diferente daquele em que se reside, para aplicações financeiras e compra de imóveis. Ter uma offshore não é ilegal, desde que a empresa seja declarada no Imposto de Renda.

Segundo as informações divulgadas neste domingo (3), a Mossack operou para pelo menos seis grandes empresas brasileiras e famílias citadas na Lava Jato, abrindo 16 empresas offshore, das quais nove são novidade para a força-tarefa.
Essas 16 offshores são ligadas à empreiteira Odebrecht e às famílias Mendes Júnior, Schahin, Queiroz Galvão, Feffer, do Grupo de Papel e Celulose Suzano, e Walter Faria, da Cervejaria Petrópolis. Integrantes da família Feffer não sofrem acusações da Lava Jato, mas a força-tarefa investiga a compra da Suzano Petroquímica pela Petrobras, em 2007.

O escritório brasileiro da Mossack Fonseca foi alvo da 22ª fase da Lava Jato, em janeiro deste ano. Os investigadores suspeitam que a empresa tenha ajudado a esconder o nome dos verdadeiros donos de apartamentos no edifício Solaris, no Guarujá.

Entre os políticos citados, estão o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB, e o usineiro e ex-deputado federal João Lira, do PTB.

Os documentos da Mossack Fonseca apontam também para João Henriques, que seria um dos operadores do PMDB. Ele é sócio de uma offshore do ex-controlador do Banco BVA, José Augusto Ferreira dos Santos. O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró citou em sua delação premiada a relação do BVA com o senador Edison Lobão, do PMDB.

O vazamento de informações da Mossack Fonseca também repercutiu em outros países. Segundo a BBC, os 11 milhões de documentos mostram como a empresa ajudou clientes a evitar o pagamento de impostos e a lavar dinheiro. Segundo a BBC, os documentos mostram ligações com 72 chefes e ex-chefes de estado.

Os dados envolvem pessoas ligadas às famílias e sócios do ex-presidente do Egito, Hosni Mubarack, do ex-líder da Líbia, Muammar Gaddafi, e do presidente da Síria, Bashar Al-Assad. Eles também levantam suspeitas de um esquema de lavagem de dinheiro comandado por um banco russo e por pessoas ligadas ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, e ao primeiro-ministro da Islândia, Sigmundur Gunnlaugsson.

O escritório panamenho afirma que trabalha há 40 anos dentro da legalidade e que jamais foi acusado de qualquer crime.
Os “Panama Papers” contém dados de atividades de 140 políticos de mais de 50 países, além de parentes de chefes e ex-chefes de estado, empresários e figuras ligadas ao esporte e outros setores. Veja abaixo alguns dos citados e quais suas respostas ao caso. 
Vladimir Putin, presidente da Rússia
O QUE SAIU:
 O famoso violinista Sergey Roldugin, amigo desde a adolescência e padrinho da filha do presidente da Rússia, foi dono de três offshores, duas delas descritas pelo governo dos EUA como “bancos pessoais para altos oficiais russos”. Outros dois russos, os irmãos Arkady e Boris Rotenberg, amigos de infância de Putin, tinham pelo menos sete companhias nas Ilhas Virgens Britânicas. As empresas pertencentes aos três movimentavam negócios em praticamente todos os setores da Rússia, da construção de caminhões a emissoras de TV. De acordo com o “Panama Papers”, até US$ 2 bilhões podem ter circulado secretamente entre as companhias deles. Segundo a BBC, as offshores de Roldugin lucraram com transações falsas, serviços de consultoria inexistentes e a compra de ativos suspeitas e documentos afirmam que “A companhia é uma barreira corporativa criada principalmente para proteger a identidade e confidencialidade do verdadeiro beneficiário da companhia".
O QUE DIZ: Nenhum dos empresários respondeu aos pedidos de comentário da International Consortium of Investigative Journalists (ICIJ), responsável pela divulgação das informações.
Sigmundur Gunnlaugsson, primeiro-ministro da Islândia
O QUE SAIU:
 O primeiro-ministro e sua mulher, Anna Sigurlaug Pálsdóttir, compraram em 2007 a offshore Wintris, que tinha investimentos milionários em três dos maiores bancos islandeses, que faliram em 2008 e fizeram acordos de ajuda financeira com o governo. Em 2009, ao assumir o cargo de primeiro-ministro, ele não declarou sua participação na empresa e, meses depois, vendeu seus 50% à mulher por US$ 1.
O QUE DIZ: Em uma entrevista a uma emissora de TV em março, Gunnlaugsson negou que já tivesse sido dono de uma offshore. Ao ICIJ, um porta-voz declarou agora que “o primeiro-ministro e sua esposa seguem as leis islandesas, o que inclui a declaração de todos os seus bens, seguros e lucros em restituições de impostos desde 2008”.
Maurício Macri, presidente da Argentina
O QUE SAIU:
 Ao lado de seu pai, Francisco, e de seu irmão, Mariano, ele é indicado como um dos diretores da Felg Trading Ltda., incorporada nas Bahamas em 1998 e dissolvida em janeiro de 2009. Ele não declarou sua participação na empresa em 2007 e 2008, quando era prefeito de Buenos Aires.
O QUE DIZ: O porta-voz oficial de Macri, Ivan Pavlovsky, afirmou que ele não declarou a empresa porque não tinha capital de participação. A companhia, usada para participar de negociações no Brasil, era ligada ao grupo empresarial de sua família e por isso Macri foi ocasionalmente seu diretor, embora nunca tenha sido um acionista.
Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal
O QUE SAIU: 
O ex-presidente do STF teria deixado de pagar um imposto sobre a compra de um apartamento em Miami, em 2012. De acordo com o jornal "Miami Herald", ele adquiriu o imóvel através da Assas JB1 Corp, uma offshore criada pela Mossack Fonseca, em um procedimento legal. Mas o campo relacionado ao imposto chamado documentar stamp tax, que deve ser pago no ato da compra, aparece zerado no Registro Público de Miami, o que indica que ele ainda está pendente. A taxa é de US$ 0,60 para cada US$ 100 pagos pelo imóvel e, ainda segundo o jornal, seu valor no caso do apartamento de Barbosa seria de US$ 2 mil.
O QUE DIZ: Em resposta ao “Miami Herald”, Barbosa nega irregularidades e diz que a empresa que intermediou a negociação deveria ter pagado a taxa. Ele diz ainda que o valor da transação pode ser consultado no portal Multiple Listing Service, um site privado e voltado para corretores de imóveis.
Petro Poroshenko, presidente da Ucrânia
O QUE SAIU: 
Em agosto de 2014, mesmo mês em que tropas russas invadiram o leste da Ucrânia, Poroshenko se tornou o único acionista da Prime Asset Partners Ltd., uma empresa nas Ilhas Virgens Britânicas. Uma empresa cipriota de advocacia, representante da companhia, afirmou na época que ela pertencia a “uma pessoa envolvida com a política”, mas que não tinha “nada a ver com suas atividades políticas”. Durante sua campanha presidencial, Poroshenko alegou ter vendido a maior parte de suas ações, que foram transferidas para a Prime Assets Capital.
O QUE DIZ: Um porta-voz do presidente disse que a criação do fundo e de estruturas corporativas relacionadas não tiveram qualquer ligação com eventos políticos e militares na Ucrânia. Embora Poroshenko não tenha incluído a Prime Asset Partners em sua divulgação financeira, seus conselheiros destacaram que nem a empresa e nem suas duas companhias relacionadas no Chipre e na Holanda mantém ações. Eles disseram que a companhia era parte de uma restruturação financeira para ajudar a vender o grupo Roshen. A estrutura está de acordo com “as práticas de mercado na Ucrânia para negócios com a intenção de venda para investidores estratégicos ou para a entrada nos mercados de capital, lançamento de IPO etc”. Embora Poroshenko seja o acionista, suas ações são controladas por uma empresa licenciada de gerenciamento de ações e suas ações são mantidas por um fundo independente, o Prime Asset Capital, desde 2005. Essas ações serão transferidas para um “fundo” cego assim que formalidades legais estiverem concluídas, ainda segundo a resposta de seus conselheiros transmitida ao ICIJ por seu porta-voz.

NOVOS AMIGOS - TAG (ft. Lorena Careca TV)

Força guerreira!

Empresário vai bancar hospital veterinário público

Empresário Alexandre Grendene - Foto: Emmanuel Denaui / divulgaçãoEmpresário Alexandre Grendene - Foto: Emmanuel Denaui / divulgação
O bilionário gaúcho Alexandre Grendene vai investir R$ 6 milhões para construir mais um hospital veterinário público do País.
O prédio será levantado em 10 meses onde atualmente fica a Unidade de Medicina Veterinária da Seda, na Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre, RS.
Ele terá 1,6 mil m², com cinco salas de cirurgia, UTI, setor de quimioterapia, banco de sangue e laboratórios.
Até 150 animais domésticos poderão ficar internados, e o espaço de triagem será para 120 bichinhos.
O empresário só fez um pedido, que o local seja chamado de Unidade de Saúde Animal Kate, uma bichon frisé inseparável do casal Alexandre Grendene e Nora Teixeira.
O dinheiro
Grendene vai pagar toda a verba de construção e de equipamentos do espaço. Depois da obra pronta, a gestão ficará a cargo da prefeitura e de uma equipe de estudantes veterinários de universidades.
A deputada Regina Becker Fortunato foi quem deu a ideia à família Grendene.
Envolvida com a Secretaria Especial dos Direitos Animais (Seda), Regina conta que o espaço atenderá gratuitamente os animais de proprietários em vulnerabilidade social – pessoas que estão inscritas no Bolsa Família ou com cadastro no NIS – e animais de rua que chegarem pelas protetoras da Seda.
“Essa visão deles para a causa, estendendo a ajuda ao poder público de Porto Alegre, está levando a uma mudança radical na postura das pessoas e contagiando outros municípios do Estado e do Brasil”, disse Regina.
Em São Paulo
Em funcionamento há dois anos o Hospital Veterinário Público de São Paulo é administrado pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) em parceria com a Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (ANCLIVEPA).
Há duas unidades disponíveis no município, uma localizada na Zona Norte e outra na Zona Leste da cidade.
Com informações do ZeroHora e SóNotíciaBoa

BIOGRAFIA Cozete Gomes é um dos seus exemplos mais completos.

BIOGRAFIA
Se hoje o poder feminino é destaque no mundo, a paulistana Cozete Gomes é um dos seus exemplos mais completos. Afinal, Cozete é dona de uma vitoriosa trajetória, tanto pelo sucesso nos negócios como por sua beleza, estilo e desenvoltura. Foi na segunda temporada de Mulheres Ricas que se tornou conhecida nacionalmente, despertando o interesse e admiração do público.
Essa notoriedade vem desde o start de sua instigante trajetória: um misto de beleza e tino empresarial que se alinham até a atualidade. Desde menina mostrava uma vocação artística e se formou modelo e manequim pelo SENAC, participou de concursos de beleza da região, foi eleita miss São Caetano do Sul em São Paulo, e seu dia a dia se tornou mais agitado e glamouroso. Ingressou nas passarelas desfilando para estilistas da alta costura e logo foi convidada para atuar na campanha publicitária qual representou o modelo da mulher brasileira na Copa do Mundo da Itália, em seguida integrou o elenco do musical brasileiro mais conhecido no exterior o OBA OBA Internacional by Franco Fontana, espetáculo consagrado que rodou o mundo se apresentando em luxuosos teatros nas principais capitais estrangeiras, logo começou a produzir shows brasileiros para o exterior, daí começava uma nova etapa em sua vida. Ciente de que as oportunidades surgem no momento certo, era a vez de sua visão empreendedora agir: Fundou a SOS produções artísticas, mais conhecidas como Yes Models uma estrutura que abrangia um mix de escola, estúdio e agência de casting, proporcionando a formação e introdução de new faces para a carreira de modelo e artística, com total apoio de sua família, seu sócio irmão e sua sócia mãe que sempre a acompanhou em tudo. “passei por todas as áreas da agencia, desde professora, diretora artística e produtora de casting, foi uma grande escola para mim “diz ela”“.
O crescimento da empresa foi fruto de muito trabalho e da dedicação dos irmãos que seis meses depois se tornaram sócios na nova empresa, a consequência desta união foi a consolidação dos negócios no mercado conquistando títulos e prêmios como ; 10 HOT TOPS empresa eleita pela Revista About para o segmento de promoções e merchandising. Com abrangência nacional passou a ser denominado Grupo Yes Promoções, agregando empresas do setor ligado a PDV. Paralelamente, Cozete participa do terceiro setor, criou e dirige pelo seu grupo a ação social “Mãos Unidas”, que arrecada toneladas de alimentos e agasalhos distribuídos para instituições carentes. Além desta iniciativa, ela faz parte dos projetos sociais sem fins lucrativos; “Vira Latas” projeto que traz conscientização ao abandono e maus tratos a animais: “Anjos da Moda” que beneficia cinco instituições filantrópicas com a venda de camisetas elaboradas especialmente para a ação. Nesta campanha Cozete é madrinha e veste a camiseta batizada “HAPPINESS” direcionada para a fundação Dorina Nowill e a camiseta “FAITH”” para a Casas André Luiz. Contribui com a instituição internacional Make a Wish que realiza sonhos de pessoas curadas de doenças, também apoia os projetos sociais; Inverno sem Frio, Toys Party e Ressoar através de serviços de sua empresa para o grupo IGMS.
Como sua veia artística e sua paixão pelos palcos sempre esteve presente em sua vida, Cozete se tornou empresária do entretenimento, realizou e apresentou 60 shows nacionais e internacionais. Graças a esse patrimônio profissional e sua estampa de uma bela mulher sofisticada, surgiu o convite para participar do reality show na TV. Disposta e pronta para retomar a frente das câmeras aceitou o desafio “considerei uma ótima oportunidade para contar minha trajetória profissional, dar exemplos de trabalho, inspirar pessoas e incentivar novos empreendedores deste pais e como artista retomar uma carreira que ficou pendente na minha história.“participar de um programa com projeção nacional foi um trampolim para minha carreira” Com a crescente atenção e identificação de pessoas e especialmente mulheres em torno de sua imagem, Cozete inicia um programa de licenciamento de marca CG COZETEGOMES, emprestando seu nome e sua essência nos produtos licenciados, para identificar uma consumidora moderna que busca qualidade, estilo e sofisticação. Características da empresária apontadas pelo público que a segue na mídia e nas redes sociais. Prova disso também sua atuação como colunista para revista Luxus Magazine, qual fala sobre luxo e entretenimento.
Com vinte anos de uma próspera carreira empreendedora, além do sucesso como empresária que constitui um grupo sólido de empresas, Cozete não deixa de cuidar de seu bem estar e de sua aparência. Afinal, sua beleza, charme e simpatia garantiu sua primeira vitória notória de vida, quando foi eleita miss. Hoje com seu lado artístico aflorado Cozete voltará para frente das câmeras com novos projetos que já tem data marcada!
Ela comemora tudo da maneira que mais gosta: sua paixão pelo Carnaval e pelo samba é de longa data e mostra sua brasilidade. Ë Destaque no Carnaval pela ROSAS DE OURO em São Paulo e UNIDOS DA TIJUCA no Rio de Janeiro, tradicional escola de samba. Uma paixão das mais pertinentes para identificar uma mulher cheia de vivacidade e vitórias, passo a passo na passarela da vida.







Ovelhas e Lobos: As duas faces de um PT falido

IBSEN PINHEIRO | PRESIDENTE DO PMDB NO RS Ibsen Pinheiro: “Aprovar impeachment é difícil. Crise precisa virar uma avalanche”

Presidente da Câmara que recebeu pedido contra Collor diz que Temer "tem condição de unir o país"

Ibsen Pinheiro na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, no dia 22 de março.

RODOLFO BORGES
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Ibsen Pinheiro na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, no dia 22 de março.  Guerreiro

Agência ALRS

Isolada, Dilma vê avanço da ‘solução Temer’ e faz do Planalto um bunker
“Impeachment revela que a base da democracia brasileira ainda é frágil”
Deputado estadual pelo Rio Grande do Sul e presidente do PMDB naquele estado, Ibsen Pinheiro voltou às páginas do noticiário nacional nesta semana por conta do avanço do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Presidente da Câmara que recebeu o pedido de impeachment de Fernando Collor, em 1992, Pinheiro tem traçado paralelos entre os dois processos — a principal diferença para ele, no momento, é que o impedimento de Collor avançou por unanimidade, e ele ainda não enxerga isso no processo de Dilma. De passagem pelo Congresso Nacional para participar da reunião que definiu o rompimento do PMDB com o Governo, o deputado estadual falou com o EL PAÍS.

Pergunta. O senhor tem dito que é difícil o impeachment da presidenta Dilma Rousseff passar na Câmara.

Resposta. Não é exatamente isso que eu tenho dito. Digo que é muito difícil conquistar 342 votos com cantada, anotação, ponta de lápis, porque é um número muito alto em 513. Dois terços é muito difícil. Mais fácil seria a unanimidade, porque [para chegar a esse ponto] os acontecimentos políticos teriam de superar o centro de gravidade e virar uma avalanche.

P. O que precisa acontecer para a unanimidade se consolidar?

O PMDB esteve em todos os Governos desde Sarney , mas no poder nunca esteve, porque o poder é do presidente

R. Isso depende um pouco da parte técnico-jurídica. Tem que ter uma definição bem feita do crime de responsabilidade. Mas o principal é o sentimento das ruas, da opinião pública, da necessidade de mudança e a ideia de esgotamento do Governo. Essas coisas conjugadas levam à conclusão de que estamos vivendo uma crise política. E a arbitragem dessa crise tem de ser política, para que não seja pela força, como aconteceu com tantas vezes no Brasil através de revoluções ou golpes. É esta Casa [o Congresso Nacional] que tem de arbitrar a crise política.

P. E qual é o impacto do desembarque do PMDB na formação da tal “avalanche”?

R. O PMDB votou por unanimidade o afastamento do Governo, mas não o impeachment. A ideia do afastamento é um sentimento muito forte do partido não pela crise atual, mas pela necessidade histórica do partido de ter protagonismo. O PMDB tem estado em todos os Governos desde Sarney para cá, mas no poder nunca esteve, porque o poder é do presidente. Esta unanimidade foi a busca, o sonho de o PMDB ter um papel protagônico em 2018. O segundo fator é sentir-se com a responsabilidade de arbitrar a crise que estamos vivendo, junto com as demais forças policias.

P. Qual é o papel do PMDB a partir de agora?

R. O papel é, a partir de agora e antes da votação do impeachment, sentir-se talvez o principal árbitro do processo político. Para que tudo se supere dentro do jogo institucional. Se o impeachment não passar, o dia seguinte será como se fosse o primeiro dia do segundo mandato da presidente Dilma, que vai ter que rever sua composição de Governo, sua base e sobretudo suas propostas. Se passar, o dia seguinte será com a ideia dominante de um Governo de união nacional, onde quem não quiser não entrará, mas que estará aberto a todas as formações políticas. Tenho a convicção, pelo temperamento pela formação do presidente [Michel] Temer, ele tem plena condição de unir o país, não digo unanimemente, mas majoritariamente, porque o país vai querer ordem e propostas para superação da crise econômico-financeira.

P. Mas a expectativa é de que um possível Governo Temer já chegará sob grande pressão pública.

R. Publiquei um artigo no domingo passado e, porque o espaço era pequeno, escolhi apenas um ângulo para abordar. O título era “O dia seguinte”. Eu dizia que o dia seguinte da votação do impeachment será melhor que o dia da véspera, seja qual for o resultado. Se não passar [o impeachment], será o primeiro dia do Governo Dilma. Se passar, Governo de união nacional com Temer. Por isso, estou convencido que no dia seguinte haverá um esforço por normalização. Quem perdeu vai ter que jogar o jogo democrático.