domingo, 1 de março de 2015

Professor no Brasil perde 20% da aula com bagunça na classe, diz estudo

01/03/2015 06h00 - Atualizado em 01/03/2015 06h00

Professor no Brasil perde 20% da aula com bagunça na classe, diz estudo

Pesquisa da OCDE aponta que 60% dos docentes têm alunos-problemas.
Brasil lidera 'ranking' de intimidação verbal entre alunos e professores.

Paulo GuilhermeDo G1, em São Paulo
Professor perde muito tempo colocando a classe em ordem (Foto: Reprodução/TV Gazeta)Professor perde muito tempo colocando a classe em ordem (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
Uma pesquisa feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta que no Brasil o professor perde 20% do tempo de aula acalmando os alunos e colocando a classe em ordem para poder ensinar. Além disso, o estudo aponta que 60% dos professores brasileiros ouvidos têm mais de 10% de alunos-problemas em sua sala de aula, o maior índice entre os países participantes do estudo.
A pesquisa Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Teaching and Learning Internacional Survey, Talis, na sigla em inglês) ouviu professores de 33 países.
O estudo aponta que no Brasil o professor perde 20% do tempo para por a classe em ordem e acabar com a bagunça, 13% do tempo resolvendo problemas burocráticos e 67% dando conteúdo. É o país que onde o professor mais perde tempo de aula. A média dos países da OCDE é de 13% do tempo para acabar com a bagunça.
O estudo perguntou aos professores se eles têm mais ou menos de 10% de alunos problemáticos na classe. O Brasil teve 60% dos docentes apontando terem mais de 10% de estudantes problemáticos. Chile, México e Estados Unidos aparecem depois. Na outra ponta, Dinamarca, Croácia, Noruega e Japão têm menos relatos de professores sobre alunos com mau comportamento.
Os dados foram levantados em 2013 com alunos do ensino fundamental e ensino médio (alunos de 11 a 16 anos), mas um relatório sobre a questão de comportamento dos alunos foi divulgado este ano. No Brasil, 14.291 professores e 1.057 diretores de 1.070 escolas completaram o questionário da pequisa.
A pesquisa Talis coleta dados sobre o ambiente de aprendizagem e as condições de trabalho dos professores nas escolas de todo o mundo. O objetivo é fornecer informações que possam ser comparadas com outros países para que se defina políticas para o desenvolvimento da educação.
VEJA ALGUNS DADOS DA PESQUISA:
Tempo para por a classe em ordem
No Brasil o professor perde 20% do tempo para acalmar os alunos, dar broncas e colocar a classe em ordem. A média da OCDE é de 13%.

Aluno que chega atrasado
Este não chega a ser um grande problema em comparação a outros. O índice no Brasil é de 51,4%, menor que a média dos países, de 51,8%. Países mais desenvolvidos têm alunos que atrasam mais, como Finlândia (86,5%), Suécia (78,4% Holanda (75,7%), Estados Unidos (73,3%) e França (61,6%).
Falta às aulas
Também o Brasil está na média, com 38,4%. Suécia (67,2%), Finlândia (64%) e Canadá (61,8) têm números maiores. O menor índice é da República Checa (5,7%).
Vandalismo e roubo
O Brasil está em segundo lugar neste item, com 11,8% dos relatos dos professores, atrás do México, líder com 13,2% e à frente da Malásia, com 10,8%.
Intimidação verbal entre alunos
O Brasil lidera a pesquisa com 34,4% dos relatos de professores, seguido pela Suécia (30,7%) e Bélgica (30,7%).
Ferimentos em briga de alunos
O maior índice é do México (10,8%), seguido por Chipre (7,2%) e Finlândia (7%). O Brasil aparece em quarto com 6,7%.
Intimidação verbal de professores
O Brasil é primeiro lugar com 12,5%. Em seguida vem a Estônia (11%).
Uso e posse de drogas e/ou álcool
Nos relatos, o Brasil tem o mais índice (6,9%), seguido pelo Canadá (6%).
Formação do professor
A pesquisadora Gabriela Moriconi, da Fundação Carlos Chagas, participou do levantamento. Ela também fez pesquisas em Ontário, no Canadá, e na Inglaterra, e percebeu que a formação dos professores é melhor nestes países.
Ainda de acordo com o estudo, no Brasil, mais de 90% dos professores dos anos finais do ensino fundamental concluíram o ensino superior, mas cerca de 25% não fizeram curso de formação de professores. Em comparação, no Chile aproximadamente 9 entre 10 professores concluíram tais cursos, assim como quase todos os professores na Austrália e em Alberta (Canadá).
"No Brasil, por problemas de salários e outras atividades, se coloca um professor que não foi preparado para dar aquela disciplina. Além disso, a média no Brasil é de 31 alunos por classe, enquanto nos outros países é de 24 alunos", destaca Gabriela.
Segundo ela, é preciso criar um sistema de planejamento de políticas de apoio às escolas e aos professores para lidar com alunos que estão se desenvolvendo. "Todo mundo entende que na pré-adolescência os estudantes testam seus limites e estão aprendendo a ser autônomos", afirma a pesquisadora. "Antes de acharmos que nosso aluno é preciso ver que em outros países os estudantes têm muito apoio que no nosso não tem."
Em seu relatório, a pesquisadora conclui que "a construção de uma cultura escolar positiva pode ser uma forma de reduzir problemas de comportamento e absentismo, e, portanto, melhorar as condições de aprendizagem dos alunos". "Uma maneira de criar um ambiente mais positivo é envolver os alunos, pais e professores nas decisões da escola. Professores que trabalham em escolas com um maior nível de participação entre as partes interessadas têm menos relatos de alunos com problemas de comportamento em suas salas de aula."

Um fotógrafo e um voluntário mortos no leste apesar do cessar-fogo na Ucrânia

11:33 01.03.2015

Um fotógrafo e um voluntário mortos no leste apesar do cessar-fogo na Ucrânia

© Gleb Garanich / Reuters

Um fotógrafo e um voluntário ucranianos foram mortos por bombardeamentos no sábado no leste da Ucrânia, apesar do decretado cessar-fogo.

Presidente egípcio dá prazo de um mês para emendar lei eleitoral

HOJE às 11:34

Presidente egípcio dá prazo de um mês para emendar lei eleitoral

O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, ordenou a reformulação no prazo de um mês da lei eleitoral para as legislativas de 21 de março, hoje declarada inconstitucional pela justiça egípcia.


O presidente pediu ainda que "sejam tomadas medidas legais para evitar atrasar" eleições, segundo uma declaração divulgada pelo seu gabinete.
A justiça egípcia declarou hoje inconstitucionais partes da lei eleitoral que regeria as próximas eleições legislativas, cuja primeira etapa estava marcada para 22 e 23 de março.
O artigo declarado inconstitucional pelo tribunal é o que estipula a dimensão dos círculos eleitorais e o número de lugares a atribuir a cada círculo, noticiou a agência oficial egípcia, Mena.
Fontes judiciais citadas pelas agências internacionais adiantam que, devido a este chumbo, o processo eleitoral foi suspenso até que a legislação seja emendada, o que deverá levar ao adiamento das eleições.
A inconstitucionalidade da legislação foi suscitada pelo advogado Ibrahim al Shami.
A divisão dos distritos, bem como o artigo que estipula o número de deputados individuais e de listas fechadas a partidos, aprovados no ano passado, foi muito criticada pelas forças políticas egípcias.
Na sessão de hoje, o juiz Anuar Rashad al Asi, vice-presidente do Tribunal Constitucional, recusou outros três recursos sobre a lei eleitoral.
Os recursos referiam-se ao limite máximo dos gastos na campanha eleitoral para os candidatos individuais e a artigos sobre o parlamento e a prática política.
No próximo dia 03 de março, o tribunal irá analisar um recurso a pedir a proibição de participação nas eleições de candidatos com dupla nacionalidade.
A campanha para as legislativas arrancou oficialmente no sábado, mas pelo menos dois partidos, o salafista Al Nur e o nacionalista Al Wafd, adiaram o lançamento das respetivas campanhas eleitorais até que fosse conhecida a decisão do Tribunal.
Em 2012, o Tribunal Constitucional invalidou os resultados das eleições, alegando inconstitucionalidade de alguns artigos da lei eleitoral, e determinou a dissolução do parlamento, dominado pelos islamitas.
Sem poder legislativo em funções, o presidente, Abdel Fatah Al-Sissi, eleito em maio de 2014, exerce o poder sem controlo parlamentar.
No domingo passado, a Comissão Eleitoral anunciou que 11 alianças e partidos políticos apresentaram listas de candidatos à câmara baixa do parlamento.
Também segundo a comissão, 4.836 pessoas apresentaram-se como independentes, os grandes protagonistas do próximo parlamento, onde 80% dos lugares estão reservados a candidaturas individuais.
O novo parlamento terá 567 deputados, em vez dos 600 que contava o anterior, 540 dos quais são eleitos por voto popular e os restantes 27 designados pelo presidente.
Dos 540 eleitos, 420 sairão de candidaturas individuais e apenas 120 de listas partidárias.
Diário Digital com Lusa

China aumenta limitações no uso de nomes nas redes sociais

10:57 01.03.2015

China aumenta limitações no uso de nomes nas redes sociais

© Thomas White / Reuters

A China aumentou as limitações no uso de nomes pelos usuários das redes sociais, incluindo referências humorísticas sobre celebridades ou palavras que façam a apologia do terrorismo, segundo as novas regras que entram hoje em vigor.

Exportações da Coreia do Sul caíram 3,4 em fevereiro

Exportações da Coreia do Sul caíram 3,4 em fevereiro

Lusa
As exportações da Coreia do Sul diminuíram em fevereiro 3,4% em relação ao período homólogo de 2014, embora o país tenha registado um excedente recorde na sua balança comercial, informou hoje o Ministério do Comércio, Indústria e Energia de Seul.
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As exportações da quarta economia da Ásia situaram-se em 4.146 milhões de dólares (3.703 milhões de euros), enquanto as importações baixaram nesse mesmo mês 19,6% até 3.380 milhões de dólares.
O excedente comercial de fevereiro atingiu os 7.660 milhões de dólares (6841 milhões de euros), o maior superavit de sempre registado pelo país asiático.
Fevereiro foi o 37.º mês consecutivo em que a Coreia do Sul registou uma balança comercial positiva.

FV // SO
Lusa/Fim

Convergência no Ubuntu vai ser algo espectacular

Convergência no Ubuntu vai ser algo espectacular

O conceito de convergência nos sistemas operativo é algo que tem vindo a ser trabalhado pela Canonical, Apple e até pela Microsoft. A ideia genérica consiste em oferecer uma experiência de utilização semelhante, independente do equipamento (ex. PC, smartphone, tablet) que o utilizador estiver a usar.
Recentemente foi publicado um vídeo que mostra o conceito de convergência no Ubuntu.
2015 - 1


Will Cooke, da Canonical, publicou recentemente um pequeno vídeo que mostra o conceito de convergência em equipamentos com Ubuntu.  Graças ao Unity 8, os utilizadores vão poder ter uma experiência unificada tal como mostra o vídeo seguinte.
Como se pode ver, Cooke começou por usar um tablet com processador Intel a rodar o Ubuntu com Unity 8. Em seguida, o sistema muda para o “modo janelas” uma vez que foi ligado um rato Bluetooth.
Cooke referiu que “… ainda há muito trabalho a fazer ao nível do XMir e é preciso corrigir vários bugs.” Brevemente vai ser disponibilizada uma versão alpha para quem quiser experimentar, acrescentou.

Via OMG! Ubuntu!

População de pandas gigantes na China aumentou quase 17% em dez anos

HOJE às 11:02

População de pandas gigantes na China aumentou quase 17% em dez anos

A população de pandas gigantes que vivem em estado selvagem na China aumentou em quase 17% em dez anos graças às medidas de conservação ambientais, informou a imprensa chinesa, ao citar um estudo oficial.


De acordo com o estudo realizado pela Administração Estatal das Florestas, 1.864 pandas gigantes viviam na China em estado selvagem em 2013, mais 268, o que equivale a um crescimento de 16,9%, explicou a agência Xinhua.
Paralelamente, o seu habitat cresceu 11,8% para 2,58 milhões de hectares.
A China contava no fim de 2013 com 375 pandas gigantes em cativeiro: 166 machos e 209 fêmeas.
Pequim leva a cabo o que a AFP descreve como "uma diplomacia do panda" que tem conhecido algum sucesso, com os animais a tornarem-se centro de atenções nos zoológicos dos países de acolhimento. Em junho de 2014, um total de 42 animais vivam em 12 países, segundo o estudo.
Os pandas selvagens vivem sobretudo nas montanhas do sudoeste da China.
Mamíferos com um código genético parecido com o dos ursos, os pandas alimentam-se exclusivamente de bambu. Pesam centenas de quilos em média e chegam a medir 1,80 metros. A sua particularidade é possuírem seis dedos.
O Fundo Mundial para a Natureza (WWF na sigla em inglês), que tem no seu logotipo um destes animais, saudou o aumento da população dos pandas gigantes.
Diário Digital com Lusa