domingo, 7 de junho de 2015

"Se cada governante ficar dependendo da vontade da área econômica do governo, se cada presidente ficar esperando que o ministro da Fazenda diga que está sobrando dinheiro, ele nunca vai fazer um programa de transferência de renda."

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante discurso na FAO (Foto: Gregorio Borgia/AP)O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante discurso na FAO (Foto: Gregorio Borgia/AP)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado (6) que, se um governante depender da vontade da área econômica de um governo, nunca implementará um programa de transferência de renda.
A afirmação foi feita durante discurso na 39ª conferência da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), em Roma, na Itália.
"Se cada governante ficar dependendo da vontade da área econômica do governo, se cada presidente ficar esperando que o ministro da Fazenda diga que está sobrando dinheiro, ele nunca vai fazer um programa de transferência de renda", disse o ex-presidente, depois de falar sobre programas sociais brasileiros.
Se cada governante ficar dependendo da vontade da área econômica do governo, se cada presidente ficar esperando que o ministro da Fazenda diga que está sobrando dinheiro, ele nunca vai fazer um programa de transferência de renda."
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
A equipe econômica do governo brasileiro anunciou em maio um corte de R$ 69,9 bilhões no orçamento deste ano, o maior contingenciamento da história, destinado a reequibrar as contas públicas. Em razão da política de ajuste, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, enfrenta resistência no próprio PT, partido da presidente, e entre políticos da base aliada do governo. Segundo o Ministério do Planejamento, o programa Bolsa Família, de transferència de renda, não sofreu cortes.
A assessoria de imprensa do Instituto Lula disse que o ex-presidente fez a afirmação não especificamente em relação ao Brasil, mas "de forma geral", em referência "ao papel desepenhado pelos ministros da Fazenda".
Durante o discurso, Lula defendeu o Bolsa Família e a importância da criação de um cadastro único para o programa. "Sabemos onde mora cada pessoa que recebe esse dinheiro", disse.
"No Brasil, antigamente, se distribuía cesta básica para o pobre. (...) Nós achamos que a melhor coisa que podemos fazer para garantir independência de alguém que precisa de ajuda do Estado é ele receber o dinheiro e comprar o que ele quiser, da qualidade que ele quiser", afirmou.
Lula disse, ainda, que a transferência de renda para os pobres é benéfica para o conjunto do país. "Faz crescer a demanda, o comércio, a produção, os empregos, e gera um círculo de desenvolvimento", disse.
Eleito pela primeira vez em junho de 2011, Graziano ficará no cargo por mais quatro anos, até julho de 2019.Eleição
Ministro de Segurança Alimentar e coordenador do  Programa Fome Zero durante o governo Lula, o brasileiro José Graziano da Silva, foi reeleito neste sábado (6) como diretor-geral da FAO. Único candidato ao cargo, ele foi reconduzido com os votos de 177 dos 182 países presentes à 39ª conferência da entidade, em Roma.
Agrônomo, professor e escritor, José Graziano foi ministro extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome enquanto a pasta existiu, entre 2003 e 2004, no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente. Ele coordenou a elaboração do programa Fome Zero, dando também início à sua implementação.

Obama pede que G7 enfrente a agressão russa na Ucrânia Presidente dos EUA fez 1º discurso na Baviera antes do início da cúpula. Ele insiste na necessidade de manter as sanções contra Moscou.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, convocou neste domingo (7) os demais líderes do G7 a enfrentarem a agressão russa na Ucrânia, em seu primeiro discurso na Baviera antes do início da cúpula das sete maiores potências industrializadas.
Barack Obama e Angela Merkel na aldeia de Krün, antes da reunião do G7, neste domingo (7) (Foto: REUTERS/Daniel Karmann/Pool)Barack Obama e Angela Merkel na aldeia de Krün, antes da reunião do G7, neste domingo (7) (Foto: REUTERS/Daniel Karmann/Pool)

Pouco antes, Merkel também havia celebrado a qualidade das relações entre os dois aliados: "Os Estados Unidos são nossos amigos e nossos sócios inclusive se às vezes temos divergências", destacou a chanceler.
Na presença da chanceler alemã Angela Merkel, classificada por ele de sócia e amiga, Obama destacou a solidez dos vínculos entre Estados Unidos e Alemanha, "dois aliados inseparáveis", e lembrou as numerosas posições comuns entre os dois países, como no caso da Ucrânia.
O presidente dos EUA< Barack Obama, faz um brinde com cerveja durante visita à vila de Kruen, na Alemanha (Foto: Markus Schreiber/AP)O presidente dos EUA, Barack Obama, faz um brinde
com cerveja durante visita à vila de Kruen, na
Alemanha (Foto: Markus Schreiber/AP)
As revelações de Edward Snowden sobre a amplitude dos programas de inteligência americanos, com a descoberta, em outubro de 2013, das escutas telefônicas do celular da chanceler alemã provocaram tensões entre os dois países.
Ao ressaltar os numerosos pontos de concordância entre Berlim e Washington, Obama insistiu na necessidade de enfrentar a agressão russa no leste da Ucrânia.
Na ausência do presidente russo, Vladimir Putin, o executivo americano insiste na necessidade de manter as sanções contra Moscou, acusado de apoiar a rebelião no leste separatista da Ucrânia.
Além da Ucrânia, espera-se que os líderes conversem sobre outros temas, como a crise da dívida grega ou a ameaça jihadista.

sábado, 6 de junho de 2015

Problemas de bateria do Galaxy S6 podem ser culpa do Android, não da Samsung

Galaxy S6 e S6 Edge não possuem as baterias de maior autonomia do mercado, mas em suma, diversos usuários estão enfrentando problemas com o consumo exagerado que acontece em ambos os aparelhos. No entanto, este problema pode estar sendo ocasionado por causa do Android 5.0 em si, e não é algo que a Samsung "planejou".
Segundo um relatório publicado nesta sexta-feira pelo site SamMobile, parece que um dos maiores problemas do Lollipop é que ele mantém a conexão de dados móveis de aplicativos muito mais do que eles precisam, diferente do KitKat, que corta a conexão de uma vez quando a transação de dados é feita por completo. O site afirma ainda que até mesmo oXperia Z3, que atualmente é um dos smartphones mais eficientes no quesito de bateria do mercado atual, enfrenta este tipo de problema.
O serviços da Google Play também leva um pouco de culpa na hora de sugar a bateria do S6/S6 Edge, mas este é um problema interno do sistema. O grande problema e a principal reclamação dos usuários é que aplicativos comuns continuam conectados à internet mesmo quando não estão sendo utilizados. A expectativa é de que a Google conserte as coisas na atualização 5.1 do Android.
No entanto, vale alertar que a culpa não é inteiramente da Google quando se trata dos novos flagships da Samsung. Notavelmente, a vida útil de bateria dos dois aparelhos melhorou com a segunda atualização, mas o problema voltou a ser um incômodo nesta última. Um ponto válido nisso tudo é que o Android 5.0 não está "completamente pronto" e ainda lhe faltam atualizações e correções.
Como já citamos, os usuários esperam que a Google conserte este problema o mais rápido possível, em vez de continuar com seu foco no Android M, que pode conter o mesmo bug do que o seu antecessor. A nova versão do Android deverá ser lançada antes do final de 2015.
(atualizado em 06 de junho de 2015, às 09:18)

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Microsoft atualiza Sunrise Calendar no iOS com suporte ao Apple Watch

Microsoft segue procurando disponibilizar seus serviços da melhor forma possível para todas as principais plataformas do mercado, sejam elas de sua gerência ou não. Agora, a companhia liberou um update para o recém-comprado aplicativo Sunrise Calendar disponível na App Store, inserindo algumas novidades que irão agradar aos usuários de produtos da Apple.
Dentre as principais mudanças, podemos destacar o suporte ao Apple Watch, principal diferencial desta versão 4.1 liberada pela Microsoft para seu app. Com isso, você poderá visualizar todos os seus próximos eventos diretamente através de seu relógio, recebendo uma prática notificação algum tempo antes dele ocorrer. Vale notar, contudo, que é necessário parear o seu Watch a um dispositivo da Apple compatível para que isto funcione, já que o smartwatch irá apenas "espelhar" as notificações recebidas através dele.
Seguindo com o changelog disponibilizado de maneira bastante criativa pela dona do Windows, é dito que mais updates estão sendo preparados para um futuro próximo, levando a compatibilidade do Sunrise Calendar a diversos outros dispositivos. Não foram dados detalhes, contudo, sobre quais seriam as novidades inseridas nas próximas versões, restando aguardarmos que mais informações sejam liberadas.
 
E que tal falarmos agora do seu relógio?
  • Opção A: tem um Apple Watch. Parabéns! Já faz parte do futuro e este futuro tem o Sunrise incluído. Agora pode ver os seus futuros compromissos, receber notificações personalizadas e consultar todos os detalhes das suas próximas reuniões num instante - tudo isto a partir do seu pulso! Aproveite, pois o futuro começa agora. :)
  • Opção B: tem um relógio mas é um daqueles que só mostra as horas. Prefere as coisas à moda antiga? Gostamos disso. Nesse caso, pode continuar a ler (quem é que não gosta de ler as descrições das atualizações de aplicações?) ou esperar pela próxima atualização do Sunrise. Temos muita coisa nova a chegar brevemente.
  • Opção C: não tem relógio. Sem problema. Pode consultar a Opção B para saber o que fazer a seguir.
  • Opção D: não existe opção D.
Outras alterações inseridas pela Microsoft correspondem a melhorias no desempenho e estabilidade do app, permitindo assim que suas notificações cheguem de maneira mais rápida e que as animações presentes sejam executadas de uma forma mais fluida do que em versões anteriores.
Para baixar o Sunrise Calendar, basta acessar a App Store com o seu iPhone que estiver rodando o iOS 8 ou posterior e realizar o download.

Tsipras qualifica proposta de Bruxelas de ‘irreal e absurda’ Premiê grego pede uma ‘solução integral’ e não apenas um acordo com os credores Grécia pede ao FMI adiamento de parcelas e prepara contraproposta


Alexis Tsipras na quinta-feira, em Atenas, depois de retornar de Bruxelas. / KOSTAS TSIRONIS (BLOOMBERG)
primeiro-ministro grego Alexis Tsipras fez um pronunciamento na tarde de sexta-feira no Parlamento parta informar sobre a rejeição da última proposta dos credores, o estado das negociações e para dar a palavra à oposição para que se pronunciasse sobre o assunto. O líder do Syriza não fez, como alguns esperavam, nenhum anúncio bombástico (convocação de eleições antecipadas ou referendo, por exemplo), mas apenas uma revisão da contraproposta grega e da “considerável distância “entre as duas partes. “A proposição dos parceiros é irreal, absurda”, disse ele.
“Estamos na fase final e ao mesmo tempo mais difícil das negociações. Não precisamos de um acordo, mas de uma solução integral em benefício da Grécia e também da Europa para terminar de uma vez por todas com a incerteza e parar de falar sobre a saída do euro. A nossa proposta era a única realista porque está em sintonia com o mandato popular que emergiu das urnas e com as nossas necessidades. Essa proposta baseia-se principalmente no objetivo de superávits primários menores. Mas nossos principais temas permanecem os mesmos: uma solução integral à insustentabilidade da dívida, proteção das pensões e salários, recuperação das convenções coletivas e um pacote de medidas de recuperação da economia”, disse Tsipras, que foi interrompido várias vezes por aplausos de seu grupo. Depois do discurso, tomou a palavra o líder da oposição, o conservador Andonis Samaras, seguido por outros líderes políticos.
Atenas lamenta que na última proposta dos credores não figurem os avanços obtidos nos quatro meses de negociação e enfatiza que tudosão exigências “inaceitáveis”. Entre os principais pontos de atrito estão a exigência de aumentar o IVA da conta de luz em dez pontos percentuais (até 23%) e novos cortes nas pensões mais baixas (45% do total são inferiores a 600 euros), solicitações “mais dolorosas” que aquelas apresentadas pela antiga troika ao Governo de Samaras, que inclusive se recusou a aprová-las. “A lista Jarduvelis [nome do último ministro das Finanças de Samaras] era mais clemente do que esta”, acrescentaram fontes do Executivo. “Não posso imaginar que haja aqui algum deputado disposto a votar a favor de um aumento da luz”, disse Tsipras.
Outras pílulas difíceis de engolir para o governo de Atenas –e acima de tudo para sua ala mais à esquerda– são a abolição das aposentadorias antecipadas (em uma trintena de profissões “de risco”, os gregos poderiam se aposentar a partir dos 52-55 anos ), um novo sistema de pensões que unifique todas as caixas existentes a partir de setembro, e a manutenção de um polêmico imposto sobre a propriedade imobiliária que o programa eleitoral do Syriza prometia retirar imediatamente.
No entanto, são os capítulos do IVA e das pensões os que podem causar mais problemas às fileiras do partido no poder. O Executivo parece resignado em aceitar a supressão do IVA especial para as ilhas, mas julga absurdo que os remédios sejam taxados em 11% (a proposta mais baixa dos parceiros, frente às três alíquotas de 6%, 11% e 23% que defende Atenas). O chamado IVA turístico, até agora de 6,5%, subiria para 11%, um aumento visto com preocupação pelo setor.
Outra das chamadas linhas vermelhas de Atenas é a nova reforma do mercado de trabalho, muito afetado por exigências anteriores da troika. Os credores exigem agora uma revisão completa do sistema, incluindo pontos sensíveis como a restauração da negociação coletiva (outra promessa eleitoral do Syriza) e as demissões coletivas.
A necessidade urgente de fundos — Atenas não recebeu praticamente nenhum euro do segundo resgate há um ano —, somada às tensões internas no Syriza por fazer demasiadas concessões aos credores, se combinam em um panorama explosivo no qual ganha terreno a possibilidade de uma nova convocação de eleições, algo que certos membros do governo não se cansam de repetir (e que tem o apoio de 37% dos cidadãos, de acordo com uma pesquisa divulgada na sexta-feira). Alguns inclusive sugerem a data de 28 de junho, ou seja, dois dias antes da expiração da prorrogação do segundo resgate — do qual ainda falta receber 7,2 bilhões, sujeitos à assinatura de um acordo com os parceiros — e de que vença o prazo para pagar ao Fundo Monetário Internacional o 1,6 bilhão que a Grécia deve em junho, depois de agrupar todos os pagamentos do mês.
Calendário de pagamentos da Grécia

Número de mortos em naufrágio na China salta para 396

JIANLI, China (Reuters) - O número de mortos no naufrágio de um navio de cruzeiro que chinês durante uma tempestade no rio Yangtze saltou para 396 no sábado, deixando menos de 50 pessoas ainda desaparecidas, com o operador do barco pedindo desculpas e dizendo que irá cooperar com as investigações.
Apenas 14 sobreviventes, um deles o capitão, foram encontrados depois que o navio que transportava 456 pessoas virou em meio a um tornado na noite de segunda-feira.
As equipes de resgate fazem buscas nas cabines do navio, que foi endireitado e tirado do leito do rio na sexta-feira, à procura de mais corpos.
Jiang Zhao, gerente-geral da empresa que operava o navio Eastern Star, curvou-se em desculpas pela tragédia durante uma entrevista à imprensa estatal, dizendo que iria cooperar "totalmente" com a investigação.
"Desde o momento em que isso aconteceu eu estou afundado em tristeza", disse Jiang à televisão estatal.
Pequim prometeu que não haveria nenhum tipo de abafamento nas investigações.
A polícia deteve o capitão e o engenheiro-chefe para interrogatório como parte da investigação. Uma investigação inicial apurou que o navio não estava sobrecarregado e tinha coletes salva-vidas suficientes a bordo.
O navio Eastern Star, com capacidade para transportar mais de 500 pessoas, estava indo de Nanjing, capital da província de Jiangsu, para Chongqing, no sudoeste da China, e afundou na área de Jianli.

(Por Megha Rajagopalan e Joseph Campbell

Forças do Iêmen disparam míssil Scud contra Arábia Saudita

DUBAI/SANAA (Reuters) - O grupo rebelde dominante Houthi do Iêmen e seus aliados do exército dispararam um míssil Scud contra a Arábia Saudita, que o reino diz ter derrubado neste sábado, em escalada relevante na guerra que dura dois meses.
No primeiro uso desse míssil de longo alcance no conflito, o Scud foi disparado na manhã de sábado contra a cidade de Khamees Mushait no sudoeste do reino e foi interceptado por dois mísseis Patriot, disse comunicado do exército saudita.
A região hospeda a maior base da força aérea no sul da Arábia Saudita, o maior exportador de petróleo do mundo, mas não existem instalações de petróleo nas proximidades.
Al Masira, canal oficial do grupo Houthi, confirmou o lançamento e disse que era direcionado para a base aérea Príncipe Khaled.
(Por Noah Browning e Mohammed Ghobari)