segunda-feira, 3 de novembro de 2014

 
22:44 03.11.2014

Pulseira electrónica cada vez mais aplicada nos casos de violência doméstica

A pulseira electrónica é cada vez mais aplicada pelos tribunais nos casos de violência doméstica. Só nos primeiros seis meses deste ano já foram colocadas a 223 arguidos.

No total há, agora, 258 arguidos, todos homens, a usar uma pulseira electrónica.

A taxa de sucesso da medida é considerada muito boa.

País

Juiz autoriza oitiva de testemunhas da Operação Lava Jato no exterior

Agência Brasil
O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, autorizou a oitiva de sete testemunhas de defesa de João Procópio Junqueira, um dos réus nas ações penais oriundas da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
De acordo com a decisão serão ouvidas duas pessoas em Cingapura, duas na Suíça, uma no Panamá, uma em Londres e uma em Hong Kong. Os envolvidos teriam auxiliado João Procópio a atuar na lavagem dos recursos enviados do Brasil pelo doleiro Alberto Youssef.
As ações penais da Operação Lava Jato estão na fase final. Após os depoimentos dos acusados, as sentenças serão proferidas pelo juiz.Os dois principais acusados, o ex-diretor  da Petrobras Paulo Roberto Costa e Youssef já prestaram depoimento. No início deste mês. Costa informou que empreiteiras repassavam parte do valor de contratos firmados com a Petrobras ao PP, PT e PMDB. Já Youssef ressaltou que Lula, à época presidente da República, foi pressionado por partidos aliados a aceitar a indicação de Paulo Roberto Costa para a Diretoria de Abastecimento da Petrobras.

País

Seminário internacional monitora e avalia políticas sociais

Agência Brasil
A utilização de registros administrativos para fins estatísticos e a construção de um sistema único de dados são os temas de destaque do seminário internacional Registros Administrativos e Pesquisas Amostrais no Monitoramento e Avaliação de Políticas Sociais e de Superação da Pobreza, que reúne 40 representantes de 15 países, hoje (3) e amanhã (4), no Rio de Janeiro. Palestrantes falaram nesta segunda-feira da importância e dos desafios de se implementar um sistema único eficiente que dialogue com diferentes fontes de dados.
Enquanto na Finlândia, quase 100% das pesquisas são feitas com base em dados administrativos, em países como Brasil e África do Sul essa realidade está longe de ser alcançada. A representante do governo da Finlândia, Kaija Kylli, explicou que o processo de criação para um sistema que integrasse os dados de diferentes órgãos para fins estatísticos levou cerca de 20 anos.
“Começamos usando as informações do Imposto de Renda, e então agregamos os dados do Censo e outros dados administrativos confiáveis até criar um sistema único, com números de identificação únicos”, comentou ela.
As representantes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Maria Luiza Zacharias e Zélia Bianchini ressaltaram as vantagens de se usar dados administrativos para fins estatísticos, como a redução do custo de produção de pesquisas e a carga de preenchimento de questionários, entre outros. Entretanto, elas criticaram a dificuldade, no caso do Brasil, de acessar dados de alguns órgãos públicos e a falta de identificador único.
“Precisamos da integração dos registros, que passa por ter um identificador único, onde você associa e faz a ligação entre todos os registros, onde cada pessoa tem um número. Nosso cadastro de empresas já tem um identificador único no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), mas para as questões sociais ainda não”, comentou Zélia ao citar o cadastro único do Bolsa Família como um exemplo de avanço nesse sentido.
Maria Luiza defendeu a criação de um arcabouço legal que garanta o acesso de dados públicos por parte dos institutos, que hoje dependem de arranjos institucionais e pontuais. “Alguns órgãos acham que são proprietários daqueles dados, quando, na verdade, as informações são feitas com dinheiro público, e devem ser utilizadas para o bem público”, comentou ela. “Na medida em que se gasta menos esforços e recursos com a utilização dos dados já existentes, é possível ampliar o escopo e aprofundar as pesquisas”, acrescentou.
O seminário está sendo promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), IBGE e pela Iniciativa Brasileira de Aprendizagem Por um Mundo sem Pobreza.
A representante do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo do Pnud, Diana Sawyer, explicou que o propósito do seminário é possibilitar a troca de experiências na área e melhorar a qualidade das pesquisas e avaliações de políticas públicas voltadas para a superação da pobreza. Segundo ela, “está havendo uma movimentação sobre levantar a consciência dos países para a avaliação de seus programas. Então, quando se fala em avaliação, estamos vendo como usar os dados e pesquisas existentes para incrementar sistemas de avaliação nacionais”.
O representante do Ministério do Desenvolvimento Social do Chile, Luis Diaz, explicou que o país já possui um sistema integrado de informação social, mas que ainda é preciso investir na melhoria para aperfeiçoar as avaliações dos cerca de 400 programas sociais oferecidos à população chilena. “Acreditamos que as informações que temos não estão sendo suficientemente utilizadas, e para que isso ocorra precisamos melhorar a qualidade dos dados, a plataforma, e fazer uso desses dados”, comentou ao explicar que alguns programas chegam a cobrir 60% da população.
A palestrante Josephilda Nhlapo-Hlope, do Departamento de Planejamento, Monitoramento e Avaliação da Presidência da África do Sul, falou dos problemas enfrentados pelo país na tarefa de avaliar e acompanhar os programas sociais que atendem a cerca de 50 milhões de pessoas.
"Temos ainda questões importantes a superar, como o baixo controle de qualidade, desafios tecnológicos, problemas de privacidade”, citou ela. “Também percebemos que em muitos casos a coleção de dados é mais importante do que utilizar esses dados,” lamentou. Para Josephilda, o encontro no Rio tem sido esclarecedor ao mostrar etapas importantes vividas por países como a Finlândia, até conseguirem fortalecer os sistema de armazenamento de dados e ferramentas de avaliação das políticas públicas. “Foi muito útil ver o passo-a-passo que alguns países passaram antes de alcançar um melhor sistema e qualidade dos dados”, opinou.

País

Janot é contra pedido do PSDB para auditar resultado das eleições

Agência Brasil
O procurador-geral Eleitoral, Rodrigo Janot, enviou hoje (3) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) parecer contrário ao pedido do PSDB para auditar o resultado das eleições presidenciais. Segundo o procurador, o  partido “visa promover gravíssimo procedimento de auditoria sem que exista qualquer elemento concreto que o justifique”.
No entendimento de Janot, o pedido do PSDB é baseado em especulações de usuários das redes sociais, sem nenhum indício de fraude. "Não se pode justificar postura de um partido político do tamanho e da representatividade do requerente de, em baseando-se unicamente em comentários formulados em redes sociais, em boatos muitas vezes camuflados pelo anonimato, pretender a instauração de um procedimento que, a par de não previsto em lei, pode comprometer a credibilidade do sistema eleitoral deste país. Tal medida é de uma imprudência a toda prova, dada a realpossibilidade de criar uma situação de instabilidade social e institucional", diz.
O procurador-geral também ressalta no parecer que medidas de fiscalização, públicas a todos os partidos, foram disponibilizadas ao PSDB, como cópias dos boletins de urna, de arquivos eletrônicos, além de acesso aos programas de totalização dos votos. “Vê-se, pois, a partir de tais exemplos, que o sistema eleitoral brasileiro, ao qual o partido requerente empresta tão pouca credibilidade, por conta de boatos postados em redes sociais, pode ser amplamente acompanhado e fiscalizado, em suas mais diversas fases, pelos partidos políticos, circunstância que, aliada á ausência de indícios mínimos de irregularidade apontados pelo requerente impõem o indeferimento do pleito", entende Janot
No pedido de auditoria, protocolado na semana passada, o PSDB   diz ter “absoluta confiança” de que o tribunal garantiu a segurança do pleito, mas pretende tranquilizar eleitores que levantaram, por meio das redes sociais, dúvidas em relação à lisura da apuração dos votos. O partido solicitou que o TSE crie uma comissão formada por integrantes dos partidos políticos para fiscalizar todo o processo eleitoral, desde a captação até a totalização dos votos. O partido não pede a recontagem dos votos. O pedido deve ser julgado pelo plenário do TSE esta semana.

País

RO: homem receberá R$ 406 mil após ficar cego em mineração

Portal Terra
Um trabalhador  que teve perda total da visão de ambos os olhos durante o expediente em uma empresa de Machadinho d'Oeste, município de Rondônia, vai receber mais de R$ 406 mil em indenizações. O pagamento será feito pela empresa Amazônia Mineração e Extração Ltda - EPP e a sentença foi emitida pela Vara do Trabalho do município e confirmada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região e pelo Tribunal Superior do Trabalho.
O homem, que não teve a identidade revelada, sofreu o acidente durante serviços de preparação de detonação de explosivos na empresa que trabalha com exploração e extração de granitos. O valor da indenização compreende danos morais, estéticos e materiais.
Ambas as partes chegaram em um acordo em que o valor da indenização será de R$ 406,125,69 para o trabalhador, em 21 parcelas. Ele receberá também uma pensão mensal equivalente a 100% de sua remuneração até o dia 12 de fevereiro de 2043. 
Para garantir que o trabalhador vai receber o pagamento previsto, a empresa deverá indicar um bem imóvel, que integre o patrimônio da reclamada ou de qualquer de seus sócios, como garantia.

Economia

Secretário mantém previsão de superávit comercial em 2014

Agência Brasil
Apesar de a balança comercial – diferença entre exportações e importações – acumular déficit de US$ 1,871 bilhão em 2014, o governo mantém a estimativa de que o indicador fechará o ano com saldo positivo. A projeção é do secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Daniel Godinho, que não especificou um valor para o superávit esperado.
Segundo Godinho, quatro fatores deverão fazer o saldo comercial reverter a trajetória até o fim do ano. O primeiro é o saldo tradicionalmente positivo da balança em dezembro. “No último mês do ano, as vendas externas aumentam, porque existe um esforço para o cumprimento de contratos de exportações e para a diminuição de estoques. As importações caem, porque há menos compras de insumos para os primeiros meses do ano seguinte”, disse.
O segundo fator que deverá impulsionar a balança comercial é uma possível alta dos preços do minério de ferro nos últimos meses do ano. Em outubro, a queda na cotação internacional do mineral foi uma das principais responsáveis pelo maior déficit comercial para o mês em 16 anos. O secretário apontou o crescimento das vendas de carne, motivado principalmente pelo fim do embargo da Rússia, como outro fator que poderá melhorar o saldo comercial até dezembro. Em 2014, as vendas de carne acumulam crescimento de 5%.
O último fator que poderá fazer a balança comercial fechar o ano com superávit é a conta petróleo – diferença entre as exportações e importações do produto. De janeiro a outubro, o Brasil importou US$ 13,773 bilhões a mais de petróleo e derivados do que exportou. No mesmo período do ano passado, o déficit estava em US$ 18,903 bilhões.
“É importante ressaltar que a produção de petróleo está aumentando no segundo semestre, o que faz o país exportar mais e importar menos petróleo e combustíveis. A queda internacional no preço do petróleo não surtiu efeito sobre a balança comercial porque as exportações [por preços menores] são compensadas pela redução das importações”, justificou o secretário.
A disparada do dólar nos últimos meses, disse Godinho, até agora não estimulou as exportações brasileiras. Segundo ele, isso ocorre porque existe uma defasagem entre a desvalorização do câmbio e o aumento das vendas externas que pode chegar a vários anos. Ele diz ainda que a volatilidade na cotação da moeda norte-americana atrapalha o fechamento de negócios.
“O câmbio é obviamente uma variável importante, mas há sempre um delay [atraso] entre a desvalorização da moeda e o reflexo nas exportações brasileiras. Há estudos internacionais que indicam que isso demora de dois a três anos. O mais importante é a estabilização do câmbio em determinado valor para que empresário possa programar embarques e exportações”, explicou.
03/11/2014 08h22 - Atualizado em 03/11/2014 08h26

Separatista pró-Rússia Zakharchenko vence eleição de rebeldes ucranianos

Anúncio foi feito nesta segunda (3) pelos organizadores da eleição.
Votação foi denunciada como farsa pelo presidente ucraniano.

Da Reuters
O líder rebelde pró-Rússia Alexander Zakharchenko durante a eleição separatista neste domingo (2) em Donetsk (Foto: Dmitry Lovetsky/AP)O líder rebelde pró-Rússia Alexander Zakharchenko durante a eleição separatista neste domingo (2) em Donetsk (Foto: Dmitry Lovetsky/AP)
O separatista pró-Rússia Alexander Zakharchenko venceu com facilidade uma eleição para a liderança no leste da Ucrânia, anunciaram os organizadores da votação nesta segunda-feira (3).
"A comissão central eleitoral considera Alexander Zakharchenko eleito chefe da República Popular de Donetsk", disse Roman Lyagin, do órgão eleitoral, em Donetsk, o bastião político e militar dos separatistas do leste da Ucrânia.
A eleição de domingo, que foi denunciada pelo presidente ucraniano, Petro Poroshenko, como uma "farsa (conduzida) sob a mira de tanques e metralhadoras", agravou a disputa entre a Rússia e o Ocidente sobre o futuro da Ucrânia.