domingo, 29 de novembro de 2015

Fuvest cobra química orgânica, Cuba, terrorismo, dengue e Uber na 1ª fase Candidatos afirmaram que questões tiveram muitos temas da atualidade. Gabarito oficial deve ser divulgado na noite deste domingo (29).

29/11/2015 17h23 - Atualizado em 29/11/2015 18h05

A prova da primeira fase da Fuvest 2016 abordou muitos temas da atualidade e não fugiu de polêmicas, segundo candidatos ouvidos pelo G1. A doutora em filosofia Sheila Paulino, que se inscreveu no processo seletivo para tentar uma vaga na graduação em direito, elogiou o fato de a prova ter feito uma abordagem "bastante completa" dos temas.

"Considerei a prova com temas bastante atuais. É uma prova, em relação à atualidade, com temas abordados de uma maneira bastante completa. Teve uma questão que abordou o terrorismo e questionou o papel dos Estados Unidos nos blocos que se formam, não só econômicos, mas também políticos. Questões que abordaram a dengue, questões que abordaram o uso do aplicativo Uber, que trouxeram as polêmicas de alguma forma. Achei a prova bastante interessante e bacana", afirmou ela (veja no vídeo acima).
Os candidatos que fizeram a prova na Cidade Universitária, na Zona Oeste da Capital, afirmaram que outros temas da atualidade abordados na prova foram o terremoto que atingiu o Nepal neste ano, e as relações entre os Estados Unidos e Cuba, que desde o fim do ano passado negociam o fim do embargo econômico.
Mirla Santos, de 21 anos, fez a primeira fase da Fuvest na Cidade Universitária, na Capital (Foto: Luiza Tenente/G1)Mirla Santos, de 21 anos, fez a primeira fase da Fuvest na Cidade Universitária (Foto: Luiza Tenente/G1)
A estudante Mirla Santos, de 21 anos, também fez a prova na Cidade Universitária. Segundo ela, houve questões sobre mudanças climáticas, genética e Antiguidade.
Em literatura, os estudantes contaram que, entre as obras de leitura obrigatória cobradas estavam o livro "Capitães de areia", de Jorge Amado. O poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade também apareceu na primeira fase da Fuvest, com o poema "Confidências do Itibirano", disseram os candidatos.
Uma das questões de português citava um trecho de uma crítica literária, e o candidato deveria saber a que livro ela se referia.
Leonardo Lima, de 19 anos, concorre na Fuvest a uma vaga em história (Foto: Luiza Tenente/G1)Leonardo Lima, de 19 anos, concorre na Fuvest
a uma vaga em história (Foto: Luiza Tenente/G1)
Segundo o candidato Leonardo Lima, de 19 anos, que quer uma vaga em história na USP, um dos temas abordados na prova foi a colonização do Brasil.
Os candidatos queixaram-se do nível de dificuldade das perguntas de exatas. Probabilidade foi um dos temas abordados nas questões de matemática.
"Caiu na prova probabilidade, logaritmo, porcentagem, Roma, Grécia. Foi razoável, acho que para a segunda fase eu passo", afirmou o estudante Thomas Antonio, de 18 anos, que é chamado de Tomate pelos colegas e quer uma vaga em engenharia da computação (veja no vídeo abaixo).
A prova de matemática também exigia que o candidato desenhasse uma figura geométrica para chegar ao resultado. Trigonometria também caiu, além de ponto médio e plano cartesiano.
PROVA E GABARITO
A prova tem 90 questões do tipo teste de múltipla escolha cobra o conteúdo das disciplinas obrigatórias do ensino médio: português, matemática, física, química, biologia, história, geografia e inglês, com algumas questões interdisciplinares. A duração total da prova é de 5 horas.
Candidatos a vagas do vestibular da Fuvest 2015 fazem a segunda fase da prova na Escola Politécnica da USP, em São Paulo (Foto: Caio Kenji/G1)Candidatos a vagas do vestibular da Fuvest 2015
(Foto: Caio Kenji/G1)
O gabarito oficial deve ser divulgado pelaFuvest por volta de 19h30 deste domingo.
Neste ano, estão aptos para fazer a primeira fase do vestibular 142.721 candidatos, que disputam 9.688 vagas, sendo 9.568 de cursos da USP e 120 da medicina da Santa Casa. Do total, 14.140 são treineiros. No vestibular passado, 141.888 vestibulandos concorreram a 11.057 vagas da USP e 120 da Santa Casa, sendo que 14.910 eram treineiros.

O resultado da primeira fase será divulgado no dia 21 de dezembro. As provas da segunda fase serão realizadas nos dias 10, 11 e 12 de janeiro de 2016
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Governador vai criar delegacia no DF contra intolerância religiosa Em visita ao terreiro incendiado, Rollemberg disse: "Um dos bens mais preciosos da humanidade é sua diversidade, e ela deve ser estimulada"

Toninho Tavares/Agência Brasília
 

Em visita neste sábado (28) ao terreiro incendiado no Núcleo Rural do Tamanduá, entre o Lago Norte o Paranoá, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) anunciou a criação no Distrito Federal de uma delegacia contra racismo e intolerância religiosa. "É um retrocesso inadmissível que deve ser combatido pelo conjunto da sociedade, no sentido de estimular uma cultura de paz", afirmou Rollemberg . "Um dos bens mais preciosos da humaniddade é sua diversidade, e ela deve ser estimulada e fomentada", acrescentou.

Segundo a proprietária do terreiro Axé Oyá Bagan, Adna Santos de Araújo, 52 anos, mais conhecida como Mãe Baiana, o prejuízo com o incêncio ocorrido nesta sexta-feira (27) foi de aproximadamente R$ 120 mil. Ela caminhou sobre os escombros com o governador e mostrou a Rollemberg os estragos causados pelo fogo. "Estamos aqui para prestar nossa solidariedade à Mãe Baiana", disse Rollemberg. "É lamentavel essa manifestação de ódio", continuou o governador, durante a visita.

"Infelizmente, esses crimes estão se tornando cada vez mais comuns. Já determinamos ao Corpo de Bombeiros e à Polícia Civil que priorizem essa investigação, para que possamos prender e punir os culpados", disse ainda o governador. O fogo começou por volta das 5h da manhã e se alastrou rapidamente pela estrutura de madeira. Mãe Baiana e dois vizinhos disseram ter acordado após ouvirem estalos. Ninguém ficou ferido.

Reparações e explicações O caso Volkswagen mostra que a Europa precisa de um novo padrão de controle de emissões e de um sistema dissuasivo de sanções Volkswagen perde 7,2 bilhões de reais pelo caso das emissões


Detalhe de logotipo da Volkswagen . EFE/Arquiivo
fraude dos motores adulterados em alguns modelos da Volkswagen (VW) para dissimular emissões de materiais poluentes também se espalhou a outras marcas do grupo como Audi, Seat e Skoda. A pressão investigativa também levantou suspeitas sobre outras marcas de automóveis, cujos modelos estariam excedendo os limites de emissões permitidos. O impacto público do escândalo da Volkswagen se manifesta hoje na informação insuficiente fornecida pelo grupo aos seus clientes, no temor pela diminuição de investimentos da VW (Wolfsburg já anunciou que os investimentos previstos na Espanha não serão afetados) e na lentidão da justiça para determinar as responsabilidades pessoais e corporativas na fraude.

A VW ainda tem muitas coisas a explicar, da projeção de suas contas em função do impacto da fraude nas suas receitas às disposições corporativas adotadas para evitar a manipulação dos testes de seus veículos. Quase tantas quanto os Governos europeus, começando pelo da Alemanha, que não tinham conhecimento do engano e que estão reagindo praticamente às cegas; ou as autoridades europeias, na mesma situação de ignorância prática. A Europa precisa de um novo padrão de controle de emissões e de capacidade para aplicar sanções dissuasivas em caso de descumprimento.O grupo alemão se permitiu uma pausa para anunciar que já existe um procedimento para colocar dentro da norma os motores 1.6 e 2.0 litros afetados pela manipulação. Trata-se, de acordo com a VW, de um reparo simples que requer apenas uma hora de trabalho. Está bem que seja assim, mas convém lembrar que mesmo um reparo de uma hora implica em inconvenientes para os proprietários dos veículos, que já estão irritados com a terapia de silêncio aplicada pela empresa alemã que estão suportando desde setembro.

Nada justifica comportamentos condenáveis contra a Mãe Terra! Vamos agir com responsabilidade, compreendendo nosso planeta como um ser vivo, que respira e tem direito a vida.  Aguiasemrumo

“Até aqui, a Europa agiu como se fosse invulnerável ao caos do mundo”


TÁBUA RASA. “Devemos olhar o mundo com olhos novos”
JOSÉ CARLOS CARVALHO

Dois dias após os atentados de Paris, Boubacar Boris Diop participou num colóquio na Fundação Gulbenkian sobre Media e Desenvolvimento. Sob o signo da influência dos meios de comunicação na construção da imagem do outro, Diop falou ao Expresso sobre os atentados de Paris. Tinha voado para Lisboa diretamente da capital francesa, onde também se encontrava a 7 de janeiro, por ocasião do ataque ao “Charlie Hebdo”.
Como avalia a cobertura mediática dos atentados de 13 de novembro?
O que mais me impressionou, no 7 de janeiro e no 13 de novembro, foi o contraste radical entre o silêncio da população, que se cruzava nas ruas sem reagir, chocada, e o barulho dos media. Sou também jornalista, sigo os media, leio, reflito e, enquanto observador não francês, vejo que este tipo de acontecimentos aprofunda a clivagem entre a população e o establishment oficial e mediático, que exorta à guerra e ao fim da liberdade dos inimigos da liberdade.
Coloca os media ao lado do Governo?
Sim, em França não vejo exceção. O que os media fazem é ir no sentido daquilo que eles pensam ser a opinião do público. Depois há a questão do medo. Os jornalistas são seres humanos e têm medo. A sociedade francesa tem tabus, coisas que toda a gente pensa sobre o Islão e sobre o mundo árabe e sobre os magrebinos - as “comunidades”, como eles dizem - e que saltam à superfície detonadas por situações como os ataques de Paris. Eu fico chocado e infeliz com este radicalismo islamita, as pessoas que o seguem são doentes. O que me choca nos atentados de 13 de novembro é a quantidade de jovens que foi morta!
Quer isso dizer que o Governo e os media franceses não representam a população?
Os media não cumprem a sua obrigação de esclarecimento lúcido. É preciso ultrapassar a leitura das consequências para mostrar os mecanismos. Há cidadãos baleados e ninguém explica porquê. Não se relaciona o presente com a invasão do Iraque em 2003, uma lição da História que não aprendemos. Em segundo lugar, penso que se deveria mostrar à opinião pública ocidental a ligação entre o global e o local, ainda que eu ache que a Europa e o Ocidente estejam prestes a descobri-la. Nós já o sabemos há muito tempo.
Nós, os africanos?
Nós, os africanos e todos os povos que foram conquistados, sabemos há muito tempo que podem vir pessoas de muito longe e transformar as nossas sociedades e as nossas vidas. Até aqui, a Europa agiu como se fosse invulnerável ao caos do mundo. É por isso que cada vez que há um debate sobre a guerra no Iraque a questão que se levanta é sempre sobre moral. A Europa considerava-se uma fortaleza. Destruiu-se a Líbia, a seguir a Síria e a consequência é esta crise de refugiados que os países europeus não querem. Mas que vão ter de aceitar por força do desespero. Esta crise vai mudar a forma que a Europa tem de olhar o mundo. É preciso que os cidadãos europeus pensem a política global em função da sua vida. Não se pode pôr o mundo a ferro e fogo e os europeus ficarem tranquilos a preocupar-se com a crise económica e com a idade da reforma.
O acolhimento dos refugiados diferenciou os governos das sociedades civis?
Por muito respeito que tenha pelos cidadãos comuns, que seguem os seus corações e não fazem cálculos políticos, estamos na quadratura do círculo. E tenho medo. É nobre e louvável o exercício dos cidadãos que acolhem pessoas e as ajudam, mas é um contributo limitado, principalmente quando os partidos políticos dos países cada vez mais dizem que essa situação não é tolerável. Ao lado dos cidadãos que os aceitam há os que dizem “não”. Tenho medo que isso faça explodir a xenofobia. Espero enganar-me. Mas acho que estamos a caminhar para o fim de Schengen.
O que se pode fazer para evitar a estigmatização?
Tem de se educar os olhares. Quando se é africano, oriental, indiano etc, nota-se logo. Quando se é branco é como se fosse normal. Como reconhecer o humano no outro? No fundo, é preciso fazer um esforço sobre si mesmo, considerando que somos todos humanos sobre a mesma Terra e que os acidentes da História nos fizeram percorrer percursos singulares... o que não faz que o sírio ou o africano seja um ser humano incompleto. Há duas formas de validação destes preconceitos: a espontânea, como a dos tipos nos estádios que gritam como macacos para gozar com os jogadores negros; e há o racismo sofisticado dos intelectuais, aquele que reina nos meios de comunicação.
O que quer o Daesh? Que futuro acha que tem a organização?
Todas as ideias de terror que conhecemos até hoje partiam da ideia de que os outros deveriam morrer e os terroristas sobreviver. Entrámos numa nova dialética em que jovens na força da vida se fazem explodir para levarem o maior número de gente com eles. Não compreendo! É inaceitável que a vida tenha perdido a importância. O Daesh pode ter métodos sofisticados, mas está condenado a ser destruído. Só conta com o apoio das monarquias do Golfo e como ataca em todas as direções - Europa, Japão, China, Estados Unidos... -, tem o mundo todo contra si. Eles sabem-no, por isso têm uma tática de terra queimada. Diz-se que eles utilizam novas tecnologias de forma muito sofisticada, mas os serviços secretos dos países fazem o mesmo. Toda a gente utiliza a internet e as redes sociais para manipular a informação, são meios tão poderosos quanto o provam o Wikileaks, o Snowden... Porém, há atores espantosamente silenciosos de quem não se fala e que deveriam estar no centro do debate. A chave da situação internacional está na Arábia Saudita e no Qatar, mas ainda são intocáveis. E entretanto, enquanto nos distraímos com o Daesh, a Al-Qaeda reorganiza-se e ganha tempo. Acho que a procissão vai no adro e não há líderes políticos à altura do desafio.

Juíza libera integrantes de cartel dos combustíveis e proíbe empresários de gerenciar os negócios A magistrada não renovou o decreto da prisão temporária que mantinha os empresários presos desde a última terça-feira (24/11)

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Os sete acusados de integrar um cartel para controlar os preços dos combustíveis no Distrito Federal não poderão gerir seus próprios negócios. Essa é a determinação da  juíza Ana Cláudia Morais Mendes, da 1ª Vara Criminal de Brasília. A magistrada decidiu pela liberação dos presos na Operação Dubai e não renovou o decreto da prisão temporária que mantinha os empresários atrás das grades desde a última terça-feira (24/11).
Pela decisão da Justiça, os sete presos que estão no Centro de Detenção Provisória (CDP), no complexo penitenciário da Papuda, poderão deixar a prisão às 0h deste domingo (29/11). Embora ganhem a liberdade,  os empresários não poderão, sequer, entrar nos escritórios em que comandavam suas redes de postos. Caso a Polícia Federal identifique que algum deles tentou interferir ou se envolver em decisões corporativas, serão presos novamente. Nenhum deles pode deixar o país ou viajar para outro estado sem que haja liberação da Justiça.
De acordo com uma fonte da Polícia Federal ouvida pelo Metrópoles, os sete envolvidos serão acompanhados de perto pelos investigadores. Qualquer ação para tentar prejudicar as investigações ou atrapalhar o curso do inquérito também irá resultar em prisão. “Orientações ou determinações corporativas repassadas por telefone, internet ou qualquer outro meio serão vistas como uma quebra de decisão judicial”, afirmou.
Serão libertados os presos na Operação Dubai: Antônio José Matias de Souza, sócio da maior rede de postos de combustíveis do DF, a Cascol; Cláudio José Simm, proprietário da rede Gasolline; José Carlos Ulhôa Fonseca, presidente do Sindicato dos Donos de Postos de Combustíveis. Além dos outros quatro envolvidos: Marcelo Dornelles Cordeiro, administrador da rede JB, e José Miguel Simas Oliveira Gomes, funcionário da Cascol; André Rodrigues Toledo, gerente de vendas da Ipiranga e Adão do Nascimento Pereira, gerente de vendas da BR Distribuidora no DF, preso no Rio de Janeiro.
Dubai
Deflagrada na última terça-feira (24/11), a ação desarticulou um cartel de combustíveis no DF e no Entorno. Donos e funcionários das principais redes como Cascol, BR Distribuidora, Ipiranga e Gasolline foram detidos. Segundo as investigações da PF e do MPDFT, o valor da gasolina era elevado em 20% para os consumidores. Além disso, o preço do álcool era aumentado para inviabilizar o consumo do combustível nos postos da capital.
Na ação, sete pessoas foram presas e 25 levadas à Superintendência da PF para prestarem depoimento. De acordo com a investigação, o sindicato perseguia os empresários que decidiam deixar o cartel. O prejuízo que apenas uma das redes investigadas causou para os brasilienses é de, ao menos, R$ 1 bilhão por ano.
Cicero Lopes/Metrópoles

Rio Doce e o caminho da lama - Dia 5: G1 percorre as cidades atingidas pelo rompimento de barragem em Mariana.

Flávia Mantovani e Alexandre Nascimento

Dejanira Krenak, de 66 anos, pertence à aldeia Krenak. Idosos da comunidade indígena choram ao ver a tragédia que atingiu o Rio Doce (Foto: Flávia Mantovani/G1)Dejanira Krenak, de 66 anos, pertence à aldeia Krenak. Idosos da comunidade indígena choram ao ver a tragédia que atingiu o Rio Doce (Foto: Flávia Mantovani/G1)
No quinto dia de cobertura pelas margens do Rio Doce o G1 chegou a Minas Gerais. Na cidade de Resplendor está localizada a reserva indígena da tribo Krenak. Os indígenas consideram o curso d´água sagrado e estão chocados com o ocorrido.

Os idosos da comunidade choram ao chegar perto do rio e constatar que o "watu é kwen" (o rio morreu). Há alguns dias os índios fecharam uma ferrovia da Vale em protesto contra a contaminação das águas.
A equipe do G1 está percorrendo 680 km em 10 dias, parando em ao menos 5 cidades, para mostrar a situação das pessoas afetadas pela queda da barragem em Mariana (MG).
Acompanhe a cobertura em tempo real e veja a seguir um resumo do 5º dia.
QUEDA NO TURISMO
Cartaz mostra diversas atividades turísticas noRio Doce em Resplendor. Agora tudo está suspenso por tempo indeterminado. Um senhor que fazia pesseios contou que recebia entre 100 e 150 pessoas aos sábados. Hoje haviam 92 turistas agendados, mas após cancelamentos sobraram apenas 18.
Cartaz mostra passeios turísticos no Rio Doce em Resplendor (MG) (Foto: Flávia Mantovani/G1)Cartaz mostra passeios turísticos no Rio Doce em Resplendor (MG) (Foto: Flávia Mantovani/G1)
ECONOMIA DE ÁGUA
Avisos como o da foto abaixo, pedindo que os hóspedes economizem água, estão presentes em todos os hotéis por onde o G1 passou durante a reportagem.
Aviso em hotel de Regência, em Minas Gerais, pede que hóspedes economizem água por causa do desastre ambiental no Rio Doce (Foto: Flávia Mantovani/G1)Aviso em hotel de Regência, em Minas Gerais, pede que hóspedes economizem água por causa do desastre ambiental no Rio Doce (Foto: Flávia Mantovani/G1)
MUDANÇA NO ECOSSISTEMA
O ajudante de manutenção Ricardo Barros conta que, após a chegada da lama, as capivaras, os peixes e até os pássaros sumiram. (veja o vídeo).
 PRÓXIMOS PASSOS
 Neste domingo (29), a equipe do G1 segue para Governador Valadares (MG).

Mapa - DIA 5 - Caminho da lama (Foto: Arte/G1)

“Chega”, diz Obama após massacre em clínica de aborto no Colorado Autoridades evitam especular sobre as razões do homem que matou três pessoas a tiros Três mortos em ataque contra uma clínica de abortos nos EUA

Foto policial de Robert Lewis Dear, de 57 anos, preso pelo massacre / AFP
massacre na sexta-feira em um centro de planeamento familiar em Colorado Springs, Estados Unidos, voltou a provocar neste sábado a condenação frustrada do presidente Barack Obama, que em uma declaração disse que o país precisa “fazer algo sobre o fácil acesso a armas de guerra nas nossas ruas por pessoas que não têm nenhum motivo para carregá-las”. “Chega”, acrescentou Obama, que depois do massacre em outubro passado no Oregon, visivelmente irritado,disse que suas próprias declarações sobre esta questão tinham se tornado “rotina”.
O único vestígio biográfico do suposto assassino é que viveu em uma cabana sem eletricidade ou água nas montanhas da Carolina do Norte, do outro lado do país. Os investigadores interrogaram o detido, mas no sábado pela manhã sua declaração ainda não tinha sido divulgada. Seus vizinhos, citado pela Associated Press, dizem que era uma pessoa reservada, cujas raras conversas eram caóticas. No dia seguinte ao ataque ainda é desconhecido se ele tinha alguma ligação com essa clínica ou com Colorado Springs. Dear está detido sem fiança e será apresentado ao juiz na segunda-feira.Três pessoas, incluindo um policial, foram mortas na sexta-feira no ataque a tiros contra um centro de planejamento familiar em Colorado Springs, Estados Unidos. Um homem identificado pela polícia como Robert Lewis Dear, de 57 anos, entrou armado no centro de planejamento familiar depois de disparar contra os carros do exterior. Ele permaneceu entrincheirado mais de cinco horas até que a polícia conseguiu entrar, falar com ele e conseguir que se rendesse. Nove pessoas, incluindo cinco policiais, ficaram feridos por balas, mas estão fora de perigo.
Embora os motivos do agressor ainda não estavam definidos no sábado, o fato de ser uma clínica de Planned Parenthood disparou os alarmes sobre a segurança de alguns centros que são constantemente difamados pela direita fundamentalista cristã que possui uma grande influência sobre uma parte do Partido Republicano. O presidente evitou, na sua declaração, referir-se aos motivos do assassino. Nem a polícia nem a própria organização de planejamento familiar quiseram, em um primeiro momento, especular sobre o motivo do assaltante.
A sexta-feira não foi um dia mais em um país onde cerca de 10.000 pessoas por ano morrem por armas de fogo. O prefeito de Colorado Springs, John Suthers, disse no sábado que o motivo do massacre podia ser “inferido a partir do lugar onde aconteceu e como aconteceu”. A polícia de Nova York, por exemplo, reforçou a segurança dos centros de Planned Parenthood na cidade na sexta-feira assim que ficou sabendo do ataque. Este é o primeiro ataque a uma clínica de abortos em seis anos, de acordo com a Reuters.
O nome de Planned Parenthood é citado sem exceção por todos os candidatos republicanos à presidência dos Estados Unidos nos debates, competindo por mostrar sua contundência contra a organização e prometendo retirar todo o financiamento federal que ela recebe para prestar assistência médica a mulheres com poucos recursos (cerca de 500 milhões de dólares por ano) nas 700 clínicas que possui em todo o país. Em outubro passado, esses fundos estiveram no centro da discussão pública sobre o orçamento, a tal ponto que os republicanos ameaçaram bloquear novamente o Governo federal. Os republicanos usam uma controversa investigação com câmera escondida na qual, de acordo com a interpretação deles, foram reveladas práticas comerciais macabras de tecidos fetais.
Colorado Springs, que está a cerca de 100 quilômetros ao sul de Denver, Colorado, é um bastião da direita cristã nos Estados Unidos, tem uma grande população de militares e é sede de congregações religiosas influentes. A clínica de Planned Parenthood na cidade é alvo regular de protestos e recentemente se mudou para sua atual localização nos subúrbios.