terça-feira, 24 de novembro de 2015

Islamofobia, o preço do medo nos EUA Republicanos caem nos braços do extremismo e pedem que muçulmanos sejam fichados

Muçulmanos rezam em uma mesquita. / DOMINIQUE FAGET (AFP)
Os ataques de Paris fizeram aflorar o medo e a ignorância. O prefeito de Roanoke, pequena localidade no Estado da Virgínia, sugeriu na semana passada que os refugiados sírios sejam recolhidos a campos de internação, assim como aconteceu com os cidadãos norte-americanos de ascendência japonesa depois do ataque a Pearl Harbor (1941). Esse prefeito, chamado David Bowers, deve ter achado que bastaria recorrer à história e mencionar o presidente Franklin D. Roosevelt para que sua proposta ganhasse legitimidade. Movido pela premência em tomar medidas contra a barbárie, Bowers falou sem antes fazer nenhuma verificação, o que o levou posteriormente a pedir desculpas por seus comentários.
“O presidente Roosevelt se viu obrigado a encerrar a cidadãos japoneses depois do bombardeio de Pearl Harbor, e agora parece que a ameaça contra a América por parte do Estado Islâmico é tão real e séria como foi a dos nossos inimigos naquela época”, disse o prefeito. Na verdade, Roosevelt deteve não cidadãos japoneses, e sim norte-americanos cujo único crime era terem tido antepassados japoneses. O Governo dos EUA pediu perdão por isso em 1988, afirmando que a prática havia sido motivada por “preconceitos racistas, pela histeria da guerra e por uma falha da liderança política”.
A detenção de nipo-americanos por Roosevelt foi motivada 'por preconceitos racistas, pela histeria da guerra e por uma falha da liderança política'
E, no entanto, vários aspirantes a liderar os Estados Unidos parecem ansiosos por repetir esses erros do passado. Marco Rubio já comparou os muçulmanos aos nazistasTed Cruz e Jeb Bush querem proibir a entrada no país de refugiados sírios – mas só dos muçulmanos, já que os cristãos teriam portas abertas. Ben Carson, líder nas pesquisas, chegou a comparar os refugiados sírios a “cães raivosos”, e todos sabem que final aguarda estes últimos. Chris Christie, para citar outro exemplo de histeria norte-americana, chegou a dizer que “nem mesmo os órfãos menores de cinco anos deveriam ser admitidos nos Estados Unidos”.
E finalmente há Donald Trump, que merece um comentário à parte, porque sua proposta é pura e simplesmente um apelo ao renascimento do fascismo que arrasou a Europa. O magnata multimilionário, que diz ter soluções expressas para praticamente qualquer assunto que for debatido, disse na quinta-feira passada que seria necessário criar um cadastro nacional de muçulmanos, algo que não se afasta muito da estrela amarela com a qual os nazistas marcavam os judeus.
Como exemplo prático de uma reação de urgência ao pânico instaurado pelos atentados de Paris, a Câmara de Deputados aprovou nesta semana um projeto de lei que freia os planos do presidente Barack Obama para dar proteção a 10.000 refugiados sírios. “Não podemos deixar nenhum deles entrar enquanto não estivermos 100% seguros de que eles não representam um perigo para a pátria”, afirmou o presidente da Câmara, Paul Ryan.
O magnata Donald Trump propõe criar um cadastro nacional de muçulmanos para confrontar o terrorismo islâmico
Uma semana depois de os terroristas do EI matarem 130 pessoas em vários ataques em Paris, a comunidade muçulmana nos Estados Unidos se viu obrigada, como já ocorrera após o 11 de Setembro, a se colocar na defensiva. Ela não só precisa argumentar em prol da sua fé, recordando que o islamismo é uma religião de paz, como também enfrenta ataques físicos. A profanação com fezes de uma mesquita no Texas e as páginas arrancadas de um Corão; outra mesquita vandalizada em Nebraska; ataques verbais e nas redes sociais contra locais religiosos em Tampa e em Houston… “Temo que, infelizmente, estejamos assistindo a uma corrente generalizada de islamofobia”, diz Ibrahim Hooper, diretor nacional de comunicação do CAIR (Conselho de Relações Islâmico-Americanas, na sigla em inglês).
Os Estados Unidos vivem dias de histeria, medo do estrangeiro e pânico de que os vindos de fora possam impor o terror dentro das suas fronteiras. Pouco ou nada importam os dados que apontam que nenhum dos 750.000 refugiados que se estabelecerem nos EUA dede os ataques de 11 de setembro de 2001 foi detido até hoje por suspeita de envolvimento com o terrorismo doméstico, como observou nesta semana o deputado californiano Xavier Becerra, citando a revistaThe Economist.
Em seu livro American Hysteria (histeria americana), o jornalista Andrew Burt, hoje pesquisador visitante da Escola de Direito de Yale, sustenta que a histeria política surge em períodos de profunda incerteza sobre a identidade norte-americana. “Quando os norte-americanos perdem o sentido de quem são, agridem aqueles que são percebidos como ameaças, criando listas negras, bodes expiatórios, conspirações ou acobertamentos”, escreve Burt no prólogo de um volume que revê momentos cruciais do extremismo político nos EUA, tais quais o macarthismo dos anos 1950.
Burt conclui as páginas de seu livro citando o terceiro presidente dos Estados Unidos, Thomas Jefferson: “A melhor maneira de proteger as liberdades que tanto amamos é deixando-as intactas – não só em tempos de normalidade, mas também em períodos de crise”. Do contrário, paga-se o preço do medo, cuja moeda os Estados Unidos tão bem conheceram na última década, seja invadindo o Iraque sob mentiras ou violando os direitos de centenas de prisioneiros sequestrados na base naval de Guantánamo, encravada em território cubano.

No Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, diz professor A prematuridade é quando o bebê nasce antes de ter completado 37 semanas de gestação

Um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) quer avaliar a eficácia de um novo tratamento para prevenir o parto prematuro. Os pesquisadores da instituição avaliam se a associação entre o tratamento com hormônios e um anel de silicone reduz as chances de parto prematuro entre as mulheres que tenham encurtamento do colo do útero.

A prematuridade é quando o bebê nasce antes de ter completado 37 semanas de gestação. No Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano. Mais de 12% dos nascimentos no país ocorrem antes da gestação completar 37 semanas. Um prematuro precisa de cuidados especiais, geralmente em Unidades de Terapia Intensiva, o que aumenta em três vezes o risco de morte e sequelas futuras para sua vida adulta.

Segundo o professor responsável pela pesquisa, Rodolfo de Carvalho Pacagnella, uma das principais causas do parto prematuro espontâneo (quando não há problemas com a mãe ou o bebê), é o encurtamento do colo do útero.

Normalmente, quando isso é detectado, por meio de ultrassom, a gestante é submetida a um tratamento com progesterona, um hormônio que a mulher já produz naturalmente. Estudos recentes demostraram, no entanto, que um anel de silicone, que serve para fechar o colo, também pode ajudar a diminuir a possibilidade de um nascimento antes da hora.

“O que nunca foi testado é essa associação do hormônio com anel de silicone. A gente está associado as duas vias de tratamento distintas com a possibilidade de potencializar os dois tratamentos. Esperamos que isso seja muito mais eficaz que os tratamentos sozinhos”, afirma Pacagnella.

As coletas de dados para o estudo começaram em julho. Em 17 centros médicos, de todas as regiões do Brasil, pesquisadores convidam grávidas para fazer a medida do colo do útero. Isso ocorre no momento que a mulher faz o ultrassom, geralmente na metade da gestação.

“Quando ela tem a medida do colo alterada, a gente oferece um tratamento. O tratamento pode ser o hormônio natural, produzido pelo organismo, que a gente dá uma dose maior. Ou a associação do hormônio com o anel de silicone, que fecha o colo do útero”, explica o pesquisador. As participantes receberão acompanhamento regular da equipe até o parto.


 O ultrassom leva cerca de cinco minutos e a gestante sai do centro já com o resultado. Se nenhuma alteração for identificada, ela é aconselhada a seguir com o pré-natal regular. Até agora, 5% das gestantes apresentaram encurtamento do colo, um número alto, segundo o professor.

Ao final da gestação, vai ser verificado quais as mulheres que tiveram o parto no tempo normal ou de forma prematura, e avaliar se um tratamento é mais eficaz que o outro. Pelo menos 25 mil mulheres participarão do estudo. “A ideia é reduzir em cerca de 50%, entre as mulheres que tenham encurtamento do colo, as chances de ter parto prematuro”, acrescenta o professor. Isoladamente, cada tratamento reduz em 30% as chances de parto prematuro.

O estudo dos pesquisadores brasileiros é feito em associação com estudos internacionais. Eles esperam, em um prazo de cinco anos, ter o resultado definitivo: qual o tratamento é mais eficaz (ou a junção de ambos) e quando deve ser usado.

Mulheres entre a 18ª e 23ª semana de gestação podem participar da pesquisa. Basta agendar o exame por meio do site www.prevenindopartoprematuro.com.br.

Mancha de lama chega ao mar: peixes agonizam na foz do Rio Doce Rejeitos de minérios que vazaram de barragem mudam a cor da água


Ricardo Moraes/Folhapress


A lama tóxica de rejeitos de minério que vazou da barragem da Samarco, em Mariana (MG), e chegou ao Espírito Santo, avança sobre o Oceano Atlântico no distrito de Regência, em Linhares, no norte do estado, e mudou a cor do mar. Com tonalidade turva, a água barrenta ultrapassou a barreira de 9 km de boias que havia sido instalada para minimizar os impactos na região. A lama segue rumo às praias de Regência, Povoação e Pontal do Ipiranga. A população foi alertada pela prefeitura a não entrar no mar, impróprio para banho. Perto do limite do rio com o mar, peixes cobertos de barro agonizam, boiando na água suja.

Ontem, o ministro dos Negócios Estrangeiros e do Desenvolvimento Internacional da França, Laurent Fabius, lamentou a tragédia em Mariana durante encontro com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada (leia mais na página 13). “Agradecemos ao governo e ao povo brasileiro pela solidariedade (dos ataques terroristas na França). Nós nos solidarizamos pelas catástrofes de Mariana, e estamos juntos com vocês para qualquer circunstância.”

A barragem da Samarco se rompeu em 5 de novembro e devastou com uma enxurrada de lama o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na região central de Minas Gerais. Desde então, seguiu pelo Rio Doce atingindo, além de cidades mineiras como Governador Valadares, os municípios capixabas de Linhares, Baixo Guandu e Colatina. O primeiro não usa as águas do Rio Doce para abastecimento, enquanto o segundo passou a usar as do Rio Guandu. Já Colatina, que tinha no rio atingido sua única fonte de capacitação, foi obrigada a suspender o uso há seis dias.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, lembrou que há muito a ser feito para recuperar a catástrofe ambiental, principalmente na restauração da bacia do Rio Doce. “Temos que concluir a migração da lama para o mar, que vai dispersá-la”, avisa.

Conselho de Ética se reúne nesta terça para leitura de parecer sobre Cunha Última sessão do colegiado foi anulada após polêmicas em plenário. Expectativa é de que, após leitura, aliados de Cunha peçam vista.


Depois da sessão polêmica da semana passada, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados se reunirá na tarde desta terça-feira (24) para a leitura do parecer preliminar do relator, deputado Fausto Pinato (PRB-SP), pela continuidade das investigações das denúncias contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Alvo da Operação Lava Jato, Cunha é investigado no colegiado por suposta quebra de decoro parlamentar porque teria mentido, em depoimento à CPI da Petrobras, ao dizer que não tem contas no exterior, além de não ter informado a existência dessas contas secretas.
Segundo a Procuradoria Geral da República, documentos comprovam que ele é dono das contas. Cunha, porém, afirma apenas ter o usufruto delas.
Fausto Pinato já anunciou ver indícios suficientes para que o processo siga adiante. A expectativa é que deputados próximos a Cunha peçam vista, que é mais tempo para analisar o caso, e a votação do parecer fique para a semana que vem.
Desde que o relator resolveu antecipar a apresentação de parecer recomendando a continuidade das investigações, a defesa de Cunha alega que está havendo “cerceamento do direito de defesa”.
Polêmicas
No último dia 19, o conselho marcou sessão para às 9h30 para analisar o relatório preliminar pela continuação do processo de investigação. Houve, porém, atraso dos parlamentares e, às 11h15, a sessão teve de ser suspensa porqueCunha deu início à ordem do dia no plenário– pelo regimento, as comissões não podem funcionar quando há votações no plenário – sem que o grupo analisasse o parecer.
A decisão gerou polêmica e, logo após, deputados contrários a Cunha deixaram o plenário gritando: "Vergonha!". Diante da revolta de parte dos deputados que esvaziaram o plenário em protesto, Cunha voltou atrás e suspendeu a decisão de anular a sessão do colegiado. A reunião acabou transferida para esta terça.O atraso de deputados, entre eles, alguns do PT, foi apontado por opositores de Cunha como estratégia para protelar a análise do parecer. Logo após a abertura da ordem do dia, aliados de Eduardo Cunha entraram com uma série de pedidos em plenário para que a sessão do Conselho de Ética fosse anulada. Na ocasião, o presidente em exercício da Casa, Felipe Bornier (PSD-RJ), decidiu anular a reunião.
MPF denuncia Eduardo Cunha - VALE ESTE (Foto: Arte/G1)

Chuvas continuam no DF, mas ainda estão abaixo do esperado, diz Inmet O evento acontece em função do El Niño, fenômeno climático que influencia a temperatura do Distrito Federal. Este é o novembro mais quente no território desde 1986

Antônio Cunha/Cb/D.A Press
O tempo no Distrito Federal neste domingo (22/11) e nesta segunda-feira (23/11) deve ficar nublado a encoberto, com pancadas de chuva e trovoadas em áreas isoladas. A temperatura mínima nesta madrugada foi de 19ºC e a máxima deve chegar a casa dos 29ºC. A umidade relativa do ar, por sua vez, varia entre 95% a 65%. Esses mesmos índices são esperados para amanhã. As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Leia mais notícias em Cidades

Até o momento, já choveu 85,4mm no Distrito Federal, quando o esperado para o mês de novembro todo é 231mm. “Estamos num período chuvoso comprometido pelo El Niño. Choveu três vezes menos do que o previsto. Podemos chegar a 100 mm, mas ainda é baixo”, esclarece o meteorologista do Inmet Manoel Rangel. Segundo ele, com a interferência do fenômeno climático, as temperaturas ficam altas no DF. Este, inclusive, é o novembro mais quente na região desde 1986, ainda de acordo com dados do Instituto.

Extremo

O El Niño está ligado ao aquecimento do Oceano Pacífico, que pode causar fortes chuvas ou seca. A previsão, segundo especialistas, é de que ele estará ativo até o início do próximo ano. Um relatório, divulgado ontem pela Organização das Nações Unidas (ONU), mostra que cerca de 2 milhões de pessoas serão afetadas por enchentes.

Taxa de desemprego no Brasil sobe a 8,9% no 3º tri, mostra Pnad Contínua

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A taxa de desemprego no Brasil subiu a 8,9 por cento no 3º trimestre e voltou a renovar o maior patamar da série iniciada em 2012, apontou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No trimestre até agosto, a taxa havia alcançado 8,7 por cento e havia ficado em 8,3 por cento no segundo trimestre. A expectativa em pesquisa da Reuters junto a economistas era de que o desemprego chegasse a 8,9 por cento no terceiro trimestre.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

Como o mundo muçulmano vê o 'Estado Islâmico?'

Image copyrightap
Image captionPesquisa revela que maioria de países muçulmanos não apoia grupo que se autodenomina 'Estado Islâmico'
Em meio aos ataques orquestrados pelo grupo que se autodenomina "Estado Islâmico", cresce em alguns países o preconceito contra muçulmanos. Mas o que pensam os países de maioria islâmica sobre os extremistas que têm assassinado centenas e até milhares de pessoas no mundo?
A maior parte da população dos países islâmicos têm uma opinião desfavorável ao "EI", segundo mostra uma pesquisa recente.
O estudo realizado pelo Pew Research Centre Global Attitudes revelou que mais de três quartos das pessoas que responderam a pesquisa nos territórios da Palestina, Jordânia e Indonésia não aprovam o grupo extremista – assim como 91% dos árabes de Israel.
No Líbano, a taxa de desaprovação ao "Estado Islâmico" esteve perto de 100% - ainda que a pesquisa tenha sido realizada há alguns meses, bem antes das bombas recentes que explodiram em Beirute deixando dezenas de mortos há duas semanas.
A maioria dos cristãos e muçulmanos xiitas do Líbano que responderam a pesquisa tinham também uma visão negativa do gupo – assim como 98% dos libaneses sunitas.
A Nigéria foi o país que demonstrou o "maior apoio" ao "EI", ainda que o conflito com os militantes islâmicos do Boko Haram – que têm ligações com o "EI" – tenha deixado pelo menos 17 mil mortos desde seu início em 2009, de acordo com a Anistia Internacional, além de milhões de desabrigados.
Cerca de 14% dos nigerianos tiveram uma opinião favorável ao grupo extremista. Supreendentemente, talvez, esse número inclui 7% de nigerianos cristãos que responderam a pesquisa.
Mansur Liman, chefe do serviço Hausa da BBC, disse que uma pesquisa anterior mostrava que a Nigéria era um dos países mais religiosos do mundo – o que talvez explique a aceitação deles de grupos militantes religiosos.
"Há muitas pessoas na Nigéria que não têm uma ideia clara sobre o que o 'EI' está fazendo e consideram que a maioria das reportagens sobre o grupo na mídia são influenciadas pela visão do Ocidente sobe o Islã", ele acrescentou.
Mas foi no Paquistão que o apoio ao "Estado Islâmico" impressionou. Apesar de só 9% dos paquistaneses terem uma opinião favorável ao grupo, 62% ainda estavam "formando sua opinião" sobre os extremistas.
Image captionGrupo tem promovido sequestros e mortes em vários lugares do mundo
Segundo o representante da BBC Urdu Haroon Rashid, parte dos "paquistaneses indecisos" poderiam ser simpatizantes ou apoiadores do grupo.
"A vida está realmente difícil para qualquer militante no Paquistão nesses dias por causa da repressão do governo. Por isso, eles não querem se revelar como apoiadores do 'EI', até mesmo em uma pesquisa anônima."
Por outro lado, outros dos indecisos podem desconfiar dos motivos do repentino "sucesso" dos extremistas do "EI".
"A suspeita geral é de que poderia haver um grande poder usando o 'EI' em benefício de sua agenda", diz Rashid.