sábado, 8 de agosto de 2015

Comissão diz que SC pode receber Pizzolato Grupo vistoriou o Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí

Henrique Pizzolato entrou na Itália usando passaporte em nome de irmão morto (foto: EPA)
Henrique Pizzolato entrou na Itália usando passaporte em nome de irmão morto (foto: SÃO PAULOZLR
(ANSA) - A comitiva encarregada de vistoriar presídios de Santa Catarina para saber se eles têm condições de abrigar Henrique Pizzolato, que está detido na Itália, concluiu que o estado pode receber o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil.
    Formado por representantes do Ministério Público Federal, da Advocacia-Geral da União, dos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores e pelo cônsul-geral da Itália em Curitiba, Enrico Mora, o grupo visitou na última quinta-feira (6) o Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, em Itajaí.
    Segundo o secretário-adjunto de cooperação internacional do MPF, Carlos Bruno Ferreira da Silva, citado pelo portal "UOL", a cadeia situada a cerca de 100 km de Florianópolis possui padrão europeu e norte-americano, tem boas condições higiênicas, respeita a dignidade dos presos e oferece estudo e trabalho.
    O principal argumento da defesa de Pizzolato para evitar sua extradição é que os presídios brasileiros não garantem a segurança dos internos. Condenado a 12 anos e sete meses de prisão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro no processo do mensalão, o ex-diretor do BB aguarda a conclusão de sua eventual expulsão para o Brasil em uma penitenciária de Modena.
    No entanto, o caso foi suspenso até dezembro, quando ele terá de comparecer a um tribunal italiano para se defender da acusação de falsidade ideológica por ter usado um passaporte em nome de um irmão morto para entrar no país europeu. (ANSA)
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Risco do Brasil fica maior que o de países sem grau de investimento Em menos de um dia, o O CDS brasileiro saiu do patamar de 305 pontos para 323

O risco país do Brasil, medido pelo CDS (Credit Default Swap, na sigla em inglês, uma espécie de seguro contra calote), disparou na quinta-feira (6/8). O indicador ficou pior que o de países sem grau de investimento, como a Croácia e a Hungria, e apenas um ponto mais positivo do que o da Costa Rica, outra economia de grau especulativo.


O CDS brasileiro saiu do patamar de 305 pontos na quarta-feira (5/8) para 323 ontem. O da Costa Rica estava em 324 pontos. Com o acirramento da incerteza política, o risco país brasileiro ficou maior que o da Croácia (267 pontos) e mais que o dobro do da Hungria (149 pontos). "O mercado já demonstra que a probabilidade de perda do grau de investimentos é elevada, dado que o CDS está em 323", diz o estrategista-chefe da XP Investimentos, Celson Plácido.


Fragilidade

Entre os chamados cinco frágeis, grupo de países apontado pelo banco Morgan Stanley como os mais suscetíveis às turbulências na economia internacional, o CDS do Brasil ficou absolutamente descolado e no topo do ranking. O indicador da África do Sul estava ontem em 222. O da Turquia, em 243, o da Indonésia, em 185, e o do México, em 137
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ONG quer promover investigação internacional sobre caso Lava Jato

Polícia Federal em operação da Lava Jato em foto de arquivo (Reuters)
Polícia Federal em operação ligada à Lava Jato no Rio; foram levantadas suspeitas de propina em obras em outros países
A ONG anticorrupção Transparência Internacional fará uma investigação própria sobre os desdobramentos da operação Lava Jato em outros países do continente.
A iniciativa ocorre num momento em que a Lava Jato despertou a atenção no Peru, após virem à tona indícios de que empreiteiras brasileiras teriam pago propinas para executar obras no país.
A Proética, entidade que representa a Transparência Internacional no Peru, confirmou à BBC Brasil que vai pedir informações a órgãos públicos peruanos a respeito de contratos no país vizinho de empresas brasileiras citadas na Lava Jato.
"Essa iniciativa de caráter regional surge pelo caso da Lava Jato: seções da Transparência Internacional na Venezuela, Guatemala, Argentina, Peru, Panamá e República Dominicana estão se coordenando (para buscar dados) junto com o departamento de Américas da nossa secretaria, em Berlim", informou a Proética por e-mail.
"A informação (coletada) será avaliada e em seguida remetida aos operadores da Justiça no Brasil. Em outros países da América Latina, as seções nacionais da Transparência Internacional farão o mesmo. A informação que buscamos está relacionada às operações dessas empresas brasileiras (diretamente ou através de sucursais ou consórcios) em países latino-americanos que não o Brasil."
"Em cada país onde a Transparência tem uma seção e onde essas empresas atuaram, serão solicitados às autoridades todos os contratos que tiverem, com amparo das leis de acesso à informação", disse o presidente da Transparência Internacional, o peruano José Ugaz, ao serviço oficial de notícias peruano Agência Andina.
Segundo a Agência Andina, a investigação da Transparência Internacional poderia ir além da América Latina, em países como os EUA e no continente africano, "onde empresas brasileiras executaram obras que hoje são alvo de denúncias de suborno".
No âmbito oficial, o procurador-geral do Peru, Fuad Khoury, afirmou na quinta-feira que também vai investigar o caso.

O caso

Vieram à tona nesta semana informações sobre supostos vínculos de empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção na Petrobras e do ex-ministro José Dirceu com a gestão de Alan García, antecessor do atual presidente peruano, Ollanta Humala, e possível candidato à sua sucessão na eleição de 2016.
O congressista Sergio Tejada, ex-aliado de Humala, diz estar apurando os supostos vínculos entre uma brasileira contratada pela empresa JD Consultoria, de Dirceu, empreiteiras e a administração de García.
Implicado por delatores da Lava Jato, Dirceu foi preso na última segunda-feira pela Polícia Federal – entre outras acusações, os investigadores dizem que pagamentos feitos por empreiteiras à empresa de Dirceu seriam de propina.
Tejada publicou no Twitter a suposta agenda de visitas de Dirceu e de sua contratada Zaida Sisson ao palácio presidencial durante a gestão de García. "Há muito a ser investigado", escreveu na rede social. Ele citou supostos encontros de Dirceu, de Zaida e cinco empresários com o então presidente, em 2007.
Operação investiga supostos vínculos de empreiteiras com José Dirceu para obras no Peru
O congressista Mauricio Mulder, do mesmo partido que García, o APRA, negou que o ex-presidente tenha se reunido com Zaida. "As visitas ao Palácio nem sempre são ao gabinete presidencial. Posso garantir que ela não teve reunião com o ex-presidente", disse Mulder, segundo o site do jornal El Comercio.
De acordo com a imprensa local, Zaida teria visitado o palácio presidencial também no governo de Humala, em 2013, para reunião com a então responsável pelo Organismo Supervisor das Contratações do Estado, Rocío Calderón.
Calderón seria amiga da primeira-dama, Nadine, ainda segundo a imprensa peruana. Quando questionado por jornalistas, na quarta, sobre essa suposta reunião, Humala respondeu que tinha a "impressão" de que querem "afetar uma pessoa" (Calderón).
O Ministério Público local diz já investigar, desde a Operação Castelo de Areia, supostos pagamentos de suborno para a construção da rodovia Interoceânica, que liga Brasil e Peru e foi realizada nos governos de Alejandro Toledo (2001-2006) e de García (2006-2011).
Humala afirmou que "lamenta a situação" que o Brasil está vivendo e que se o caso da Interoceânica atingir funcionários de seu governo, eles também serão investigados.
Em entrevista, nesta quarta, à emissora de rádio RPP, de Lima, Zaida afirmou que seu trabalho para a JD Consultoria, de Dirceu, consistiu no estabelecimento de relações entre as empresas brasileiras com o mercado peruano. Ela negou irregularidades.
Colaborou Marcia Carmo, de Buenos Aires para a BBC Brasil

Lula entra com ação contra jornalistas de revista

São Paulo, 07 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua família decidiram mover ações criminais contra dois jornalistas da revista Veja, um deputado federal e um prefeito do PSDB por supostas calúnias contra o petista.

Os repórteres Adriano Ceolin e Robson Bonin são autores da matéria de capa da edição de Veja que foi às bancas no dia 24 de julho com o título "A Vez Dele" e uma foto de Lula.

No texto eles relatam que José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, estaria disposto a fazer um acordo delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato e revelar supostas despesas de Lula e sua família pagas pela empreiteira.

Pinheiro foi condenado nesta quarta pelo juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato, a 16 anos e 4 meses de reclusão pelos crimes de corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro, não fez acordo para delação premiada e negou, por meio de advogados, o conteúdo da reportagem.

É a segunda ação de Lula contra os jornalistas. A primeira, anunciada há cerca de duas semanas, é na esfera cível. O ex-presidente não tomou nenhuma medida judicial contra a revista.

Segundo a assessoria de imprensa do Instituto Lula, a decisão de processar apenas os jornalistas é do escritório Teixeira Martins, responsável pela causa, cujo dono é Roberto Teixeira, compadre de Lula. Ele foi procurado, mas não atendeu as ligações. Os jornalistas preferiram não se manifestar.

Além disso o ex-presidente registrou uma queixa crime contra o prefeito de São Carlos (SP), Paulo Altomani (PSDB), que publicou em sua página no Facebook acusação de que o empresário Fábio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente, é dono da Friboi. O prefeito foi procurado por telefone em seu gabinete mas ninguém atendeu as ligações.

A terceira ação é contra o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), que em entrevista a uma rádio do interior mineiro que Lulinha é dono de fazendas. Segundo o Instituto Lula, Sávio teve "oportunidade de se retratar perante o Supremo Tribunal Federal mas preferiu insistir em divulgar mentiras". Ninguém atendeu as ligações feitas para o gabinete do deputado no final da tarde de quinta-feira, 6.

Operação Lava Jato: Na opinião de Lula, PT não recupera a reputação nem se a economia melhorar

LUKA
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou na quarta-feira (5) em reunião com deputados estaduais e dirigentes petistas, em São Paulo, que, ao contrário do escândalo do mensalão, em 2005, quando o bom desempenho da economia ajudou o PT a superar a tempestade e vencer a eleição do ano seguinte, os efeitos da Operação Lava Jato não poderiam ser suplantados nem por uma repentina e milagrosa melhora das finanças sob a gestão Dilma Rousseff.
Conforme o cenário projetado pelo ex-presidente, a diferença é que, desta vez,existem indícios de enriquecimento pessoal dos envolvidos nos desvios da Petrobras, ao contrário do que ocorreu no mensalão, cujo objetivo, segundo Lula, era financiar o "projeto político" do PT.
Lula se reuniu na quarta-feira com os 14 deputados estaduais do PT de São Paulo e os presidentes nacional e estadual do partido, Rui Falcão e Emídio de Souza, na sede do Instituto Lula, no Ipiranga, zona sul de São Paulo.
Lula não citou nominalmente em momento algum o ex-ministro da Casa Civil José Dirceupreso na segunda-feira pela Lava Jato sob suspeita de receber dinheiro desviado da Petrobras para pagar despesas pessoais como viagens de avião e reformas de imóveis. Os dois não se encontram pessoalmente desde antes da primeira prisão de Dirceu, pela condenação no processo do mensalão, em novembro de 2013.
A fala de Lula, no entanto, foi interpretada como uma referência à prisão do ex-ministro. Participantes notaram diferenças em relação ao discurso de Lula antes da prisão do ex-ministro, quando o ex-presidente dizia que, se Dilma e a economia saíssem da crise, levantariam o PT.
Agora, ao contrário de 2005, Lula avalia que a economia pode reerguer o governo, mas não é suficiente para salvar o PT. O enriquecimento pessoal de envolvidos na Lava Jato diferencia o partido das demais legendas e o PT precisa de uma nova "narrativa" para explicar os desvios.
Ainda segundo relatos, Lula chegou a dizer que confia nos companheiros presos, fez a ressalva de que é preciso provar as suspeitas de enriquecimento pessoal e reclamou várias vezes dos "vazamentos seletivos" contra o PT.
Para o ex-presidente, diferentemente do mensalão, quando o até então insuspeito PT foi jogado na vala comum dos partidos que praticam caixa 2 eleitoral, a Lava Jato diferencia a sigla das demais legendas, o que dificulta a elaboração do discurso de defesa. "Não entendo como pode o dinheiro da mesma empresa ser sujo para o PT e limpo para outros partidos. É como se tivessem dois caixas. Um para o PT e outro para o PSDB", disse Lula.
Segundo participantes, Lula ouviu atentamente avaliações e sugestões de cada um dos convidados durante mais de uma hora e só então falou, por aproximadamente 20 minutos. "Ele está claramente em processo de consulta, procurando o discurso", afirmou um deputado.
Apesar do tom "duro e cru" adotado em sua avaliação, nas palavras de um dos convidados, o ex-presidente também apontou sinais otimistas.
Economia
Para o ex-presidente, a recuperação da economia é uma "certeza absoluta" e pode ocorrer antes do que foi previsto inicialmente pelo próprio governo, a depender das condições internacionais.
A recuperação da economia seria suficiente para afastar as ameaças imediatas contra Dilma - Lula também não usou a palavra impeachment - e garantir o término do mandato.
O petista também fez uma análise positiva sobre o comportamento da presidente Dilma Rousseff diante da crise. Segundo ele, a presidente passou a dar mais atenção aos políticos, se abrindo ao diálogo e rompendo o isolamento que marcou o primeiro mandato dela.

Morre no Chile Manuel Contreras, temido chefe da polícia de Pinochet Ele dirigiu a Dina, a polícia política que matou mais de 3.200 pessoas. Chilenos festejam morte do general na sexta-feira (7).

Manuel Contreras, em imagem de 28 de janeiro de 2005 (Foto: Arquivo / AP Photo)

Manuel Contreras, general do Exército chileno e diretor da temida polícia política da ditadura deAugusto Pinochet, morreu na noite desta sexta-feira (7), aos 86 anos, em um hospital de Santiago.
Contreras, condenado a mais de 500 anos de prisão por múltiplos casos de tortura, desaparecimento e sequestro de opositores, morreu por volta das 22h30 local, no Hospital Militar de Santiago.
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Chilenos se reúnem em frente ao hospital para celebrar a morte do general Manuel Contreras (Foto: Luis Hidalgo / AP Photo)Chilenos se reúnem em frente ao hospital para celebrar a morte do general Manuel Contreras (Foto: Luis Hidalgo / AP Photo)
O militar, considerado um dos maiores criminosos da história do Chile, sofria de câncer e diabetes e teve seu estado de saúde agravado nos últimos dias, como informa a agência AFP.
"Era um dos homens mais desprezíveis do Chile (...), matou muita gente", disse na Televisão Nacional o advogado dos direitos humanos Roberto Garretón.
Contreras morreu sem cumprir os mais de 500 anos de prisão a que estava condenado em dezenas de julgamentos por violações de direitos humanos, mas com seu grau de general e sem ter se arrependido de seus crimes.Considerado a "mão direita" de Pinochet - seu professor na Academia de Guerra e com quem tomava café da manhã nos primeiros anos do regime -, Contreras dirigiu a temida Direção Nacional de Inteligência (Dina), a polícia política que vitimou mais de 3.200 opositores, entre mortos e desaparecidos, durante a ditadura (1973-1990). Ele começou a organizar a Dina antes do golpe militar com o qual Pinochet derrubou Salvador Allende
Ele nunca reconheceu nada e, quando as evidências apontavam sua responsabilidade, culpava outras pessoas, até mesmo o próprio Pinochet, a quem em seus últimos anos acusou de ter enriquecido com o narcotráfico.
Como reporta a agência EFE, também acusou Pinochet de ser o verdadeiro chefe da Dina, alegando que ele só cumpria suas ordens. Contreras ainda atribuiu crimes da Dina à CIA (agência de inteligência dos Estados Unidos), entre eles alguns emblemáticos, como o homicídio do ex-chanceler Orlando Letelier, cometido em Washington, em 1976, e o do general Carlos Prats, antecessor de Pinochet no comando do exército, morto em 1974 em Buenos Aires.
Contreras foi sentenciado no Chile a sete anos de prisão pelo crime de Letelier e a dupla prisão perpétua pelo homicídio de Prats, que morreu junto a sua esposa, Sofía Cuthbert.
Segundo Contreras, o autor material de ambos assassinatos, o americano Michael Townley, era na realidade um agente da CIA.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

População, nós estamos com vocês... Mas precisamos que estejam conosco!