sábado, 31 de outubro de 2015

Dados da Nasa mostram que seca no Brasil é pior do que se pensava

Vista parcial do sistema Cantareira em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo, em janeiro. 28/01/2015 REUTERS/Roosevelt Cassio
TORONTO, Canadá (Thomson Reuters Foundation) - Novos dados de satélite mostram que a seca no Brasil é pior do que se pensava, com o Sudeste perdendo 56 trilhões de litros de água em cada um dos últimos três anos, disse um cientista da agência espacial dos Estados Unidos (Nasa) nesta sexta-feira.
A pior seca do país nos últimos 35 anos também tem levado o Nordeste brasileiro, região maior, mas menos povoada, a perder 49 trilhões de litros de água a cada ano nos últimos três anos, comparando com os níveis normais, afirmou o hidrólogo da Nasa, Augusto Getirana.
Os brasileiros estão bastante conscientes da seca, dado o racionamento de água, blecautes e reservatórios vazios em partes do país, mas esse é o primeiro estudo que documenta exatamente a quantidade de água que tem desaparecido dos lençóis de água e reservatórios, disse Getirana.
"É muito maior do que eu imaginava", disse Getirana à Thomson Reuters Foundation. "Com as mudanças climáticas, isso vai acontecer com mais e mais frequência."
O sistema da Cantareira, que fornece água para 8,8 milhões de moradores de São Paulo, tinha, por exemplo, menos de 11 por cento da sua capacidade no ano passado, segundo autoridades locais.
A pesquisa de Getirana, publicada nesta semana no Journal of Hydrometeorology, tem como base 13 anos de informações dos satélites Recuperação da Gravidade e Experimento Climático (Grace, na sigla em inglês) da Nasa, que circulam a Terra detectando mudanças no campo de gravidade causadas pelos movimentos da água no planeta.
O país não tem uma falta de água absoluta, afirmou o pesquisador. O problema é que as regiões muito povoadas, particularmente o Sudeste, dependem de aquíferos e reservatórios locais, que não estão sendo reabastecidos devido à seca.
Teoricamente, a água pode ser transportada de outras partes do país para cidades afetadas, disse ele, mas os custos financeiros e logísticos seriam enormes.
As novas informações de satélite devem representar um chamado de alerta para os políticos gerenciarem melhor a água e atuarem em relação às mudanças climáticas para lidar com a crise, declarou Getirana.
Os dados não permitem que os pesquisadores façam previsões de quanto tempo a seca vai durar, disse ele, acrescentando que os níveis de água continuaram a cair nos últimos meses.
(Reportagem de Chris Arsenault)

Se a meta principal de um capitão fosse preservar seu barco, ele o conservaria no porto para sempre. Parabéns a Justiça Brasileira! Meus respeitos às famílias que perderam seus entes queridos no estrito cumprimento do dever legal na condição de agente público, exatamente para assegurar o cumprimento da lei.

Durante leitura da sentença todos ficaram de pé no plenário do júri da Chacina de Unaí (Foto: Reprodução/ TV Globo)Durante leitura da sentença, todos ficaram de pé no plenário do júri da Chacina de Unaí (Foto: Reprodução/ TV Globo)
Norberto Mânica e José Alberto de Castro foram condenados, na noite desta sexta-feira (30), pelas mortes dos auditores fiscais do Ministério do Trabalho Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves, e do motorista Aílton Pereira de Oliveira, no crime conhecido como a Chacina de Unaí. Os réus foram julgados por quatro dias, pela Justiça Federal, em Belo Horizonte
O fazendeiro Mânica foi condenado a 100 anos de prisão. Descontados os dias que já ficou preso, a pena final foi de 98 anos, seis meses e 24 dias. Já José Alberto de Castro pegou 96 anos, dez meses e 15 dias de reclusão, mas foram abatidos 146 dias que já ficou detido, totalizando 96 anos, cinco meses e 22 dias de reclusão. Os dois vão poder recorrer em liberdade, mas estão proíbidos de sair do país e terão que entregar os passaportes em 24 horas.
Advogado Kakay acompanha o réu Norberto Mânica na chegada para o quarto dia de júri da chacina de Unaí (Foto: Pedro Ângelo/G1)Advogado Kakay acompanha o réu Norberto Mânica
na chegada para o quarto dia de júri da chacina de
Unaí (Foto: Pedro Ângelo/G1)
O conselho de sentença foi formado por quatro mulheres e três homens. O júri foi presidido pelo juiz federal Murilo Fernandes de Almeida e durou quatro dias. Em janeiro de 2004, os servidores foram mortos em uma emboscada. Eles investigavam trabalho escravo na região onde Mânica tem uma fazenda, no Noroeste de Minas Gerais. O alvo da execução seria, segundo testemunhas, Nelson José da Silva, um dos fiscais mortos. Ele era conhecido por ser rigoroso e ter conduta ilibada. Três pistoleiros já foram condenados e outros dois réus, o ex-prefeito de Unaí Antério Mânica e o empresário Hugo Alves Pimenta, serão julgados em novembro.
Os dois advogados de defesa consideram soberana a decisão dos jurados, mas afirmaram que vão recorrer. Após o magistrado ler a sentença, os presentes gritaram “justiça ainda que tardia” relembrando o nome das quatro vítimas.
O Ministério Público Federal considerou a pena razoável, e não falou em recorrer. "Acho que conseguimos, finalmente, dar uma resposta à sociedade. Isso é  muito bom para que a gente evite a repetição de fatos como esse, tão graves. (...) A justiça foi feit,a com certeza", destacou a procuradora Miriam Lima.
Sobre Antério Mânica, que será julgado na próxima semana, ela afirmou também acreditar em condenação.
Depois, os advogados dos dois réus sustentaram que o mando da emboscada foi do empresário Hugo Alves Pimenta. "O que resta tecnicamente falando para esse processo, a delação do Hugo [Pimenta], que é um pscicopata, manipulou o Ministério Público, a polícia, e as pessoas envolvidas", disse o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que representa o fazendeiro. Kakay reafirmou durante o julgamento que não há provas ou indícios contra Mânica. "Tenho convicção de que ele é inocente".Durante os debates entre acusação e defesa, que antecedeu a reunião do conselho de sentença, o procurador da República Gustavo Torres disse que a chacina de Unaí foi "crime de pistolagem". “Isso é decorrência de um crime de pistolagem. Algo que a gente não pode aceitar no Brasil”, afirmou o procurador durante o júri, nesta sexta-feira (30). Torres disse que a legislação brasileira é branda ao se referir ao tempo de duração do processo.
José Alberto de Castro, réu da chacina de Unaí (Foto: Pedro Ângelo/G1)José Alberto de Castro, réu condenado na chacina
de Unaí (Foto: Pedro Ângelo/G1)
O advogado Cleber Lopes, que defende José Alberto de Castro, disse que seu cliente deve pagar pelo que fez, mas também tentou desqualificar a versão de Pimenta. "Eu não estou pedindo absolvição de Zé Alberto, estou mostrando que há vários depoimentos que revelam as mentiras de Hugo Alves Pimenta".
O empresário confessou sua participação no crime nesta quinta-feira (29). "José Alberto de Castro esteve ontem na presença dos senhores e confessou, confessou de maneira transparente. Um homem absolutamente sincero esteve aqui disse tudo o que sabia".
“Nós não vamos poder aqui fazer justiça plena. Nós não vamos poder dar ao fato o castigo que a barbaridade merece por causa da lei brasileira. [...] Depois de inúmeros recursos, todas as técnicas processuais para atrasar esse julgamento por 11 anos, nós estamos aqui nesse dia histórico”, disse o procurador Gustavo Torres, durante o debate.
Viúvas das vítimas
A viúva do fiscal Nelson José da Silva, Elba Soares, afirmou que esperava a pena máxima de 120 anos, mas considerou que a justiça foi feita em parte, pois os dois condenados podem recorrer em liberdade. "Vamos esperar o recurso, vamos esperar ele ir para cadeia, para gente ver a justiça ser feita”, disse após o fim do julgamento.
A viúva do fiscal Nelson José da Silva, Elba Soares, após o julgamento de Norberto Mânica (Foto: Raquel Freitas/ G1)A viúva do fiscal Nelson José da Silva, Elba Soares, após o julgamento de Norberto Mânica (Foto: Raquel Freitas/ G1)
A mulher de Eratóstenes de Almeida também considerou a condenação dos dois réus como uma vitória parcial. “A luta ainda continua porque ainda falta gente, falta mandante ainda. Só termina no dia 10. Então, é só meio caminho andado. A vitória vem parcial. Não terminou ainda, não”, avaliou.
Para a viúva de João Batista Lages, Genir Lages, o resultado do julgamento é “um começo de uma reposta para o sofrimento de longos 12 anos”. “[A condenação] é um alento para dor que a gente sentiu. Porque são 12 anos de tristeza absoluta, porque ele levou todo o riso, toda a paz, destruiu a nossa família, mas é um novo alento”, afirmou.
Defesa de Norberto Mânica
“Ninguém sai satisfeito condenado a cem anos de cadeia”, declarou o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro sobre o fazendeiro Norbeto Manica. Logo após deixar a Justiça Federal, ele também disse que tinha convicção na absolvição do cliente e que a defesa sustentou uma “tese de tudo ou nada” por acreditar na inocência do réu. “Eu sabia que, se fosse condenado, a pena, necessariamente, seria alta porque existiam três qualificadoras”, ponderou.
Apesar da condenação do cliente, Kakay ressaltou que a defesa do fazendeiro conseguiu fazer com que “o júri admitisse o falso testemunho do principal acusador”, o que, para ele, demonstra uma contradição.
Defesa de José Alberto de Castro
O advogado Cleber Lopes, que defende José Alberto de Castro, disse que respeita a decisão dos jurados, apesar de acreditar que ela contraria as provas dos autos. “A pena, ao nosso ver, está em um patamar elevadíssimo. (...) Esperava a condenação dele por um homicídio e a absolvição pelos outros três homicídios (...) Nossa expectativa é que, se não anulemos o julgamento, que, pelo menos, haja uma redução significativa da pena”, afirmou.
Segundo ele, o cliente está abatido por não esperar uma condenação "desse patamar".
Defesa do delator
O advogado de Hugo Pimenta, delator do crime, acredita que a palavra do réu foi fundamental para condenação. “O fato de os jurados determinarem a abertura de um inquérito ou de investigações para se averiguar se o Hugo efetivamente mentiu em juízo me deixam tranquilo porque a resposta foi dada. Foi exclusivamente baseado na palavra do Hugo que eles puderam obter a condenação”, comentou o advogado Lúcio Adolfo.
A chacina
Em 28 de janeiro de 2004, os auditores fiscais do Ministério do Trabalho Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves, e o motorista Aílton Pereira de Oliveira foram assassinados em Unaí, na Região Noroeste de Minas Gerais. Eles investigavam denúncias de trabalho escravo em uma das fazendas de Norberto Mânica, irmão do então prefeito da cidade, Antério Mânica. O epsódio ficou conhecido como a chacina de Unaí.
O primeiro julgamento, ocorrido em 2013, durou quatro dias e terminou com a condenação de três réus. Rogério Alan Rocha Rios pegou 94 anos de prisão; Erinaldo de Vasconcelos Silva, 76 anos e 20 dias; e William Gomes de Miranda, 56 anos. Ao todo, as penas somam 226 anos.
Servidores federais foram mortos em emboscada, em 2004 (Foto: Reprodução/TV Globo)Servidores federais foram mortos em emboscada,
em 2004 (Foto: Reprodução/TV Globo)
O processo tinha nove réus, mas Francisco Elder Pinheiro, acusado de ter contratado os matadores, morreu há dois anos e Humberto Ribeiro dos Santos, segundo a defesa, teve a pena prescrita.

Segundo o MPF, a demora no julgamento do processo também acarretou a prescrição de outros dois crimes – o de resistência, que pesava sobre Norberto Mânica, e o de frustração de direito assegurado por lei trabalhista, atribuído a Antério Mânica.
O julgamento de Norberto, Pimenta e Castro seria em 2013, mas foi adiado no dia anterior à realização por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello. A decisão se deveu ao pedido defesa do fazendeiro para transferir o processo para a Justiça Federal em Unaí. Em abril deste ano, o STF manteve o júri na capital mineira.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

'Ele está feliz lá', diz irmã de homem que vive em buraco há 25 anos Familiar acredita que é 'impossível' tirá-lo local: 'A força eu não vou trazer'. Situação de homem, de 57 anos, motivou visita de juiz, em Nova Roma, GO.

Raimunda Tereza Calado é irmã de Antônio Calado, que vive dentro de um buraco há 25 anos, em Goiás (Foto: Aline Caetano/TJ-GO)
Por inúmeras vezes, a dona de casa Raimunda Tereza Calado, de 37 anos, tentou tirar o irmão, Antônio Francisco Calado, de 57, do buraco onde ele vive desde 1990, em uma pequena propriedade rural de Nova Roma, no norte de Goiás. Mas todas elas foram em vão. A conclusão a que a mulher chegou é que é "impossível" fazê-lo sair e que é mais fácil tentar criar uma infraestrutura no local para que o homem viva melhor.
"Ele está feliz lá, daquele jeito. Sinto que se fizer isso, é capaz até dele morrer em pouco tempo e eu respeito isso. A força, eu não vou trazer ele. Cada um tem que viver como quer. O que eu desejo é dar uma condição melhor de água, alimentação e moradia", disse ao G1.
A situação de Antônio motivou uma visita do juiz Everton Pereira Santos, na última terça-feira (27). O magistrado foi ao local e pesou a situação ao julgar procedentes dois pedidos de pensão pela morte dos pais e de interdição judicial, feitos pela irmã.
Também ajudou na decisão um laudo pericial apontado que Antônio tem esquizofrenia paranoide, doença mental que o fez considerar incapaz.
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Juiz visita buraco onde homem vive há 25 anos para decidir sobre ação em Goiás (Foto: Divulgação/TJ-GO)Juiz visita buraco onde homem vive há 25 anos 
(Foto: Aline Caetano/TJ-GO)
Mortes dos pais
Raimunda revela que Antônio sempre morou com os pais em uma pequena chácara da cidade. Quando o pai morreu, em 2000, o homem já começou a ficar, como ela diz, "mais perturbado". Porém, foi com o falecimento da mãe, em 2012, que a situação piorou, pois eles eram muito ligados.
Segundo a dona de casa, o irmão começou a cavar o buraco há 25 anos sem nenhum motivo aparente. "Ele ia lá, cavava e voltava para casa. Mas quando terminou resolveu morar lá. Ele nunca gostou de casa. Quando vai à minha, dorme no quintal, embaixo de um pé de manga", conta.
Caçula de 14 irmãos - dos quais três já morreram -, Raimunda é a familiar mais próxima de Antônio. Alguns irmãos, que moram em outros estados, pouco procuram saber informações sobre o parente.
Melhorias
Como curadora de Antônio, a irmã vai administrar os dois salários mínimos mensais a que o homem agora tem direito. Além disso, ela vai ter que empregar e prestar conta dos R$ 70 mil, referentes ao período retroativo. De acordo com o judiciário, o MP deve monitorar os gastos.
Ela diz que a ideia é construiu um barraco no local, mesmo que Antônio não viva nele. Outra ideia é fornecer água tratada para o irmão e alimentos com mais qualidade para que ele não se alimente apenas da pequena horta que cultiva.
'Ele está feliz lá', diz irmã de homem que vive em buraco há 25 anos em Goiás (Foto: Aline Caetano/TJ-GO)Segundo irmã, é impossível tirar Antônio do local (Foto: Aline Caetano/TJ-GO)
"O que sinto por ele é amor. Faço qualquer coisa e corro atrás de tudo que estiver ao meu alcance para dar o melhor para ele", define.
Visita do juiz
A situação encontrada no local deixou o juiz Everton Pereira Santos intrigado. "Olha, é uma situação muito peculiar, indescritível. Ao mesmo tempo em que ele aparenta ter muita inteligência para usar técnicas na construção do buraco e manusear ferramentas, demonstra aparentes delírios, dizendo que conversa com os raios e trovões", disse ao G1.
Segundo o magistrado, Antônio não fala "coisa com coisa" e não consegue estabelecer uma linha de raciocínio clara e linear. Apesar disso, mostra lampejos, principalmente relacionados à construção, que fazem Santos acreditar até em coisa de outro mundo.
"Ele criou um sistema para que a água da chuva não entre no buraco e ele poder utilizá-la depois. É fantástico. Quem ensinou isso para ele? Tenho a impressão que ele tem contato com outro ser. Ele se inspira em alguém, é muito estranho", diz.
A residência de Antônio também impressionou o juiz. A construção, em formato oval e com aproximadamente 8 m², tem os cômodos divididos e só é possível chegar a pé. Ao entrar, existe a sala. De um dos lados, um oratório com duas imagens de santos e do outro o quarto, onde ele dorme sobre um pedaço de madeira com panos velhos.
Juiz visita buraco onde homem vive há 25 anos para decidir sobre ação em Goiás (Foto: Divulgação/TJ-GO)Antônio mostra a entrada de sua 'casa' em Nova Roma (Foto: Aline Caetano/TJ-GO)

Mulher com câncer ganha visita de cão de estimação em hospital no RS Reencontro de Rejane Chili com Ritchie emocionou funcionários. Mulher de 49 anos está internada para tratar de doença em fase terminal.

Internada em um hospital de Porto Alegre para tratar um câncer, uma mulher de 49 anos teve a chance de realizar um pedido. Ela escolheu encontrar com alguém especial: Ritchie, seu cachorro. Foi a primeira vez que um paciente pediu para ver um bicho de estimação no Hospital Ernesto Dornelles.
O vídeo do encontro foi gravado na quinta-feira (29) e emocionou familiares, amigos e a equipe médica do hospital. (veja o vídeo)
Rejane Chili, a paciente, está internada com câncer em fase terminal. O encontro dela com Ritchie foi autorizado pelo Grupo de Cuidados Paliativos do hospital. Por questões de segurança, a visita seria realizada em uma sala específica. Mas não deu tempo: no meio do caminho, o cachorro subiu na maca onde estava a dona. Deu muitas lambidas no rosto dela e recebeu carinho.
Mulher reencontra cão em hospital RS  (Foto: Reprodução/RBS TV)Rejane reencontrou o cão de estimação em
hospital (Foto: Reprodução/RBS TV)
“É tudo para ela aquele cachorro. Ela ama aquele cachorro que nem ama o filho dela. Desde três meses ela tem aquele cachorrinho. Ela não via a hora de ver ele, foi muito emocionante, apesar da dor," disse Jandira do Prado, cunhada de Rejane e testemunha do sentimento da dona pelo cãozinho.
Jandira contou que Rejane sempre perguntava do cachorro e que na quinta-feira foi providenciado o encontro. "O filho dela Tiago pegou o táxi e trouxe ele para ver ela. Meu Deus, foi uma felicidade, ela ficou muito feliz”, afirmou.
Emoção
Rejane fez questão de trocar de roupa e passar batom antes de encontrar Ritchie. Quem presenciou o reencontrou se emocionou. Logo depois, a família levou o cachorro embora e a paciente precisou voltar para o quarto.
Segundo a psicóloga Bárbara Cristine Heck, do Grupo de Cuidados Paliativos do hospital, ações como essa melhoram o processo de final de vida dos pacientes. A equipe médica que atende Rejane observou uma mudança grande no humor da paciente depois que ela esteve com Ritchie.
"Ela, que já estava em um processo de maior recolhimento, conseguiu se expressar, se tornou mais falante, mais ativa. E sempre que a gente pensa em qualidade de vida, a gente vai pensar em relações afetivas. Sejam essas com pessoas, familiares, animais de estimação, como foi esse caso", afirma a psicóloga.
Projetos para permitir visitas de animais
Na Assembleia Legislativa, um projeto de lei proposto pela deputada Regina Becker Fortunati (PDT) quer permitir a chamada Terapia Assistida por Animais (TAA). A proposta prevê a permissão de visitas de animais domésticos e de estimação em hospitais privados, públicos contratados, conveniados e cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS) no estado.
De acordo com o projeto, a autorização da presença dos animais terá prazo definido e sob condições prévias de cada hospital. Estão previstos no projeto cães, gatos, pássaros, coelhos, chinchilas, tartarugas ou hamsters.
Outras espécies terão que passar pela avaliação do médico para autorização, de acordo com o quadro clínico do paciente.
Na Câmara dos Deputados, também já tramita projeto de lei para regulamentar o uso de TAA no SUS. Em Porto Alegre e em São Leopoldo, no Vale do Sinos, propostas de lei semelhantes também estão sendo discutidas.

O Senhor usa quem ele quer e quando quer. Até os animais para proteger os Inocentes. Glória a Deus eterno.

A mãe jogou o bebê após o nascimento 
E o cachorro imediatamente o pegou e o levou até a casa mais próxima. Levaram ao hospital e está passando bem.
Quando o ser humano se afasta por completo de Deus e faz isto. O Senhor usa quem ele quer e quando quer. Até os animais para proteger os Inocentes. Glória a Deus eterno.


BC do Japão mantém política monetária apesar de cenário externo e inflação estagnada Autoridade monetária deve continuar sob pressão para expandir seu imenso programa de compra de títulos

Sede do banco central do Japão, em Tóquio
Sede do banco central do Japão, em Tóquio
Foto: Reuters
TÓQUIO - O Banco do Japão, banco central do país, decidiu não ampliar nesta sexta-feira seu maciço programa de estímulos, preferindo preservar suas opções diante de esperanças de que a economia consiga superar os ventos contrários vindos da desaceleração da China sem apoio monetário adicional.
Mas o banco central deve continuar sob pressão para expandir seu imenso programa de compra de títulos em um momento em que custos de energia em queda, exportações fracas e a frágil recuperação dos gastos das famílias mantém a inflação bem abaixo da meta de 2 por cento.
Em seu relatório de perspectivas, publicado duas vezes por ano, o banco central cortou previsões sobre inflação previamente otimistas e postergou em cerca de seis meses seu cronograma para atingir a meta de inflação de 2 por cento.
O relatório também advertiu que ventos contrários no exterior, como a desaceleração da China e demanda fraca em mercados emergentes, representam riscos fortes à perspectiva econômica japonesa.
No entanto, o presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, manteve seu otimismo de que a economia vai sustentar uma retomada modesta, à medida que as exportações e a produção se recuperem.
"O cronograma para atingir a meta de preços foi postergado mas isso se deve largamente ao efeito da queda dos preços de energia", disse Kuroda em entrevista coletiva.
"A tendência de preços está melhorando gradualmente e é provável que a inflação caminhe em direção a 2 por cento conforme o efeito da queda dos preços do petróleo se dissipe", acrescentou.
Reuters

Turquia matou 2.000 militantes dentro e fora do país, diz Erdogan

Presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, fala à imprensa em Bruxelas
Presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, fala à imprensa em Bruxelas
Foto: Reuters
ISTAMBUL - A Turquia matou cerca de 2.000 militantes em operações recentes dentro e fora de suas fronteiras e as operações continuarão, disse o presidente turco, Tayyip Erdogan, nesta sexta-feira.
"Agora 2.000 terroristas foram mortos dentro e fora do país", afirmou Erdogan em comentários transmitidos pela rede de televisão AHaber.
A Turquia realizou ataques contra militantes do Estado Islâmico na Síria e também contra posições de militantes curdos no país e no norte do Iraque.
(Reportagem de Melih Aslan)
Reuters