quarta-feira, 29 de abril de 2015

"Acho que, tranquilamente, a companheira Dilma vai vetar", disse ex-presidente sobre PL em seminário promovido pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista, nesta terça-feira

Luís Inácio Lula da Silva em meio a sindicalistas em ato realizado na noite desta terça-feira
Facebook/Reprodução
Luís Inácio Lula da Silva em meio a sindicalistas em ato realizado na noite desta terça-feira
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, na noite desta terça-feira (28), que a aprovação do Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização no Brasil, pode representar um retrocesso ao período anterior ao governo Getúlio Vargas no País.
"Voltamos a 1930, quando a FIESP [Federação das Indústrias do Estado de São Paulo] achava que o trabalhador devia ter dez dias de férias. Se desse mais tempo [era porque] ele bebia, brigava", lembrou, enfatizando que os trabalhadores daquele período eram "oprimidos". "Os empresários querem acabar com a justiça do trabalho. Acham que tem que rasgar a CLT [...] Não é porque a lei é de 1946 que tem de jogar fora."
O discurso do ex-presidente ocorreu na abertura de um seminário promovido pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que relembra os 35 anos da greve da categoria ocorrida em 1980, quando foi liderada pelo próprio Lula.
Sem modéstia, o petista enviou recado à Procuradoria-Geral da República, dizendo ter sempre privilegiado a escolha a partir da lista tríplice indicada pela categoria. "Era muito mais fácil indicar um amigo. Mas eu não queria um procurador pra mim".
Num afago ao Sindicato dos Metalúrgicos, Lula disse que a greve encabeçada pela categoria na Scania foi um marco para a democracia do País: "Foi o primeiro acordo coletivo que eu fiz e que aprovamos, na porta da fábrica".
Pressionada pelas concorrentes, a Scania recuou do acordo e "nós ficamos 15 dias sendo chamados de traidores pela peãozada".
A greve da Ford, realizada a seguir, fez as fábricas sentarem à mesa, e um novo acordo foi consolidado. "Depois de 1978 tudo ficou mais fácil", resumiu Lula. Ele lembrou que, no ano seguinte, o objetivo era fazer uma greve geral e não parar uma fábrica de cada vez.
Na época, as empresas propuseram uma trégua. "Na assembleia, eu pedi um voto de confiança, que foi aprovado por unanimidade. No que eu virei as costas, me chamaram de traidor", lembrou Lula. "Em 1980, eu, pela graça de Deus, fui preso. Todo mundo foi preso. Essa prisão fez com que surgissem novos companheiros e a greve durou 41 dias."
Projetando o movimento sindical para os dias de hoje, Lula disse que "ficou muito mais amplo o leque" porque, além de politicamente mais preparado, o mundo do trabalho mudou devido ao número de trabalhadores ter reduzido no chão de fábrica e o campo de negociação agora incluir visita à matriz das montadoras na Europa e até idas ao Congresso Nacional.
Ao final, Lula amenizou a questão do PL sobre a terceirização, afirmando: "Acho que, tranquilamente, a companheira Dilma vai vetar".

Google assina acordo com jornais e organizações de media europeias Depois do serviço Google News ter terminado em Espanha, o 'gigante' dos motores de busca assina um acordo com oito editores de media europeus Ler mais: http://visao.sapo.pt/google-assina-acordo-com-jornais-e-organizacoes-de-media-europeias=f818041#ixzz3Yh6qslzm

Digital News Initiative é o projeto do Google que une oito jornais europeus e três organizações de jornalismo. Uma parceria que, segundo o site já em funcionamento, pretende aliar "jornalismo de alta qualidade" a tecnologia e inovação. El País, Les Echos, FAZ, The Financial Times, The Guardian, NRC Media, La Stampa e Die Zeit são os oito jornais fundadores da iniciativa, a que se aliam o Centro Europeu de Jornalismo, o Global Editors Network e a International News Media Association.
O 'apoio à inovação' é uma das três áreas de intervenção da Digital News Initiative, com a Google a assegurar a criação de um fundo de 150 milhões de euros que visam apoiar, nos próximos três anos, projectos que "demonstrem novas formas de pensar a prática do jornalismo digital". Qualquer entidade que aposte na inovação do trabalho das plataformas digitais pode candidatar-se, sendo que o projeto vai distinguir os trabalhos pela sua viabilidade e potencial de impacto.
Outros dos pilares do acordo corresponde ao 'desenvolvimento de produtos', com a criação de um grupo que vai trabalhar para aumentar a audiência - e, consequentemente, as receitas - do jornalismo digital. O grupo de trabalho conta com representações de "grandes e pequenos" editores de notícias que representem as novas prioridades do setor, e que trabalhem para 'inovar' a publicidade, as aplicações e o trabalho multimédia.
Destaque-se, ainda, o objetivo apresentado pela Digital News Initiative de investir em novos recursos para os jornalistas europeus, onde se sublinha a formação para profissionais e a criação de salas de redação - o que contempla pessoal especializado em tecnologias digitais que irá trabalhar com as redações. O programa prevê ainda o financiamento, por parte da Google, de estudos que revelem as tendências de consumo de notícias na Europa, assim como da investigação académica que se dedique ao jornalismo computacional.
A iniciativa surge depois de o Google ter encerrado o Google News (serviço que agrega conteúdos dos media) em Espanha, devido à nova Lei de Propriedade Intelectual, que obriga os agregadores de notícias a pagar uma taxa como "compensação equitativa". Aos conflitos entre a Google e vários países europeus relacionados com o Google News, junta-se ainda uma investigação por suposto abuso de posição dominante no mercado, sustentada pela Comissão Europeia.


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Teclado do computador deteta doenças neurológicas Um gesto tão simples e rápido como o de premir a tecla de um computador e depois outra, ganha uma nova dimensão quando passa a servir para detetar doenças neurodegenerativas, como o Parkinson. O objetivo final é fazer um diagnóstico precoce, antes que seja tarde demais. Ler mais: http://visao.sapo.pt/teclado-do-computador-deteta-doencas-neurologicas=f818013#ixzz3Yh6Vc1b7

Teclado do computador deteta doenças neurológicas
A forma como usamos o teclado de um computador é muito pessoal, diz algo sobre nós e, por isso, identifica-nos. A velocidade da digitação, a repetição de erros, a força que usamos para premir uma tecla, são padrões únicos. Uma mudança no padrão pode significar duas coisas: alguém pode estar a usurpar a nossa identidade ou revela que estamos doentes.  
Este é o recente estudo de um grupo de investigadores espanhóis que com a ajuda de um grupo de engenheiros de software e telecomunicações criaram uma série de algoritmos para modelar matematicamente o pulso, por forma a "detetar uma deterioração das habilidades psicomotoras como determinantes de doenças como o Parkinson", explica o neurologista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) Álvaro Sánchez ao jornal El País.  
Por exemplo, premir uma tecla demora apenas 100 milissegundos mas há aqui muita informação que pode ser dividida em 3 fases: o impacto do dedo ao digitar, a pressão da ponta do dedo e por fim, o soltar da tecla. Apesar de ser um gesto bastante curto cada pressão deste tipo activa o córtex motor primário, área motora suplementar, gânglios da base e cerebelo. 
Teclado neuroQwerty 
E o resultado é o programa neuroQWERTY. Para testar a sua validade os investigadores optaram por utilizar o programa com um grupo de pessoas saudáveis, que tiveram de escrever um parágrafo durante o dia e, em seguida, para induzir um estado de deterioração das suas capacidades obrigaram-nos a levantar a meio da noite para voltar a escrever. O estudo contou com a participação de 14 pessoas de diferentes países e língua materna. Foi repetido alguns dias depois e provou-se que depois de um estado de inércia do sono, 15 por cento dos voluntários ficavam mais "desajeitados a digitar".   
No caso do Parkinson os investigadores optaram por trabalhar com um grupo de 15 familiares e os "primeiros resultados também revelaram o mesmo padrão de perda", disse o neurologista Sánchez.  
O objetivo final é fazer um diagnóstico precoce, antes que seja tarde demais. Posteriormente pensam conseguir alargar este teclado neuroQWERTY, à doença de Alzheimer e à artrite reumatóide.  


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Tsipras ameaça convocar referendo se não houver acordo com Eurogrupo

Pode ter mudado a equipe negociadora, mas não a política do Governo grego perante seus parceiros do Eurogrupo (instância que reúne ministros de Finanças e outras autoridades da zona do euro) e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Assim se depreende da entrevista concedida na noite de segunda-feira pelo primeiro-ministro Alexis Tsipras ao canal privado de televisão Star, na qual descartou a ideia de convocação de eleições antecipadas se não obtiver um acordo com os credores, mas apontou a possibilidade de realizar um referendo “para que seja o povo que se pronuncie” a respeito. Embora pudesse ganhar com sobra, com maioria absoluta, segundo quase todas as pesquisas, Tsipras afirmou: “Qual o sentido de convocar eleições? Somos um governo eleito há três meses”.
O chefe do Governo e líder da coalizão Syriza reiterou sua confiança em chegar a um acordo com as instituições antes conhecidas como troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI) antes da próxima reunião do Eurogrupo, em 11 de maio, uma possibilidade que também foi citada por seu vice-presidente, Yanis Dragasakis. O pacto é condição sine qua non para o desembolso da última parcela do resgate, 7,2 bilhões de euros (22,8 bilhões de reais), que injetariam liquidez nos minguados cofres gregos, especialmente pelo fato de que em maio o Estado terá de pagar uma nova parcela ao FMI.

A entrevista, que durou quase três horas e contou com a participação dos espectadores, deixou claro que Yanis Varoufakis “continua sendo um grande ativo do Governo grego”, apesar de sua aparente marginalização da equipe negociadora, de cuja chefia foi substituído pelo catedrático de economia Efclidis Tsakalotos, até agora o número 2 da pasta de Relações Exteriores e com amplo respaldo do Syriza, incluindo sua ala esquerda. Como fizera algumas horas antes, Tsipras não deu importância à reorganização e, sobretudo, apoiou Varoufakis diante das graves críticas dos parceiros europeus, afirmando que, se os incomodou, é porque “fala seu idioma melhor que eles”, se bem que – reconheceu – defenda com muita firmeza suas opiniões.Mas, se o acordo entra em contradição com o mandatorecebido nas urnas em 25 de janeiro, Tsipras afirmou que consultaria o povo mediante um referendo. A ideia de um referendo é um anátema em Bruxelas, e vale recordar que a proposta de uma consulta popular sobre a conveniência do segundo resgate custou o posto ao então primeiro-ministro grego, o socialista Yorgos Papandreu, no segundo semestre de 2011. “Não tenho direito de decidir pelo povo grego se as negociações chegarem a um ponto em que não correspondam ao mandato” saído das urnas, ressaltou Tsipras.
Tsipras não entrou em detalhes sobre as negociações em andamento, mas explicitou a existência de claras diferenças em relação a assuntos-chave para a Grécia, como a recuperação dos acordos coletivos, a elevação do salário mínimo até 751 euros ou o aumento do IVA nas ilhas – todas elas, linhas vermelhas para o Executivo do Syriza. Sobre os processos de privatização em curso, o chefe do Governo afirmou que serão estudados um a um, mas se mostrou aberto a seguir adiante com a parte do porto de Pireu e os 14 aeroportos regionais, em uma clara concessão às exigências do grupo de Bruxelas – a denominação atual, e técnica, da antiga troika.

Cielo tem lucro de R$911,8 mi no 1º trimestre

SÃO PAULO (Reuters) - A Cielo, maior empresa de meios eletrônicos de pagamento do país, anunciou nesta quarta-feira que teve lucro líquido de 911,8 milhões de reais no primeiro trimestre, alta de 13,6 por cento ante igual período do ano passado.
Entre janeiro e março, o resultado operacional da Cielo medido pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) foi de 1,187 bilhão de reais, avanço de 18,5 por cento na comparação anual.
(Por Aluisio Alves)

Novo plano de negócios é o principal desafio para a Petrobras, diz Bendine

O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, disse nesta terça-feira (28) que deve concluir em 40 dias o novo plano de negócios da estatal. Segundo ele, este é o maior desafio que a empresa tem pela frente. Além disso, o presidente da Petrobras destacou que está em curso uma completa reorganização administrativa da empresa.
“Pretendemos trabalhar muito forte no ponto de vista da governança corporativa da empresa, na mitigação de riscos, para que possamos ter processos decisórios dentro da empresa com muito maior segurança e sem perderagilidade”, avaliou Aldemir Bendine durante audiência conjunta das comissões de Serviços de Infraestrutura (CI) e de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
O presidente da petrolífera destacou que depois que assumiu o comando da estatal, em fevereiro deste ano, venceu dois desafios como a apresentação de um balanço crível da companhia relativo a 2014 e a financiabilidade da estatal para este ano.
A participação de Bendine na audiência pública ocorre uma semana após a divulgação do balanço auditado de 2014 que detectou prejuízos de R$ 21,6 bilhões, sendo mais de R$ 6 bilhões somente com a corrupção. Com dívida líquida de R$ 282 bilhões, a Petrobras precisaria operar por cinco anos para quitar todos os seus débitos, de acordo com o balanço. O prazo está acima do ideal para a direção da empresa, que busca baixar para 2,5 anos.
“Esse balanço, naturalmente, é fruto, produto e resultado, nos últimos anos, da coordenação do atual governo na Petrobras. Essa companhia esteve subordinada aos piores padrões de administração e gestão e aos instintos mais selvagens de dilapidação do patrimônio público brasileiro que foi construído ao longo de muitas décadas, inclusive com esforço dos muitos profissionais da Petrobras”, disse o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

Nepalês resgatado depois de mais de 80 horas debaixo de escombros Um jovem nepalês foi resgatado depois de permanecer 82 horas preso debaixo dos escombros de um edifício em Katmandu, destruído pelo sismo de magnitude 7,8 que atingiu o Nepal no sábado Ler mais: http://visao.sapo.pt/nepales-resgatado-depois-de-mais-de-80-horas-debaixo-de-escombros=f818135#ixzz3Yh4lYaEA

Nepalês resgatado depois de mais de 80 horas debaixo de escombros
Reuters
Rishi Khanal, de 28 anos, foi resgatado por uma equipa francesa e pela polícia nepalesa, que trabalharam durante 10 horas para libertar o jovem, que não conseguia sair dos escombros já que uma viga o matinha preso por uma perna, informou hoje o diário local Nepali Times.
"Começámos a escavar um buraco no cimento, seguindo as instruções da equipa francesa e depois cortámos a viga que mantinha a sua perna presa", disse ao jornal o agente policial Narayan Thapa.
Outra pessoa foi encontrada viva entre os escombros do mesmo edifício, mas quando as equipas de resgate chegaram, esta já tinha falecido, de acordo com o jornal.
Os dados oficiais apontam para um número de mortos superior a 5.000, além de 11.000 feridos e de 450.000 deslocados.
Os trabalhos de resgate enfrentam obstáculos devido ao mau tempo e às carências do país que dificultam a resposta a um desastre desta magnitude. 


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