quinta-feira, 10 de março de 2016

Após viagem ao Rio, Dilma convoca ministros para reunião no Alvorada

Encontro foi programado para esta noite, após chegada de Dilma do Rio.
Promotores pediram prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Filipe MatosoDo G1, em Brasília
Após cumprir agenda de compromissos oficiais no Rio de Janeiro à tarde, a presidente Dilma Rousseff convocou ministros para uma reunião na noite desta quinta-feira (10) no Palácio da Alvorada, em Brasília.
Participaram do encontro no palácio os ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), Jaques Wagner (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Advocacia Geral da União) e o assessor especial da Presidência Giles Azevedo. Dilma chegou de helicóptero às 21h50 (veja no vídeo acima). A reunião terminou pouco mais de uma hora depois e os ministros foram embora sem falar com a imprensa.
O encontro foi convocado em meio a uma conjuntura política conturbada pelo anúncio de que promotores de São Paulo pediram a prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais 16 pessoas devido à denúncia de que o ex-presidente é acusado de esconder a propriedade de um apartamento triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo. A defesa de Lula nega que ele seja proprietário do imóvel.
A decisão sobre a prisão de Lula e dos demais acusados será da juíza Maria Priscila Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal de São Paulo.
Nesta semana, ministros com gabinete no Palácio do Planalto, os mais próximos de Dilma, defenderam que a presidente nomeasse Lula ministro. Nessa hipótese, o ex-presidente ganharia foro privilegiado e só poderia ser processado no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o G1 apurou, após a divulgação da notícia do pedido de prisão, o ministro Jaques Wagner (Casa Civil) telefonou para Dilma, que estava no Rio de Janeiro, para informá-la a respeito, e combinou com ela a reunião na noite desta quinta no Alvorada.
Lula recebeu a oferta de assumir um ministério – Jaques Wagner chegou a abrir mão da Casa Civil em favor do ex-presidente –, mas recusou. Como o pedido de prisão já havia sido expedido, a avaliação foi de que isso poderia ser interpretado como uma tentativa do governo de obstruir a ação da Justiça.
Na semana passada, Lula foi o principal alvo da 24ª fase da Operação Lava Jato. Na última sexta (4), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente e na sede do Instituto Lula e levou o petista a prestar depoimento.O pedido de prisão preventiva de Lula tem como base denúncia apresentada pelo MP-SP e não tem relação direta com a Operação Lava Jato, conduzida pelo Ministério Público Federal.

Nos últimos dias, aliados de Lula e integrantes do primeiro escalão, entre eles os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Edinho Silva, voltaram a defender que o ex-presidente assumisse uma cadeira na Esplanada dos Ministérios.
Mais cedo, nesta quinta, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, afirmou que Lula faria "bem" a qualquer governo e disse que Dilma sabe da "capacidade e liderança" do ex-presidente.

Na última terça (8), Dilma e Lula jantaram juntos no Palácio da Alvorada, acompanhados de Jaques Wagner e Ricardo Berzoini.

Segundo assessores presidenciais, no jantar, a presidente não chegou a convidar Lula para ser ministro. Auxiliares dela, contudo, sugeriram que ele assumisse um posto no governo.

Sob a condição de anonimato, esses assessores dizem que, na avaliação dos ministros, Lula poderia contribuir na articulação política, na batalha do impeachment e na elaboração de propostas para a recuperação da economia.

Policial faz 'vaquinha' por tratamento de cão com câncer resgatado no DF Lucy foi encontrada desnutrida, com carrapatos e tumores nas mamas. Tratamento está estimado em R$ 1 mil; ele já arrecadou R$ 650. Jéssica Nascimento Do G1 DF

A cadela Lucy foi resgatada nas ruas de Taguatinga, no Distrito Federal (Foto:  Victor Dutra Bomfim/Arquivo Pessoal)A cadela Lucy foi resgatada nas ruas de Taguatinga, no Distrito Federal (Foto: Victor Dutra Bomfim/Arquivo Pessoal)
Um soldado da Polícia Militar do Distrito Federal está fazendo uma "vaquinha" online para pagar o tratamento de uma cadela com câncer resgatada em frente ao Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças, em Taguatinga Norte. A vira-lata Lucy foi encontrada na última quarta-feira (2) com carrapatos, sintomas de desnutrição e tumores nas mamas.
"Foi meu primeiro resgate. Fiquei encantado com a Lucy. Ela é dócil, muito quietinha. Não dava para deixá-la abandonada nas ruas. Ela estava desidratada, não tinha forças para andar", conta.O policial Victor Dutra Bomfim, de 25 anos, trabalha no 6º Batalhão de Polícia Militar da Esplanada dos Ministérios. Apaixonado por animais, ele diz que não hesitou em resgatar e levar a cadela imediatamente ao veterinário.
A cadela passou por uma série de exames em uma clínica veterinária de Taguatinga, onde está internada. O tratamento custou R$ 1 mil. Segundo o policial, cerca de R$ 650 já foram arrecadados entre amigos de trabalho e familiares.
Ela é dócil, muito quietinha. Não dava para deixá-la abandonada nas ruas. Ela estava desidratada, não tinha forças para andar"
Victor Dutra Bomfim,
policial militar
"Não fechei um valor de doação porque ainda não sabemos quanto o tratamento irá custar. O veterinário, graças a Deus, está colaborando, fazendo descontos. Ele também suspeita de que Lucy tenha um TVT [tumor venéreo transmissível]."
Bonfim afirma que não pode adotar Lucy por motivos financeiros, já que possui uma outra cadela, da raça Dachshund, e mora em um apartamento. Porém, ele diz que irá acompanhar o animal também no processo de doação.
"Estou muito apegado com ela. Foi uma coincidência, sabia? Eu estava fazendo um curso na Cepaf [centro de aperfeiçoamento de praças] e ela estava entre os materiais de construção. Quando vou visitá-la no veterinário, por exemplo, ela [cadela] chora quando tenho que ir embora. O próprio médico disse que, apesar do estado crítico de saúde, ele não faria a eutanásia. Ela é muito forte, quer viver", acredita o policial.
A divulgação da "vaquinha" online está sendo feita nas redes sociais e por meio do aplicativo WhatsApp. O policial pede que as doações sejam feitas por depósito, no valor de R$ 10.
Mensagem enviada via WhatsApp para amigos e familiares do policial Bomfim (Foto: Victor Dutra Bomfim/Arquivo Pessoal)Mensagem enviada via WhatsApp para amigos e familiares do policial Bomfim (Foto: Victor Dutra Bomfim/Arquivo Pessoal)
Caso semelhante
Voluntários do Distrito Federal criaram uma campanha na internet para encontrar uma família que adote o cachorro da raça chow-chow "Leão", de 5 anos. O animal foi abandonado e ficou paraplégico após sofrer maus-tratos. Ele foi encontrado em outubro do ano passado pela publicitária Carolina Morais, de 32 anos, na via Estrutural, com feridas e lesões pelo corpo. Para estimular a adoção, um ensaio fotográfico com o pet e o cadeirante Pedro Nunes foi realizado no Parque da Cidade.
Leão passou por cinco cirurgias e atualmente faz sessões semanais de fisioterapia. O tratamento, que já está em R$ 14 mil, é pago com a ajuda de rifas, vaquinhas e "paciência" dos veterinários de um hospital para pets no Setor Policial Sul.
Policial Victor Bomfim e a cadela Cacau, da raça Dachshund (Foto: Victor Dutra Bomfim/Arquivo Pessoal)Policial Victor Bomfim e a cadela Cacau
(Foto: Victor Dutra Bomfim/Arquivo Pessoal)
O ensaio de Leão conquistou 400 compartilhamentos e 370 curtidas em rede social 24 horas depois de publicado. A fotógrafa Aline Caron, de 31 anos, foi quem clicou o pet e o cadeirante Pedro Henrique Nunes, de 22 anos. Ela é dona do projeto "Estrelas Tortas", que estimula a doação de animais carentes de Brasília.
Segundo Aline, todo ensaio é especial e emocionante. Entretanto, o de Leão foi particulamente diferente. "Minha intenção é tentar comover as pessoas por meio das fotos para que ajudem. Acho que o ensaio do Leão mexeu comigo porque tentei refletir a beleza única dos dois. Mas fiquei realmente emocionada com a disposição e atitude do Pedro em participar."

Jihadista decepcionado entrega lista com nomes de 22 mil membros do EI Lista tem endereços, telefones e contatos de familiares dos terroristas. Sky News informou as autoridades sobre o material obtido Da France Presse

Imagem das listas que trazem informações sobre 22 mil integrantes do Estado Islâmico (Foto: Sky News/Reuters )Imagem das listas que trazem informações sobre 22 mil integrantes do Estado Islâmico (Foto: Sky News/Reuters )
Um jihadista decepcionado entregou à rede de televisão britânica Sky News uma lista com os nomes de 22 mil membros da organização Estado Islâmico (EI) com seus endereços, telefones e contatos familiares, informou o canal de notícias.
Esta informação, que segundo os especialistas pode ter efeitos devastadores para o grupo que controla amplas faixas da Síria e do Iraque e que reivindica atentados letais na África e nos países ocidentais, estão contidas em um dispositivo USB que teria sido roubado do chefe da polícia interna da organização jihadista.
A documentação é composta por formulários de adesão ao EI, com dados de milicianos de 51 países.
"A Sky News informou as autoridades sobre o material obtido", escreveu o canal em seu site na noite de quarta-feira.
Nenhuma instância governamental britânica havia feito até a manhã desta quinta-feira comentários a respeito. Autoridades alemãs, no entanto, disseram que o material pode ser autêntico.
Grupo sanguíneo e avaliação do nível de islamismoUm ex-chefe da luta antiterrorista nos serviços de inteligência britânicos, Richard Barrett, afirmou no Twitter que as listas constituem "uma fonte de valor inestimável".
O material conteria informações sobre numerosos jihadistas ainda não identificados na Europa do Norte, Estados UnidosCanadá, África do Norte e Oriente Médio.
A Sky News reproduziu estes formulários de 23 perguntas, que permitem identificar os recrutas por grupo sanguíneo ou pelo nome de solteira de suas mães e que levam anotações sobre o "nível de compreensão da sharia" (a lei islâmica) dos membros do EI.
"Isso pode representar um avanço colossal" na luta contra o EI, afirmou Chris Phillips, diretor-geral do International Protect and Prepare Security Office, uma assessoria em matéria de luta antiterrorista.
A entrega do material "demonstra a que ponto o EI é vulnerável aos seus membros que se voltam contra ele", disse o especialista à AFP.
Nas listas também aparecem muitos jihadistas que já estavam fichados pelos serviços britânicos, como Abdel-Majed Abdel Bary, um ex-rapper do oeste de Londres que após seu alistamento no EI publicou no Twitter uma foto sua com a cabeça de uma pessoa decapitada na mão.
Também figura Junaid Hussain, um hacker do EI, procedente de Birmingham, eliminado em um ataque de drone em agosto passado.
Milhares de cidadãos europeus se uniram ao EI, que em 2014 proclamou a instauração de um califado entre Síria e Iraque, e as autoridades de seus países temem que retornem para cometer atentados.
Os documentos foram roubados por um indivíduo identificado sob o pseudônimo de Abu Hamed, um ex-combatente do Exército Sírio Livre (ESL) que aderiu ao EI.
Abu Hamed entregou o dispositivo USB a um jornalista na Turquia, explicando que havia abandonado o EI por considerar que "os valores islâmicos colapsaram" no seio do grupo.
"Esta organização é uma fraude, não tem nada a ver com o Islã", disse o miliciano decepcionado, que afirma que o EI abandonou seu quartel-general na cidade síria de Raqa e se dirigiu ao deserto, deixando as coisas nas mãos de ex-militares do partido iraquiano Baath, do ditador executado Saddam Hussein.

Moro afirma que não tem motivação política e nem ligação com partidos

10/03/2016 07h50 - Atualizado em 10/03/2016 08h20

Juiz participou de evento com empresários em Curitiba, na quarta (9).

Nesta quinta (10), ele fala mais sobre combate à corrupção em palestra.   

Do G1 PR, com informações da GloboNew

GNEWS Sergio Moro (Foto: GloboNews)Sérgio Moro participou de evento com empresários, em Curitiba, na quarta (9) (Foto: GloboNews)























juiz federal Sérgio Moro, que está à frente da Operação Lava Jato, participou de um evento com empresários em Curitiba, no Paraná, na noite de quarta-feira (9). Durante o evento, ele se defendeu das acusações que tem sofrido sobre motivações partidárias.
"As motivações minhas nunca foram partidárias. Eu não tenho ligação nenhuma, zero, zero, com partido ou pessoa ligada ao partido", disse. No encontro, realizado no Castelo do Batel, o juiz federal falou por mais de uma hora.
Ele também citou a responsabilidade das empresas no combate à corrupção. "Muito pode ser feito contra a corrupção. As empresas têm uma responsabilidade tremenda, enorme. Não adianta apenas ficar reclamando de político e de agentes públicos desonestos. Tem que ter a coragem de dizer 'não' ao pagamento de corrupção, de extorsão em qualquer hipótese", disse.Moro declarou ainda que acredita que a crise econômica do país não é culpa da Operação Lava Jato. "Meu assunto é jurídico, mas eu fico consternado com esse quadro econômico, de recessão e desemprego. Acredito que a culpa não é da Lava Jato", revelou.
Novo evento
Nesta quinta-feira (10), o juiz federal participa de outro evento, o 2º Fórum Transparência e Competitividade, também em Curitiba. A intenção é debater, mais uma vez, medidas para combater a corrupção nas empresas.
O evento é promovido pelo Sistema Fiep e CIFAL Curitiba e tem início às 19h. Além de Moro, também participa do fórum o jornalista William Waack, da Rede Globo. As inscrições estão encerradas.

TJ aceita denúncia contra ex-delegado do DF por tentativa de extorsão

24/09/2015 16h40 - Atualizado em 24/09/2015 16h40

Ele é acusado de oferecer R$ 1 milhão a empresário para não investigá-lo.

Defesa diz que denúncia foi arquivada pela Polícia Civil por falta de provas  

Do G1 DF


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A Justiça do Distrito Federal aceitou denúncia do Ministério Público contra o ex-delegado da Polícia Civil João Hélder Ramos Feitosa por tentativa de extorsão. O policial teria pedido R$ 1 milhão ao dono de uma rede de supermercados no Gama para livrá-lo de processo por suposta sonegação de tributos.
O encontro entre o delegado, o empresário e o advogado dele aconteceu no Fórum do Gama. Tudo foi registrado pelas câmeras do prédio. O acusado, que à época trabalhava na Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária, teria pedido o dinheiro para não investigar o dono do supermercado e a empresa da família.O Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público, que apresentou a denúncia em janeiro deste ano, diz que a tentativa de extorsão teria começado no dia 19 de junho de 2009.
Desde 13 de abril deste ano, Feitosa está trabalhando no Detran, conforme publicado no Diário Oficial do DF. A reportagem da TV Globo entrou em contato com o acusado por telefone, mas ele disse que iria consultar o advogado antes de se pronunciar.
A reportagem teve acesso à defesa prévia de Feitosa, que diz que em junho de 2009 ele não era delegado, e sim agente de polícia. Por isso, não tinha como influenciar os inquéritos da delegacia. Diz ainda que a denúncia do Ministério Público seria frágil porque se baseia em um depoimento do empresário, que diz ter ouvido uma conversa entre o advogado da rede de supermercados e o delegado.
Ainda segundo a defesa, a Corregedoria da Polícia Civil investigou o caso no ano passado e pediu o arquivamento do processo por falta de provas. A defesa também alega que o empresário que acusa ele de extorsão é um dos maiores sonegadores de ICMS do Distrito Federal, com condenações pelo TJDF.

No DF, contadores são suspeitos de sonegar R$ 100 milhões em impostos 10/03/2016 08h23 - Atualizado em 10/03/2016 09h08

Cerca de 20 contadores são suspeitos; grupo movimentou R$ 600 milhões.
Operação Hi Fi foi deflagrada nas primeiras horas desta quinta-feira.

Jéssica Nascimento Do G1 DF
A Polícia Civil do Distrito Federal investiga 20 contadores suspeitos de criarem pelo menos 30 empresas fantasmas com o objetivo de sonegar impostos. O grupo movimentou R$ 600 milhões durante as investigações e deixou de recolher aos cofres públicos ao menos R$ 100 milhões, segundo a polícia.
"Os suspeitos movimentam as empresas como se fossem depósitos de bebidas. No entanto, eram apartamentos, casas e salas. A Polícia Civil concedeu 17 mandados de busca e apreensão em Planaltina, Park Way, Taguatinga, Ceilândia e Vicente Pires, entre outras cidades", afirmou o delegado-chefe da Corf, Jeferson Lisboa.De acordo com a Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes (Corf), os suspeitos recolhiam impostos em valores bem menores do que os devidos. Em vez de pagarem os R$ 100 milhões devidos, por exemplo, os contadores recolheram R$ 30 mil aos cofres públicos nas operações fraudulentas.
Nenhum suspeito foi preso. Eles receberam mandado de condução coercitiva (quando o suspeito é encaminhado para a delegacia para prestar depoimento, mesmo contra a vontade dele, e depois  liberado).
As investigações fazem parte da Operação Hi Fi, deflagrada nas primeiras horas desta quinta-feira (10).
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Fraga: Domingo marcará o fim do governo Dilma