sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Governo pode reduzir meta do superávit primário para 2015, dizem fontes

quinta-feira, 30 de outubro de 2014 22:01 BRST
 
    Um porta-voz do Ministério da Fazenda se negou a comentar sobre a possibilidade de redução da meta do primário para 2015.
Uma forte deterioração das contas fiscais no governo Dilma tem colocado a economia brasileira na mira das agências de classificação de risco e corroído a confiança dos investidores no país.
Após quase ser derrotada por Aécio Neves (PSDB), candidato preferido pelos mercados, Dilma prometeu mudanças para reverter a fraqueza econômica que reduziu seu apoio na classe média.
O superávit primário representa a economia feita para o pagamento dos juros da dívida pública e entre janeiro e agosto garantiu apenas 10 por cento da meta para todo o ano.

Governo pode reduzir meta do superávit primário para 2015, dizem fontes

quinta-feira, 30 de outubro de 2014 22:01 BRST
 
    Um porta-voz do Ministério da Fazenda se negou a comentar sobre a possibilidade de redução da meta do primário para 2015.
Uma forte deterioração das contas fiscais no governo Dilma tem colocado a economia brasileira na mira das agências de classificação de risco e corroído a confiança dos investidores no país.
Após quase ser derrotada por Aécio Neves (PSDB), candidato preferido pelos mercados, Dilma prometeu mudanças para reverter a fraqueza econômica que reduziu seu apoio na classe média.
O superávit primário representa a economia feita para o pagamento dos juros da dívida pública e entre janeiro e agosto garantiu apenas 10 por cento da meta para todo o ano.

Manter clima exigirá resgate da Amazônia

Reduzir a zero o desmatamento da Amazônia já não é suficiente para evitar um colapso climático na América do Sul. É preciso iniciar imediatamente "um esforço de guerra" de recuperação do que foi destruído nos últimos 40 anos no Brasil - uma área de 763 mil quilômetros quadrados, equivalente a duas Alemanhas, ou três Estados de São Paulo.
As conclusões são de um relatório científico que sintetizou mais de 200 estudos sobre o papel da Floresta Amazônica no sistema climático, na regulação das chuvas e na exportação de serviços ambientais para as áreas produtivas  do continente. Conduzido por Antonio Donato Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estudo foi lançado ontem em São Paulo.
"Já foram destruídas pelo menos 42 bilhões de árvores na Amazônia. Em 40 anos, foram cerca de 2 mil árvores por minuto. Os danos dessa devastação já são sentidos, tanto no clima da Amazônia - que tem sua estação seca aumentando a cada ano - quanto a milhares de quilômetros dali", disse Nobre.
Segundo ele, a floresta mantém úmido o ar em movimento, levando chuvas para regiões internas do continente. A floresta também ajuda a formar chuvas em ar limpo - o que não acontece no oceano, por exemplo. "O ar úmido é exportado para o Sudeste, o Centro-Oeste e o Sul do Brasil, por rios aéreos de vapor, mais caudalosos do que o Rio Amazonas. Sem isso, o clima nessas regiões se tornará quase desértico. Atividades humanas como a agricultura entrarão em colapso", declarou.
Nobre explicou que a Amazônia regula o clima do continente graças à capacidade da floresta de transferir 20 trilhões de litros d?água por dia para a atmosfera. Segundo ele, a transpiração das árvores, combinada à condensação vigorosa na formação de nuvens de chuva, rebaixa a pressão atmosférica sobre a floresta. Com isso, ela "suga" o ar úmido do oceano para o continente, mantendo as chuvas em qualquer circunstância.
"Isso explica por que não temos desertos nem furacões a leste dos Andes. Pelo menos até agora, porque se continuarmos derrubando a floresta, o fluxo se inverterá: o oceano é que sugará a umidade da Amazônia. Assim, poderemos ter no continente um cenário semelhante ao da Austrália, com grandes desertos e uma franja úmida próxima do mar", afirma o pesquisador. As informações são dojornal O Estado de S. Paulo.

31/10/2014 08h00 - Atualizado em 31/10/2014 08h00

Rússia pode retomar envio de gás à Ucrânia se contas forem pagas

Segundo a Gazprom, fornecimento pode voltar já na próxima semana. 
Moscou, Kiev e União Europeia chegaram a acordo nesta quinta (30).

Da Reuters
Rússia pode retomar o fornecimento de gás à Ucrânia já na próxima semana se forem cumpridas todas as condições financeiras, disse nesta sexta-feira (31) Alexei Miller, chefe da estatal russa de gás Gazprom.
Rússia, Ucrânia e União Europeia chegaram a um acordo na quinta-feira (30) para retomar os envios de gás russo à Ucrânia durante o inverno em troca de pagamentos financiados em parte por aliados ocidentais do governo ucraniano.
A Gazprom suspendeu o fornecimento à Ucrânia em junho em meio a disputas sobre dívidas e preços entre Moscou e a ex-república soviética, que agora está buscando fomentar laços mais estreitos com o Ocidente, afastando-se da Rússia.
A Ucrânia também enfrenta uma rebelião pró-Rússia que ameaça dividir a região leste do país, e acusa Moscou de motivar a rebelião.
Miller disse que a Gazprom pode retomar o fornecimento à Ucrânia depois que Kiev pagar parte da sua dívida por gás fornecido no passado e fizer um pré-pagamento para os envios de novembro.
"Tudo depende de quando a Ucrânia fará este pagamento. Entendemos que isso pode acontecer até o final da próxima semana", disse Miller à emissora de TV estatal Rossiya 24, quando perguntado sobre um possível calendário para a retomada do envio de gás.
Miller disse que a Ucrânia precisa pagar 1,45 bilhão de dólares para cobrir parte da dívida de gás e adiantar 760 milhões de dólares pelos suprimentos de novembro, para então o envio ser retomado.
Até o final do ano, Kiev deve pagar um total de 3,1 bilhões de dólares em dívidas pelo gás já fornecido, segundo Miller.
O acordo firmado em Bruxelas na quinta-feira permite a Kiev usar alguns fundos obtidos nos acordos existentes com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional para financiar o pré-pagamento. Kiev diz que tem recursos separados para cobrir as dívidas passadas com a Gazprom.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Desmatamento da Amazônia nos últimos 40 anos equivale à área de 3 Estados de SP

Desmatamento da Amazônia nos últimos 40 anos equivale à área de 3 Estados de SP

Por Agência Brasil  - Atualizada às 
Texto

Números são do relatório "O Futuro Climático da Amazônia", no qual foram reunidos diversos estudos sobre a região

Agência Brasil
Até o ano passado, o desmatamento acumulado na Floresta Amazônica, em 40 anos de análise, somou 762.979 quilômetros quadrados (km²), o que corresponde a três estados de São Paulo ou a 184 milhões de campos de futebol. É o que revela o relatório "O Futuro Climático da Amazônia", coordenado pelo pesquisador Antonio Donato Nobre, do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Agência Brasil
Imagem mostra clarão na floresta, que teve 762.979 km² desmatados entre 1970 e 2013
O relatório, divulgado na tarde desta quinta-feira (30) na Sala Crisantempo, na zona oeste de São Paulo, reúne várias estudos feitos sobre a região e é destinado à população leiga. O objetivo é universalizar o acesso a mais de 200 estudos e artigos científicos e diminuir o que o pesquisador chama de “ignorância” sobre os problemas ambientais.
Nobre calcula que a ocupação da Amazônia já destruiu 42 bilhões de árvores, ou seja, mais de 2 mil árvores por minuto, de forma ininterrupta, nos últimos 40 anos. Somando-se o desmatamento e a degradação (que considera áreas verdes, mas inutilizadas) da floresta, a destruição da Amazônia alcança mais de 2, 062 milhões de km².
De acordo com o relatório, o desmatamento pode pôr em risco a capacidade da floresta de rebaixar a pressão atmosférica, exportar sua umidade para outras regiões pelos chamados “rios voadores” e regular o clima, induzindo à seca. Os efeitos sobre a Região Sudeste, mais especificamente no estado de São Paulo, que enfrenta uma grande seca, ainda estão sendo estudados, mas Nobre acredita que parte disso seja reflexo do desmatamento da Mata Atlântica e do aquecimento climático.
“Estamos na UTI climática”, afirmou o pesquisador, comparando o problema do clima ao de um paciente internado em um hospital. Segundo Nobre, é difícil prever se o “paciente” – no caso, a Amazônia – vai reagir, embora ainda exista uma solução para o problema.
“Quando se está no processo de UTI no hospital, o médico vai dizer a que horas você vai morrer? Não vai. Depende do seu organismo e de muitos fatores, e o que o médico pode fazer é o que está ao alcance dele: informar. O que estou fazendo é informando [sobre o problema ambiental na Amazônia]. E acho que tem uma solução: desmatamento zero para anteontem e replantar em esforço de guerra. Mas, antes disso, um esforço de guerra real é acabar com a ignorância”, enfatizou.
De acordo com Nobre, o esforço para zerar o desmatamento é insuficiente, já que é preciso também confrontar o passivo do desmatamento acumulado e dar início a um processo de recuperação do que já foi destruído. “É preciso plantar árvores em todos os lugares, e não só na Amazônia”, ressaltou o pesquisador, lembrando que não podem ser plantados somente eucaliptos, como ocorre atualmente, já que esta não é a espécie mais indicada para trazer chuva.
Para ele, o governo tem uma grande tarefa a realizar e esse trabalho deve ser feito em conjunto com o Ministério Público, a Justiça, as organizações não governamentais (ONGs) e, principalmente, os cientistas, repetindo algo que foi feito após 2004, quando o Brasil alcançou o pico de área desmatada ([27,7 mil km²) “É possível fazer acordos e todos os setores serem beneficiados”, airmou.
Apesar de o desmatamento estar se reduzindo nos últimos anos, o Brasil ainda é o maior desmatador do mundo, afirmou Cláudio Amarante, da ONG WWF Brasil. “Pelos dados que temos hoje, por tudo o que reduziu, o Brasil ainda é o maior desmatador do mundo, embora dependa de como isso é medido. O Brasil tem dez anos de redução de desmatamento, mas os países andino-amazônicos vêm em processo contrário: há um crescimento do desmatamento. Após o Brasil, vêm a Bolívia, o Peru, a Colômbia, a Venezuela e o Equador, do ponto de vista absoluto [de área desmatada].”
De acordo com Amarante, o controle do desmatamento no Brasil está entrando agora em sua fase mais difícil: a de combate às pequenas manchas de desmatamento, pouco visíveis por satélites. “Até agora, o que foi possível foi conter o desmatamento que era mais fácil, o mais flagrantemente ilegal, das áreas maiores e de maior detecção. Agora vamos ter que combater as pequenas manchas de desmatamento e as feitas por pequenas propriedades ou assentamentos”, afirmou.
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    Israel condena reconhecimento do Estado da Palestina pela Suécia
    A iniciativa sueca provocou "grandes danos e não tem utilidade", acrescentou o governo israelita.
    Israel condenou esta quinta-feira o reconhecimento do Estado da Palestina por parte da Suécia, sublinhando que esta resolução irá fortalecer os extremistas muçulmanos.
    "É uma decisão lamentável, que reforçará os elementos extremistas e a política de recusa dos palestinianos", disse num comunicado o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Avigdor Lieberman.
    A iniciativa sueca provocou "grandes danos e não tem utilidade", acrescentou.
    A chefe da diplomacia sueca, Margot Wallström, anunciou que o seu Governo reconheceu por decreto o Estado da Palestina.
    Lieberman reiterou que as negociações entre israelitas e palestinianos deveriam, segundo Israel, preceder ao reconhecimento de um Estado da Palestina.
    Iniciativas como estas da Suécia "reforçam as exigências irrealistas dos palestinianos e diminuem a possibilidade de um acordo", segundo Lieberman.
    Embaixador convocado
    O primeiro-ministro da Suécia, Stefan Loefven, anunciou na sua primeira intervenção no parlamento, no início de outubro, que o seu país seria o primeiro da União Europeia, na Europa ocidental, a reconhecer o estado palestiniano.
    Enquanto os palestinianos saudaram a iniciativa, Israel convocou o embaixador sueco para expressar a sua desilusão e protestar.
    Há muito que Israel insiste que os palestinianos só podem ter o desejado estado através de negociações diretas e não através de outros canais diplomáticos.
    Sete países membros da União Europeia, na Europa de leste e no Mediterrâneo, já reconheceram o estado palestiniano - Bulgária, Chipre, República Checa, Hungria, Malta, Polónia e Roménia. A Islândia, que não pertence à União Europeia, foi o único país da Europa ocidental que o fez até agora.

    Ultrapassagem proibida terá multa de até R$ 1.915,40

    Luan Santos
    • Luciano da Matta | Ag. A TARDE | 28.10.2014
      Flagrante duplo na BR-110, perto de São Sebastião do Passé
    A partir do próximo sábado, 1º, quem for flagrado fazendo ultrapassagem proibida no trânsito terá de pagar multa de até R$ 1.915,40. O valor cobrado pode atingir R$ 3.830,80 em caso de reincidência na infração.
    De janeiro ao último dia 22, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), 25,7 mil motoristas foram notificados por este tipo de infração nas estradas federais da Bahia. O número representa cerca de 20% do total de notificações feitas pela PRF.
    Os novos valores das multas fazem parte das 11 alterações em artigos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) regulamentadas pela Lei 12.971/2014, sancionada em maio pela presidente Dilma Rousseff, e que entra em vigor no sábado.
    Morte
    De acordo com a PRF, as ultrapassagens irregulares causam a maioria dos acidentes e mortes em rodovias. Este ano, até o último dia 22, morreram por conta disso 59 pessoas nas estradas federais da Bahia. A lei é de autoria do deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS), que foi candidato à vice-presidência na chapa da ex-senadora Marina Silva (PSB-Rede).
    Com as alterações,  algumas penalidades previstas no CTB tiveram o valor da multa aumentado em dez vezes. A penalidade para quem fizer ultrapassagem forçada (entre dois veículos que trafegam em sentidos opostos) foi multiplicada em dez vezes: passa de  R$ 191,54 para R$ 1.915,40. Em caso de reincidência, será de R$ 3.830,80.
    Com as alterações na legislação,  quem realizar ultrapassagem em locais indevidos, como faixas contínuas ou pelo  acostamento,  pode desembolsar R$ 957,70. Em caso de reincidência dentro 12 meses, o valor dobra: R$ 1.915,40.
    A lei também torna mais rigorosa a punição para quem comete o crime de racha (ou pega). Como na lei seca, a multa será R$ 1.915,40 (antes da lei, o valor era R$ 574,62).
    Para reincidentes, a penalidade é dobrada para R$ 3.830,80. Além disso, o condutor tem suspensa por um ano a licença para dirigir e o veículo é apreendido.
    Na última terça-feira, a equipe de A TARDE esteve na BR-110, no trecho que liga a BR-324 ao município de São Sebastião do Passé, e flagrou diversos casos de ultrapassagem irregular. Em um ponto desta rodovia, encontrou destroços de um veículo. Segundo moradores próximos, a batida ocorreu por conta de uma ultrapassagem proibida.
    Além de ultrapassarem em pontos de faixa contínua, os infratores também realizam a manobra pelo acostamento e excedem a velocidade permitida. "Os acidentes aqui são constantes. É uma via com muitas curvas. Os motoristas não respeitam a sinalização, ultrapassam em qualquer lugar", diz o frentista Jefferson Silva, 27.
    A maioria das infrações decorrentes de ultrapassagem proibida ocorre nas BRs 116 e 101, com 9.661 e 7.930 ocorrências, respectivamente, de janeiro ao dia 22 passado. 
    O gerente administrativo Evanildo Santos, 48, que costuma trafegar por ambas as rodovias, diz que nunca foi multado e que vê diariamente várias irregularidades.
    "São vias que têm um tráfego intenso de caminhões. Os condutores de veículos de passeio não costumam ter paciência e ultrapassam em qualquer lugar", afirma.
    Expectativa
    O major Genésio Luide, coordenador do Departamento Estadual de Trânsito na Bahia (Detran-BA), ressalta que a expectativa é que os índices de mortalidade sejam reduzidos com a nova legislação. Lembra que este tipo de manobra representa alto grau de periculosidade. "Uma ultrapassagem indevida pode resultar em colisão  frontal, com o  somatório das duas velocidades.  Se ambos colidirem a 80 km/h, o impacto é como se o veículo batesse em uma parede a 160 km/h", diz ele.
    Em nota, a PRF disse que a nova legislação integra o pacote de alterações legislativas propostas pela instituição para diminuir as mortes   em 50% até 2020. Nas rodovias estaduais, houve redução de 11% no número de mortes. Segundo dados do Batalhão de Polícia Rodoviária, entre janeiro e o último dia 29, foram registrados 311 óbitos contra 349  no mesmo período do ano passado.