terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Veja como monitorar as notas de corte do Sisu

20/01/2015 00h00 - Atualizado em 20/01/2015 00h00

Veja como monitorar as notas de corte do Sisu

São oferecidas 205.514 vagas no ensino superior.
Inscrições vão até as 23h59 desta quinta-feira (22).

Do G1, em São Paulo

As inscrições para a primeira edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2015 começaram nesta segunda (19) e terminam às 23h59 desta quinta-feira (22). Saber monitorar as notas de corte pelo sistema faz com que o candidato encontre opções de curso em que tenha maior chance de aprovação. O Ministério da Educação vai divulgar as notas de corte de cada curso, pela ampla concorrência e pelo sistema de cotas, nesta terça, quarta e quinta-feira, a partir das 2h (horário de Brasília).
Na segunda-feira (19), primeiro dia de inscrições, o sistema registrou o cadastro de mais de 1,2 milhão de candidatos.
O Sisu é um sistema dinâmico que utiliza a nota que o candidato obteve no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Por isso, os estudantes podem mudar a inscrição quantas vezes quiserem até o prazo final. Algumas vagas para cotistas podem ter concorrência maior, por exemplo, por isso é necessário monitorar. O sistema vai considerar a última inscrição validada pelo candidato.
O resultado da primeira chamada sai nesta quinta-feira (22). Nesta edição, o Sisu contará apenas com uma chamada. O prazo para participar da lista de espera começa no dia 26 de janeiro e vai até 6 de fevereiro.
Nesta edição, o Sisu reúne 205.514 vagas em 5.631 cursos de 128 instituições públicas de educação superior.
Como a oferta de vagas é menor do que a procura dos candidatos, o estudante deve seguir algumas dicas de procedimento durante o período de inscrições e monitorar a nota de corte dos cursos escolhidos o tempo todo. Se a nota de corte estiver muito acima da pontuação obtida pelo candidato no Enem, a melhor saída é escolher um outro curso e/ou instituição com nota de corte mais baixa.
Os candidatos que se enquadram na política de cotas (estudantes que fizeram todo o ensino médio em escola pública, com renda per capita de até 1,5 salário mínimo, ou que se autodeclara preto, pardo ou indígena), também deve verificar se vale mais a pena concorrer entre os cotistas, onde o número de vagas é menor, ou pela ampla concorrência. Nem sempre a nota de corte dos cotistas é menor do que os dos demais concorrentes.
VEJA DICAS PARA AUMENTAR SUAS CHANCES DE APROVAÇÃO NO SISU:
- Acompanhe sua posição e as notas de corte todos os dias
As notas podem mudar durante o período de inscrição, elas são anunciadas sempre às 2h e valem para o dia todo. Os estudantes não precisam ficar acordados de madrugada, podem verificar o quanto estão acima ou abaixo dessa nota durante o dia. Elas são calculadas com base no número de vagas disponíveis e total de candidatos inscritos em cada curso. Por isso é importante que o candidato acompanhe sua colocação na lista de quem concorre no curso inscrito até o final do processo.
- Cotistas também devem avaliar as notas dos candidatos da ampla concorrência
Nem sempre disputar uma vaga como cotista pode ser mais fácil. Em alguns cursos, a concorrência para este grupo pode ser maior do que na ampla concorrência, onde todos disputam. Vale avaliar as notas nas duas modalidades.
- Se sua nota estiver muito distante da nota de corte, analise outras possibilidades
O candidato consegue ter uma noção de quais são suas chances para ocupar determinada vaga pela classificação parcial.  Ela pode ser consultada pelo estudante durante o período de inscrição, em seu boletim na página do Sisu. A classificação parcial é calculada a partir das notas dos candidatos inscritos na mesma opção. Se a posição não estiver satisfatória, o ideal é partir para outros cursos com notas de corte mais baixas, embora haja mais de uma chamada.
É proibido se inscrever em mais de uma modalidade de concorrência para o mesmo curso e turno, na mesma instituição de ensino e local de oferta.
- Saiba como funciona a lista de espera
A lista de espera do Sisu será utilizada prioritariamente pelas instituições participantes para preenchimento das vagas eventualmente não ocupadas nas duas chamadas regulares do Sisu. Em caso de empate entre dois ou mais estudantes pelas notas do Enem, o desempate será feito, pela ordem:
I - nota obtida na redação;
II - nota obtida na prova de linguagens, códigos e suas tecnologias;
III - nota obtida na prova de matemática e suas tecnologias;
IV - nota obtida na prova de ciências da natureza e suas tecnologias;
V - nota obtida na prova de ciências humanas e suas tecnologias.
Podem participar da lista de espera os candidatos não selecionados em nenhuma de suas opções nas chamadas regulares e os candidatos selecionados em sua segunda opção, independentemente de terem efetuado a matrícula. Porém, a participação poderá ser feita apenas na primeira opção de vaga escolhida pelo candidato.

Governo anuncia alta da gasolina e do imposto sobre crédito

Governo anuncia alta da gasolina e do imposto sobre crédito

Ministro da Fazenda anunciou aumento de R$ 0,22 na gasolina e R$ 0,15 no diesel, válidos a partir de fevereiro

atualizado às 20h27
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Joaquim Levy afirmou que aumento nos combustíveis só trará ganhos para a União, não para os produtores Foto: Ueslei Marcelino (BRAZIL - Tags: POLITICS BUSINESS) / Reuters
Joaquim Levy afirmou que aumento nos combustíveis só trará ganhos para a União, não para os produtores
Foto: Ueslei Marcelino (BRAZIL - Tags: POLITICS BUSINESS) / Reuters
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, divulgou, em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira, quatro medidas de aumento de impostos que devem gerar, segundo cálculos do governo, arrecadação de R$ 20,63 bilhões à União em 2015. Entre as mudanças estão a alta de R$ 0,22 na gasolina e R$ 0,15 no diesel, a partir de 1º de fevereiro.
"É uma sequência de ações que estão sendo tomadas com o objetivo de aumentar a confiança, o sentimento dos agentes econômicos, de tal forma que no devido momento a gente possa ter uma retomada da economia em novas condições", disse Levy.
O aumento nos combustíveis ocorrerá por meio dos tributos PIS/Cofins e CIDE Combustíveis - este último atualmente zerado. Porém, a medida não terá impacto para os produtores de combustível, como a Petrobras e a indústria sucroalcooleira. "“É algo que depende da empresa 'Petrobras'", disse Levy sobre se a estatal poderia também alterar os preços. O ganho calculado com o aumento é de R$ 12,18 bilhões em 2015 e R$ 14,07 bilhões nos próximos anos.
Segundo Levy, a Cide e o PIS/Cofins somados sobre a gasolina de R$ 0,22 por litro será menos da metade do que foi no passado, quando considerado o tributo no passado corrigido pela inflação.
O Imposto Sobre Operações  Financeiras (IOF), incidente sobre o crédito para a pessoa física, dobrou, informou o ministro, passando dos atuais 1,5% ao ano para 3%. A alíquota de 0,38% cobrada na abertura da operação de crédito está mantida. O governo espera arrecadar R$ 7,38 bilhões com essa medida em 2015 e R$ 8,31 bilhões a partir de 2016.
Importar também ficará mais caro a partir de agora. Por meio da elevação de 9,25% para 11,75% do PIS/Cofins sobre os produtos oriundos de outros países, o governo irá restabelecer a carga tributária original, de antes da exclusão do ICMS da base. "Hoje o PIS/Cofins no produto doméstico acaba sendo maior do que na importação, então a gente ajusta a alíquota de modo que não prejudique a produção doméstica", justificou Levy. O impacto positivo calculado para os cofres do governo é de R$ 694 milhões em 2015, contando a partir de junho, e de R$ 1,19 bilhão nos próximos anos.
Por fim, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre cosméticos será padronizado, equiparando a incidência do imposto no atacadista a na indústria. Essa medida, que ocorrerá por decreto presidencial, deve gerar um ganho de R$ 653,85 milhões por ano a partir de 2016. Em 2015, ele trará R$ 381,41 milhões ao governo, contando a partir de junho.
Com informações da Reuters e Agência Brasil

Argentinos planejam manifestação em homenagem a promotor

Argentinos planejam manifestação em homenagem a promotor

Promotor argentino foi encontrado morto em seu apartamento após acusar a presidente Cristina Kirchner de acobertar o Irã na investigação sobre um ataque a bomba

  • Luciana Rosa
Luciana Rosa
Direto de Buenos Aires
atualizado às 21h03
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Logo na saída do edifício da Câmara de Deputados, um pequeno grupo de manifestantes se reunia cortando parte do fluxo da avenida Rivadavia Foto: Luciana Rosa / Especial para Terra
Logo na saída do edifício da Câmara de Deputados, um pequeno grupo de manifestantes se reunia cortando parte do fluxo da avenida Rivadavia
Foto: Luciana Rosa / Especial para Terra
Internautas argentinos planejam sair às ruas às 20h (21h no horário de Brasília) desta segunda-feira (19) para pedir por justiça nas investigações da morte do promotor Alberto Nisman, encontrado morto nesta segunda-feira. O movimento foi chamado de #SomosTodosNisman, uma alusão à marcha de Paris, convocada sob o título de #JesuisCharlie. 
No Twitter, a hashtag #MuerteDeNisman está em primeiro lugar na lista dos assuntos mais comentados na Argentina. Em segundo lugar, está a hashtag #CFKAsesina, divulgada por grupos de argentinos que denunciam a presidente Cristina Kirchner como “assassina” e “terrorista”. Nesta segunda-feira, na saída do edifício da Câmara de Deputados, um pequeno grupo de manifestantes se reunia cortando parte do fluxo da avenida Rivadavia.
Alberto Nisman, encontrado morto em seu apartamento antes de apresentar detalhes de sua denúncia cntra a presidente Cristina Kirchner Foto: Marcos Brindicci / Reuters
Alberto Nisman, encontrado morto em seu apartamento antes de apresentar detalhes de sua denúncia cntra a presidente Cristina Kirchner
Foto: Marcos Brindicci / Reuters
O promotor argentino foi encontrado morto em seu apartamento após acusar a presidente Cristina Kirchner de acobertar o Irã na investigação sobre um ataque a bomba contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), que matou 85 pessoas em 1994. 
Kirchner, ordenou nesta segunda-feira a abertura dos arquivos sobre a identidade do espiões interceptados em meio a investigações sobre o caso AMIA. Pedido havia sido feito por Nisman. O magistrado acreditava que um dos nomes teria acesso privilegiado a Cristina e que teria articulado o plano.
O titular da Secretaria de Inteligência, Oscar Parrili, explicou, em nota, que foi requerida a "abertura das identidades, das ações, dos fato e das circunstâncias correspondentes em meio à interceptações telefônicas".
Morte de procurador que denunciou Kirchner intriga Argentina
Até hoje, o governo se negava a revelar os nomes, como informou o jornal local Clarín.
Ainda em repercusão ao caso, um dos porta-vozes dos familiares de vítimas da AMIA, Luiz Czyzewski classificou a morte do procurador Alberto Nisman de “Dupla tragédia”. Segundo ele, “Esta tragédia vai por dois caminhos; um pessoal que tem a ver com a sua família e suas filhas e o outro tem a ver com o país”. Completou dizendo que “Isto vai afetar fortemente a causa AMIA. Acredito que o melhor que pode acontecer ao pais e ao governo é que se possa determinar rapidamente se a denúncia – que seria apresentada hoje por Nisman – era consistente ou não.

FMI reduz drasticamente projeção de crescimento do Brasil para 2015

20/01/2015 01h00 - Atualizado em 20/01/2015 01h00

FMI reduz drasticamente projeção de crescimento do Brasil para 2015

Relatório baixou estimativa em 1,1 ponto percentual, para 0,3%.
Economia global também foi revisada para baixo, com avanço de 3,5%,

Do G1, em São Paulo
Previsões para o Brasil em 2015
Revisões do FMI para o PIB do país
PeríodoVariação2,82,721,40,3Series 1Jan2014Abril2014Jul2014Out2014Jan201500,511,522,53
FMI
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu drasticamente a projeção de crescimento do Brasil para 2015. O Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 0,3%, de acordo com o World Economic Outlook (WEO), divulgado nesta terça-feira (19). Esta é a quarta revisão negativa para o país publicada no relatório.

A estimativa é 1,1 ponto percentual menor que a divulgada no último relatório do fundo, em outubro do ano passado, quando a previsão de crescimento havia sido rebaixada de 2,0% para 1,4%. Em abril de 2014, o Fundo havia estimado alta de 2,7% para 2015 e, em janeiro do ano passado, de 2,8%.

O FMI também reduziu a projeção de crescimento para a economia mundial em 0,3 ponto percentual. Segundo o órgão, o PIB global deve avançar 3,5% em 2015. Os Estados Unidos foram a única economia em que as projeções subiram ante outubro, com avanço de 0,5 ponto percentual.

Para o órgão, o desempenho das economias emergentes, por sua vez, deve ser melhor que o das avançadas, com aumento de 4,3% contra 2,4% nos países ricos. As duas previsões também foram revisadas para baixo.
Petróleo e dólar pesaram na análise
O órgão enumerou quatro fatores que moldaram a nova perspectiva para o mundo. Um deles é abaixa cotação do petróleo, que acumula perdas recordes desde 2009. O crescimento desigual entre os países, com Estados Unidos em modesta recuperação, ao passo que economias como o Japão ainda têm desempenho abaixo da expectativa, pesaram na análise.
Projeções para o PIB em 2015
Estimativa do FMI no WEO de janeiro
VariaçãoPaíses3,53,61,21,30,90,62,7-36,86,30,33,2MundoEstados UnidosZona do euroAlemanhaFrançaJapãoReino UnidoRússiaChinaÍndiaBrasilMéxico0-5-2,52,557,5
FMI
Outro fator foi a valorização do dólar, frente à queda de moedas importantes como euro e iene. Por fim, pesaram a elevação das taxas de juros em países emergentes, – especialmente os exportadores de matérias-primas –, e a elevação do risco em títulos e produtos atrelados aos preços da energia.
De acordo com o relatório, essas revisões refletem uma reavaliação das estimativas na China, Rússia, zona do euro e Japão, assim como a atividade econômica mais fraca em alguns países exportadores, devido à acentuada queda nos preços do petróleo.
“O principal risco [ao crescimento] é uma reviravolta nos baixos preços do petróleo, embora haja incertezas sobre a persistência do choque de oferta dessa matéria-prima”, concluiu o FMI.
"A queda [nos preços do petróleo] pode tornar-se um 'tiro no pé' ainda maior do que está implícito nas nossas previsões. Em outras palavras, quando nos encontrarmos novamente na primavera, nossas projeções podem ter se tornado um pouco mais pessimistas", afirmou o conselheiro econômico e diretor do departamento de pesquisa do FMI, Olivier Blanchard.
Ainda segundo o documento, há risco de deterioração causados por mudanças de humor e volatilidade nos mercados financeiros globais, especialmente em economias emergentes, onde os baixos preços do petróleo levaram vulnerabilidades aos exportadores de petróleo.

O órgão acredita, ainda, que a queda nos preços do mineral ocasionada por problemas de demanda – que segundo o órgão “devem ser revertidos apenas gradualmente ou parcialmente”, vai impulsionar o crescimento global nos próximos dois anos, aumentando o poder de compra e a demanda privada de importadores de petróleo.