terça-feira, 12 de maio de 2015

Rastros de uma gestão irresponsável e temerária


Desabafo serve pra quem ousa ouvir e refletir é covardia pedir confidencia de amigos próximos!

Ex-presidente do Uruguai José Mujica ironizou neste domingo o convite feito pelo senador Ronaldo Caiado (DEM) para comparecer ao Congresso brasileiro e esclarecer a polêmica sobre uma suposta confissão do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva quanto ao escândalo do mensalão.
"Que viajar para algum lado! Que viajar! Eu vou é para Europa", ironizou o ex-líder uruguaio (2010-2015) quando perguntado sobre o assunto após comparecer às urnas durante as eleições departamentais e estaduais realizadas no país hoje.
A polêmica surgiu após o lançamento do livro-reportagem "Uma ovelha negra do poder", que relata os cinco anos de governo de Mujica. Na publicação, o ex-presidente uruguaio teria indicado aos autores, os jornalistas Andrés Danza e Ernesto Tulbovitz, que Lula confessou saber da existência do mensalão.
Questionado se está recebendo muitas ligações do Brasil por causa do livro, Mujica respondeu que este é um tema já esclarecido após ter negado a conversa com Lula sobre o escândalo de corrupção. Além disso, disse não se sentir surpreso pela repercussão.
As declarações atribuídas a Mujica fizeram Caiado, da oposição à presidente Dilma Rousseff, anunciar na última sexta-feira que fará um convite para Mujica vir ao Congresso esclarecer a polêmica.
Sobre a visita à Europa que revelou hoje, Mujica, atual senador no Uruguai, afirmou aos jornalistas, entre risos, que viajará "quando subir no avião".

Desertor da Coreia do Norte diz que Kim Jong-un mandou envenenar a tia Um dos mais altos responsáveis do regime norte-coreano a desertar alega que o líder deu ordens para que própria a tia fosse envenenada Ler mais: http://visao.sapo.pt/desertor-da-coreia-do-norte-diz-que-kim-jong-un-mandou-envenenar-a-tia=f819387#ixzz3ZvbfjfNu

Desertor da Coreia do Norte diz que Kim Jong-un mandou envenenar a tia
Reuters
O desertor, que serviu o regime de Pyongyang durante décadas e não quer ser identificado com receio de represálias, garante que "no dia 5 ou 6 de maio do ano passado, Kim Jong-un mandou matar a sua tia, Kim Kyong Hui". A revelação, em declarações à CNN, prossegue: "Apenas a sua unidade de guarda-costas sabia disto".
Segundo o ex-responsável norte-coreano, o líder do regime quis "silenciar" a familiar, que reclamava da morte do marido, o presumível número dois de Pyongyang, em dezembro de 2013.
O paradeiro de Kim Kyong Hui tem sido alvo de intensa especulação internacional desde que desapareceu, dois meses antes da morte do marido. Falou-se em ataque cardíaco, AVC, suicício, tumor cereral. Em fevereiro do ano seguinte, os serviços secretos sul-coreanos revelaram que acreditavam que estava viva.
Ainda segundo os serviços secretos da Coreia do Sul, Kim Jong-un tem mandado executar os seus adversários desde que chegou ao poder. Da lista farão parte pelo menos 15 responsáveis do regime, só este ano.


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Ator de "Pirata das Caraíbas" deixou Hollywood para lutar contra Estado Islâmico Michael Enright viajou para a Síria onde se juntou aos guerrilheiros curdos no combate ao autoproclamado Estado Islâmico Ler mais: http://visao.sapo.pt/ator-de-pirata-das-caraibas-deixou-hollywood-para-lutar-contra-estado-islamico=f819396#ixzz3ZvbGQA8N

Ator de "Pirata das Caraíbas" deixou Hollywood para lutar contra Estado Islâmico
Reprodução Daily Mail
O ator britânico Michael Enright, de 51 anos, partiu para a Síria para se juntar ao combate contra o Estado Islâmico (EI). O britânico, que entrou no filme "Pirata das Caraíbas: O Cofre do Homem Morto", juntou-se às Unidades de Proteção Popular, as milícias curdas que combatem o EI. "Chegou a um ponto em que quero que sejam aniquilados", revelou Enright ao jornal britânico Daily Mail.
Depois do 11 de Setembro, Michael Enright quis alistar-se na tropa norte-americana com o objetivo de partir para o Afeganistão. Na altura, os amigos demoveram-no da ideia. Desta vez, o vídeo revelado em janeiro deste ano, que mostra a imolação do piloto jordano Muaz al Kasaesbeh foi decisivo. "O EI é uma abominação. Isto é um chamamento para a humanidade, é um chamamento para toda a gente, para que façam o que possam, da maneira que possam." E não revelou a ninguém a intenção se juntar ao combate curdo, para evitar que o tentassem convencer a ficar.
Enright entrou em contacto com um militar britânico que esteve destacado no Iraque, e que desenvolveu o contacto entre o ator e a milícia curda. Já na Síria, recebeu treino básico das Unidades de Ação Popular durante dois meses. O britânico juntou-se a um grupo de 30 ocidentais que, além do treino físico, tiveram de aprender a montar e desmontar uma kalashnikov (AK 47) de olhos vendados. Agora, usa o uniforme 24 horas por dia e dorme de kalashnikov "A minha chama-se Olga, porque é da Roménia. É a minha companheira constante, portanto resolvi dar-lhe um nome."
Aos vídeos que mostravam as decapitações de ocidentais feitas pelo EI, junta-se outro fator que despertou o desejo de partir. "Havia um inglês, que tinha um sotaque britânico" referindo-se a Jihadi John, o inglês que combate nas fileiras do EI. "Isso tocou-me pessoalmente, de forma muito profunda." Michael Enright deixa críticas à Grã-Bretanha por não se juntar à luta contra o autoproclamado Estado Islâmico, e diz que se sente em dívida para com os Estados Unidos, "que me recebeu com os dois braços abertos". Aos 19 anos, o britânico deixou para trás a zona inglesa de Manchester, de onde é natural, e partiu para os EUA em busca de uma oportunidade na sétima arte.
Até agora, uma das missões que protagonizou foi estar cerca de um mês na linha da frente de guerra. "Quando estás de guarda, sabes que a única coisa que separa a civilização do Estado Islâmico és tu e a tua kalashnikov. Queres vê-los, mas não queres que te vejam." Michael Enright diz que não pretende voltar tão depressa. "Estou muito feliz por estar aqui". E sobre a possibilidade de ser capturado pelo EI, ressalva que "uma bala está guardada" para evitar ser torturado ou executado.


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Doleiro reafirma que Lula ordenou pagamento a empresa ligada à Petrobras

O doleiro Alberto Youssef confirmou à CPI da Petrobras teor de depoimento feito por ele à Polícia Federal em que afirmou que o ex-presidente Lula mandou fazer um pagamento para a agência Muranno Marketing, que prestava serviços à Petrobras.

“Quem me contou isso foi o Paulo Roberto Costa”, disse Youssef, em referência ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras apontado como beneficiário de propinas de empresas contratadas pela Petrobras para o financiamento de partidos políticos.

Youssef disse à CPI que recebeu de Costa a ordem para que procurasse os dirigentes da Muranno e que o dinheiro saiu da parte que cabia ao PT e ao PP.

“Paulo disse que, na época, foi R$ 6 milhões e pouco e que isso o PT teria que operacionalizar metade. A outra seria do PP. Em determinado momento, Julio Camargo [representante da empresa Toyo] me fez esse repasse de R$ 3 milhões para o PT”, disse.

O Chile de Bachelet, uma lição para Dilma Rousseff? Até quando a presidenta do Brasil vai resistir a tomar uma decisão, pelo menos simbólica, mostrando que aceita com humildade que o país está em crise e irritado? 'A vaidade ferida do Chile', por JOHN CARLIN

Chile e Brasil se pareciam muito dentro do continente latino-americano. Ambos os países manifestavam orgulho em se sentir moralmente superiores aos outros e de ter criado um milagre econômico, como destacou neste jornal John Carlin.
Os dois países estão governados por duas mulheres de valor, ambas de esquerda. O pai de Michelle Bachelet foi assassinado pela ditadura do general Pinochet e Dilma Rousseff foi torturada durante outra ditadura militar. Hoje, ambos os países e Governos e suas duas mandatárias vivem momentos de baixa, fustigados por uma grave crise política, econômica e ética. Já não podem se apresentar no continente como líderes da mudança. A popularidade das duas presidentas despencou do céu ao inferno. A de Rousseff, muito mais do que a de Bachelet.
E Dilma? Os últimos eventos mostram um Congresso no qual sua maioria se desgasta a cada hora, ao mesmo tempo em que a presidenta se vê obrigada a isolar-se e a proteger-se da rua por medo de ser criticada. Tudo isso somado a um partido que põe obstáculos às suas medidas de ajuste e a uma opinião pública que continua gritando “Fora Dilma” e “Fora PT”, um partido que é recebido com panelaços em vários Estados durante seu programa transmitido em cadeia nacional na TV, apesar de ter sido protagonizado pelo carismático ex-presidente Lula, diante da ausência da presidenta.Acusadas de não reagir diante da queda da confiança de seus respectivos eleitores, ambas tentando minimizar uma crise que as pesquisas revelavam com evidência, Bachelet acabou tomando uma decisão drástica como resposta aos protestos populares: substituir todo o Governo e anunciar que o Chile terá um novo ministério em um prazo de 74 horas.
Se as crises nunca são iguais, não resta dúvida que as vividas pelo Chile e pelo Brasil, protagonizadas por dois Governos de esquerda e progressistas, parecem reflexos uma da outra. Assim como Bachelet tentou fazer em vão —acusada de ser lenta em suas reações frente à crise—, Dilma continua na ilusão de negar a crise, classificando-a de “passageira”, sem entender o sentimento das ruas, cada vez mais crítico contra ela e seu partido.
A mandatária chilena rendeu-se e passou uma rasteira em seu Governo para começar de novo. Talvez isso não seja suficiente, mas é um gesto com o qual tenta dizer à opinião pública que entendeu o motivo pelo qual perdeu a confiança dos eleitores. Até quando Dilma vai resistir a tomar uma decisão, pelo menos simbólica, mostrando que aceita com humildade que o país está em crise e irritado, à espera de algo que resgate sua confiança?
Em entrevista recente ao jornalista Roberto D'Ávila na Globo News, o senador do PSDB José Serra afirmou que o problema do Brasil não é apenas a corrupção ou a economia, mas sobretudo a fragilidade do Governo Dilma. “É um Governo fraco”, afirmou. Tão fraco que, como demonstra diariamente, açoitado e humilhado pelo Congresso Nacional, perdeu sua iniciativa diante da crise.
Dilma, em um gesto de Pilatos, lavou as mãos frente à crise terceirizando suas duas maiores responsabilidades: a econômica, nas mãos de Joaquim Levy, mais próximo da visão liberal da oposição do que da sua; e a política, ao aliado PMDB, na figura de seu vice-presidente Michel Temer, do partido que hoje já é de clara oposição no Parlamento.
Será suficiente para Dilma lavar as mãos para recuperar a confiança perdida dos 54 milhões de brasileiros que a reelegeram nas urnas? Ou necessitaria fazer, como no caso chileno, um gesto de ruptura? Um reconhecimento de que a gestão econômica de seu primeiro mandato foi equivocada e que provocou uma crise que a obriga a fazer ajustes que afetarão os trabalhadores e os mais pobres. Reconhecerá que a crise da Petrobras, uma empresa que esteve tantos anos sob seus cuidados, não foi apenas ética, mas também de má gestão e de falcatruas de políticos e de executivos sem escrúpulos, seus aliados, que transformaram a companhia no quintal de sua própria casa?
Quando os brasileiros gritam nas ruas “Fora Dilma”, talvez estejam esperando, pelo menos, um gesto inequívoco dizendo que a presidenta entendeu a crise e está disposta a enfrentá-la. Não enterrando a cabeça, nem terceirizando, mas oferecendo uma medida radical como a de Bachelet.

Bachelet faz mudança drástica ao trocar nove ministros de sua equipe Após pedir a renúncia de todo o seu gabinete, a presidenta mantém 14 dirigentes Demite seus homens de confiança dos ministérios da Fazenda e do Interior Bachelet desenha seu novo gabinete em completo segredo

Cambio de gabinete en Chile
O ex-ministro de Defesa de Chile, Jorge Burgos, assina como novo ministro do Interior. /FELIPE TRUEBA (EFE)
Depois de 108 horas em que o gabinete de Michelle Bacheletpermaneceu à espera de seu futuro e com a renúncia coletivaapresentada, a presidenta chilena anunciou mudanças drástica em seu Governo, as de maior profundidade que um mandatário realizou no Chile desde a volta à democracia, em 1990. Catorze meses após ter assumido seu segundo mandato, em março de 2014, a governante socialista não só removeu toda a equipe política que a acompanhava no palácio de La Moneda, encabeçada por Rodrigo Peñailillo, como também demitiu o ministro da Fazenda, Alberto Arenas. A saída do líder econômico do Executivo chileno é uma novidade histórica: nenhum chefe de Estado dos governos pós-ditadura havia tomado a decisão de promover mudanças nessa área.
“É tempo de dar um novo impulso à missão do Governo, e nessa nova fase, tão exigente quanto estimulante, é preciso colocar energia renovada e rostos novos à frente das tarefas que prometemos ao país e que os chilenos nos pedem. Por essa razão decidi, no uso de minhas prerrogativas constitucionais, convocar uma nova equipe ministerial”, disse Bachelet.
Num discurso esperado pelos políticos e pela população desde quarta-feira passada, quando anunciou a dissolução de seu gabinete pela televisão, a socialista fez mudanças em 9 dos 23 ministérios. As saídas dos titulares do Interior e da Fazenda são, sem dúvida, as de maior impacto. Desde os tempos em que Bachelet vivia em Nova York, como diretora da ONU Mulheres (entre setembro de 2010 e março de 2013), Peñailillo e Arenas foram seus dois homens de confiança e os arquitetos de sua volta ao Chile, de seu programa de governo e de sua segunda campanha à presidência. Nesse primeiro ano de governo, ocupando os cargos mais importantes do gabinete, ambos estiveram à frente das principais reformas do Executivo, como a tributária e as alterações no sistema eleitoral binominal.
Com essas duas mudanças-chave e pelos perfis dos substitutos de Peñailillo e Arenas, pode-se concluir que, ao recomeçar seu governo, Bachelet quis demonstrar uma disposição à negociação e ao diálogo. Como membro de diversos governos de centro-esquerda desde 1990 e depois de três mandatos de deputado, Burgos é um especialista em negociações complexas e um político experimente, com conexões profundas em todos os setores. A nomeação de Valdés para a Fazenda vai na mesma direção. Num governo que pretende realizar uma ambiciosa agenda de reformas, para a qual restam menos de três anos, Bachelet optou por um interlocutor respeitado no mundo empresarial, onde Arenas enfrentou vários problemas, e, depois de 14 meses, havia perdido a legitimidade necessária para levar adiante sua difícil tarefa.A presidenta nomeou para o Interior o democrata-cristão Jorge Burgos, que tem longa carreira no Executivo e no Congresso e que até agora era ministro da Defesa, e para a Fazenda, Rodrigo Valdés, do Partido pela Democracia (PPD), reconhecido por sua capacidade de realização e que era presidente executivo do Banco Estado.
A equipe política do palácio de La Moneda, composta por três ministros, ficou sem a presença de mulheres. Na Secretaria-Geral do Governo, que faz o trabalho de porta-voz, saiu o socialista Álvaro Elizalde e entrou Marcelo Díaz, também militante do PS, que vinha exercendo o cargo de embaixador na Argentina. À Secretaria-Geral da Presidência, encarregada da agenda legislativa do Executivo e do contato com o Congresso, aportou o deputado Jorge Insunza, do PPD, que substitui Ximena Rincón, a partir de agora no Ministério do Trabalho.
Nessa reforma de gabinete aconteceram outras trocas entre membros da equipe: além do deslocamento de Burgos e Rincón, José Antonio Gómez, do Partido Radical, passou da Justiça para a Defesa. Javiera Blanco, independente, foi transferida do Trabalho para encabeçar o Ministério da Justiça. No Ministério da Cultura entra Ernesto Ottone Ramírez, substituindo Claudia Barattini, enquanto no Desenvolvimento Social toma posse o segundo político comunista do Executivo, Marcos Barraza, que fica no lugar de Fernanda Villegas. Nessa profunda transformação, cinco ministros deixaram o Governo Bachelet.