sábado, 18 de janeiro de 2025

Grande Percival Puggina

Aguiaemrumo Romulo Sanches

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Percival Puggina

 O PT é o partido de uma suposta elite intelectual, de uma suposta elite burocrática e de uma suposta elite sindical. Ou seja, o grupo político que quase conseguiu hegemonizar a política brasileira não tem a menor ideia de como vive o povo que não está no mercado formal de trabalho e não se contenta com viver da miserável ajuda proporcionada pela assistência social pública.

Foi contra esses milhões de trabalhadores que um governo de burocratas de carreira decidiu agir e sente-se à vontade para fazê-lo porque é a turma do contracheque, do bom dinheiro na conta no fim do mês, preferivelmente creditado pelo Estado, esse bom patrão de quem lhe lambe os pés. Por isso e só por isso, são tantos fazendo política em tempo integral.

O governo petista agiu frontalmente contra o homem e a mulher brasileiros que “se viram” para proporcionar à família a melhor condição possível com as mínimas condições disponíveis. O brasileiro na informalidade é um bravo e merece respeito. Em sua imensa maioria vive perto do mundo do crime e da miséria e diz não a ambos! É um bravo e merece respeito. Não quer as correntes de ouro que adornam o pescoço do bandido nem o prato vazio de quem se conformou com a indigência pela mão do Estado. Ele acorda toda manhã e vai ao mercado – esse mercado do qual o PT fala tão mal – operar em seu nicho habitual, na esquina, no ponto, na banca; vai cuidar de torneiras que pingam e de ventiladores que não funcionam. De fato, não pagam o imposto de renda; a dureza da vida, a rotina da informalidade lhes proporcionou isso.

Políticos e burocratas com maior ou menor poder, que deixaram a alma em algum lugar do passado, realmente não tinham a menor ideia da extensão dos danos que causariam a tantos seres humanos e ao Estado. Agora, em vez de examinarem a própria consciência, esbravejam ameaças contra quem lhes apontou o erro e, como de hábito, os denunciam como culpados pelo caos que eles mesmos produziram. É para poderem agir sem contestações que precisam, tão insistentemente, de múltiplos instrumentos de censura.

Como não lembrar de Roberto Campos quando definiu o PT como o partido dos trabalhadores que não trabalham, dos estudantes que não estudam e dos intelectuais que não pensam?

Percival Puggina (80) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

Brasil acima de tudo 🇧🇷 
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