segunda-feira, 6 de julho de 2015

Mais de 40 pessoas morrem em atentados na Nigéria Vítimas estavam em mesquita e em restaurante de Jos

Ataques do Boko Haram se intensificaram na última semana (foto: EPA)
Ataques do Boko Haram se intensificaram na última semana (foto: EPA)
06 JULHO, 08:28ROMAZGT
(ANSA) - Dois atentados na noite deste domingo (05) mataram, ao menos, 44 pessoas e feriram outras 67 em uma mesquita e em um restaurante na região central da Nigéria. Nenhum grupo reivindicou as ações, mas acredita-se que os terroristas do Boko Haram estejam por trás dos ataques.

A mesquita Yantaya, palco de uma das tragédias que matou 21 pessoas, tem como um de seus oradores um dos homens que mais prega a coexistência pacífica de várias religiões no país. Já o restaurante, que fica em Jos, é conhecido por receber diversas autoridades religiosas islâmicas em suas dependências. No empreendimento, morreram 23 pessoas.

Os atentados ocorreram um dia após de uma extremista provocar outraexplosão em uma igreja cristã no nordeste do país, matando cinco pessoas - entre elas duas crianças e o pastor da instituição. Na mesma área, há três dias, os jihadistas do Boko Haram queimaram 32 igrejas cristãs, segundo Stephen Apagu, que lidera um grupo de vigilantes no estado de Borno.

Acredita-se que os extremistas estejam atendendo ao pedido do Estado Islâmico (EI, ex-Isis), para o qual o Boko Haram prestou fidelidade, de tornar o mês sagrado para a religião, o Ramadã, um "pesadelo" para os "infiéis". (ANSA)
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Bolsa de Tóquio fecha em baixa depois do 'Não' na Grécia




A Bolsa de Tóquio encerrou a sessão de segunda-feira em baixa de 2,08%
A Bolsa de Tóquio encerrou a sessão de segunda-feira em baixa de 2,08%, depois que o referendo na Grécia rejeitou as medidas de austeridade exigida pelos credores.
O índice Nikkei perdeu 427,67 pontos, a 20.112,12 unidades.

PAPA FRANCISCO » Francisco: “Os pobres são a dívida que toda a América Latina ainda tem” Papa chega ao Equador e oferece "a colaboração com as conquistas em andamento" O Papa viaja para “a grande pátria latino-americana”

Logo após aterrissar no aeroporto de Quito, o papa Franciscoofereceu ao presidente do EquadorRafael Correa, “o compromisso e a colaboração” da Igreja católica para que “as conquistas em andamento e o desenvolvimento que está sendo conseguido garantam um futuro melhor para todos”. O Pontífice, que durante os próximos oito dias visitará Equador, Bolívia e Paraguai, pediu a Correa que dê “atenção especial” aos “irmãos mais frágeis”. “Os pobres são a dívida que toda a América Latina ainda tem", disse.
A primeira etapa da viagem do Pontífice —ainda que restrita apenas à recepção no aeroporto— já deixou clara as linhas pelas quais transitará uma jornada que se aguarda com máxima expectativa. Essa é a primeira vez que Bergoglio visita como Papa a América de língua espanhola, onde forjou a opção preferencial pelos pobres que agora quer usar como guia de toda a Igreja. “Francisco”, destacou o jesuíta Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, “terá ainda a oportunidade de se expressar em seu próprio idioma, o que com toda certeza o levará a improvisar sobre os discursos já previstos”. O terceiro aspecto que certamente marcará a diferença será o calor da recepção ao primeiro papa latino-americano.O presidente equatoriano recebeu Jorge Mario Bergoglio com um forte abraço, um discurso de intenso caráter político, no qual destacou as conquistas de seu Governo, e um agradecimento pela encíclica papal sobre o meio ambiente. “Se alguém tentar calar suas palavras”, disse o presidente Correa a Francisco, “as pedras gritarão”.
Em seu discurso diante do presidente Correa, que nas últimas semanas tem sofrido uma grande contestação popular a suas reformas, o Papa afirmou que no Evangelho se pode encontrar “as chaves para enfrentar os desafios atuais, valorizando as diferenças e fomentando o diálogo e a participação sem exclusões”. Bergoglio, que reconheceu os avanços conquistados por um país cujo PIB tem crescido a um ritmo superior a 4% ao ano na última década, ressaltou, no entanto, a necessidade de que o progresso alcance também os mais vulneráveis. “Para isso, senhor presidente, poderá contar sempre com o compromisso e a colaboração da Igreja”.

Liderança exaltada por Obama

Durante o voo entre Roma e Quito, Bergoglio saudou um a um os 75 jornalistas presentes ao voo papal fretado da Alitalia, que nos próximos dias cobrirá mais de 25.000 quilômetros entre Equador, Bolívia, Paraguai e o retorno a Roma na próxima segunda-feira. Além da liderança moral reconhecida pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e de sua capacidade para corrigir os rumos da Igreja, o Papa demonstrou ter mais paciência do que o santo Jó. Alguns enviados se conformaram em saudá-lo ou trocar algumas poucas palavras, mas outros recorreram sem complexos aos cansativos autorretratos com o celular, às longas confidências familiares e aos habituais pedidos para que abençoe o retrato da avó ou uma coleção de terços. Uma jornalista disse para o Papa levar com calma uma viagem tão longa e que inclui uma etapa em La Paz, a mais de 4.000 metros de altitude. “Não tem problema”, respondeu Bergoglio, “vou mascar coca”.
O Equador que recebe a visita do papa Francisco não é apenas aquele país que conta com 81% de católicos —segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censo. O Estado andino vive uma polarização acentuada pelas recentes mobilizações contra o presidente Correa, que já duram quase um mês. As tentativas de taxar as heranças e a valorização de imóveis ativaram a população e, ainda que o presidente tenha retirado temporariamente esses projetos de lei, o mal-estar entre a população permanece. Em seu caminho a partir do aeroporto de Quito até o centro da cidade, dezenas de pessoas cercaram o ônibus do Papa gritando palavras de ordem contra Correa.
A insatisfação de uma parte da população tem colocado em risco a imagem do Equador que Correa queria vender ao mundo durante a visita do Papa. Estava tão seguro de seu êxito como anfitrião que em 2 de junho convidou seus homólogos da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos à missa campal em Quito. Agora baixou o tom desses convites e, segundo o Ministério de Relações Exteriores, apenas os presidentes de Honduras e Haiti vão comparecer, informa Soraya Constante.

Eurogrupo "lamenta" vitória do "não" na Grécia

Jeroen Dijsselbloem adverte que, para a economia grega recuperar, é inevitável avançar com “medidas e reformas difíceis”.
A vitória do “não” no referendo deste domingo é “muito lamentável para o futuro da Grécia”, afirma o presidente do Eurogrupo.
Jeroen Dijsselbloem adverte, em comunicado, que para a economia grega recuperar é inevitável avançar com “medidas e reformas difíceis”.
“Não vamos esperar pelas iniciativas das autoridades gregas. O Eurogrupo vai discutir o ponto da situação na terça-feira, 7 de Julho”, declarou o político holandês.
Para terça-feira, também está agendada uma cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da zona euro, anunciou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

Com 99% dos votos do referendo na Grécia contados, o "não" à proposta de  acordo com os credores internacionais vence com 61,3%  e o "sim" consegue apenas 38,6%.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, declarou que as instituições europeias e o Fundo Monetário Internacional (FMI) "não podem ignorar a vontade de um povo".

Alexis Tsipras quer iniciar negociações para um acordo o mais depressa possível. Diz que não há acordos fáceis, mas espera solidariedade dos povos europeus depois de cinco antes de medidas de austeridade que destruíram a economia do país.

Defendeu, também, que está na hora de renegociar a dívida da Grécia com os credores internacionais.

O 'Não' vence em referendo grego com 61,31% dos votos Milhares de pessoas se concentravam na noite deste domingo na praça Syntagma, no centro de Atenas, para comemorar o resultado

 AFP PHOTO/ JAVIER SORIANO

Atenas - A Grécia disse "Não" neste domingo às exigências de seus credores e espera retomar fortalecida uma negociação com a Europa que será dura e que torna mais plausível sua saída da zona do euro.

Com uma participação de 62,5%, 61,31% dos eleitores gregos seguiram a recomendação do primeiro-ministro, Alexis Tsipras, de votar "Não" nesta consulta contra 38,69% que optaram pelo "Sim", segundo cifras publicadas após a apuração de todos os votos.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, assegurou que a decisão dos gregos "não é uma ruptura com a Europa", mas que "reforça nosso poder de negociação".

Em discurso televisionado, o premiê assegurou que seu governo está "pronto para retomar as negociações com um plano de reformas confiáveis e socialmente justas" e que "desta vez, a questão da dívida (pública) estará sobre a mesa [de negociações]". Ele também lançou uma mensagem de unidade: "independentemente do que tenhamos votado, nós somos um" após o referendo de domingo.

Seu ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, assegurou que se trata de "uma ferramenta que servirá para estender uma mão cooperativa a nossos parceiros", e assegurou que a partir de segunda-feira o governo trabalhará com seus credores para "encontrar um terreno para o acordo".

Os parceiros da Grécia não demoraram para reagir. Os primeiro a fazê-lo foram o presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, que, após falarem por telefone, decidiram se reunir nesta segunda-feira, em Paris, para analisar este revés para os planos europeus.

Os dois mandatários disseram estar "de acordo" em que "se deve respeitar" o revés que os gregos maciçamente deram à austeridade defendida por Bruxelas. Na terça-feira, os líderes da zona do euro voltarão a se reunir.

Menos conciliador se mostrou o número dois do governo alemão, o social-democrata Sigmar Gabriel, que assegurou que após o "não" dos gregos é "difícil imaginar" novas negociações com a Grécia, já que Tsipras "rompeu as últimas pontes" com a Europa.

Na Espanha, o "não" grego foi muito bem recebido pelo partido Podemos, que promete também o fim da austeridade e uma alternativa na Europa. Seu líder, Pablo Iglesias, comemorou no Twitter a vitória da democracia na Grécia.

O chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, convocou para segunda-feira a Comissão Delegada de Assuntos Econômicos para analisar a situação após o referendo grego deste domingo.

O ex-primeiro ministro grego Antonis Samaras, líder do principal partido da oposição, Nova Democracia (conservadores), anunciou sua renúncia após a vitória do "Não".

Festa em Atenas


No centro de Atenas, os partidário do "não" comemoram com música e abraços a vitória sobre o "sim", defendido por muitos gregos em nome da permanência na Europa e na zona do euro.

"É uma grande mensagem para a Europa. Os alemães não esperavam esta grande vitória dos gregos", dizia Yorgos, feliz mas indignado de não levar no bolso mais do que um punhado de moedas depois de 40 anos trabalhando como mecânico.

"Havíamos perdido a esperança de ter uma família, um trabalho. Isto é o começo da esperança. A Europa é para os povos, não para o capital", dizia Maria, envolta em uma bandeira grega.

Governo grego pede ajuda ao BCE

Os sócios de Atenas haviam advertido aos gregos que o "não" podia ser sinônimo de saída da zona do euro. Mas o porta-voz do governo grego, Gabriel Sakellaridis, previu que "as iniciativas se multiplicarão a partir desta noite para que possa haver um acordo" entre Atenas e seus sócios.

O governo assinalou, também, que o Banco da Grécia solicitará ao Banco Central Europeu, um dos credores do país, que aumente o teto de seu financiamento de emergência aos bancos gregos, que abrirão, a princípio, suas portas na terça-feira, assim como a bolsa de Atenas, após permanecerem fechados toda a semana.

A consulta, a primeira na Grécia em 41 anos, ocorreu em um contexto inédito.

Devido à falta de dinheiro em caixa, o governo não pôde pagar os 1,55 bilhão de euros que devia quitar em 30 de junho ao FMI e desde terça-feira (29) controla uma medida que permite a retirada de um máximo de 60 euros por dia e por pessoa.

O governo grego, formado pelo Syriza e pelo partido soberano ANEL, e os credores do país (UE, FMI e BCE) estão há cinco meses em árduas negociações.

Após as linhas de crédito de 240 bilhões de euros acertadas desde 2010 com a Grécia, que expiraram no passado 30 de junho, o atual governo de esquerda radical quer uma mudança de estratégia que passa pela reestruturação da dívida.

A última proposta dos credores, que propunha prolongar por mais cinco meses o programa de ajuda à Grécia e um pacote de 12 bilhões de euros até novembro, em troca de novos cortes e aumentos de impostos, foi o que motivou Tsipras a convocar o referendo.

Ministro das Finanças grego se demite para facilitar negociações após estrondoso "Não"

Ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, durante discurso em Atenas.  05/07/2015    REUTERS/Alkis Konstantinidis
Por Renee Maltezou e John O'Donnell
ATENAS/FRANKFURT (Reuters) - O ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, renunciou nesta segunda-feira, removendo um importante obstáculo para qualquer acordo que vise manter o país na zona do euro, depois que os gregos votaram de modo esmagador em apoio ao governo para que rejeite os termos de um pacote de ajuda vinculado a novas medidas de austeridade.
Varoufakis, um economista que se declara um “marxista errático” e enfureceu os parceiros da zona do euro com o seu estilo pouco convencional e afirmações intimidadoras, fez campanha pelo “Não” no referendo de domingo, acusando os credores da Grécia de "terrorismo".
"Eu estava ciente de uma certa" preferência "por parte de alguns participantes do Eurogrupo, e vários parceiros, pela minha... 'ausência' de suas reuniões; uma ideia que o primeiro-ministro considerou potencialmente útil para ele chegar a um acordo", disse Varoufakis em comunicado.
Seu sacrifício, depois de prometer aos gregos que iria conseguir um acordo melhor um dia depois do estrondoso “Não” na consulta popular, indica que o primeiro-ministro Alexis Tsipras, de esquerda, está determinado a tentar chegar a um compromisso de última hora com os líderes europeus.
O negociador-chefe da Grécia nas negociações com os credores internacionais, Euclides Tsakalotos, um economista acadêmico de fala mansa, é o favorito para se tornar o novo ministro das Finanças, disse um alto funcionário do governo. Tsakalotos já tinha assumido um papel de destaque com os credores após Varoufakis ter sido afastado das negociações em abril.
O ministro das Finanças austríaco, Hans Joerg Schelling, disse em voz alta o que muitos colegas têm sussurrado em particular: que espera que as negociações com a Grécia se tornem mais fáceis com a partida de Varoufakis.
Para conseguir qualquer novo acordo, a Grécia terá de superar a desconfiança dos parceiros, sobretudo a Alemanha, o maior credor do país e maior economia da União Europeia, onde a opinião pública assumiu uma posição dura em favor da saída da Grécia da zona do euro.

Varoufakis manteve um relacionamento particularmente amargo com o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble. Questionado sobre a saída de Varoufakis, um porta-voz do governo alemão disse a repórteres que as políticas são mais importante do que as pessoas. 

Manteiga enriquecida pode ajudar pacientes com doença de Alzheimer, diz estudo

Estudos sugerem que pacientes com Alzheimer apresentam baixa atividade de uma enzima chamada fosfolipase A2 no cérebro (Imagem: Free Images)
Estudos sugerem que pacientes com Alzheimer apresentam baixa atividade de uma enzima chamada fosfolipase A2 no cérebro (Imagem: Free Images)
Da Agência USP de Notícias
A introdução de uma manteiga enriquecida com ácido linoleico conjugada (CLA), um tipo de ácido graxo encontrado na gordura de lacticínios, na dieta de ratos aumentou a atividade de uma enzima ligada à memória. Os resultados dos testes foram publicados, em abril, no Journal of Neural Transmission, e o estudo sugere que o consumo de alimentos ricos em CLA pode ser útil para pacientes com a doença de Alzheimer.
Entre os autores da pesquisa, estão Wagner Gattaz, Leda Leme Talib, Emanuel Dias Neto e Fábio Mury, do Laboratório de Neurociências – LIM 27, do Instituto de Psiquiatria (IPq), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Também assinam o artigo Marcos Gama e Fernando Lopes, da Embrapa, e Nadia Rezende Raposo, da Universidade Federal de Juiz de Fora.
De acordo com Leda Leme Talib, chefe do Laboratório de Neurociências, estudos da literatura científica demonstram que pacientes com Alzheimer apresentam baixa atividade de uma enzima chamada fosfolipase A2 (PLA2) no cérebro, ela está ligada às estruturas cerebrais relacionadas à memória.
“A fosfolipase A2 (PLA2) é uma enzima que atua sobre fosfolípides, gorduras constituintes das membranas celulares, e ácidos graxos, que funcionam como mediadores na formação da memória. Na pesquisa, observamos que a ingestão de alimentos ricos em ácido linoleico modulou a atividade dessa enzima, essa maior atividade da fosfolipase implicou em uma melhora da memória dos animais em estágio inicial do Alzheimer”.
Leda explica que, em pacientes sem Alzheimer, as membranas celulares são fluídas e renovadas normalmente. Mas, em pacientes com a doença, as membranas são rígidas e dificultam a liberação de ácidos graxos, como o ácido linoleico, que influencia nos mecanismos de formação da memória. Por isso o aumento da atividade da fosfolipase A2, que atua nas camadas das membranas celulares, pode ter contribuído para melhorar a memória dos animais.