quarta-feira, 13 de junho de 2018

Moro mantém bens de Lula bloqueados e alega suspeita com palestras


Defesa do ex-presidente queria liberação de metade dos valores, que seriam da ex-primeira-dama, dona Marisa



Rafaela Felicciano/Metrópoles


Ana Helena Paixão



O juiz federal Sérgio Moro negou a liberação de metade dos valores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva bloqueados na Justiça. A defesa do petista havia pedido para que fosse retomada pelos familiares a administração dos itens tornados indisponíveis e pertencentes à ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta em fevereiro de 2017: eles equivalem a 50% dos bens bloqueados na Justiça devido ao seu casamento com Lula. A informação é do jornal O Globo.
De acordo com a reportagem, para Moro, a origem dos ativos financeiros indisponíveis não foi totalmente esclarecida. O juiz teria dito que eles, aparentemente, podem ter por origem valores recebidos pelo petista pela realização de palestras.
Além de R$ 600 mil de sua conta bancária, Lula teve bloqueados R$ 7 milhões do plano de previdência empresarial vinculados à sua empresa de palestras, a LILS, e R$ 1,8 milhão em um plano de previdência individual em seu nome.

“Ocorre que, como afirmado pelo MPF nos autos do sequestro, há alguma suspeita de que pelo menos parte das palestras concedidas por Luiz Inácio Lula da Silva teriam sido superfaturadas como forma de repasse a ele de vantagem indevidas”, disse o magistrado, de acordo com a publicação carioca.

De acordo com o juiz, embora qualquer conclusão seja prematura, há suspeita de os ativos financeiros serem formados por recursos ilícitos e, portanto, os valores não poderiam ser divididos entre o que seria direito ao espólio da ex-primeira-dama, informa a reportagem.
“Assim, também por este motivo, e até que essas questões sejam esclarecidas, não é viável a liberação de metade dos ativos financeiros bloqueados”, determinou Moro.
Ainda conforme a reportagem, em sua decisão, Sérgio Moro também indicou que os veículos de Lula poderão ser liberados mediante o depósito de metade de seu valor.
Outro ladoA defesa de Lula informou ao O Globo que irá recorrer. Em nota encaminhada à reportagem, os advogados do ex-presidente disseram que a manutenção do bloqueio dos valores “compromete a subsistência dos herdeiros e prejudica sobremaneira o exercício do direito de defesa do ex-presidente Lula, promovendo novas violações a garantais fundamentais”.
A defesa disse ainda que a hipótese de superfaturamento de palestras “contratadas entre partes privadas é o mesmo que admitir a esdrúxula possibilidade de o juiz arbitrar o valor que o palestrante pode cobrar por seu trabalho” e o valor das palestras sempre foi de 200 mil dólares, para qualquer contratante.


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PF afirma que Geddel Vieira Lima esteve em local de entrega de propina apontado por delator




Segundo PF, rastreamento do celular do ex-ministro indicou que ele estava perto de aeroporto em dias e horários relatados por Lúcio Funaro. TV Globo procurou defesa e aguardava resposta.



Por Camila Bomfim, TV Globo, Brasília
 



O ex-ministro da articulação política do governo Michel Temer está preso em Brasília devido às investigações da Operação Cui Bono. (Foto: Rede Globo)O ex-ministro da articulação política do governo Michel Temer está preso em Brasília devido às investigações da Operação Cui Bono. (Foto: Rede Globo)O ex-ministro da articulação política do governo Michel Temer está preso em Brasília devido às investigações da Operação Cui Bono. (Foto: Rede Globo)

Polícia Federal (PF) concluiu que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA) esteve no local apontado como ponto de entrega de propina pelo delator Lúcio Funaro, doleiro e suposto operador financeiro do MDB.
Segundo a PF, o celular do ex-ministro foi rastreado por antena de telefonia móvel no local, nas datas e nos horários em que Funaro dizia estar levando malas de dinheiro para Geddel. A TV Globo procurou a defesa de Geddel e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.
De acordo com a PF, Geddel estava nas proximidades do aeroporto de Salvador onde, segundo Funaro, havia um hangar usado pelo ministro para receber o dinheiro.
O rastreamento foi um dos motivos que levaram a a PF a indiciar ex-ministro por corrupção na Operação Cui Bono, que investiga fraudes na liberação de empréstimos da Caixa Econômica Federal.
Os investigadores descobriram a localização de Geddel porque ele usou o celular para fazer ligações, parte para o deputado cassado Eduardo Cunha (MDB-RJ), que usava Funaro como operador de propinas, segundo as investigações.
A PF consegue rastrear a localização de um investigado quando ele usa o celular porque o aparelho 'se comunica' com a torre de telefonia móvel de cada região.
A revelação está no relatório da Operação Cui Bono remetido na semana passada à Justiça Federal em Brasília ao qual a TV Globo teve acesso.
No relatório, o delegado Marlon Cajado detalha que "[...] a análise do terminal utilizado por Lúcio Funaro – (11) xxxx xxxx – , onde é possível verificar que seu telefone utilizou a antena ou estação rádio-base (ERB) das proximidades do Aeroporto de Salvador/BA, no dia 29/01/2014, precisamente às 19:39:52h. De outro lado, às 19:00h da mesma data de 29/01/2014, a ERB do terminal utilizado por Geddel Vieira Lima, (71) xxxx xxxx, também foi registrada nas proximidades do aeroporto de Salvador/BA".
A PF cruzou informações obtidas pelo rastreamento das ligações com material aprendido durante a operação. Uma planilha de Funaro aponta "saída" de dinheiro para Geddel no dia 17 de fevereiro de 2014. No dia seguinte, a PF rastreou a ida de Funaro para o hangar, no aeroporto de Salvador, e localizou Geddel. A polícia cita varias outras datas em que essa situação se repetiu.
Geddel foi indiciado na Operação Cui Bono por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e obstrução de investigação.
A PF concluiu que há indício de repasse de R$ 16,9 milhões a Geddel Vieira Lima entre 2012 e 2015.
O delegado chama a atenção para o fato de que a maioria dos pagamentos foi em 2014, “ano que Geddel foi candidato a Senador da República pelo Estado da Bahia. Desse modo, a hipótese criminal identificada é a de que Geddel Quadros Vieira Lima se utilizou da sistemática ilícita engendrada por Lucio Bolonha Funaro visando a ocultação, dissimulação e distribuição de recursos de origem ilícita [...]”.
PF indicia 16 pessoas por fraudes na liberação de créditos da Caixa

Indiciados pela PF

Dezesseis pessoas foram indiciadas pela PF a partir das investigações da Operação Cui Bono, entre políticos, operadores e ex-dirigentes da Caixa.
O grupo é suspeito participar de um esquema de concessão de empréstimos da Caixa a empresas em troca de propina.





Além de Geddel Vieira Lima foram indiciados Eduardo Cunha e Lúcio Funaro.
Em nota divulgada à imprensa, a PF afirmou que o relatório final das investigações se baseou em provas obtidas em ações de busca e apreensão, depoimentos e análise de dados.
O relatório final foi encaminhado à 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, responsável pelo processo.


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O BICHO VAI PEGAR! Sergio Moro Já Enviou Toda Papelada De Rosemary Noronha Para A PF De São Paulo







Rosemary Noronha está em São Paulo e o Juiz Sergio Moro já enviou toda papelada dela para a PF de São Paulo. Rosemary esteve em Brasilia querendo desbloquear os bens mas Cármen Lúcia negou
O BICHO VAI PEGAR! aguarde

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terça-feira, 12 de junho de 2018

STF Manda À 1ª Instância Inquérito Contra Ministro Da Agricultura





A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (12), por 4 votos a 1, enviar à primeira instância da Justiça do Mato Grosso um inquérito contra o atual ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi.
Maggi foi denunciado no início do mês passado, pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, por corrupção. Ele foi acusado de participar de esquema de compra de vaga no Tribunal de Contas do Mato Grosso em 2009, quando era governador do estado. Ele hoje está licenciado do mandato de senador para exercer o de ministro.

Ao baixar o caso de instância, a Primeira Turma aplicou o entendimento estabelecido pelo STF em 3 de maio em relação a deputados e senadores. Naquela data, o plenário decidiu que só devem permanecer na Corte os processos contra parlamentares que tratem de supostos crimes cometidos durante e em função do cargo.
“A razão de decidir do julgamento [de maio] se aplica indistintamente em relação a qualquer hipótese de prerrogativa de função”, afirmou o relator do caso, ministro Luiz Fux, ao votar pelo envio do caso de Blairo Maggi à primeira instância. Ele foi seguido pelos ministros Luís Roberto Barroso, Marco Aurélio Mello e Rosa Weber.
O ministro Alexandre de Moraes também votou para que o caso fosse baixado de instância, mas para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), e não ao primeiro grau, pois o conselheiro do Tribunal de Contas do MT Sergio de Almeida também foi denunciado, e devido ao cargo ele teria foro naquela corte, mesmo que os supostos crimes tenham sido cometidos antes de ele assumir.
Moraes ressaltou que, para ele, a decisão sobre a restrição do foro de parlamentares não poderia se estender a conselheiros de tribunais de contas sem que houvesse outro julgamento, por não se tratar de cargo eletivo, mas sim vitalício. No caso de Maggi, ele considerou que o ministro é, antes de tudo, senador, motivo pelo qual seu foro já estaria restrito.
Barroso destacou que no caso de outros cargos, que não parlamentares, ficou estabelecido em maio que a restrição do foro seria decidida no caso a caso. “Como surgiu essa hipótese aqui, estou me pronunciando no sentido de que a conselheiro de estado se aplica o mesmo entendimento”, disse, ao votar pelo envio da denúncia à primeira instância, e não ao STJ.

Denúncia

A denúncia contra Blairo Maggi é resultante da Operação Ararath, iniciada em 2013 para apurar a atuação de “bancos de propina” clandestinos no Mato Grosso, bem como a existência de organização criminosa no alto escalão dos poderes Executivo e Legislativo do estado. A operação resultou na abertura de mais de 50 inquéritos policiais.
No caso da denúncia contra Maggi, as investigações apontaram que ele tomou parte em repasses de ao menos R$ 4 milhões em propina para que um dos conselheiros do TCE-MT se aposentasse no momento mais conveniente para a nomeação de um aliado.
Uma das bases para a denúncia foi a delação premiada de Silval Barbosa, vice-governador do Mato Grosso em 2009. Ele assumiu o comando do Executivo estadual em 2010, com a saída de Maggi, que se candidatou a senador.
POR: AGÊNCIAS BRASIL



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