quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

PF Pode Pedir Quebra De Sigilo Fiscal, Bancário E Telefônico De Michel Temer








Relatório da Polícia Federal afirma ser “necessária” a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do presidente Michel Temer e de outros investigados “para uma completa elucidação” das suspeitas de que o peemedebista favoreceu empresas do setor portuário. Sem citar nominalmente Temer, analistas da PF recomendaram ao delegado Cleyber Lopes, que conduz o inquérito contra o presidente, obter histórico de chamadas telefônicas e informações fiscais e bancárias “de pessoas jurídicas e físicas mencionadas nos inquéritos” — o que inclui Temer.
PORTO DE SANTOS – No documento, de 15 de dezembro e obtido pelo O Globo, a PF cita a necessidade de analisar provas de uma investigação antiga contra Temer sob suspeita de corrupção no Porto de Santos. Os investigadores consideram que os documentos desse caso podem ser relevantes para o inquérito aberto ano passado, que tem o peemedebista entre os alvos. Assim como na investigação anterior, há a suspeita de que Temer tenha recebido propina para beneficiar empresas portuárias.

O delegado Cleyber Lopes já solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o compartilhamento desse inquérito antigo, já que as suspeitas que recaem sobre o presidente são semelhantes à investigação que está em andamento. A hipótese sob apuração é de que Temer teria favorecido a Rodrimar, localizada em Santos (SP), e outras companhias do setor portuário, por meio da publicação de um decreto de 2017 que aumentou o prazo dos contratos de concessão de áreas portuárias, beneficiando as atuais concessionárias.
O inquérito foi aberto após interceptações telefônicas flagrarem conversas entre um diretor da Rodrimar, Ricardo Mesquita, e o ex-deputado e ex-assessor presidencial Rodrigo da Rocha Loures (PMDB) sobre o decreto. A recomendação dos analistas da PF também atinge os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. Eles aparecem como investigados em outro inquérito citado no relatório — um desdobramento da delação da J&F.
SEGREDO DE JUSTIÇA -Procurada, a PF disse que não pode informar se o delegado aceitou a sugestão e encaminhou o pedido de quebra de sigilos ao STF. O processo está em segredo de Justiça. Para embasar a recomendação das quebras de sigilo, os analistas citam fatos que precisam “de aprofundamento”, como transações imobiliárias do coronel João Baptista Lima com offshores ligadas a envolvidos em fraudes e inconsistências nos depoimentos de Loures e Mesquita. Lima é acusado de ter recebido propina em nome de Temer.
O relatório também afirma que “não foi possível exaurir todos os CNPJ’s e CPF’s que efetuaram doações, que poderiam ser uma forma de propina a partidos e candidatos”. A PF destaca que, apesar de representantes de empresas portuárias afirmarem que não podiam doar por serem concessionárias de serviços públicos, foram encontrados registros de repasses indiretos de companhias do setor a políticos.
A análise da PF ainda trouxe novas informações sobre a relação entre os personagens investigados. Na agenda do celular do coronel Lima há o telefone de José Yunes, ex-assessor e amigo de Temer. Também há a suspeita de que Lima mantinha relação com Loures. Esse inquérito é o único em andamento contra Temer.
VERSÕES – O presidente já foi alvo de duas denúncias da Procuradoria-Geral da República, mas ambas foram barradas na Câmara. Procurado, o Palácio do Planalto não respondeu à reportagem. À PF, Temer afirmou que não acompanhou a tramitação do decreto do setor portuário e que não foi procurado por empresários para falar do assunto. Disse ainda que jamais recebeu oferta de propina e que nunca recebeu doações da Rodrimar. A defesa de Eliseu Padilha disse que não irá comentar, pois não teve acesso ao relatório. O ministro Moreira Franco também não quis se pronunciar.

MBL agora tenta emplacar dono da Riachuelo para a Presidência da República




O MBL rompeu com João Doria Jr. (PSDB) depois que o prefeito de São Paulo passou a declinar nas pesquisas de opinião. Agora, o grupo tenta emplacar seu novo pupilo para comandar a nação: o presidente do grupo Riachuelo


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Mauro Donato, DCM
condenação de Lula e seu, até aqui, impedimento à corrida presidencial, cria um vácuo cujo preenchimento pode ter efeito explosivo. Como já se sabe através do Datafolha de hoje, sem Lula é Bolsonaro quem lidera a pesquisa.
Mas outros personagens podem aparecer e surpreender. Luciano Huck, apesar de seu pronunciamentos negando a intenção, permanece mencionado e até herdou dois pontinhos.
Não está entre os candidatos, mas outro empresário/liberal/sem partido tem feito barulho. É Flavio Rocha, dono da Riachuelo. Ele encabeça um movimento ao estilo do Agora! de Huck. É um tal “Brasil 200” e a coisa toda é de um ridículo formidável.
O nome de batismo, Brasil 200, é em referência aos duzentos anos da proclamação da independência que serão completados daqui a quatro anos, após o mandato do próximo presidente (caso o próximo complete a gestão).
Com ideais tão nacionalistas, onde teria surgido o movimento? Debaixo de alguma palmeira onde cantam sabiás? Em uma fazenda de cacau em Ilhéus?
O Brasil 200 nasceu em Nova York. Nada mais brasileiro para essa turma do que Nova York ou Miami, é logo ali.
Na carta de intenções que Flávio Rocha vem distribuindo para a imprensa, o empresário diz-se muito preocupado com a avaliação brasileira pela agência Standard & Poor’s. Quanta independência, não?
Flávio Rocha é o perfeito retrato do ‘quem não te conhece que te compre’. Nessa sua cruzada de ‘liderança patriota’, tem repetido o que dez entre dez alienados gostam de ouvir.
Vocifera contra o que tem chamado de ‘uso criminoso’ do BNDES no período em que Partido dos Trabalhadores estava no poder.
O que ele omite é o detalhe de ter recorrido algumas vezes ao BNDES durante os governos do PT e ter pego R$ 60 milhões em empréstimos. Flávio Rocha é o caso clássico de pregar o estado mínimo mas correr aos cofres públicos quando quer socorro.
Está mais do que na hora de os empresários assumirem sua responsabilidade. Empreendedores devem ser os guardiões mais intransigentes da competitividade e da liberdade, pré-requisitos para a criação de riqueza, que move a economia e coloca a sociedade no caminho da prosperidade e da justiça social. Da justiça social verdadeira, acrescento, aquela que promove autonomia”, é o que escreveu Rocha sobre o que move o Brasil 200.
Seria louvável se não ficasse apenas no papel.
Uma ação civil pública pede R$ 37,7 milhões de indenização por infrações identificadas em oficinas terceirizadas pela controladora das Lojas Riachuelo. Há anos os procuradores do Ministério Público do Trabalho promovem inspeções nas fábricas da empresa e denunciam violações trabalhistas.
Falastrão, Rocha ofendeu nas redes sociais a procuradora Ileana Mousinho, responsável pelo pedido de indenização. Agora ele é réu também na Justiça Federal do Rio Grande do Norte por tentativa de coação e caluniar uma procuradora do trabalho.
Como não poderia deixar de ser, Flávio Rocha é unha e carne com gente do calibre de Kim Kataguiri. No último ‘congresso’ do MBL, Rocha foi um dos palestrantes.
Não deixou passar a oportunidade de mais uma vez defender a portaria que praticamente autoriza trabalho escravo. A platéia aplaudiu com as coxas.
São risíveis – e choráveis – os argumentos do empresário para o cenário atual do país. “O fato é que o Brasil não tem um governo”, é o que ele tem dito por aí. Uai sô, quem mandou apoiar o pato amarelo?
É lamentável que nossa ‘elite empresarial’ tenha um discurso cuja síntese está no vídeo a bordo da lancha com Cristiane Brasil e seus pelados.
Enquanto ela afirma não saber o que se passa na cabeça de quem reclama direitos (não é bem isso o que ela diz, mas vamos desconsiderar o grau de lucidez da moça na ocasião), um deles diz ali “Eu tenho, ele tem, todo mundo tem processos trabalhistas”. Todo mundo quem, cara-pálida? Eu não tenho, não exploro ninguém.
É dever das pessoas que de fato almejam um mundo melhor, esclarecer para os demais o que realmente querem esses empresários que posam de bem intencionados com esses ‘movimentos de renovação’, ‘cansei’, ‘basta’, etc.
Essa turma defende o estado mínimo desde que seja mínimo para os pobres e somente para estes.
O encerramento da carta de Flávio Rocha de apresentação do Brasil 200 traz que “Urge devolver o Brasil ao seu verdadeiro dono, o povo brasileiro.”
Ok, mas o povo – maioria – é negropobre e faminto, está valendo assim mesmo? Ou é só para o povo brasileiro de Miami?

Ministro do Supremo propõe manter Lula solto em nome da “paz social”








Em editorial, o jornal Gazeta do Povo recrimina o ministro Marco Aurélio Mello por sua irresponsabilidade ao dizer que a prisão de Lula “poderia incendiar o país”. O jornal lembra ao ministro que não se preserva a paz social cedendo à chantagem de grupos que propõem a desobediência a ordem judiciais, especialmente com uso de violência.
Segundo o jornal, “Isso seria a mais pura rendição à chantagem de criminosos; estaríamos em uma anomia em que são os “movimentos sociais” que dão as cartas. Difícil acreditar nisso. O caminho correto é a responsabilização de quem prega a desobediência à Justiça e uma ação firme das forças de segurança caso haja quem esteja disposto a empregar a violência para impedir o cumprimento de uma decisão judicial”.
Leia abaixo o texto completo:
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello comentou com uma pitada de irresponsabilidade a decisão em que a 8.ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) confirmou a sentença que condena o ex-presidente Lula à prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Referindo-se à possibilidade de que Lula vá para a cadeia assim que terminar a análise dos recursos a que a defesa ainda tem direito no TRF4, Mello disse ao jornal O Estado de S.Paulo que “um ato desse poderia incendiar o país”. À Folha de S.Paulo, expressou-se em termos semelhantes: “A prisão do presidente Lula preocuparia a todos em termos de paz social”.
O entendimento atual do STF diz que condenados já podem começar a cumprir sua pena após condenação em segunda instância, o que é o caso de Lula. Os desembargadores João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Laus, em seus votos, deixaram claro que o ex-presidente deveria ir para a cadeia assim que o processo no TRF4 estivesse devidamente encerrado, o que pode ocorrer em poucos meses. Mello, que foi voto vencido no julgamento do STF em outubro de 2016, estaria sugerindo que, em nome de uma suposta “paz social”, seria melhor deixar Lula quieto, ainda que os magistrados que condenaram Lula entendam, dentro da lei, que seria o caso de determinar sua prisão?
Que tipo de ameaça à “paz social” e de “incêndio” o ministro do STF teme? De fato, em evento para lançar a candidatura de Lula à Presidência na quinta-feira, vários petistas e líderes de entidades-satélites do petismo defenderam abertamente a desobediência a decisões judiciais. O “general” João Pedro Stédile prometeu colocar seu “exército” à disposição do grande chefão. “Aqui vai um recado para dona Polícia Federal e para o Poder Judiciário: não pensem que vocês mandam no país. Nós, os movimentos populares, não aceitaremos de forma alguma e, impediremos com tudo for possível, que o companheiro Lula seja preso”, bravateou. Promessa semelhante tinha sido feita ainda na quarta-feira por Guilherme Boulos, do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, durante ato em São Paulo.
Ninguém duvida do potencial criminoso do MST, do MTST e de outros grupos, demonstrado em inúmeras ocasiões Brasil afora. Mas, quando Marco Aurélio Mello faz esse tipo de afirmação, admite implicitamente a incapacidade de o Estado brasileiro fazer cumprir as leis, ou, no mínimo, que em certas ocasiões é melhor não fazê-las cumprir. Isso seria a mais pura rendição à chantagem de criminosos; estaríamos em uma anomia em que são os “movimentos sociais” que dão as cartas. Difícil acreditar nisso. O caminho correto é a responsabilização de quem prega a desobediência à Justiça e uma ação firme das forças de segurança caso haja quem esteja disposto a empregar a violência para impedir o cumprimento de uma decisão judicial.
A capitulação de Marco Aurélio Mello diante dos movimentos sociais é ainda mais incompreensível porque é ilusório crer que a população sairia às ruas para impedir o cumprimento de uma eventual ordem judicial para que Lula seja preso. Se alguém resolver se colocar no caminho da Justiça, serão apenas os petistas e as entidades por eles comandadas, e que contam com o repúdio da maioria dos brasileiros.
Mas há outro caminho para impedir, ou pelo menos adiar, a prisão de Lula: uma reversão no entendimento do STF a respeito do início do cumprimento da pena. O ministro Gilmar Mendes já havia feito declarações de que mudaria seu voto caso o tema voltasse ao plenário do STF, tendo como consequência a reversão da maioria formada em 2016. Ressuscitar ou não a discussão é decisão que cabe à presidente da corte, ministra Cármen Lúcia, que vinha relutando, mas agora deverá sofrer mais pressões para colocar o tema em pauta. O risco que se embute aqui é o da personalização da Justiça: até pouco tempo atrás, os peixes pequenos e médios estavam caindo na rede; agora que chegou a vez dos peixes graúdos, cresce a pressão pela mudança nas regras. Em outras palavras, a aplicação da justiça dependeria da pessoa sentada no banco dos réus. Nesse caso, melhor seria retirarem de vez a venda da estátua da deusa Têmis, que guarda a entrada da suprema corte.







Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira

O que ele quer dizer com isso? Seja mais objetivo!

Cientistas revelam que baleia orca consegue imitar a fala humana


Wikie, uma fêmea da espécie, aprendeu a repetir palavras como hello e bye-bye (“olá” e “até logo”, em inglês)



ISTOCK





Um grupo de cientistas revelou que uma baleia orca é capaz de imitar a fala humana. De acordo com um novo estudo, uma baleia fêmea chamada Wikie aprendeu a repetir palavras como hello e bye-bye (“olá” e “até logo”, em inglês), ditas por sua treinadora em um parque marinho na França.
O estudo, realizado por cientistas da Universidade St Andrews (Reino Unido), da Pontifícia Universidade Católica do Chile e da Universidade Complutense de Madrid (Espanha), foi publicado nesta quarta-feira (31/1), na revista científica Proceedings of the Royal Society B.


Os pesquisadores tinham o objetivo de descobrir se as orcas são capazes de aprender novas vocalizações imitando umas às outras. Segundo eles, estudos anteriores já mostravam a existência de “dialetos” diferentes entre grupos distintos de baleias, sugerindo que as vocalizações feitas por esses animais não são adquiridas geneticamente e poderiam ser aprendidas.

“A orca que nós estudamos em cativeiro foi capaz não apenas de aprender as vocalizações de outras orcas, mas também vocalizações humanas, por imitação”, afirmou um dos autores do estudo, Josep Call, da Faculdade de Psicologia e Neurociências da Universidade de St Andrews.
Amy, one, two, threeNo parque Marineland Aquarium, em Antibes, na Riviera Francesa, os cientistas estudaram a capacidade de uma fêmea chamada Wikie aprender novos sons. Parcialmente imersa, apenas com o espiráculo – o buraco para respiração – fora da água, a orca foi capaz de repetir várias palavras, incluindo Amy, nome de sua treinadora, e onetwothree (“um, dois, três”, em inglês).
A imitação não é perfeita, e a vocalização é feita em um tom extremamente agudo, mas as palavras são claramente reconhecíveis. De acordo com os cientistas, por várias vezes, Wikie foi capaz de produzir imitações razoáveis já na primeira tentativa, fornecendo evidências conclusivas de que as orcas têm mesmo a capacidade de aprender novos sons.
De acordo com Call, os estudos feitos anteriormente mostravam que as baleias orcas que vivem na natureza têm um conjunto específico de vocalizações e, quando são levadas para outro ambiente, as mudam para se adaptar às novas companheiras. Mas, até agora, não havia nenhuma evidência de que os diferentes “dialetos” eram resultado de aprendizado.
Nossos resultados sugerem que essa também é uma explicação plausível para a maneira como as orcas que vivem na natureza aprendem as vocalizações de outras baleias e de que elas são capazes de desenvolver e transmitir dialetos"
Josep Call, um dos autores do estudo sobre a vocalização das orcas
Segundo Call, a imitação vocal é uma marca da linguagem falada humana, que, somada a outras capacidades cognitivas avançadas, tem impulsionado a evolução da cultura da humanidade. Evidências comparativas sugerem que, embora a capacidade de copiar sons de indivíduos da mesma espécie seja praticamente exclusiva do ser humano, alguns poucos grupos de aves e mamíferos desenvolveram essa aptidão de forma independente.

Cármen Lúcia enterra a candidatura de Lula







Cármen Lúcia enterrou a candidatura de Lula. No jantar oferecido pelo site Poder 360, além de repudiar o golpe para tirar o quadrilheiro da cadeia, ela repudiou também qualquer tentativa de atropelar a lei da Ficha Limpa.
Ela disse:
“Eu acho que isso está pacificado. Muito difícil mudar. Improvável que seja reversível, porque a composição do Supremo que decidiu lá atrás é praticamente mesma”.
Cármen Lúcia resgata o STF. Sua recusa em participar do golpe para tirar Lula da cadeia é um passo fundamental para o fortalecimento da democracia no Brasil.
Leia um trecho do editorial de O Globo:
“O debate sobre a segunda instância ganhou outra dimensão.
Senhora da pauta da Corte, a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, dissera há algum tempo que não colocaria o assunto novamente em julgamento. Por todas as implicações do tema. Afinal, a Lava Jato e outras operações evoluem, e aproximavam-se as eleições (….).
Se o Supremo cometer esta reciclagem no entendimento anterior, será acusado de fazer um julgamento sob encomenda para ajudar Lula e bombardear a Lava Jato, a fim também de ajudar livrar gente importante que se encontra sob a mira da operação, num dos mais flagrantes casuísmos dos últimos tempos.” (O Antagonista)(Cesar Weis)

Ministro da Defesa diz que sistema de segurança do Brasil está 'falido'

'Nem está a 5 mil quilômetros do RJ. Mesmo assim, declara uma guerra na Rocinha, o que leva as forças armadas a serem convocadas', afirmou Jungmann, ressaltando que haverá bloqueios marítimo e aéreo no estado.



Por Henrique Coelho, G1 Rio
 

Ministro da Defesa, Raul Jungmann, comenta tiroteios no Rio: ‘Tempo do desespero’

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta quarta-feira (31) que o sistema de segurança do Brasil está "falido". Segundo avaliação dele, algumas das razões para isso são "nacionalização" e a "transnacionalização" do crime.
Jungmann usou o exemplo do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, um dos protagonistas dos confrontos que aconteceram pelo controle da Rocinha em 2017, hoje preso na penitenciária de segurança máxima de Porto Velho, em Rondônia.
"Nem está a 5 mil quilômetros do Rio de Janeiro. Mesmo assim, declara uma guerra na Rocinha, o que leva as Forças Armadas a serem convocadas. O sistema também faliu porque o governo federal não tem mandato sobre a situação dos estados, apenas em situações extraordinárias, que não deveriam acontecer", explicou ele.
Jungmann disse, ainda, que há "um certo masoquismo" na divulgação da violência no Rio. O ministro lembrou também que, em 18 meses no cargo, decretou 11 vezes a Garantia da Lei da Ordem, que autoriza a intervenção federal militar para auxílio às forças de segurança estaduais. Só em Natal, a capital do Rio Grande do Norte, segundo ele, foram três pedidos em um ano.
"O problema da segurança não vai se resolver na Defesa. Não. Está havendo uma banalização disso", afirmou ele.
Ministro Raul Jungmann durante evento sobre segurança no RJ (Foto: Henrique Coelho / G1)
Ministro Raul Jungmann durante evento sobre segurança no RJ (Foto: Henrique Coelho / G1)




Durante sua palestra no evento "O futuro começa hoje", sobre novas ações para a Polícia Militar do estado, no Rio de Janeiro, o ministro disse que há certo "masoquismo" em relação à divulgação da violência no Rio. Confrontado, ele disse que é preciso haver um "equilíbrio narrativo".
"Vários indicadores estão estabilizados, alguns estão revertendo, você teve uma redução de 70% de roubo de cargas quando trouxe a polícia rodoviária federal. Se você apenas coloca a denúncia, que de fato tem que fazer parte, você passa a noção de que nada está mudando, e que leva a descrença. Essa descrença leva à paralisia", avaliou Jungmann.
Mais tarde, em entrevista por telefone à Globonews, o ministro também comentou os tiroteios na Cidade de Deus. Os confrontos na região deixaram três mortos e interromperam três vezes o trânsito na via, uma das mais importantes da cidade.
"É um fato grave e extremamente lamentável. O Rio de Janeiro levou décadas para chegar ao estado que está. Nós estamos ajudando o Rio há sete meses. As Forças Armadas não podem combater o crime na Rocinha, porque se fossem enfrentar com poder letal a criminalidade, seria uma tragédia. As Forças Armadas são feitas para destruir", avaliou o ministro. Segundo ele, a justiça do Rio deveria emitir mandados coletivos para ajudar nas prisões e apreensões."
Jungmann ainda pediu um minuto de silêncio pelos policiais mortos no Rio de Janeiro. Em 2017, foram 134 policiais mortos no Estado, e 13 este ano. Entre 1994 e 2016, segundo dados da própria polícia militar, foram 3 mil policiais mortos.
"Esta é a mais singela das homenagens, porque quando eu leio nos jornais a perda de um policial, a gente fica pensando nas famílias. A vontade que dá e pegar um avião e estar ao lado de vocês, porque eu sei o que representa de dor, de sofrimento, e isso tem alcançado números absolutamente inaceitáveis", afirmou o ministro.

Bloqueios marítimo e aéreo

O ministro explicou algumas medidas que pretende tomar nos próximos meses para ajudar no combate ao crime no Rio de Janeiro. A primeira, segundo ele, foi a atuação permanente da PRF nas vias expressas do Rio.
“Um outro aspecto é o bloqueio marítimo, que nós vamos fazer nas diversas baías. Um terceiro é aquilo que eu me referi à parte aérea, assim como uma corregedoria autônoma, integrada”, disse Jungmann.

Lula prepara greve de fome no xilindró







É um consenso no PT que preso, Lula deve apelar para o ‘vitimismo’, coisa que ele sabe fazer muito bem.
A medida sugerida e que tem ganhado força entre os líderes petistas é a greve de fome, tão logo o meliante seja preso.
Lula vai reeditar o que fez na época em que ficou preso durante o governo militar.
Todavia, há quem diga que ele pregava greve de fome, mas comia escondido na sala do delegado.
Resta saber se a pregação do ‘vitimismo’ vai sobreviver a uma eventual segunda condenação, depois a terceira condenação, a quarta, a quinta e assim por diante.
O problema de Lula é o seu vasto lastro de crimes…