quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Odebrecht Encaminha Para Moro Mais De 40 Mil E-Mails Como Provas Contra Lula








Calma, a notícia é boa, mas essa é a terceira remessa de e-mails do computador pessoal que Marcelo Odebrecht encaminha para a Justiça. Mesmo assim a situação do ex-presidente e futuro presidiário só fica mais complicada.
O empresário Marcelo Odebrecht anexou a um processo da Operação Lava Jato que tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre os réus novos e-mails com referências a valores supostamente pagos pela Odebrecht ao petista. A defesa de Marcelo alega que ele só pôde reunir o material depois que progrediu ao regime semiaberto e teve acesso a dados de seu computador pessoal. O conteúdo comprovaria o relatos do empresário em sua delação premiada.
Incluídos no processo referente ao sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), os e-mails tratam de obras na propriedade rural, da compra de um prédio ao Instituto Lula, em São Paulo, que baseia outro processo da Lava Jato, além de pagamentos destinados a Lula por meio da “conta corrente de propinas” mantida entre a Odebrecht e o ex-ministro Antonio Palocci, identificado como “Italiano” nas planilhas da empreiteira.
Os e-mails foram entregues nesta quarta-feira (27), são 43 e-mails trocados entre 2008 e 2013 ao responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, o juiz Sérgio Moro.
Por meio de nota, o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula, afirma que “os supostos e-mails juntados hoje pelo Marcelo Odebrecht em nada abalam o fato de que o ex-presidente jamais solicitou ou recebeu da Odebrecht ou de qualquer outra empresa algum benefício ou favorecimento. A defesa pedirá que seja analisada a autenticidade e veracidade de todo material apresentado. Os e-mails não apenas contradizem o depoimento de Marcelo Odebrecht na delação premiada bem como em seu depoimento pessoal em outra ação”. 

Moro Determina Sequestro Do Apartamento De Luxo Do Ex-Diretor Do DER







O juiz federal Sérgio Moro determinou o sequestro do apartamento de luxo do então diretor do Departamento de Estradas e Rodagem do Paraná (DER-PR), Nelson Leal, que foi preso temporariamente na manhã da última quinta-feira (22), na 48ª fase da Operação Lava Jato.
O imóvel fica no Condomínio Don Alfonso, em Balneário Camboriú, litoral de Santa Catarina. O imóvel foi comprado por R$ 2.580.000,00 e não foi declarado no Imposto de Renda do investigado.

Segundo o Ministério Público Federal, Nelson Leal participou do esquema que desviou menos R$ 65 milhões de contratos ligados à concessionária Econorte, responsável por trechos de cinco rodovias no Paraná. O dinheiro teria sido pago em troca da autorização de reajustes abusivos na tarifa de pedágio. O MPF aponta que o apartamento é parte da propina recebida por Nelson.
O imóvel foi avaliado em mais de R$ 4 milhões.  “O bem foi avaliado em R$ 4.730.000,00 (quatro milhões, setecentos e trinta mil reais). O valor da avaliação considerou a matrícula e a média de preços de outros apartamentos à venda no mesmo condomínio”, afirma o oficial de Justiça, Cesar Augusto, responsável pelo sequestro.

Ibama multa mineradora em R$ 20 milhões e embarga instalações no Pará





Ibama realizou vistoria em conjunto com o Instituto Evandro Chagas, que fez laudo apontando vazamento de rejeitos em Barcarena. Hydro Alunorte reafirma que não houve vazamento.



Por G1 PA, Belém
 


vazamento na mineradora Hydro contaminou com rejeitos comunidades de Baracarena. Um duto clandestino despejada efluenets diretamente no meio ambiente (Foto: Reprodução/TV Liberal)
vazamento na mineradora Hydro contaminou com rejeitos comunidades de Baracarena. Um duto clandestino despejada efluenets diretamente no meio ambiente (Foto: Reprodução/TV Liberal)

O Ibama multou em R$ 20 milhões a mineradora Hydro Alunorte e embargou nesta quarta-feira (28) o Depósito de Rejeitos Sólidos n° 2 (DRS-2) e a tubulação de drenagem de efluentes da empresa em Barcarena, no nordeste do Pará.
Foram aplicadas duas multas contra a mineradora: uma de R$ 10 milhões por realizar atividade potencialmente poluidora sem licença válida da autoridade ambiental competente e R$ 10 milhões por operar tubulação de drenagem também sem licença.
Também hoje, o Tribunal de Justiça do Pará (TJ-PA) proibiu o funcionamento de uma das bacias da mineradora, determinou a redução em 50% da produção da empresa e estipulou multa de R$ 1 milhão por dia caso a Hydro Alunorte desrespeite a decisão.
“A conduta da empresa demonstra total desrespeito com a população de Barcarena e gera contaminação às pessoas e riscos a curto, médio e longo prazo à saúde”, destaca o desembargador Iran Ferreira Sampaio na decisão. Sampaio também ressaltou o risco iminente de novos vazamentos na região, já afetada após as chuvas de 16 e 17 de fevereiro.
Justiça proíbe funcionamento de uma das bacias de mineradora no Pará


A decisão do TJ-PA também proíbe o funcionamento da bacia DSR-2, que possui apenas licenciamento para teste, mas já estava em pleno funcionamento, de forma irregular. “Será proibido o uso enquanto não obtidos, cumulativamente, a Licença de Operação e demonstrada a sua capacidade operacional eficiente e a segurança de sua estrutura”.


Procurada, a Hydro Alunorte informou que analisa as decisões da Justiça paraense e do Ibama e que dará um posicionamento o mais breve possível.
Mais cedo, a mineradora reafirmou que não houve vazamento, apesar de laudo divulgado na quinta-feira (22) pelo Instituto Evandro Chagas (IEC) constatar o vazamento e a presença de soda cáustica, bauxita e chumbo em comunidades de Barcarena. A vistoria também flagrou um duto clandestino que era usado pela mineradora para despejar os rejeitos diretamente no meio ambiente.
Silvio Porto, executivo da mineradora, afirmou que não houve vazamento das bacias que acumulam os rejeitos da bauxita, mas sim "um pequeno fluxo de água da chuva" que saiu da empresa por uma tubulação que estava em desuso e que o material não tem potencial de contaminação.

Vistoria do Ibama

Equipes do Ibama, que é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, realizaram vistoria no local na terça (27) e nesta quarta (28) em conjunto com pesquisadores do Instituto Evandro Chagas, que é ligado ao Ministério da Saúde.
Nota Técnica do Instituto Evandro Chagas produzida após "indícios de transbordamentos e lançamentos de efluentes não tratados" na região aponta que "os resultados físico-químicos e níveis de metais pesados mostraram que ocorreram alterações nas águas superficiais que comprometeram sua qualidade" e "impactaram diretamente na comunidade Bom Futuro".
Segundo o documento, "as águas apresentaram níveis elevados de alumínio e outras variáveis associadas aos efluentes gerados pela Hydro Alunorte".


Laudo confirma vazamento em Barcarena (Foto: Editoria de Arte/G1)
Laudo confirma vazamento em Barcarena (Foto: Editoria de Arte/G1)

Boa notícia: Câmara aprova regulamentação de aplicativos como Uber




Postado em 





A Câmara dos Deputados acaba de aprovar o projeto que regulamenta o transporte de passageiros por aplicativos, como Uber e Cabify. O texto segue para a sanção presidencial. O projeto já havia sido aprovado pela Câmara no ano passado, mas retornou para análise dos deputados porque o Senado, ao analisar o texto, modificou alguns trechos.
Na sessão desta quarta, os deputados derrubaram a decisão do Senado que retirou a previsão de municípios e o Distrito Federal terem a competência de regulamentar esse tipo de serviço. Com isso, prefeituras e o DF terão o direito de regulamentar e fiscalizar os aplicativos.
Por outro lado, a Câmara manteve uma alteração feita no Senado que, na prática, desobriga o motorista a ter autorização específica do poder público para que possa atuar nos aplicativos.

Os deputados mantiveram também a decisão dos senadores de deixar fora do texto a exigência prevista inicialmente de uso de placa vermelha pelos carros desses serviços.
No Senado, também com concordância da Câmara, foi incluído ainda um ponto que prevê que os motoristas dos aplicativos devem apresentar certidão negativa de antecedentes criminais.

Pela regulamentação aprovada que caberá a municípios e ao Distrito Federal, alguns critérios deverão ser seguidos:
Cobrança dos tributos municipais devidos;
Exigência de contratação de seguro de acidentes pessoais a passageiros e do seguro obrigatório, o DPVAT;
Exigência de que o motorista esteja inscrito como contribuinte individual no INSS.
O motorista também deverá cumprir algumas condições, entre as quais:

Ser portador de Carteira Nacional de Habilitação na categoria B ou superior que tenha a informação de que ele exerce atividade remunerada;
Conduzir veículo que atenda a requisitos, como idade máxima e que tenha as características exigidas pelas autoridades de trânsito;
Emitir e manter o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) no município da prestação do serviço;
De acordo com o texto analisado na Câmara, quem não cumprir as exigências pode ser enquadrado nas sanções por transporte ilegal de passageiros.

Projeto da nova Lei de Migração segue para sanção presidencial




   
Rodrigo Baptista e Isabela Vilar | 18/04/2017, 20h09 - ATUALIZADO EM 19/04/2017, 09h56



O Senado aprovou nesta terça-feira (18) o projeto da nova Lei de Migração, que define os direitos e os deveres do migrante e do visitante no Brasil; regula a entrada e a permanência de estrangeiros; e estabelece normas de proteção ao brasileiro no exterior. O texto analisado pelos senadores foi um substitutivo (texto alternativo) apresentado pela Câmara dos Deputados ao projeto original do Senado (SCD 7/2016 ao PLS 288/2013). O projeto agora depende da sanção presidencial para virar lei
A proposição estabelece, entre outros pontos, punição para o traficante de pessoas, ao tipificar como crime a ação de quem promove a entrada ilegal de estrangeiros em território nacional ou de brasileiro em país estrangeiro. A pena prevista é de reclusão de dois a cinco anos, além de multa.
O texto também concede anistia na forma de residência permanente a alguns imigrantes. A regra é válida para imigrantes que entraram no Brasil até 6 de julho de 2016 e que fizerem o pedido até um ano após o início de vigência da lei, independente da situação migratória anterior.

Moradia

De acordo com o projeto, a moradia no Brasil é autorizada para os casos previstos de visto temporário e também para o aprovado em concurso; para beneficiário de refúgio, de asilo ou de proteção ao apátrida (sem pátria); para quem tiver sido vítima de tráfico de pessoas, de trabalho escravo ou de violação de direito agravada por sua condição migratória; a quem já tiver possuído a nacionalidade brasileira e não desejar ou não reunir os requisitos para readquiri-la. Todos terão que ser identificados por dados biográficos e biométricos.
O texto traz ainda exceções para os casos de repatriação, como pessoa em situação de refúgio ou apátrida e menores de 18 anos desacompanhados ou separados de suas famílias, além de repatriação para nação ou região que possa apresentar risco à vida, segurança ou integridade.
A residência poderá ser negada se a pessoa interessada tiver sido expulsa do Brasil anteriormente, se tiver praticado ato de terrorismo ou estiver respondendo a crime passível de extradição, entre outros.

Histórico

A nova Lei de Migração foi proposta no Projeto de Lei do Senado (PLS 288/2013), do senador licenciado Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), para substituir o Estatuto do Estrangeiro (Lei 6815/1980) adotado durante o regime militar. O texto já havia sido aprovado em 2015 no Senado e remetido à Câmara dos Deputados. Em dezembro de 2016, retornou para a análise do Senado.
Para o relator do texto, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), a antiga lei era defasada e enxergava o migrante como uma ameaça, alguém que somente seria aceito na sociedade se trouxesse vantagens econômicas, sem receber contrapartida pela contribuição ao desenvolvimento do Brasil.
Para Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o texto votado é moderno e mais adequado ao Brasil da atualidade.
— O que regia as regras de imigração no Brasil até então era o Estatuto do Estrangeiro, de 1980, uma legislação defasada, incompatível com a Constituição de 1998, e herdada da ditadura — criticou.

Polêmica

Durante a discussão em plenário, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) criticou o trecho do texto que garante aos povos indígenas e populações tradicionais o direito à livre circulação em terras tradicionalmente ocupadas, independentemente das fronteiras criadas depois. Para Caiado, isso significa "escancarar as fronteiras" do Brasil e pode facilitar o tráfico de drogas, especialmente da Venezuela, da Colômbia e do Paraguai.
— Então, seria melhor se se dissesse: "Olha, a partir de hoje toda a polícia de fronteira está impedida de identificar quem quer que seja no Brasil". Porque o cidadão diz: "Eu sou indígena." Qual é a avaliação de se dizer se ele é indígena ou não? "Não, mas eu sou de uma população tradicional." Como é que o policial vai dizer se ele é ou não de uma população tradicional? — questionou.
Tasso afirmou que os direitos originários desses povos são garantidos pela Constituição e que o objetivo do artigo é garantir a circulação a povos que desconhecem as marcas de fronteira fixadas pelo homem branco. Esses povos, explicou, não podem sofrer constrangimento ao se mover para caçar ou pescar, por exemplo.
— O que o dispositivo quer garantir é que esse indígena autêntico não seja constrangido nem ameaçado por eventualmente ter transposto uma fronteira marcada pelo homem branco dentro de uma região que há séculos seus antepassados já habitam. Daí a imaginar que hordas de narcotraficantes, terroristas e guerrilheiros, travestidos de indígenas, possam se valer desse mero dispositivo para invadir o país, como se tem divulgado em certas redes sociais, há uma distância abissal — esclareceu.

Alterações

Entre as alterações feitas pelo relator no texto da Câmara dos Deputados, está a retirada de um inciso que inclui a proteção ao mercado de trabalho nacional.  Para o senador, “essa diretriz é dúbia”, pois o mercado de trabalho não deve ser fechado e a migração é um fator de seu desenvolvimento.
Também foram mantidas partes do texto original que tratam da expulsão do migrante e que foram retiradas no substitutivo da Câmara. Dessa forma, caberá à autoridade competente resolver sobre a expulsão, sua duração ou suspensão, e sobre a revogação de seus efeitos.
Tasso Jereissati também decidiu manter o texto original do projeto, que proibia a deportação, repatriação ou expulsão de qualquer indivíduo para as fronteiras dos territórios em que a sua vida ou sua integridade pessoal fosse ameaçada. Na Câmara, esse trecho havia sido acrescido de uma proteção para pessoas que tivessem a liberdade ameaçada em virtude de raça, religião, nacionalidade e grupo social a que pertencem, que foi retirada pelo relator.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Premio De Consolação. Temer Decidiu Mandar Fernando Segovia, Recém-Demitido Da Polícia Federal, Para Um Posto Diplomático Em Roma




O ex-diretor-geral da PF (Polícia Federal) Fernando Segovia será enviado em julho ou agosto para a adidância da corporação em Roma. A transferência foi anunciada por Michel Temer nesta 4ª feira (28.fev.2018).
Rogério Galloro, que ocupará o posto de Segovia, será empossado na 6ª feira (2.mar.2018). A publicação no Diário Oficial deve sair nesta 5ª (1.mar). Outra medida de praxe na substituição, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, apresentou Galloro a Temer nesta tarde.
Ainda sobre a nomeação de Galloro, Jungmann aproveitou coletiva de imprensa na qual anunciou as medidas que tomará no Ministério da Segurança Pública, para lembrar como se tornaram próximos. Ele, Galloro, o general Etchegoyen e o ministro Alexandre de Morais trabalharam juntos durante as Olimpíadas. “Surgiu admiração, proximidade. E eu preciso disso. Eu preciso disso”, repetiu.
Depois, alfinetou Segovia. “Competência, confiança e lealdade. Os que estão comigo têm isso”, disse Jungmann. E contemporizou: não irá julgar o ex-diretor porque “quer olhar adiante”.

NOMEAÇÕES NEGOCIADAS

Jungmann sinalizou que nomeações de diretores e superintendentes da PF deverão ter seu aval. Galloro terá que negociar os nomes que pretende indicar.
Atualmente, nomeações são decididas pelo diretor da PF, sem necessidade de validação. Toda a cúpula nomeada por Segovia também deve ser dispensada. São ao menos 6 diretores.
Nas superintendências regionais, ainda não deve haver alterações. Nestes 3 meses, Segovia havia promovido a troca de 17 superintendentes, em lugares como Rio de Janeiro, Santa Catarina, Goiás e Santos (onde corre inquérito que investiga Temer). A intenção é manter os indicados.
Galloro tem perfil mais parecido com o ex-diretor-geral Leandro Daiello: mais discreto e ponderado. As nomeações devem seguir a mesma linha.
Associações ligadas à PF criticaram a instabilidade das funções e sugeriram a instituição de mandatos com tempo definido, como ocorre na PGR (Procuradoria Geral da República). Para elas, as mudanças rotineiras prejudicam o trabalho da Polícia.