domingo, 31 de julho de 2016

Brasil segue como país mais endividado da América Latina, diz Cepal

A relação entre a dívida bruta e o Produto Interno Bruto (PIB), uma das principais medidas de solvência, do Brasil é quase o dobro da média da região, que está em 35,9%




ECONOMIA DÍVIDAHÁ 26 MINSPOR



O Brasil segue como o país mais endividado da América Latina, de acordo com estudo divulgado nesta semana pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal). A relação entre a dívida bruta e o Produto Interno Bruto (PIB), uma das principais medidas de solvência, do Brasil é quase o dobro da média da região, que está em 35,9%, deixando a economia brasileira no primeiro lugar no ranking com 20 mercados.


A América Latina tem apresentado uma tendência de aumento da dívida dos governos, disse a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, em uma entrevista à imprensa para comentar o novo relatório. Mas o aumento dos passivos ainda está em um nível "racional", segundo ela, e há diferença importante entre os diversos países no nível dos passivos. O Chile, por exemplo, tinha a relação dívida/PIB em 17,5% em 2015, um dos menos endividados da região, enquanto o Brasil, na ponta oposta, tinha o indicador em 66,5%, seguido pela Argentina (53,3%) e Uruguai (46%). Paraguai (16,6%) e Peru (19.5%) também estão entre os menos endividados.
"Os países que se endividaram mais na região foram Brasil e Argentina", disse a secretária-executiva, destacando o período desde 2014. No caso brasileiro, a situação continuou mostrando piora na primeira metade de 2016. A Cepal ressalta no relatório divulgado que desde maio o governo do presidente em exercício Michel Temer tem se empenhado em anunciar medidas para corrigir a piora da situação fiscal do país e reconquistar a confiança dos investidores. O relatório destaca a intenção da equipe econômica de fixar um teto para o crescimento do gasto público por meio de uma emenda constitucional.
A Cepal ressalta que os indicadores fiscais brasileiros tiveram piora em 2015 por conta da forte recessão no país, com a economia encolhendo 3,8%. "Enquanto a arrecadação caiu por causa da recessão, os gastos do governo continuaram aumentando", ressalta o documento. Além disso, o cenário político turbulento, com a perda de apoio do governo no Congresso, ajudou a agravar o quadro econômico no país.
O estudo da Cepal separa a análise da dívida pública em dois grupo, de um lado a América Latina, onde o Brasil é o primeiro lugar. Do outro, só os países do Caribe, que têm medida de endividamento maior que o resto da região, em 72%. A Jamaica é o país com a maior dívida/PIB do bloco, com 127%, seguida por Barbados, com 107%.

JUDICIÁRIO Indústria lidera ações trabalhistas, e aviso prévio é tema mais comum

por Vitor Nuzzi, da RBA publicado 30/07/2016 15:29

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São Paulo – A indústria é o setor que concentra a maior quantidade de processos trabalhistas, segundo relatório divulgado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Considerando todas as instâncias, a indústria liderou o ranking de atividades econômicas mais recorrentes em 2015, com 738.705 novos casos. Em seguida, bem atrás, vêm serviços diversos (496.333) e comércio (358.555). O tema mais comum das ações é o pagamento de aviso prévio, com 948.861 processos no ano passado.
Temas relativos a horas extras somam 1,7 milhões de casos. O adicional (624.315) e a hora extra em si (609.379) são o quinto e sexto assuntos mais recorrentes e os reflexos de horas extras ficam em sétimo, com 514.126.
A Justiça do Trabalho recebeu quase 4 milhões de processos em 2015. Foram 3.792.242, crescimento de 3,4% em relação ao ano anterior – 2.659.007 na primeira instância (Varas), 841.781 na segunda (tribunais regionais) e 291.454 na última (TST).
O tal de processos julgados chegou a 3.631.860. O resíduo de ações trabalhistas, ao final de 2015, era de 2.101.611.
De 1941, quando começou a funcionar, até o ano passado, a Justiça do Trabalho recebeu 84.509.217 processos. E julgou 80.863.665. Apenas no TST, foram pouco mais de 4,1 milhões, com 3,9 milhões julgados.
Entre as modalidades de processos na última instância, a mais comum refere-se ao chamado agravo de instrumento em recurso de revista, um tipo de recurso. Representou 76,1% dos casos em 2014 e 80,7% em 2015.
Também no TST a indústria liderou o ranking de casos novos, com 23,7% dos casos no ano passado. Depois vieram a administração pública (14,1%) e o sistema financeiro (11,8%). A lista dos chamados litigantes no tribunal tem a União à frente, com 15.739 processos. É seguida por dois bancos públicos, a Caixa Econômica Federal (11.883) e o Banco do Brasil (10.890). O setor privado aparece na sexta posição, com o Itaú (10.833). Dos 20 principais, cinco são bancos. Embora o setor industrial lidere, só há duas empresas dessa atividade econômica (Vale e Volkswagen).
Nos tribunais regionais (TRTs), a indústria responde por 19,8% das ações. O segmento de serviços diversos concentra 11% e o comércio, 9%. Na primeira instância, esses mesmos setores lideram, com 24,6%, 18,8% e 11,3% do total, respectivamente.
O Judiciário trabalhista tem 24 TRTs e 1.587 Varas (em 624 municípios). Abrange 3.955 cargos de magistrado e 43.288 de servidor.

MTST anuncia que fará protesto no Rio na abertura da Olimpíada



Coordenador Nacional do movimento chamou ministro da Justiça de "terrorista" e "sem vergonha"


BRASIL MANIFESTAÇÕESHÁ 15 MINSPOR

Do alto do carro de som, durante o ato "Fora Temer" que acontece neste domingo, 31, no Largo da Batata, em São Paulo, o coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, anunciou a realização de uma manifestação no próximo dia 5, no Rio de Janeiro, durante a abertura da Olimpíada.


Em seu discurso, Boulos provocou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, chamando-o de "terrorista" e "sem vergonha". "Este cidadão que assumiu de forma espúria e ilegítima o Ministério da Justiça disse que quem fizer manifestação durante a Olimpíada vai ser tratado como terrorista. Escute, senhor Alexandre de Moraes: terrorista é você. É um ministro sem vergonha", disse.
Boulos ressaltou que é direito constitucional organizar protestos. "Estaremos lá no Rio de Janeiro para jogar chope na festa deles e para denunciar para o mundo todo o que está se passando neste País", afirmou. Com informações do Estadão Conteúdo.

Metrópoles vence prêmio CNI de Jornalismo na categoria Centro-Oeste

O portal venceu a disputa com a reportagem “O despertar do Centro-Oeste para a revolução industrial”, sobre o desenvolvimento econômico da região


Olívia Meireles/Metrópoles


O portal Metrópoles venceu o prêmio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) de Jornalismo 2016, nesta sexta-feira (29/7), na categoria Destaque Regional Centro-Oeste, com a reportagem “O despertar do Centro-Oeste para a revolução industrial”, que debate o desenvolvimento econômico da região. “O jornalismo de qualidade é essencial para destacar o papel da indústria no desenvolvimento do país”, disse o diretor de Comunicação da CNI, Carlos Barreiros.
O reconhecimento de uma instituição do porte da CNI é um sinal inspirador para toda a equipe do Metrópoles de que estamos no caminho certo. Apegados ao estilo conservador de apuração, mas inovando no formato de se contar histórias"
Lilian Tahan, diretora de redação do Metrópoles
A proposta do especial foi mostrar que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, o Centro-Oeste vai muito além do agronegócio. Fábricas quebram paradigmas, transformam municípios e, com inovação e tecnologia, mostram que do centro do país pode sair muito mais do que grãos e carne. Há ótimas iniciativas industriais na região, e a produção aqui já é conhecida em todo o Brasil e em outros países.
A reportagem uniu a produção de infográficos com texto, como forma de traduzir dados chatos e enfadonhos para os leitores de todas as plataformas (desktop e móvel). “Foi um trabalho de equipe, da arte, fotografia, vídeo e edição. É importante destacar que o Centro-Oeste também tem uma força industrial”, disse a jornalista Kelly Almeida ao receber o prêmio.
ReproduçãoREPRODUÇÃO
Os jornalistas premiados com a reportagem “O despertar do Centro-Oeste para a revolução industrial” foram: Lilian Tahan, Priscilla Borges, Fernando Braga, Kelly Almeida, Cícero Lopes, Gabriel Ramos, Gabriel Pereira, Michael Melo, Léo Arruda; e os desenvolvedores Felipe Marques e Saulo Marques.
As matérias foram escolhidas após um mês de análise. O Prêmio CNI de Jornalismo 2016 distribuiu este ano R$ 310 mil em valores brutos. Foram premiadas com R$ 25 mil as melhores reportagens de TV, rádio, revista, jornal e internet (sites e blogs).
Os ganhadores nas categorias regionais (Sul, Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste) receberam R$ 15 mil cada um. Há também dois prêmios especiais, em que os vencedores receberam R$ 30 mil: Educação e Inovação. Por último, o Grande Prêmio José Alencar de Jornalismo e mais R$ 50 mil, que foram entregues ao melhor entre todos os trabalhos inscritos.

Projeto a ser votado na Câmara promove demissão em massa no Judiciário

Proposta sobre renegociação de dívidas estaduais embute cortes que afeta tribunais e Defensoria Pública


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. REUTERS


Uma proposta legislativa que deve implicar na limitação de investigações de casos de corrupção e na drástica diminuição da prestação de serviços de advocacia pública para pessoas pobres deve começar a ser votada nesta segunda-feira (01/08) pela Câmara dos Deputados, na volta do recesso parlamentar. O projeto de lei complementar (PLP) 257/2016, que trata da renegociação das dívidas dos Estados, embute uma série de alterações orçamentárias que poderão resultar na demissão em massa de promotores de Justiça e de defensores públicos. Além disso, com restrições nos orçamentos do Judiciário, é possível que dezenas de comarcas judiciais espalhadas pelo interior do Brasil sejam fechadas. As modificações legais foram propostas em março pelo Governo Dilma Rousseff (PT) e encampadas pela gestão interina de Michel Temer (PMDB). Elas fazem parte do pacote de ajuste fiscal.


O diagnóstico do preocupante cenário para o sistema judicial foi feito ao EL PAÍS por sete especialistas e dirigentes de entidades de classe do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública. No meio judicial a proposta é conhecida como “o projeto do juízo final”. “A situação é tão caótica que alguns dos Ministério Públicos Estaduais terão de demitir todos os seus servidores e mais de 30% de seus promotores”, afirmou a presidenta da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP), Norma Angélica Cavalcanti.
No caso das Promotorias e dos Tribunais de Justiça a razão para a onda de demissões e de possível fechamento de comarcas é puramente técnica. Pelas regras atuais, os MPs podem gastar até 2% da receita corrente líquida dos Estados com o pagamento de pessoal. Nos TJs, esse limite é de 6%. O PLP 257/2016 modifica a Lei de Responsabilidade Fiscal e transfere para a rubrica “despesas com pessoal” algumas contas que antes não estavam previstas, como valores das gratificações, gastos com funcionários terceirizados, salários de estagiários e pagamentos de pensões e aposentadorias. Dessa forma, ao menos 15 MPs e 23 TJs deixariam de cumprir o limite previsto na legislação atual. Todos teriam um prazo de até dez anos para se adequar. Porém, já calculam que uma série de cortes ocorreria imediatamente.
O caso das Defensorias Públicas é diferente dos outros dois órgãos porque, atualmente, não há nenhuma limitação para gastos com pessoal. A proposta definiria esse teto em 0,7% da receita corrente líquida de cada Estado. Ocorre que 16 das 27 unidades da federação já extrapolam esse patamar, que é considerado baixo. Caso o projeto seja aprovado, todas elas também teriam de demitir parte de seus quadros. Dois Estados simbolizam bem esse problema: Mato Grosso do Sul (que gasta 1,8%) e Tocantins (1,2%). O primeiro estima que apenas 35 dos 173 defensores públicos continuariam em suas funções. O segundo, prevê o fechamento de 39 dos 42 núcleos espalhados pelo interior tocantinense. “Hoje, 69% das comarcas do país não têm defensores. Se o projeto for aprovado, alguns Estados ficarão com 10 ou 15 defensores para atender toda a população pobre. Estamos diante de um retrocesso incomensurável”, afirma o presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP), Joaquim Neto.

Processos mais demorados

Um levantamento prévio realizado pelo Conselho dos Tribunais de Justiça (CTJ) constatou que Estados como São Paulo e Minas Gerais (dois dos maiores do país), por exemplo, extrapolariam o novo limite em até 4,5 pontos percentuais. Hoje gastam em torno de 5% da receita líquida do Estado com pessoal, pelos cálculos poderiam a chegar entre 7,5% e 9,5%. “Nem se demitíssemos todos os comissionados conseguiríamos chegar no limite pretendido pelo projeto. Sem poder ter servidor, sem poder nomear novos juízes, várias comarcas seriam fechadas e o processo judicial, que já é moroso no Brasil, ficaria mais moroso ainda”, avaliou o desembargador Pedro Bitencourt, presidente do CTJ.
Promotor de justiça e doutorando na área de ciências jurídico-políticas, Luiz Antônio Freitas de Almeida avalia que a medida é um retrocesso institucional que reduzirá os quadros funcionais a montantes semelhantes ao dos anos 1980, justamente em um período em que novas medidas anticorrupção são mais esperadas pela população. “Num momento em que todos foram e vão às ruas com o espírito de combater e punir a corrupção que assola o país, o enfraquecimento do Ministério Público, do Poder Judiciário e demais instituições de controle só mostraria descompasso e o descolamento da classe política com a vontade do povo”, diz trecho de artigo escrito por Almeida.
A conclusão dele é semelhante à do presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho. “A diferença entre o veneno e o remédio é a dose. Não podemos achar que esse ajuste brutal, que vai limitar as investigações e atrasar processos, é um mero detalhe orçamentário”, afirmou. Segundo Robalinho, em uma primeira análise, o sistema judicial federal – hoje responsável pela operação Lava Jato, entre outras – não seria afetado diretamente pelas mudanças legislativas. Mas isso poderia ocorrer a longo prazo, já que, em caso de aprovação do projeto, haverá uma limitação na contratação de pessoal.

Votação e mais protestos

Para tentar contornar a situação, os representantes de classe tentam ampliar o diálogo com os parlamentares e prometem ocupar os corredores do Congresso Nacional logo no primeiro dia de retomada dos trabalhos após o recesso parlamentar.
Na última semana, um grupo deles foi recebido pelo presidente da Câmara,Rodrigo Maia (DEM-RJ), que se comprometeu a debater melhor o assunto com seus pares. Porém, foi o próprio Maia quem convocou uma sessão extraordinária para votar a proposta, considerada essencial pelo Governo interino de Temer para equilibrar as contas do país, cujo déficit para este ano está previsto em 170 bilhões de reais. “Entendemos que a crise econômica é grave, mas queremos ao menos ser ouvidos para que possamos mostrar que, para o Judiciário, essas mudanças são gravíssimas e comprometem o funcionamento de todo o sistema”, afirmou o vice-presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Paulo Feijó.
Com 209 emendas à proposta inicial, a expectativa é que a votação não seja concluída na segunda-feira. Além dos membros do sistema judicial, sindicalistas e militantes de outras áreas deverão iniciar uma série de protestos. O motivo é que o projeto também prevê limites para o gasto público, impedindo a realização de novos concursos para a contratação de funcionários, proibindo a criação de novos cargos e reajustes de servidores e incentivando programas de demissão voluntária.
Levando em conta a base de Temer na Câmara (cerca de 400 dos 513 deputados), a expectativa é que o PLP 257/2016 seja aprovado sem grandes problemas. Uma consulta feita na última semana junto a líderes de 16 partidos no Legislativo, constatou que apenas um partido, o PSOL, fechou questão contrária ao projeto. Ainda assim, na manhã de segunda-feira, o presidente em exercício deverá se reunir com alguns dos membros de suas bancadas aliadas e com o ministro da secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, para discutir a articulação de todos os projetos de interesse da gestão para as próximas semanas. Na última sexta-feira, o ministro Lima e o líder do Governo na Câmara, André Moura(PSC-SE), foram procurados para tratar do projeto, mas não responderam aos pedidos de entrevistas.

Em meio a onda de ataques, Governo do RN solicita apoio do Exército

31/07/2016 13h21 - Atualizado em 31/07/2016 17h08

Pelo menos 54 ataques foram registrados em 20 cidades desde sexta (29).

Temer diz que acompanha caso do RN, mas ainda não recebeu solicitação.

Fernanda ZauliDo G1 RN
Anúncio foi feito pelo governador Robinson Faria pelas redes sociais (Foto: Reprodução)Anúncio foi feito pelo governador Robinson Faria pelas redes sociais (Foto: Reprodução)
O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, pediu apoio das tropas do Exército para "garantir a segurança da população". Desde a útlima sexta-feira (29) vários ataques a ônibus e prédios públicos vêm ocorrendo em várias cidades do estado. Até as 16h deste domingo pelo menos 54 ataques foram registrados em 20 cidades potiguares.
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A assessoria da Presidência da República informou que o presidente em exercício Michel Temer está acompanhando o caso e que o Exército está em condições de atuar no estado. O envio das tropas, porém, depende de um pedido formal do governador, o que ainda não havia sido formalizado na tarde deste domingo (31).
Na mensagem divulgada em redes sociais, Robinson diz: "Solicitei apoio das tropas do Exército para se somarem às nossas destemidas polícias no trabalho para garantir a segurança da população do Rio Grande do Norte. Desde ontem tenho mantido contato com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, com o ministro da Defesa, Raul Jungman e com a direção nacional da Polícia Federal. Aqui, todas as forças de segurança permanecem em total atenção para retomarmos a normalidade. Estou no aguardo da liberação das tropas pela presidência da República", postou o governador em redes sociais.
Segundo a assessoria de comunicação do Governo do Estado, Robinson Faria já tratou do assunto com os ministros da Casa Civil, Defesa e Justiça. O pedido formal está sendo encaminhado neste domingo.
Na manhã deste domingo, Robinson Faria manteve a agenda política. Ele participou de uma convenção do partido dele, o PSD, na cidade de São Miguel, distante 444 quilômetros de Natal. No início da tarde, ele retornou à capital potiguar para participar de reunião do Gabinete de Gestão Integrada (GGI). Segundo a assessoria de imprensa do Governo, ele volta a acompanhar de perto a ação da polícia.
A instalação de bloqueadores de celular na Penitenciária Estadual de Parnamirim, na Grande Natal, é apontada pelo governo como motivo dos atentados. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), 51 suspeitos de envolvimento nos ataques, sendo 37 adultos e 13 adolescentes, foram detidos até as 16h deste domingo (31).
Ônibus incendiado em Assu (Foto: Francisco Coelho/Focoelho.com)Ônibus incendiado em Assu (Foto: Francisco Coelho/Focoelho.com)
De sexta-feira até a manhã deste domingo foram registrados ataques nas cidades de Natal, Parnamirim, Macaíba, Monte Alegre, São José de Mipibu, Caicó, Currais Novos, Caiçara do NorteSanta Cruz, Mossoró, Jardim de Piranhas, São Gonçalo do Amarante, FlorâniaSão Paulo do PotengiTourosTangaráAssu, Maxaranguape, Goianinha e São José do Campestre.
Até às 14h deste domngo (31), pelo menos 37 veículos, incluindo ônibus e carros, foram incendiados ou depredados. Prédios públicos como delegacias, postos policiais e ainda uma sede do TRE também foram alvos de criminosos.
Além dos ataques já confirmados, uma pessoa ficou ferida na tarde deste domingo após uma explosão em um carro estacionado dentro do supermercado Nordestão da Av. Tomaz Landim, na Zona Norte de Natal. Até às 15h45, a PM ainda não havia confirmado se o fato tinha alguma relação com os ataques criminosos.
Na manhã deste sábado (30) o governador Robinson Faria voltou a afirmar que o governo não vai se intimidar e não vai recuar. “Eu dei liberdade para que as polícias civil e militar possam agir livremente para defender a população. Nós vamos continuar a instalação de bloqueadores de celulares e vamos instalar em todas as unidades prisionais do estado. Ou temos coragem de fazer esse enfrentamento agora ou jamais iremos vencer essa guerra da segurança pública”, disse.
Um carro da PM foi alvo de criminosos em Goianinha (Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)Um carro da PM foi alvo de criminosos em
Goianinha (Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)
Ataques
Os ataques começaram na tarde de sexta-feira (29), quando um micro-ônibus foi incendiado na BR-304, em Macaíba.
Ainda na sexta, cinco ônibus em Natal; um emParnamirim; um ônibus escolar em Macaíba; outro ônibus escolar em Florânia; dois micro-ônibus - sendo um na BR-304 (Macaíba) e outro na BR-101 (Monte Alegre); um ônibus escolar em Santa Cruz; dois carros em São José de Mipibu; uma kombi em Currais Novos; e mais um carro em Caicó foram depredados, queimados ou parcialmente incendiados por criminosos, segundo informações confirmadas pelas forças de segurança do estado. Um ônibus escolar foi incendiado também em Currais Novos e o fogo atingiu uma casa. Outro ônibus escolar foi incendiado no pátio do Centro Administrativo deMossoró.
Uma delegacia da cidade de Parnamirim e um posto policial desativado em São Gonçalo do Amarante foram os alvos. Nos dois casos homens armados atiraram contra os prédios.
Sábado
Já na madrugada do sábado (30), 4 ônibus escolares, dois tratores e uma retroescavadeira que estavam estacionados no pátio da prefeitura foram incendiados. A sede do TRE em Parnamirim foi alvo de vários disparos de arma de fogo durante a madrugada. Criminosos também tentaram incendiar um trailler da PM localizados nas Rocas, em Natal.
Na manhã de sábado o posto policial de Maracajaú, em Maxaranguape, foi alvo de criminosos e um ônibus da linha 57 foi depredado em Mãe Luíza, na Zona Leste de Natal. Uma Dobló da Prefeitura de Natal foi incendiada por volta das 13h também em Mãe Luíza. Por volta das 14h, um homem ateou fogo em três ônibus que estavam estacionados no terminal de Brasília Teimosa, em Natal. Ainda no sábado, um carro foi incendiado no bairro Redenção, em Mossoró, e um carro da Polícia Militar também foi incendiado em Goianinha.
Foto mostra fumaça dos ônibus incendiados em Brasília Teimosa (Foto: Carla França)Foto mostra fumaça dos ônibus incendiados em Brasília Teimosa (Foto: Carla França)
Na noite de sábado, bandidos fizeram uma barricada com pneus na entrada do acesso ao Aeroporto Aluízio Alves, na BR-406, em São Gonçalo do Amarante, por volta das 19h. Alguns carros que passavam pelo local foram apedrejados. A Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal foram acionadas e desbloquearam a via.
Também na noite de sábado, bandidos atearam fogo no pátio da Delegacia Geral de Polícia (Degepol), em Natal. Pelo menos dez carros que estavam no local foram atingidos. A 15ª Delegacia de Polícia, localizada na Vila de Ponta Negra, também foi alvo de ataque no sábado. Criminosos tentaram incendiar um carro que estava na frente da delegacia e dispararam vários tiros contra o prédio. Na agência da Caixa Econômica Federal da Avenida Tomaz Landim, na Zona Norte, criminosos efetuaram vários disparos e jogaram um explosivo, mas o artefato falhou.
No município de Touros, no litoral Norte do estado, dois ônibus da prefeitura foram incendiados. Em Tangará, na região do Trairí, um ônibus escolar também foi incendiado. No município de Assu, na região Oeste, um microônibus foi incendiado. Em São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Natal, um micro-ônibus também foi incendiado. Em São José do Campestre um ônibus escolar foi incendiado.
Em São Paulo do Potengi, município do Agreste potiguar, criminosos incendiaram um ônibus e ainda atiraram contra a Câmara Municipal e atearam fogo em cadeiras e móveis do prédio. O fogo foi rapidamente controlado.

Domingo
Bandidos invadiram por volta das 5h deste domingo a Escola Penitenciária Desembargador Ítalo Pinheiro, localizada na Zona Leste de Natal, e atearam fogo no auditório. O local é usado para treinamento e cursos de agentes penitenciários.

Na manhã deste domingo um carro foi incendiado no bairro das Quintas, na Zona Oeste de Natal. Segundo moradores da região, o carro estava abandonado no local há um ano e adolescentes atearam fogo no veículo.
Ônibus particular foi incendiado no pátio de um posto de combustíveis em São José do Campestre (Foto: Jackson Félix/O Paralelo)Ônibus particular foi incendiado no pátio de um posto de combustíveis em São José do Campestre (Foto: Jackson Félix/O Paralelo)

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Após ameaça de terrorismo, Rio monta esquema em hospitais

Foram destacados cinco centros de referência, espalhados em quatro regiões da cidade: Barra da Tijuca, Copacabana, Maracanã e Deodoro



BRASIL JOGOS OLÍMPICOSHÁ 1 HORA
POR NOTÍCIAS AO MINUTO

Após ameaças de ataques terroristas na capital carioca durante os Jogos Olímpicos, a prefeitura do Rio decidiu elaborar um plano em caso de “evento com múltiplas vítimas”. Cinco centros de saúde de referência foram separados em quatro bairros da cidade: Barra da Tijuca, Copacabana, Maracanã e Deodoro.

Os chamados hospitais olímpicos são: Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca; Miguel Couto, na Gávea; Salgado Filho, no Méier; e Albert Schweitzer, em Deodoro.
 Segundo informações do jornal O Dia, outras três unidades estão prontas para receberam potenciais vítimas de um atentado: Evandro Freire, na Ilha do Governador; Rocha Faria, em Campo Grande; e Pedro II, em Santa Cruz. Juntos, os hospitais podem atender 439 pacientes emergenciais.
Profissionais que trabalham no Hopital Souza Aguiar, no Centro, afirmam que os pacientes da unidade têm sido transferidos para liberar leitos para o período dos Jogos. A Secretaria de Saúde informa, no entanto, que os doentes levados para outros hospitais não eram estavam em situação de emergência.
Além disso, as redes municipal, estadual e federal também dispõem de leitos para pacientes menos graves.