sábado, 11 de abril de 2015

FMI vê queda de 1% do PIB brasileiro em 2015 e prevê retomada do crescimento com ajustes

SÃO PAULO/BRASÍLIA (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a economia brasileira irá encolher 1 por cento este ano, e que a retomada do crescimento depende em grande medida da implementação das medidas de ajuste fiscal anunciadas pelo governo, de acordo com documento divulgado pela entidade internacional nesta sexta-feira.
No documento, o Fundo considera "prioridade imediata" a resolução de questões ligadas à Petrobras e encoraja o governo a fortalecer a governança das empresas estatais do país.
As considerações foram feitas após visita de funcionários do FMI ao Brasil, dentro do cronograma de consultas periódicas realizadas aos países membros, e que depois são avaliadas pela diretoria do organismo.
O FMI disse que as políticas fiscal e monetária mais restritivas e os cortes de investimento da Petrobras devem piorar neste ano cenário para a atividade econômica, que já vem se deteriorando desde do ano passado
Por outro lado, o documento apontou que o sucesso na implementação do ajuste fiscal e outras medidas podem contribuir para o fortalecimento da confiança, ajudando a atrair investimentos no fim de 2015 e consolidando as bases para a volta do crescimento no ano que vem. O FMI projeta crescimento de 0,9 por cento do PIB em 2016 e de 2,2 por cento em 2017.
Os diretores do Fundo também apontaram a necessidade de reformas para impulsionar a produtividade e a capacidade de crescimento econômico, recomendando prioridade na área de investimento em infraestrutura e iniciativas para melhorar, por exemplo, a eficiência tributária.
"A priorização de reformas e maior participação do setor privado serão chave para o sucesso", disse trecho do documento.
Nesta sexta-feira, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mostrou discurso afinado com o do FMI depois de participar de reunião com secretários da Fazenda dos Estados, reforçando a importância da convergência de alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e ressaltando que a agenda de infraestrutura estaria entre os próximos passos do governo. [nL2N0X70Y9] [nE5N0WX007]

"A palavra-chave para o investimento é a parceria com mercados de capitais e setor financeiro", disse o ministro.

Instituto Lula divulga foto de time de parlamentares à época da Constituinte Adversários, Lula e Aécio Neves jogaram futebol juntos

Lula e Aécio jogavam no mesmo time, bem diferente de hoje em dia. (Foto: Reprodução/Facebook - Lula)
Lula e Aécio jogavam no mesmo time, bem diferente de hoje em dia. (Foto: Reprodução/Facebook - Lula)

O ex-presidente Lula e o senador Aécio Neves já foram companheiros de time. Na época da Assembleia Constituinte, os então deputados jogavam futebol no campo do Corpo de Bombeiros em Brasília. O Instituto Lula divulgou, no Facebook do ex-presidente, uma foto na qual é possível reconhecer, além dos adversários, vários expoentes políticos.

Nomes como o falecido Luiz Gushiken, o senador Cássio Cunha Lima e Eduardo Jorge, candidato do PV à presidência em 2014, se alinham na formação para a foto, em um clima descontraído.

Questionado se lembrava da foto, enviada por um colaborador ao Instituto, Lula respondeu brincando que sim, que era "o dono do time".

Em pé: Maguito Vilela, José Richa, Antonio Patriota, dois não identificados, Luiz Alberto Rodrigues, Lula, Cássio Cunha Lima, Eduardo Jorge, outro não identificado e Paulo Delgado. Agachados: Lysâneas Maciel, Luiz Gushiken, Beto Mansur, Valmir Campelo, Aécio Neves, mais dois não identificados, Vitor Buaiz e outro não identificado.

Ministério da Saúde suspende pagamentos à investigada na Lava Jato

O Ministério da Saúde informou que suspendeu nesta sexta-feira (10) os pagamentos à agência de publicidade Borghi/Lowe, contratada em processo de licitação em 2010. A empresa é investigada na Operação Lava Jato da Polícia Federal (PF) pois teria pago proprina ao deputado cassado André Vargas (sem partido-PR).
A pasta informou, por meio de nota, que além da suspensão "imediata" dos pagamentos à Borghi/Lowe, não vai autorizar novas ordens de serviço para a empresa. Além disso, criará uma Comissão de Sindicância Administrativa para avaliar a regularidade da execução do contrato com a empresa. A portaria que cria a comissão foi encaminhada ao Diário Oficial da União, segundo a pasta.
A agência de publicidade Borghi Lowe Propaganda e Marketing Ltda. teria contratado serviços das empresas E-noise, Luis Portela, Conspiração, Sagaz e Zulu Filmes para serviços de publicidade para a Caixa e para o Ministério da Saúde e os orientado a fazer pagamentos de comissões de bônus de volume nas contas das empresas Limiar e LSI, controladas por André Vargas e seus irmãos, de acordo com o despacho do juiz federal 13ª Vara Federal de Curitiba Sérgio Moro, responsável pelos processos decorrentes da Lava Jato.
Também na nota, o Ministério da Saúde reforça que não firmou contrato com a empresa Labogen. "Em 2013, ao tomar conhecimento do relatório da Polícia Federal sobre a Operação Lava Jato, o ministério imediatamente suspendeu o termo de compromisso selado com o Laboratório da Marinha, antes mesmo da assinatura de contrato ou de qualquer repasse de recursos públicos. Isso significa que a proposta envolvendo a Labogen sequer passou da fase do cumprimento dos requisitos para assinatura de contrato", diz.
De acordo com a PF, a Labogen firmou parceria com a pasta para fabricação no Brasil e o fornecimento ao Ministério da Saúde do medicamento Citrato de Sildenafila, que seria feito pela Labogen em associação com a empresa EMS S/A e o Laboratório Farmacêutico da Marinha (LFM).
A  Labogen, segundo as investigações, pertence a Leonardo Meirelles, que a usava para “celebração de contratos de câmbio para importações fictícias, a fim de remeter fraudulentamente dinheiro ao exterior”, em parceria com o doleiro Alberto Youssef, preso desde março do ano passado e apontado como operador do esquema de fraude em contratos da Petrobras investigado pela Lava Jato.
O Ministério da Saúde diz que as medidas em relação à Borghi/Lowe serão comunicadas à Controladoria-Geral da União e à Polícia Federal  e que está à disposição da PF e demais órgãos de controle para quaisquer esclarecimentos sobre os processos da Labogen e da empresa de publicidade.

'Só há mérito com igualdade', diz diretor de filme sobre o negro na USP 'USP 7%' destaca dificuldades de acesso de jovens negros à universidade. Documentário sobre racismo e luta por cotas tem pré-estreia nesta segunda.

 O curta-metragem " USP 7%" fará sua pré-estreia nesta segunda-feira (13) no Núcleo de Consciência Negra da Universidade de São Paulo (veja o trailer no vídeo acima). O documentário que debate o racismo e luta pela reserva de vagas na USP surgiu da observação de dois ex-alunos da universidade que constataram que os estudantes negros são minoria no universo acadêmico. Em 15 minutos, o filme traz o relato de quatro pessoas negras que levantam discussões sobre o papel do negro na sociedade.
O objetivo do filme é dar visibilidade à questão dos negros na USP e à dificuldade do acesso. “Olhando o filme e parando para pensar, nós vemos que o problema sempre é com o ingresso. Seja para entrar em um prédio, para ter um espaço no prédio ou mesmo para passar no vestibular”, define o diretor.Bruno Bocchini, de 35 anos, é um dos diretores do filme. Ele explica que o interesse pelo tema apareceu quando viu em uma pesquisa do IBGE que 2,4% dos calouros eram pretos e 11,3%, pardos. “Ou seja, uma das principais universidades do país tinha menos de 15% de negros. Fizemos um recorte e vimos que 7% vinha de escola pública”, destaca.
Cartaz do documentário USP 7 (Foto: Divulgação)Cartaz do curta 'USP 7%', que será exibido pela
primeira vez nesta segunda-feira (Foto: Divulgação)
Histórias
Uma das histórias apresentadas no documentário é da estudante Mônica Gonçalves. Em 2014, ela foi impedida de entrar no prédio da Faculdade de Medicina da USP, mesmo apresentando sua carteirinha de aluna. “Ela mostra como é ser negro na USP e quais coisas fazem ela sentir que não é bem vinda ali”, afirma Bocchini.

Fernanda Moreira também relata sua experiência. Filha de uma faxineira que trabalha na universidade, é uma das alunas do cursinho pré-vestibular mantido pelo Núcleo de Consciência Negra. “Ela é uma vestibulanda que está tentando fazer parte de uma faculdade. No filme, quando ela começa a falar, chora”, relata.
Também participam do filme Luís Carlos e Regina Lúcia, antigos militantes, que falam sobre a ocupação, nos anos 80, do barracão onde hoje funciona o Núcleo de Consciência Negra e sobre os caminhos que o movimento negro fez para se firmar dentro da universidade.
Meritocracia x desigualdade
Embora o documentário não seja sobre cotas, elas fazem parte do filme. “Fala-se muito sobre as cotas e a importância da meritocracia, mas só existe mérito quando há pé de igualdade. A meritocracia do vestibular só seria válida se todos tivessem tido as mesmas condições de vida”, afirma Bocchini, que acrescenta que a solução seria educação de qualidade para todos, mas que as cotas são uma medida paliativa.
Curta-metragem acompanhou manifestação em favor de cotas raciais (Foto: Divulgação)Curta-metragem acompanhou manifestação em favor de cotas raciais (Foto: Divulgação)
Em 2012, o governo federal publicou o decreto que regulamenta a lei que garante a reserva de 50% das vagas nas universidades federais, em um prazo progressivo de até quatro anos, para estudantes que cursaram o ensino médio em escolas públicas. O critério de seleção será feito de acordo com o resultado dos estudantes no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).
A USP não faz reserva de vagas, mas adota no seu vestibular, organizado pela Fuvest, uma política de bônus para alunos de escolas públicas que pode chegar a 15% da nota. E mais 5% para os que se autodeclaram pretos, pardos ou indígenas.
G1 entrou em contato com a reitoria da USP para falar sobre as histórias relatadas no filme, mas a universidade não quis se pronunciar sobre o assunto.

Obama interage com Raúl Castro no início da Cúpula das Américas Presidentes devem se reunir neste sábado, após 5 décadas de conflito. EUA e Cuba anunciaram reaproximação diplomática em dezembro.

Barack Obama interage com Raúl Castro antes da cerimônia de abertura da Cúpula das Américas, nesta sexta-feira (10) no Panamá (Foto: REUTERS/Peru Presidency)Barack Obama interage com Raúl Castro antes da cerimônia de abertura da Cúpula das Américas, nesta sexta-feira (10) no Panamá (Foto: REUTERS/Peru Presidency)
Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e de Cuba, Raúl Castro, se cumprimentaram nesta sexta-feira (10) na abertura da Cúpula das Américas, realizada no Panamá.

O gesto simbólico dos líderes ocorre em meio à reaproximação diplomática entre os dois países, anunciada em dezembro.

Além de se encontrar durante os eventos previstos na cúpula, é esperado que os presidentes se reúnam neste sábado, segundo afirmou um assessor da Casa Branca. Será a primeira reunião entre um presidente americano e um cubano em mais de cinco décadas de conflito bilateral.

Obama e Castro conversaram por telefone nesta quinta, depois que os dois mandatários chegaram ao Panamá para a cúpula.
A última vez que os dois presidentes falaram por telefone foi em 17 de dezembro, quando anunciaram ao mundo seu acordo para restabelecer suas relações, depois de 53 anos de tensões.
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Obama e Raúl Castro se encontram antes da inauguração da Cúpula das Américas nesta sexta (10) no Panamá (Foto: REUTERS/Peru Presidency)Obama e Raúl Castro se encontram antes da inauguração da Cúpula das Américas nesta sexta (10) no Panamá (Foto: REUTERS/Peru Presidency)
No anúncio, Obama disse que a normalização das relações com Cuba encerram uma "abordagem antiquada" da política externa americana. Ao justificar a decisão, o presidente disse que a política "rígida" dos EUA em relação a Cuba nas últimas décadas teve pequeno impacto.

Em pronunciamento simultâneo, Raúl Castro afirmou que reconhece que há “profundas diferenças” entre os dois países, “fundamentalmente em matéria de soberania nacional, democracia, direitos humanos e política exterior”, para em seguida completar: “Reafirmo nossa vontade de dialogar sobre todos esses temas.”

O embargo econômico à ilha, no entanto, não foi suspenso.
Barack Obama e Raúl Castro dão aperto de mão na cerimônia em memória a Nelson Mandela no estádio Soccer City, em Johanesburgo, África do Sul, em 2013  (Foto: Chip Somodevilla/Getty Images)Barack Obama e Raúl Castro dão aperto de mão na
cerimônia em memória a Nelson Mandela na África do
Sul, em 2013 (Foto: Chip Somodevilla/Getty Images)
Mesmo antes do anúncio de reaproximação diplomática, Obama e Raúl haviam se cumprimentado em 2013 na cerimônia em memória a Nelson Mandela no estádio Soccer City, em Johanesburgo, na África do Sul.
A Cúpula das Américas, realizada no Centro de Convenções Atlapa, começou às 21h40 (horário de Brasília), com a presença dos líderes dos 35 países do continente.

Encontro histórico 
Na noite desta quinta, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, se reuniu com o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, também no Panamá. Foi o encontro de mais alto nível diplomático entre Estados Unidos e Cuba em meio século.
Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, cumprimenta o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, na Cidade do Panamá. (Foto: Departamento de Estado dos EUA / via Reuters)John Kerry cumprimenta o ministro das Relações
Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, na Cidade do
Panamá (Foto: Departamento de Estado dos EUA /
via Reuters)
Após o encontro, um alto funcionário do Departamento de Estado disse que houve progressso nas negociações. "O secretário Kerry e o chanceler cubano (Bruno) Rodríguez tiveram uma discussão longa e muito construtiva esta noite. Os dois concordaram que fizeram progressos e que vamos continuar a trabalhar para resolver as questões pendentes", afirmou.
O encontro anterior entre os chefes da diplomacia de Washington e Havana remontava a setembro de 1958, lembraram funcionários americanos.

Lista de apoio ao terrorismo
Entre as medidas de reaproximação anunciadas pelos dois países estão a abertura de embaixadas nas duas nações e a revisão da designação dada pelos EUA a Cuba de Estado que patrocina o terrorismo.Cuba exige que antes de se avançar no diálogo diplomático os EUA retirem Havana da lista dos países que patrocinam o terrorismo, na qual a Ilha foi incluída em 1982
Nesta semana, Obama afirmou que que o Departamento de Estado norte-americano completou sua revisão sobre a possível remoção de Cuba da lista, mas que ainda não recebeu a recomendação de seus assessores. Ele disse que vai esperar receber a recomendação de seus assessores da Casa Branca antes de fazer um anúncio.
As delegações dos dois países já realizaram encontros - tanto em Havana como em Washingont - para restaurar as relações diplomáticas.

Em visita à Jamaica, Obama destacou que o processo de negociações "levará tempo". "Nunca previ que tudo pudesse mudar do dia para a noite". Mas o presidente também avisou que irá para a cúpula com "uma mensagem de diálogo".

Dilma tem encontro com Obama neste sábado em cúpula no Panamá Presidente chegou ao país na sexta, para VII Cúpula das Américas. Relação com EUA se estremeceu após denúncias de espionagem.

A presidente Dilma Rousseff, durante o Foro Empresarial das Américas, na VII Cúpula das Américas, no Panamá (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)Dilma e Obama posaram juntos para foto nesta sexta (10), durante o Foro Empresarial das Américas, no Panamá (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
A presidente Dilma Rousseff se reunirá na tarde deste sábado (11) com o colega norte-americano Barack Obama em meio às atividades da VII Cúpula das Américas, na Cidade do Panamá. Ao londo do dia, Dilma fará discursos em sessões plenárias e participará de almoço com chefes de Estado e de governo dos 35 países do continente americano. A previsão é que ela retorne ao Brasil nesta noite.

Dilma chegou ao Panamá no início da tarde desta sexta (10) e durante o dia teve série de encontros com presidentes sul-americanos – Cristina Kirchner (Argentina), Juan Manuel Santos (Colômbia) e Enrique Peña Nieto (México). Além disso, ela se reuniu com o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, e participou do Foro Empresarial das Américas, no qual defendeu as medidas de ajuste fiscal que o governo tem adotado para reduzir gastos e reequilibrar as contas públicas.
Após o vazamento de denúncias de que líderes mundiais, incluindo Dilma e a chanceler alemã Angela Merkel, haviam sido alvos de espionagem por parte do governo dos Estados Unidos, as relações entre os governos brasileiro e norte-americano ficaram estremecidas. A presidente brasileira cancelou, em setembro de 2013, uma visita de Estado que faria a Washington.

Na última terça (7), o chefe do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do Ministério das Relações Exteriores, Paulino Franco, disse que Dilma e Obama discutirão temas da agenda bilateral (que interessa aos dois países) e assuntos relacionados à cúpula.

No ano passado, após Dilma ser reeleita, ela conversou por telefone com Obama. Na ligação, segundo o Palácio do Planalto, a presidente brasileira disse ter "todo interesse" em estreitar as relações do Brasil com os Estados Unidos. Em entrevista à agência de noticias Bloomberg, Dilma afirmou na semana passada que fará visita ao país norte-americano neste ano, em data ainda não definida.
Dia de cúpula
Conforme a agenda oficial da presidente, divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Dilma participará neste sábado, a partir das 11h (horário de Brasília), da I Sessão Plenária da cúpula, no Centro de Convenções Atlapa, na Cidade do Panamá.

Após a sessão, a presidente posará para a foto oficial ao lado dos presidentes dos países americanos e, sem seguida, eles seguirão para o Retiro de Chefes de Estado e de Governo, no mesmo centro de convenções.

Ainda de acordo com a agenda oficial, os presidentes almoçarão juntos após o retiro. A programação prevê ainda às 17h (horário de Brasília) a II Sessão Plenária da Cúpula das Américas e, em seguida, a cerimônia de encerramento do encontro. Conforme o Palácio do Planalto, Dilma retornará ao Brasil às 20h30 (horário de Brasília).

Cúpula das Américas
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o tema da Cúpula das Américas deste ano é "Prosperidade com Equidade: o desafio de cooperação nas Américas". O Itamaraty informou também que este tema reflete a "preocupação" dos países com a cooperação para o desenvolvimento e a inclusão social no continente.

A cerimônia de abertura da cúpula ocorreu na noite desta sexta, no Centro de Convenções Atlapa, na Cidade do Panamá. Após o evento, no qual Dilma não discursou, a presidente seguiu para o Complexo Monumental de Panamá La Vieja, onde o presidente do país, Juan Carlos Varela Rodrigues, ofereceu jantar aos chefes de Estado e de governo que participam da cúpula
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sexta-feira, 10 de abril de 2015

Prefeito anuncia liberação de viaduto e retorno de caminhões ao Porto Caminhões precisam passar por agendamento para entrar no cais santista. Preocupação agora é com o trabalho de escoamento da safra, diz ministro.

Paulo Alexandre Barbosa anuncia a retomada das atividades do Porto de Santos (Foto: Rafaella Mendes/G1)Paulo Alexandre Barbosa anuncia a retomada das atividades do Porto de Santos (Foto: Rafaella Mendes/G1)
As atividades do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, devem começar a ser retomadas a partir desta sexta-feira (10). O acesso ao local estava restrito após o Viaduto da Alemoa ter sido bloqueado, devido ao incêndio que atingiu por nove dias reservatórios da empresa Ultracargo, desde 2 de abril. O anúncio foi feito pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa. Os caminhões poderão utilizar uma das faixas do viaduto, após um agendamento coordenado pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
Barbosa fez o anúncio após uma reunião no Paço Municipal, que contou com a presença do ministro dos Portos, Edinho Araújo, e do vice-governador de São Paulo, Márcio França. “Estão sendo retomadas as atividades na cidade e no Porto de Santos, em parceria com o presidente da Codesp. A entrada dos caminhões será permitida após um agendamento”, afirma o prefeito.
O ministro dos Portos disse que, após a notícia do fim do incêndio nesta sexta-feira, a preocupação se volta para a safra. “Estamos felizes e pudemos constatar que encerramos o incêndio, considerado o maior do Brasil, sem vítimas. Santos é uma cidade importante e a preocupação agora se volta para o trabalho de escoamento da safra. Estaremos unidos na reconstrução e normalidade da cidade e do Porto”, explica.
O prefeito explica que os caminhões que aguardam para entrar no cais santista deverão ser encaminhados à região aos poucos. Assim que o Corpo de Bombeiros finalizar a interdição das pistas de cima, ocorrerá a liberação das faixas, sincronizada com o agendamento. “Há de 12 a 18 mil caminhões em vários pontos, e alguns que não estão nas estradas por conta do incêndio", explica o presidente da Codesp, Angelino Caputo e Oliveira.
Ministro dos Portos, Edinho Araújo, se reuniu com empresários em Santos, SP (Foto: Rodrigo Martins/G1)Ministro dos Portos, Edinho Araújo, se reuniu com
empresários (Foto: Rodrigo Martins/G1)
Empresários
O ministro dos Portos e o prefeito de Santos também se reuniram com representantes do Santos Export e do setor portuário nesta sexta-feira. Os empresários falaram sobre os prejuízos causados pelo incêndio e cogitaram a possibilidade de rotas alternativas, para que o Porto não fique parado por conta de eventos extraordinários.
“Buscamos algo que seja conveniente para todos os lados. Em um primeiro momento, era mais importante normalizarmos a situação. Com relação a rotas alternativas, sabemos que é preciso acelerar esse processo. Precisamos reunir a coletividade e prever soluções nesse sentido, para daqui há 10, 15, 20 ou 50 anos. Vocês têm um ministro com plena consciência da necessidade da resolução dos problemas de acesso físico ao Porto”, conclui Edinho Araújo.
“A prefeitura tem projeto pronto e processo licitatório em andamento. Esperamos que essas obras saiam do papel. Esperamos a sensibilidade das autoridades para a tomada de decisão. Essas obras na entrada da cidade são fundamentais. Precisamos reverter o quadro, com todas as esferas de governo. É importante para o Estado, para o Brasil e para o mundo. Pretendo me reunir em breve com a presidente Dilma Roussef para falar sobre o assunto", diz o prefeito Paulo Alexandre Barbosa.
Arte: Incêndio em Santos (Foto: Arte / G1)