Encontro foi programado para esta noite, após chegada de Dilma do Rio.
Promotores pediram prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Após cumprir agenda de compromissos oficiais no Rio de Janeiro à tarde, a presidente Dilma Rousseff convocou ministros para uma reunião na noite desta quinta-feira (10) no Palácio da Alvorada, em Brasília.
Participaram do encontro no palácio os ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), Jaques Wagner (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Advocacia Geral da União) e o assessor especial da Presidência Giles Azevedo. Dilma chegou de helicóptero às 21h50 (veja no vídeo acima). A reunião terminou pouco mais de uma hora depois e os ministros foram embora sem falar com a imprensa.
O encontro foi convocado em meio a uma conjuntura política conturbada pelo anúncio de que promotores de São Paulo pediram a prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais 16 pessoas devido à denúncia de que o ex-presidente é acusado de esconder a propriedade de um apartamento triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo. A defesa de Lula nega que ele seja proprietário do imóvel.
A decisão sobre a prisão de Lula e dos demais acusados será da juíza Maria Priscila Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal de São Paulo.
Nesta semana, ministros com gabinete no Palácio do Planalto, os mais próximos de Dilma, defenderam que a presidente nomeasse Lula ministro. Nessa hipótese, o ex-presidente ganharia foro privilegiado e só poderia ser processado no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o G1 apurou, após a divulgação da notícia do pedido de prisão, o ministro Jaques Wagner (Casa Civil) telefonou para Dilma, que estava no Rio de Janeiro, para informá-la a respeito, e combinou com ela a reunião na noite desta quinta no Alvorada.
Lula recebeu a oferta de assumir um ministério – Jaques Wagner chegou a abrir mão da Casa Civil em favor do ex-presidente –, mas recusou. Como o pedido de prisão já havia sido expedido, a avaliação foi de que isso poderia ser interpretado como uma tentativa do governo de obstruir a ação da Justiça.
Na semana passada, Lula foi o principal alvo da 24ª fase da Operação Lava Jato. Na última sexta (4), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente e na sede do Instituto Lula e levou o petista a prestar depoimento.O pedido de prisão preventiva de Lula tem como base denúncia apresentada pelo MP-SP e não tem relação direta com a Operação Lava Jato, conduzida pelo Ministério Público Federal.
Nos últimos dias, aliados de Lula e integrantes do primeiro escalão, entre eles os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Edinho Silva, voltaram a defender que o ex-presidente assumisse uma cadeira na Esplanada dos Ministérios.
Mais cedo, nesta quinta, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, afirmou que Lula faria "bem" a qualquer governo e disse que Dilma sabe da "capacidade e liderança" do ex-presidente.
Na última terça (8), Dilma e Lula jantaram juntos no Palácio da Alvorada, acompanhados de Jaques Wagner e Ricardo Berzoini.
Segundo assessores presidenciais, no jantar, a presidente não chegou a convidar Lula para ser ministro. Auxiliares dela, contudo, sugeriram que ele assumisse um posto no governo.
Sob a condição de anonimato, esses assessores dizem que, na avaliação dos ministros, Lula poderia contribuir na articulação política, na batalha do impeachment e na elaboração de propostas para a recuperação da economia.
Na última terça (8), Dilma e Lula jantaram juntos no Palácio da Alvorada, acompanhados de Jaques Wagner e Ricardo Berzoini.
Segundo assessores presidenciais, no jantar, a presidente não chegou a convidar Lula para ser ministro. Auxiliares dela, contudo, sugeriram que ele assumisse um posto no governo.
Sob a condição de anonimato, esses assessores dizem que, na avaliação dos ministros, Lula poderia contribuir na articulação política, na batalha do impeachment e na elaboração de propostas para a recuperação da economia.