Mais de 350 refugiados - a maioria do Sudão - viviam num acampamento improvisado debaixo de uma passagem aérea entre as estações de metro de La Chapelle e Barbes-Rochechouart, no norte da capital francesa.
Os refugiados, na sua maioria homens, embora também haja várias famílias, esperavam para embarcar em autocarros com destino a diversos abrigos na zona de Paris.
O acampamento surgiu no verão do ano passado, mas cresceu em abril com as boas condições meteorológicas a levarem milhares de migrantes a cruzarem o Mediterrâneo a partir do norte de África com destino à Europa.
As autoridades francesas, que durante o fim de semana colocaram sinais e ordenaram a saída dos migrantes da zona num prazo de 48 horas, evacuaram o local durante a manhã de hoje.
Segundo um inquérito realizado no local, na semana, pelas autoridades da cidade e associações de refugiados, 160 pessoas que se encontravam no acampamento pretendiam ficar em França, enquanto 200 manifestaram intenção de seguir para outros destinos, sobretudo Reino Unido e países nórdicos.
O risco de epidemia, nomeadamente de sarna, terá sido apontado como justificação para a rápida evacuação do local.
Desde o início do ano, mais de 40 mil imigrantes - a maioria fugidos de conflitos e da pobreza de países como a Líbia e a Eritreia - alcançaram as costas italianas, enquanto cerca de 1.770 morreram durante a perigosa travessia.