Tiffany e Chris Goodwin já sabiam o que iriam enfrentar quando descobriram que estavam esperando gêmeos há alguns meses. O casal, da cidade de Three Forks, no estado de Montana, nos Estados Unidos, já tinha outros dois pares de gêmeos.
Ela deu à luz o terceiro par nesta segunda-feira: Carter e Olivia nasceram no Bozeman Deaconess Hospital, em Three Forks. Chris Goodwin conta que ele ficou surpreso todas as três vezes em que descobriu que teriam gêmeos. Ele conta que agradece ao apoio que o casal recebe da família.Tiffany Goodwin diz que o primeiro ano costuma ser caótico, mas depois disso os gêmeos começam a brincar juntos e tudo melhora.
Além dos recém-nascidos Carter e Olivia, o casal tem o par de 2 anos, Emalynn e Brielle, e o par de 5 anos, Josh e Eliza, além do irmão mais velho, Mason, que tem 7 anos.
Tiffany Goodwin diz que ela não pretende ter mais filhos. "O caso é muito raro, diz Susan Connell, gerente da maternidade do hospital. "Eu não sei a estatística, mas é muito incomum".
A Prefeitura de Mariana divulgou no início da noite deste sábado (7), que 28 pessoas estão desaparecidas após o rompimento das barragens da mineradora Samarco. Segundo a nova lista, além dos 13 homens que trabalhavam na Samarco na hora do rompimento, 14 moradores de Bento Rodrigues e um de Camargos são procurados.
As barragens de Fundão e de Santarém se romperam na quinta-feira (5) e liberaram 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério e água. Um empregado de uma empresa terceirizada da Samarco morreu. Ele teve um mal súbito quando as barragens se romperam.
Veja a lista abaixo
Trabalhadores da Samarco Mineração e de empresas terceirizadas (13 pessoas) Samuel Viana Albino Valdemir Aparecido Leandro Ailton Martins dos Santos Claudemir Elias dos Santos Edinaldo Oliveira de Assis Sileno Narkievicius de Lima Daniel Altamiro de Carvalho Vando Maurílio dos Santos Pedro Paulino Lopes Mateus Marcio Fernandes Marcos Aurélio Pereira Moura Edmirson José Pessoa Marcos Xavier
Moradores de Bento Rodrigues e de Camargos (15 pessoas) Emanuele Vitória, de 5 anos Thiago Damasceno Santos, de 7 anos Ana Clara dos Santos Souza, de 4 anos Maria Elisa Lucas, de 60 anos Mariana da Silva Santos, de 21 anos Bruno dos Santos Souza, de 29 anos Antonio Prisco de Souza, de 65 anos Afonso Augusto Alves, de 54 anos Arnaldo Zeferino, de 40 anos Aparecida Viera, de 65 anos Joaquim Zeferino, de 70 anos Ana Clara Dias Batista, de 30 anos Mateus Dias Batista, de 5 anos Yuri Dias Batista, de 3 meses Maria das Graças Celestino da Silva, de 65 anos
Os trabalhadores Sileno Narkievicius de Lima e Marcos Xavier e as crianças Emanuele Vitória e Thiago Damasceno Santos estão entre os desaparecidos (Foto: G1)
Subiu para 25 o número de desaparecidos após o rompimento de duas barragens em Bento Rodrigues, distrito de Mariana (MG). A informação foi dada pelo prefeito de Mariana, Duarte Júnior, em entrevista coletiva na tarde deste sábado (7). Segundo ele, além dos 13 trabalhadores que estavam na barragem de Fundão na hora do rompimento, há 12 moradores da região.
O prefeito disse ainda que a mineradora Samarco errou na tentativa de informar os moradores sobre o rompimento de duas barragens no distrito de Bento Rodrigues. “A verdade precisa ser dita e as responsabilidades apuradas”, destacou.
Duarte avaliou que a decisão da mineradora de telefonar para a Defesa Civil, para a prefeitura e para líderes comunitários não foi adequada, porque a lama chegou ao povoado em cerca de dez minutos. "Foi muito falha essa forma de comunicação. O ideal era que houvesse uma sirene, um botão de pânico".
Segundo o prefeito, no momento em que houve o rompimento da primeira barragem, a água desceu com muita força e se sobrepôs ao volume acumulado na segunda barragem.
“Foi uma avalanche de lama, uma coisa impressionante”, disse. "Bento Rodrigues não existe mais. Fico imaginando como essa história vai continuar. A situação é bem difícil, completou.
O prefeito destacou que algumas pessoas permanecem ilhadas, mas que não é possível precisar o número no momento. Ao todo, 543 moradores de Bento Rodrigues foram instalados em hotéis de Mariana.
Além do impacto para o consumidor, o próprio governo sofreria com um reajuste de remédios com base no índice de inflação. No início da semana, ao falar sobre racionalização de gastos, o ministro Joaquim Levy destacou a importância de desenvolver diretrizes para a escolha de medicamentos, já que esse é um dos elementos mais caros no orçamento da Saúde.
Neste ano, o governo espera gastar R$ 14,3 bilhões com a compra de remédios. Aplicando o possível reajuste que leva em consideração a inflação de 2015 – já próxima dos 10% -, o custo desses medicamentos teria um acréscimo de quase R$ 1,5 bilhão no ano que vem, considerando a mesma quantidade comprada. Hoje, o reajuste de medicamentos é calculado por meio de uma fórmula definida pela Cmed, em que o reajuste é igual ao IPCA menos três fatores – fator de produtividade, parâmetros calculados de acordo com a variação de tarifa de energia elétrica e de taxa de câmbio (fator Y), por exemplo, e incorporação de índices internacionais (fator Z).
As datas para divulgação dos outros dois índices é: fator Y até 30 dias antes do reajuste anual e o Z 60 dias após o término do prazo para entrega do relatório de comercialização das empresas.
O Brasil terá de estabelecer uma estratégia para reduzir a emissão de gases de seu complexo industrial e de suas cidades, e não apenas se limitar à promessa de redução o desmatamento. Quem faz o alerta é Achim Steiner, diretor executivo do Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma), que indicou que o compromisso apresentado por governos antes da Conferência do Clima, em Paris ainda está “distante” do que será necessário fazer para modificar a tendência de aquecimento do planeta.
Steiner, brasileiro naturalizado alemão, insistiu que o mero fato de governos apresentarem compromissos e planos de redução de emissões já é “algo histórico”. “Isso é uma demonstração da confiança que eles têm no sistema da ONU”, indicou. Em setembro, a presidente Dilma Rousseff revelou os planos brasileiros durante sua passagem pela Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Mas as metas praticamente apenas se referiam ao corte das taxas de desmatamento.
Rota prevista
Para ele, o Brasil “merece todo o reconhecimento e admiração por ter agido para reduzir o desmatamento, como nenhum outro país do mundo fez nos últimos anos”. “Não estou negando que ainda exista o desmatamento e que, em certos momentos, a taxa aumenta”, explicou. “Mas, ao longo dos anos, muitos olham a redução do desmatamento no Brasil como uma das ações mais significativas adotadas por um país para se desviar da rota prevista pelo IPCC (Painel Internacional de Mudanças Climáticas)”, disse. Mas Steiner alerta que apenas reduzir desmatamento não será suficiente para o Brasil.
“É de interesse dos brasileiros que essa taxa de queda de desmatamento continue. Mas vamos também ser claros: dado os níveis atingidos pelo Brasil, o foco da economia e desenvolvimento será sua infraestrutura industrial”, afirmou. “A sua infraestrutura urbana, a agricultura, e o transporte.” Para ele, o desafio do governo será o de elaborar estratégias para tentar conter emissões nesses segmentos.
A lama das duas barragens da empresa de mineração Samarco que se romperam no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, poderá chegar ao mar na terça-feira (9). Relatório de monitoramento divulgado pela Câmara Técnica de Gestão de Gestão de Eventos Críticos (CTGEC) do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce) afirma que os dejetos alcançarão Linhares, no Espírito Santo, na noite de 9 para 10 de novembro. A cerca de 60 quilômetros de Linhares, por estrada de rodagem, está o distrito de Regência, onde o Rio Doce desemboca no mar.
Na tarde deste sábado (7), a lama, ainda conforme o relatório, deverá chegar a Belo Oriente, Leste de Minas, a 154 quilômetros de Mariana. Conforme o CTCEC, “a natureza do resíduo em questão implica em prováveis alterações temporárias nas características da água bruta, especialmente com relação a parâmetros de turbidez, cor, entre outros. De acordo com informações preliminares repassadas pela Samarco, o rejeito é composto, em sua maior parte, por sílica (areia) proveniente do beneficiamento do minério de ferro. Estamos acompanhando e aguardando o resultado das análises de água e sedimentos que estão sendo realizadas na região afetada”.
Cenário
O risco de rompimento das barragens do Fundão e Santarém da mineradora Samarco em Mariana (MG) foi alvo de alerta em 2013 pelo Instituto Prístino, instituição particular sem fins lucrativos que realizou um estudo na região a pedido do Ministério Público Estadual (MPE).
Análises do Serviço Geológico do Brasil indicam a possibilidade de os rejeitos de minério chegarem ao Espírito Santo nas próximas 48 horas. É possível que a enxurrada de lama já tenha atingido afluentes do Rio Doce, 100 quilômetros longe de Mariana.
A lama lançada dos reservatórios deixou cerca de 300 famílias desabrigadas. Três distritos de Mariana foram atingidos – Camargos, Paracatu de Baixo e Bento Rodrigues -, além da cidade de Barra Longa. Pelo menos 500 pessoas tiveram de ser resgatadas só de Bento Rodrigues, que fica mais perto da mina da Samarco, segundo balanço divulgado na sexta-feira (6).
As contas de luz de consumidores de 31 municípios atendidos pela Light, no Rio de Janeiro, incluindo a capital, vão sofrer a partir deste sábado (7), um reajuste médio de 16,78%. O aumento aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) será aplicado de forma diferenciada por classe de consumo. Para os clientes residenciais, será de 15,99%. Na área rural, o percentual chegará a 21,69% e, para os clientes comerciais, a 19,57%. Entre os clientes abastecidos em alta-tensão, os percentuais vão variar entre 11,10% e 20,07%.
A Light informou que os percentuais foram definidos com base na inflação dos últimos 12 meses e também levaram em conta os efeitos da escassez hídrica sobre o custo da energia comprada e a variação dos encargos setoriais, em especial, da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Contribuiu também para o cálculo a variação cambial. A compra de energia de Itaipu, cotada em dólar, é o principal efeito sobre as despesas da Light – equivale a 17% da energia comprada pela empresa.
Impacto na inflação
O economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) André Braz disse que a energia é uma das principais despesas e compromete, aproximadamente, 4% do orçamento das famílias. “No Rio de Janeiro, o reajuste anual previsto agora para novembro coloca essa taxa mais próxima à variação acumulada por outras cidades que já fizeram as suas revisões em 2015”, disse. Braz calculou que o impacto na inflação provocado pelo reajuste de 15,99%, para clientes residenciais, será de 0,7 ponto percentual, no fim de novembro e início de dezembro.
“A repercussão disso vai ser em dois meses: 0,5 ponto em novembro e 0,25 desse impacto fica para dezembro”, afirmou o economista. “Vai influenciar muito no índice da cidade, que é a segunda no índice da FGV e também no IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo]. A primeira é São Paulo e a segunda, o Rio de Janeiro, em representatividade no índice nacional”, completou.
O economista destacou ainda que, para os clientes da área rural, o impacto pode ser na produção leiteira, nos casos dos produtores que precisam usar energia para conservar o leite. “Tem câmaras que resfriam o leite em regiões onde o escoamento da produção não é diário. Essas câmaras usam energia elétrica na maior parte delas. Isso acaba contaminando o preço de outros itens e ainda porque este aumento vem depois de tantos outros que aconteceram este ano”, disse.
Segundo ele, além desse reajuste anual, houve a introdução das bandeiras tarifárias e os reajustes extraordinários que ocorreram em março. “Quando a gente soma estes três movimentos, a conta soma mais de 50%”, destacou. Segundo a Light, os aumentos que ocorreram neste ano somam 56%.
Na avaliação de André Braz, quando é aplicado um reajuste, os consumidores podem usar menor energia, mas, com aumentos nesse patamar, fica difícil reduzir a impacto nas contas. “A gente não tem condições, com toda a economia que ainda é possível fazer, de driblar um aumento de 50%. Com um aumento de 5% ou 10%, é fácil administrar com a redução do consumo de energia e a conta fica, relativamente, estável sem grandes movimentos.”
Para os consumidores residenciais da empresa Ampla Energia e Serviços S.A., que distribui energia elétrica para 66 municípios do estado do Rio de Janeiro, o reajuste médio foi em março e ficou em 30,25%, incluindo o contratual praticado uma vez por ano e o extraordinário. A empresa cobre 73% do território estadual, na região metropolitana de Niterói e de São Gonçalo e os municípios de Itaboraí e Magé, atendendo a 2,92 milhões de clientes.
Política de energia
Para o professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Edmar de Almeida, pesquisador da área de energia, além do impacto na inflação, os reajustes elevados nas tarifas de energia elétrica são consequência de uma decisão do governo federal em 2012 de transferir para o Tesouro Nacional diversos encargos e de não liberar reajustes conforme a necessidade do custo da energia. “O Tesouro não teve condição de bancar estes custos e agora eles estão voltando para as tarifas”, disse. “Se esses reajustes tivessem acontecido lá atrás, os consumidores teriam tomado a decisão de adaptar o seu consumo, especialmente as pequenas empresas.”
Edmar de Almeida lembrou que, também em 2012, houve o lançamento da política para geração distribuída, que incentivava a implantação de painel de energia solar nas residências, e o excedente pode ser emprestado para a rede. Mas, como as tarifas foram reduzidas no mesmo ano, passou a não valer a pena fazer a instalação do equipamento. “Nós perdemos três anos aí de oportunidade de adotar a energia solar e ter uma tarifa normal. Para muita gente isso, não era um problema e não fez a eficiência energética. Agora vem uma avalanche de tarifas na cabeça das empresas”, completou.