domingo, 26 de abril de 2015

Vídeo mostra avalanche no monte Everest neste sábado Alpinista Jost Kobusch filmou momentos de desespero após avalanche. Ao menos 10 pessoas morreram no Everest, segundo Ministério do Turismo.

Vídeo publicado no YouTube pelo alpinista Jost Kobusch mostra momentos de pânico depois de avalanche no Everest neste sábado (Foto: Reprodução/YouTube/Jost Kobusch)Vídeo publicado no YouTube pelo alpinista Jost Kobusch mostra momentos de pânico depois de avalanche no Everest neste sábado (Foto: Reprodução/YouTube/Jost Kobusch)
Um vídeo feito pelo alpinista alemão Jost Kobusch, que estava na base do Monte Everest neste sábado (25), mostra os momentos de pânico quando uma avalanche atingiu o acampamento onde estava, logo depois de um terremoto de magnitude 7,8 sacudir a região.
"O chão estava tremendo por causa do terremoto e, assim que vimos pessoas correndo, começamos a correr para salvar nossas vidas", publicou o atleta no YouTube.
Ao menos 17 pessoas morreram no Everest, segundo o  Ministério do Turismo local. A avalanche cobriu parte da base para os alpinistas com destino ao Everest, de acordo com o ministério em Katmandu.
Quase 2.500 pessoas morreram depois do forte terremoto que atingiu o Nepal neste sábado e de tremores secundários, um deles de magnitude 6,7, na manhã deste domingo. Entre os mortos, pelo menos 17 foram atingidos pela avalanche que balançou o cume mais alto do planeta.
Sobreviventes contam o que viram
Alguns dos sobreviventes da avalanche contaram à Reuters o que viram depois do desastre. Khile Sherpa, por exemplo, conta que, quando abriu os olhos, a neve em sua volta não era branca e sim bem vermelha, encharcada do sangue que escorria dos vários cortes de seu corpo após a avalanche que o atingiu em cheio em acampamento, por volta do horário de almoço do sábado.
Momento em que alpinistas são cobertos por neve em avalanche no Everest foi registrado em vídeo (Foto: Reprodução/YouTube/Jost Kobusch)Momento em que alpinistas são cobertos por neve em avalanche no Everest foi registrado em vídeo (Foto: Reprodução/YouTube/Jost Kobusch)
Khile foi um dos 15 sobreviventes que foram transportados do Everest até a capital do Nepal, Katmandu, depois do terremoto. "Foi um som monstruoso, como se demônios tivessem descido das montanhas", disse Khile à Reuters, com uma bandagem que cobria metade de seu rosto.
Como centenas de outras vítimas do terremoto, o rapaz de 20 anos estava esperando por tratamento do lado de fora do superlotado hospital da Faculdade de Medicina de Kathmandu.
O guia montanhista recordou do momento em que ele havia acabado de servir almoço a um grupo de alpinistas estrangeiros em um acampamento na altitude, quando ele ouviu o rugido vindo da encosta.
Segundos depois, uma vasta nuvem de neve e pedregulhos tomou o lugar de assalto e ele permaneceu desmaiado por, estima Khile, cerca de uma hora.
Um time de médicos o encontrou sangrando na neve com um ferimento na cabeça. Khile recebeu uma bandagem e foi levado para ser abrigado em uma barraca pertencente a um grupo de excursão chamado Seven Summit.
Khile era um dos cerca de 1.000 alpinistas e guias sherpa no Everest quando a primeira avalanche atingiu-os e consolidou este que é o maior desastre na montanha mais alta do mundo.
"Explosão nuclear"
Vídeo feito por alpinistra mostra momento em que neve cobre acampamento na base do Everest (Foto: Reprodução/YouTube/Jost Kobusch)Vídeo feito por alpinistra mostra momento em que neve cobre acampamento na base do Everest (Foto: Reprodução/YouTube/Jost Kobusch)
O alpinista norte-americano Jon Kedrowski disse em seu blog no acampamento que o terremoto rompeu um "enorme trecho recortado" de gelo de um cume que deslizou, criando um vento com força de furacão que assoprou pessoas e barracas a uma distância de cerca de 30 metros.
Outro alpinista disse que uma grande parte do acampamento parecia como se tivesse sido atingida por uma "explosão nuclear".
No domingo, outro tremor fez com que pedras e gelo atingissem novas bases na montanha.
"Mais um, nós estamos enfrentando mais um tremor neste momento! Merda!", gritou o alpinista indiano Arjun Vajpai, enquanto falava com a Reuters pelo telefone do acampamento de Makalu próximo ao Everest. "Avalanche!"
Gritos e o rugido da neve caindo podiam ser ouvidos do outro lado da linha enquanto Vajpai falava.
O desastre de sábado aconteceu apenas alguns dias após o primeiro aniversário de uma avalanche no Everest que matou 16 guias nepaleses.
Aquele acidente, até então o pior da história do Everest, levantou questões a respeito do perigo pelo qual passam guias locais mal pagos que todos os anos colocam a vida em risco para ajudar milhares de alpinistas estrangeiros a conquistarem seus sonhos.
Vídeo mostra neve atingindo barraca de acampamento de alpinistas na base do Everest (Foto: Reprodução/YouTube/Jost Kobusch)Vídeo mostra neve atingindo barraca de acampamento de alpinistas na base do Everest (Foto: Reprodução/YouTube/Jost Kobusch)
Desta vez, as mortes foram parte de uma catástrofe ainda maior, mas para alguns guias sherpa que vivem do trabalho no Everest e em outras montanhas do Himalaia no Nepal, os perigos agora devem pesar mais que os benefícios.
Pemba Nurbu Sherpa, 34, era parte de um time internacional que incluia sul-americanos e indianos.
"Nós perdemos tudo. Água, equipamento, barracas. Tudo o que restou foram essas roupas que você vê", disse ele, apontando para sua jaqueta de alpinismo já gasta.
Pemba, que também sofreu um ferimento na cabeça, disse que insistiu em trabalhar na expedição, embora a tragédia do último ano tenha tornado sua decisão impopular entre os familiares. Ele disse que esta vez, sua terceira na montanha, poderia ser a última.
"É muito arriscado. Havia pressão da minha família para não vir. Mas eu vim apesar das objeções."
Alpinistas ainda mostram entusiasmo
Nem todo mundo fica amedrontado com os perigos da montanha. Vajpai, 22, sobreviveu às avalanches que atingiram seu acampamento em Makalu, a quinta maior montanha do mundo a apenas 20 quilômetros do Everest.
Isso lhe deu algum tempo para pensar, mas o jovem montanhista que escalou o Everest quando tinha apenas 16 anos decidiu não abandonar a excursão.
"Nós vamos continuar se a temperatura deixar", disse ele à Reuters pelo telefone. "Fazer montanhismo como um esporte é aquilo: você sabe de antemão que pode voltar ou não para casa. É uma linha tênue."
Como Khile, para a alpinista chinesa Mali Yamu, 45, continuar não é uma opção por ora. Ela está deitada no chão do hospital da Faculdade de Medicina e mal consegue falar devido a uma lesão na costela.
Os dois foram levados do acampamento para o tratamento em Kathmandu, mas a situação em si era precária.
"Eu estou OK, sinto dor no meu lado esquerdo", disse Yamu, sem muita força, em inglês. Momentos mais tarde, novos tremores atingiram a região e todo mundo, incluindo doutores e enfermeiras, correram do hospital de três andares.
Ainda com seus equipamentos de alpinismo, Yamu foi levada para fora do local em cadeira de rodas e transferida para uma barraca cheia de pacientes e suas famílias.

Itamaraty diz que fez contato com ao menos 60 brasileiros no Nepal Embaixada tenta localizar todos os brasileiros que estavam na área atingida. Chancelaria informa que 79 cidadãos do Brasil podem estar no país asiático.

Um dia após um terremoto de magnitude 7,8 estremecer o Nepal e a Índia, a embaixada do Brasil em Katmandu ainda tenta localizar todos os brasileiros que estavam na região durante o tremor de terra. Até as 16h50 deste domingo (26), o Palácio do Itamaraty já havia contatado mais de 60 cidadãos do Brasil localizados na área do terremoto. O ministério informou que, até o momento, todos os cidadãos brasileiros contatados estão bem e que não há registro de nenhum brasileiro entre as vítimas fatais do desastre natural.
A chancelaria informa que tomou conhecimento da presença de ao menos 79 brasileiros no Nepal no dia do abalo sísmico. O Itamaraty informou, porém, que o número pode ser maior ou menor, já que, segundo o ministério, nem todos os brasileiros que chegam a um país avisam a representação brasileira.
Ao G1, a assessoria do Itamaraty ressaltou que os diplomatas seguem em busca de brasileiros em hotéis, agências de turismo e hospitais do país asiático. Ainda de acordo com o Ministério das Relações Exteriores, familiares de cidadãos do Brasil que estavam na região atingida pelo tremor entraram em contato com a embaixada em Katmandu para solicitar informações sobre os parentes ou para dizer que já haviam localizado e que eles passavam bem.
Devido às dificuldades de comunicação com o Nepal, já que parte das redes de telefonia do país asiático foi destruída pelo tremor, o Itamaraty destaca que o número de brasileiros na região pode ser maior ou menor do que os 79 registrados pelos diplomatas.
Até o momento, o governo brasileiro não registra nenhum caso de brasileiro ferido ou morto em razão do terremoto. Nos outros países que também foram atingidos pelo tremor, não há relato de brasileiro que não tenha sido localizado ou que esteja morto, ressaltou o Itamaraty.
Desde sábado, os incidentes envolvendo cidadãos do Brasil, segundo o Itamaraty, têm se restringido à perda de documentos. Para regularizar a situação dos turistas brasileiros, a chancelaria em Katmandu tem atuado em regime de plantão ao longo do fim de semana para prestar o apoio consular, especialmente para confeccionar os novos passaportes.
O abalo sísmico deste sábado deixou mais de 2,2 mil mortos e milhares de feridos. O terremoto foi o pior a atingir o Nepal em 80 anos.A sede da embaixada do Brasil no Nepal não sofreu avarias graves por contra do tremor de terra. Conforme o governo, apenas um muro externo da chancelaria apresentou uma rachadura depois do terremoto.
Mapa terremoto Nepal (Foto: Arte/G1)
Novo tremor
Neste domingo (26), uma réplica do terremoto da véspera atingiu a Índia e o Nepal, balançando edifícios em Nova Delhi e provocando uma avalanche no Himalaia, de acordo com a agência Reuters.
             
O Serviço Geológico dos Estados Unidos disse que o tremor foi de magnitude 6,7, inferior ao terremoto que atingiu a região no sábado, segundo a agência de notícias Associated Press. Em Katmandu, a capital do Nepal, as pessoas passaram a noite ao relento ou em barracas.
O tremor secundário deste domingo, que ocorreu a 10 km de profundidade, também foi sentido no Everest, onde provocou novas avalanches.
Cruz Vermelha
Após o desastre natural ocorrido no Nepal, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) ativou uma página na internet para auxiliar o contato entre familiares em busca de informações sobre vítimas.
De acordo com o comitê, o site foi criado para que pessoas no Nepal e no exterior possam registrar os nomes dos parentes com quem desejem restabelecer contato. A ferramenta também permite uma busca no registro das pessoas desaparecidas ou que responderam que estão vivas, além da possibilidade de fazer registro do nome de pessoas que desejam informar que estão bem.

Comissão da verdade da UnB recomenda apuração e punição de agentes da ditadura

A Comissão Anísio Teixeira de Memória e Verdade da Universidade de Brasília (UnB) recomendou que as informações e subsídios coletados pelo grupo sejam encaminhadas ao Ministério Público Federal para que seja feita a apuração e, sendo o caso, a responsabilização criminal e civil dos agentes e responsáveis pelas violações de direitos humanos, cometidas durante a ditadura militar no Brasil.
Nesta semana, a comissão apresentou seu relatório de atividades, que ficará disponível na internet para receber sugestões até o dia 22 de maio. Ela foi criada em agosto de 2012 e investigou violações de direitos humanos e liberdades individuais ocorridas entre 1º de abril de 1964 e 5 de outubro de 1988, especificamente aquelas contra alunos, técnicos e professores, ocorridas dentro e fora do campus da UnB.
O relatório preliminar tem 331 páginas e 16 recomendações. Nele, os membros também pedem a revisão da interpretação da Lei de Anistia (Lei nº 6.683, de 28 de agosto de 1979), para assegurar a responsabilização dos agentes do estado responsáveis pelas violações; e a localização e abertura dos acervos de órgãos de segurança e informações ainda não depositados no Arquivo Nacional, entre os quais os da Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal no Distrito Federal, dos centros de informação das Forças Armadas e os da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (incluindo arquivos das polícias Civil e Militar).
Segundo o coordenador de pesquisa da comissão, José Otávio Guimarães, a representatividade e localização da UnB já levantavam críticas antes de sua fundação, em 1962, e algumas autoridades eram contrárias à sua instalação tão próxima à Esplanada dos Ministérios e à Praça do Três Poderes.
“Uma juventude crítica próxima do poder é sempre um problema para o poder. Além disso, o projeto da UnB era de ser uma universidade crítica, de renovar a forma como a academia funcionava no Brasil. Ela devia responder aos problemas dos brasileiros, esse foi o projeto feito por Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro [fundadores da UnB]”, ressaltou o coordenador.
A Comissão Anísio Teixeira também quer que a sociedade seja melhor informada sobre a temática da ditadura militar e das violações dos direitos humanos. Os membros pedem o apoio ao Projeto de Lei nº 7899/2014, que institui a Lei Iara Iavelberg, para incluir no currículo oficial da rede de ensino do Brasil a obrigatoriedade desse tema; o estímulo ao levantamento de dados sobre momentos históricos importantes e pouco conhecidos de resistência à ditadura; o estímulo a produções audiovisuais, editorais e jornalísticas que apurem as transgressões no período 1964-1988 por meio de editais de fomento, cursos de formação e premiações; e a promoção de atividades de extensão universitária que propiciem o contato e o debate com estudantes do ensino fundamental e médio em torno de questões ligadas à temática da comissão.
O relatório também recomenda a criação de um memorial na UnB, para lembrar as vítimas da ditadura e em homenagem aos que a combateram; a mudança de nome dos logradouros que atualmente homenageiam os chefes da ditadura militar (como a Ponte Costa e Silva, em Brasília); a nomeação de prédios e instalações da universidade com os nomes de pessoas que lutaram contra a ditadura; e a revisão de títulos e de homenagens universitárias concedidas a apoiadores ou autoridades da ditadura.
Os membros citam o caso da UnB, que deu o título de doutor honoris causa a Roberto Marinho; da Unicamp, que conferiu título de doutor honoris causa a Jarbas Passarinho, e da denominação do Grande Prêmio Capes de Tese Zeferino Vaz, entre outros.

Comissão retoma votação de MP que altera regras do seguro-desemprego

A comissão mista que analisa a Medida Provisória (MP) 665?2014 reúne-se na quarta-feira (29) para continuar a votação do relatório do senador Paulo Rocha (PT-PA), que alterou vários pontos da MP editada pelo governo no fim do ano passado. A última reunião, realizada no dia 22, foi suspensa por falta de quórum.
A MP 665/2014 limita a requisição do seguro-desemprego pela primeira vez pelo trabalhador dispensado sem justa causa. A principal alteração do relator foi a redução dos prazos de carência (período de vínculo formal) que os trabalhadores têm que cumprir para ter acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial.
A MP estabelece que o trabalhador dispensado sem justa causa só pode requisitar o seguro-desemprego pela primeira vez após 18 meses de trabalho ininterrupto nos 24 meses anteriores à demissão. Rocha reduziu a carência para 12 meses de trabalho (não consecutivos) nos 18 meses anteriores à data da dispensa.
Esse período de carência é o ponto mais criticado pelas centrais sindicais, porque dificulta oacesso de trabalhadores ao benefício, já que quase metade dos empregados com vínculo formal no país é demitida antes de um ano no emprego. A votação enfrenta resistência tanto de oposicionistas como de parlamentares da base governista contrários às mudanças da MP.
A regra do seguro-desemprego rural foi a última alteração feita na MP. Pela nova regra, o empregado rural desempregado, contratado por safra, poderá receber o benefício de três salários mínimos se tiver trabalhado por, no mínimo, três meses ao longo de 16 meses.
Segundo o relator, a iniciativa sofre resistência das centrais sindicais, defensoras de prazo mínimo de um mês. Caso exista discordância entre parlamentares sobre esse prazo, há a possibilidade de mudar o relatório por meio de destaques.
Atualmente, a lei que regula o seguro-desemprego não diferencia trabalhadores rurais de urbanos e estabelece seis meses de trabalho para o empregado poder solicitar o benefício.

Fies será tema de audiência pública interativa no Senado

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) será debatido em audiência pública promovida pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), a ser realizada na terça-feira (28), com a participação interativa do público através do Portal e-Cidadania e do Alô Senado.
Foram convidados para o debate Elizabeth Guedes, vice-presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup); Julliene Cabral Salviano da Silva, coordenadora nacional do Movimento em Defesa do Fies; a procuradora da República Maria Cristina Manella Cordeiro; e um representante do Ministério da Educação.
A audiência terá início às 9h na sala 7 da Ala Senador Alexandre Costa. Os espectadores poderão enviar suas perguntas pelo Portal e-Cidadania ou pelo Alô Senado (0800-612211).

Nível do Cantareira fica estável pelo sexto dia consecutivo

O nível do Sistema Cantareira ficou estável pelo sexto dia consecutivo neste domingo (26). O volume armazenado está em 20,1% desde o dia 21, segundo cálculo convencional da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Considerando a metodologia que leva em conta o uso do volume morto, o nível está em 15,5%. A companhia passou a disponibilizar um terceiro índice no dia 16 de abril, que subtrai o volume armazenado da reserva técnica e divide pelo volume útil do reservatório. Esse cálculo aponta um déficit de 9,2% no sistema.
A chuva acumulada no Cantareira no mês de abril não chega à metade da média histórica para o mês. O índice pluviométrico está em 45,1 milímetros (mm), quando o esperado para o período é 89,8 mm. Nas últimas semanas, o maior acúmulo de chuva nas represas que formam o sistema foi 4,2 mm no dia 23. De ontem para hoje, choveu apenas 0,8 mm. No mesmo período do ano passado, as precipitações acumuladas eram maiores, com 85,7mm. O sistema, naquela época, tinha 11,3% de volume de água armazenado. A reserva técnica começou a ser usada em maio de 2014.
Nas demais represas que abastecem a região metropolitana de São Paulo, houve acréscimo apenas no Sistema Rio Claro, cujo nível passou de 46,7% para 47,3%. Esse também é o único reservatório que já ultrapassou a média histórica de chuvas. O acumulado pluviométrico chegou hoje a 203,2 mm, enquanto o previsto para o período é 200,2 mm. Somente de ontem para hoje, choveu 26,8 mm. Os sistemas Tietê, Alto Cotia e Rio Grande ficaram estáveis em 22,4%, 65,7% e 95,8%, respectivamente. Apenas o Guarapiranga teve redução no volume armazenado, de 82,6% para 82,4%. 

A agência de notação Fitch considera que as investigações judiciais sobre corrupção em curso no Brasil aumentaram o ambiente de litigância jurídica, podendo dificultar a actividade dos bancos brasileiros durante os próximos tempos.


De acordo com esta agência de 'rating', uma das três maiores do mundo, "a mais recente investigação judicial a atingir o Brasil é uma investigação em grande escala sobre corrupção, a respeito de crimes de evasão fiscal e subornos pagos à CARF, o conselho de recurso fiscal", que envolve "várias grandes empresas brasileiras e alguns dos maiores bancos privados no Brasil".
Para os peritos da Fitch, "ainda é cedo para determinar o impacto desta nova investigação aos bancos no Brasil", mas existe o risco de algumas decisões favoráveis às empresas poderem ser revertidas.
"Na maioria dos casos, uma reversão da senteça fiscal [favorável à empresa] não deverá ter um impacto direto no 'rating' dos bancos, mas o processo legal demorado é um fardo que pode prolongar estas disputas por anos, acrescentando custos operacionais" às contas dos bancos, diz a agência.
Numa nota positiva, conclui a Fitch, as novas leis anticorrupção, que entraram em vigor em março, "estão a estabelecer um tom mais agressivo" para a aplicação das ações judiciais e o incentivo às empresas que denunciem práticas de corrupção ou que participem nas investigações "deve ajudar a desencorajar a corrupção".